Textos sobre saudades
DE SAUDADES MORRO
Eu senti uma saudade que renderam
sutis recordações ao coração, coitado
e que, doído, assim, se viu assustado
contra mim sofreguidão arremeteram
Me vi na solidão do que prometeram
um prosar do meu destino já cansado
e que, aqui pelas bandas do cerrado
pesar nos versos que um dia elevaram
Remédio ao mal que sofro, sem pista
cresce a dor, no engano então presente
no rendido suspiro: que pede socorro...
Assim, vejo que não há como resista
toda lembrança na saudade presente
E, de lembrar-te, de saudades morro!
© Luciano Spagnol – poeta do cerrado
2021 maio, 22, 11'09" – Araguari, MG
QUANDO
Quando poeto o amor, as saudades são
estórias n’alma, nostálgico sentimento
a sensação de cada passado, momento
a doce quimera dos tempos que se vão
Quando poeto o amor, saudade em vão
é que nada importou, apenas o fomento
gemido de ocasião, sem um juramento
amor que é amor fortunas no amor são
Quando poeto o amor e, existe um vão
a poética chora, e a recordação aporta
lastimando aquele sentimento tão são
Ah coração, o amor, o que mais importa
um olhar, carinho, o que bem comporta
são versos de amor, que na poesia vão! ...
© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
Araguari, MG - 30/07/2021, 06’06”
UMA SAUDADE
Saudades sinceras a tristura sincera
Quando há solidão no coração, dor
Do vazio que a lembrança não altera
Transtorna, amorna e torna rancor
Saudade é um agridoce instante
Que escadeira a alma e a tortura
É pesar que norteia e vela errante
Cuja a lágrima na sensação figura
Saudade não teme o tempo, a hora
Embora na noite ser uma imensidade
E, com inquieta perturbação sonora
E quem se afirma não ser verdade
Se isso é fingido, e fingido passou
Não amou, e da saudade não provou...
© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
14/08/2021, 05’58” - Araguari, MG
SAUDADES, TANTAS
Quantas saudades tive? tantas, nem sei
Todas tão suspiradas na esfolada prosa
Cada qual na dor, com sofrência rimei
Rimei também a solidão nua e ramosa
Tive saudades daqueles a quem amei
E nesta nostlagia só situação morosa
Me era companhia, superação tentei
Cantei a lembrança da oferecida rosa
Ah! saudade, de sensação embaciada
Tantas as clamei em noite enluarada
Chorei, mesmo assim contida emoção
Ó Deus, por equivoco, ao me moldar
Colocaste no vão do peito a sussurrar
Só a saudade em lugar de um coração...
© Luciano Spagnol – poeta do cerrado
19, outubro de 2021 – Araguari, MG
INQUIETAS SAUDADES
Elas chegam como à flor pendida
Mirrando o peito, agasta sensação
Ou como a dor a cutucar sentida
No desejo, no espírito, no coração
Elas chegam tal senhora da vida
Doída. E o agrado clama em vão
Numa fereza e ousadia incontida
Arrancando o sossego da razão
Inquietas saudades, até quando?
Está lágrima a me rolar chorando
Gastando, tão de aflição demais
Desvanecido resta o sentimento
Sussurrando a todo o momento...
Ufanas, elas tragam mais e mais
© Luciano Spagnol – poeta do cerrado
01/02/2021, 19’00” – Araguari, MG
“Volontà di”
Perdido aqui, num poema sem direção
entre saudades, solidão e tanto pelejo
que ao estimar tanta sensação, desejo
usar cada sentido e cada pura emoção
Do coração um olhar repleto de paixão
aquela visão numa poética em cortejo
de poetar a quem mereça o doce beijo
abraços, em resumo uma grata razão
Aquelas odes bem talhadas, diferente
repletas dum sentimento inteiramente
pairando numa vontade farta de ardor
Aquelas odes com tudo, não metade
que nos carrega além da eternidade
as autênticas prosas do total amor...
© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
18 fevereiro, 2022, 15’42” – Araguari, MG
ESPERANÇA (soneto)
Saudades de ti, me vem com ternura
Teu nome, ao amor, não é indiferente
Entre o poetar, e nos versos murmura
Recordação, nos suspiros, de repente!
Longe de ti, o pranto, mísero, tortura
Essa solidão, que geme tristemente
Mas, as alegrias vividas, porventura
Abalança o tormento, tão presente
Nesse amargo sofrer, o teu nome
A florescer na secura do cerrado
No peito o saudosar, me consome
Ao evocá-lo... agridoce atmosfera
Que no desejo é mais que desejado
E, na inspiração... ainda te espera!
© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
31/01/2020, 07’03” – Cerrado goiano
Olavobilaquiando
SAUDADE EM PROSA (soneto)
As saudades lá se foram, respingadas
Lá pelo tempo... outra estória e verso
Mesmo assim na memória ficou imerso
Depois de tantas dores, tantas paradas
E o que assemelhava um conto de fadas
Tornou-se à emoção um trovar perverso
E no destino toda um argueiro disperso
De espinhos, nas lembranças poetadas
Então vi, que não adianta de ela fugir
Não tem nenhum contento, ao poeta
Se existe saudade, com ela deve-se ir
Embeber-se! uma estratégica solução
E, tê-la como coautora em sua meta
Pois, sempre a terá na prosa do coração....
© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
16/02/2020, 11’40” - Cerrado goiano
Olavobilaquiando
NEM SAUDADES, NEM PRANTO (soneto)
Não há mais saudades, nem mais pranto
Secaram as lágrimas quando eu te perdi
E nesta seguidão tanta, seco, chorei tanto
E já sem encanto, tanto era amor por ti!
O coração se cansou, enxuto num canto
Lembres-te? que sofri, contanto resisti
Beijar-te... e beijei-te com tal acalanto
No entanto, no desdém, rudeza senti
Porém, esqueçamos toda essa história
As lembranças hoje estão na memória
Se tudo passa, você por mim já passou
Os sentimentos já não têm mais sonhos
Nem o silêncio os momentos medonhos
Se por nada sobrou. Adeus! Tudo acabou!
© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
05/03/2020, 05’55” - Cerrado goiano
Olavobilaquiando
ALANCEADO (soneto)
Chorei, quando te perdi. Mas sentir
Saudades... foi o maior do sofrer
E do céu cinzento ali a emudecer
Você, te vi de minha alma partir!
Talvez foi o fado, no seu querer
Ou as falhas que nos fez desistir
Competir? Com o desafeto, ir
pela contramão, não sei ser...
Porém te digo: - por ti fui vigor!
E se nesta dor, se aqui eu choro
É porque um dia eu pude sonhar
Talvez sonhei demais, fui sonhador
Mas, tal qual um certeiro meteoro
Alanceou quem a você quis amar!
© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
Março de 2020 - Cerrado goiano
Uma voz me persegue, um cheiro me consome
Saudades me apertam, lembranças me seguem
Rio, mar...lua, sol, flores, vinho, música.
No ar dos meus pensamentos, no vão das minhas vontades
Desejos, ilusão, corpo em chama te implora um abraço
Um beijo, corpos colados...coração !
Pele pede teus olhos na rede do meu olhar, vem...sonha
Sonha junto comigo, não me acorda não,
Deixa eu me embalar no teu sorriso, me leva
Dança comigo, segura minha mão
Quero muito mais que um amigo...quero paixão !
Que me enlouqueça, que me devore, que se perca
Não encontre mas portas, janelas se fechem
Que não haja mas caminhos para saídas
Fique preso para todo o sempre nas minhas garras,
Nos meus sentidos...eterno em mim !
Me fala um pouco de você, me diz como vai a vida...os amores, as lembranças, as saudades, diz se ainda sou parte das tuas memorias. E as nossas músicas, ainda te tocam, me lembram ? Fala um pouco, teu silêncio me perturba, me confunde, me afasta. Que tal sorrir para mim, embarcar nos meus olhos e viajarmos..Estou com saudade, querendo viajar no tempo... reviver e viver o passado agora, presente.
Não esqueci nenhum arrepio quando nos tocávamos com o olhar, quando nossos olhos se perdiam um dentro do outro...sinto gelar quando te vejo, tudo volta: vontade, desejo !
Hora sou flores, hora chuvas
Hora sou rios, deságuo
Hora só sonhos,
Hora vivo.
Hora sou saudades
Hora sou lembranças
Hora sou memórias
Hora não lembro
Hora sou vontade
Hora sou sorrisos
Hora me faço chorar
Hora penso demais
Hora deixo de pensar
Hora tem sol
Hora tem mar
Hora me afogo
Hora naufrago
Hora danço
Hora canto
Hora choro
Hora não sei amar.
Hora me visto
Hora reclamo
Hora me entrego
Hora me assanho
Hora me escondo
Hora sou música
Hora danço
Hora me perco
Hora me encontro
Hora te amo
Hora, sei lá...
Na vidraça
Do meu peito
Bate chuva,
Lágrimas,
São pingos,
Enxurradas,
Lembranças
Saudades
De tardes
De músicas,
Olhares,
Fantasias...
Bate no peito
O desejo,
Viver,
Reviver
O que fomos
O que podemos ser
Rios de sonhos,
Mensagens,
Telefones...
Que saudade
Que vontade,
Que desejo,
De nós.
Cuidado com o poeta:
Ele joga sonhos
Atira flores,
Mata saudades...
Vive amores.
Cuidado com o poeta:
Ele saqueia o vento
Sorri feito palhaço
Dança com o tempo
Brinca com as dores.
Cuidado com o poeta:
Ele te banha de beijos
Se faz de inocente,
Te enche de alegria
Fantasia,
Cuidado com o poeta:
Ele corre nos ares
Escorrega nos mares
Viaja na lua.
Cuidado com o poeta:
Ele rouba sua alma
Engana,
Mente !
Quantos rios de águas terão que rolar...quantas lágrimas ? Quantas saudades ! Quantos tantos, tantas coisas...você, não terei ? Quantas flores sem poder mandar, quantos beijos que não dei ! Tô pirando, ficando louca ! Esquizofrenia de pensamentos: te vejo, te sinto...roço no teu corpo, deito no peito! Quantas...quantos sonhos ?
(10/06/2017)
Tempo
A lua guarda segredos
As estrelas saudades
O sol os medos
O dia as vontades
O caminho guarda lição
A menina o amor
A noite as lágrimas
O tempo a dor
O jardim guarda sentimentos
A estrada a coragem
O sonho a esperança
A vida a bagagem
Poema autoria de #Andrea_Domingues ©️
Todos os direitos autorais reservados 27/12/2022 às 21:30 hrs
Manter créditos de autoria original _ Andrea Domingues
"Me busque em quanto há tempo."
Sente saudades? Me ligue, mande uma mensagem ou vem me ver.
Me ama? Diga logo!
Não espere o meu corpo esfriar, me abrace em quanto estou quente.
Não me traga flores quando eu não poder tocar em cada pétalas, você teve dias, semanas e anos para trazê-la.
Não espere para olhar para os meus olhos quando estes estiverem fechados, me olhe agora em quanto há brilho.
Não espere muito para dizer que sou importante e que me ama, diga isso em quanto posso te ouvir.
Tenho certeza que se você soubesse que hoje seria meu último dia, você viria correndo me abraçar, me beijar, ia querer guardar na lembrança meu último olhar e sorriso.
Só que, a morte não avisa hora, nem lugar, ela chega e leva quem mais amamos. Não espere ter a chance de um último papo, de um último abraço, porque talvez isso não aconteça.
Quando eu for só saudades, que seja de tudo de bom que fizemos juntos, que você se lembre de todas as loucuras, das trocas de olhares, de todos os risos que tivemos tempo de dar e de cada abraço apertado. Caso contrário eu fui apenas uma conhecida e nada mais.
Não peço que me esqueça, nem que não chore, porém não quero que imagine coisas que poderíamos ter feito e não fizemos. Só me guarde na lembrança e nada além disso!
Autora: #Andrea_Domingues
Você sabe...
Você sabe que é amor, quando sente saudades daquele abraço.
Você sabe que é amor, quando sente o gosto do beijo mesmo quando longe.
Você sabe que é amor, quando seus olhos gritam mais que a boca.
Você sabe que é amor, quando começa a sorrir só de lembrar daquela pessoa.
Você sabe que é amor, quando começa imaginar uma vida inteira juntos.
Você sabe que é amor, quando não tem mais vontade de encarar outros olhos.
Você sabe que é amor, quando passa a enxergar amor em tudo.
O amor realmente se esconde na simplicidade, está na fala, no silêncio, no grito e também no ouvir.
O amor aparece de um jeito tão mágico, tão incerto na nossa vida, que até parece sonho.
Mas ao piscar os olhos, vemos que estamos acordados, só então temos uma única certeza, de não querer se perder jamais dessa pessoa.
Porque é ali; que mora a felicidade!
#Autora #Andrea_Domingues ©
Direitos autorais reservados 30/09/2018 às 19:15 hrs
"Tem dias que eu acordo com saudades da minha mãe na cozinha fazendo aquele café cheiroso...
O seu beijo de bom dia, era tão gostoso...
Saudades de brincar com meus filhos pequenos fazendo aquela bagunça, eram momentos delicioso..
E quando iam pra escola, voltavam sempre com um motivo pra tentar me deixar orgulhoso...
Mas o tempo foi passando e hoje olho pro passado saudoso...
Mas olho com a certeza de que foram momentos inesquecíveis e majestoso.