Texto em versos
mercado versos corona
Acelera-se o tempo.
Reordena-se o isolamento.
Intensifica o digital.
Previne-se nova forma de interagir.
Registros arquivados.
Conhecimentos para futuro.
Novos tempos. Novos modos. Nova Vida.
Mercado se alinha, e seus soldados se
Alinha ao combate, feito formigas atacando,
O seu oponente. A linha da Corona invade,
Todos o cantos. Geométricos, herméticos, circular,
Em todos os cantos do mercado.
Que luta, com baixas para manter-se em pé.
Redistribuindo rendas, que estavam bloqueando,
A circulação da Vida. Para purgar os erros da acumulação.
Exagerada pelo medo extintivo da falta.
Que muitos não enxergavam.
E a sim. Todos em trincheiras para acalmar
A corona. A linha divisória do mercado,
Que só sobrevive, com todos.
Lição antiga, que de tempo em tempos.
O mundo se esquece.
Novo organizar.
Mas antes, o aplacar o antagonista.
E reequilibrar com todas as forças e
Conhecimento do mercado.
Para prosseguir novas alianças com
A Vida. E merecimento para todos os
Povos, no transbordar das trocas justas,
Entre os seres da terra.
Marcos fereS
(Em tempo de corona vírus)
ESTÁ A AMAR (soneto)
O amor não é somente
Uma poesia a se compor
São versos dum sedutor
No coração em semente
Cresce no desejo, é sabor
Mais que o simplesmente
Que o propósito da gente
Mais que ser um rimador
Tem na trova algo maior
Que a rima nunca mente
E o cheiro de prosa no ar
Na inspiração cortês vetor
Uma composição diferente
Ao poeta que está a amar...
© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
03/04/2020, 16’24” – Cerrado mineiro
Versos brancos
Ah! Esse versos brancos...
não têm rimas!
Eles são livres e soltos,
correm no vento simplesmente!
Mas, não deixa de ter sua graça
porque tem poesia...
A poesia não é a forma
e sim o sentimento e uma emoção!
Poema sim é a estrutura;
Poema é a forma;
Poema é o corpo da poesia!
Então decide aí!
Sejam todos poetas
e poetisas....
Afinal para sentir...
basta ter um coração,
um lápis ou uma caneta azul! 😜
Versos livres:
Porque é que o estro me disseste
Agora e não noutro minuto
Se as trovas que, outrora, me deste
Deixaram o meu poetar de luto?
Se tudo era apenas uma miragem
E o tempo era apenas uma rima
Então, que me traga coragem
Na poesia, e não enigma...
Nem roupagem!
[...] só os afetos e a emoção
Hão de vir inspirar-me maior
A poemas, basta-lhes a ilusão
Aos poetas, basta o amor!
© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
14/04/2020 – Cerrado goiano
Paráfrase Pedro Homem de Mello
Versos Dourados
Céus! tudo é sensível
Pitágoras
Homem! livre pensador! serás o único que pensa
Neste mundo onde a vida cintila em cada ente?
De tuas forças tua liberdade dispõe naturalmente,
Mas teus conselhos todos o universo dispensa.
Honra na fera o espírito que fermenta…
Cada flor é uma alma em Natura nascente;
Um mistério de amor no metal reside dormente;
“Tudo é sensível!” E poderoso em teu ser se apresenta.
Receia, no muro cego, um olhar curioso:
À própria matéria encontra-se um verbo unido…
Não te sirvas dela para qualquer fim impiedoso!
Quase sempre no ser obscuro mora um Deus escondido.
E, como um olho novo coberto por suas pálpebras,
Um espírito puro medra sob a crosta das pedras!
O Conto da Roda Gigante
A minha memória encorajou estes versos
Lembro como se fosse ontem aquele verão
Uma noite tão distante deste singelo presente
Os teus olhos se exuberavam
Espelhavam as luzes daquela roda gigante
Balançavam-se rosas estampadas em seu vestido
Passeavam entre suas pernas oscilantes
Seus cabelos não paravam
Sua boca esboçava um paraíso
Uma noite linda
Minha paixão caia em suas armadilhas
Por não viver um olhar tão profundo
Com maneiras e gestos delicados
Me coloquei a mercê de subir na roda gigante
Só para apreciar os teus olhos viajantes
Sobre enfraquecidas luzes daquela cidade
Na certeza um homem simples como eu
Pude pressentir que naquela cabine habitava o meu mundo
Com um simples sorriso de canto teu
Escalava o sabor de mel ao meu paladar
E você não parava
Sobre aquela cabine ainda dançava
Envolto de meus braços harmonizou o seu perfume
Era você e seus traços que conquistavam
Sobre meu colo
Acariciei o seu rosto como se não houvesse um amanhã
Viajei sutilmente o meu toque em suas fragrâncias
Imperceptivelmente o teu coração adentrou-me
Meu peito agraciou o meu ser em deliciosas afeições
Enquanto a cabine voltava para nossa noite
Em 7 minutos para estranhos foi uma alegria
Para mim, presenciei viver uma vida
Beijei carinhosamente os teus sonhos
Alcancei o amor de uma paixão outrora iludida
Descemos ao parque após infinitas estimas
Encostei seu corpo sobre um local cativante
O que nos desuniu por 7 anos
Em 7 minutos nos ocorreu adiante
Permanente serás, seu gracioso perfume aflorado
Como uma rosa me amarás
Quando amanhecer
Serei o teu amor veraz
Seu sorriso é o bom dia mais lindo
No qual um homem como eu poderás amar.
- Versos no Espelho -
Ontem escrevi um poema
Guardei-o bem no peito
Sem passado nem presente
Ao meu gosto, ao meu jeito
Dormi com ele no meu leito!
Hoje sinto-me diferente ...
É que os versos são presságio
D'uma Alma sem descanso
Que se canta num Adágio
Profundo, triste e manso!
Amanhã a vida seguirá
Outros versos nascerão
O silêncio será voz
Vestirei a solidão
Estarei de novo a sós!
E depois? O que virá?
Terei Alma? Terei corpo?
Só Deus sabe o meu destino ...
E as maselas do meu rosto
Hei-de vê-las no caminho!
Versos do Caminho
Quero falar de AMIZADE
Assunto que precisa ser bem refletido
Podemos ter muitas pessoas ao nosso lado
Mas verdadeiramente AMIGO
Só quem caminha contigo.
Se olhamos para o caminho
Não faz tanto tempo assim
Mas para mim
Parece que estamos juntos
Anos cem fim.
Os anos não são 10 e nem 6
São apenas 6 meses
Porém é tempo suficiente
Para gravarmos na alma
A verdadeira beleza.
Outrora tivemos amigos
Que decidiram sair do caminho
Foi triste e tenso
Mas no final entendemos
Escolheram o seu destino.
Aqui vos escreve um amigo
Que também está mudado de caminho
Embora não tenha escolhido
Fica decidido
Que o que vale é o caminho.
Os meus versos são livres!
Eu nunca cheguei a toca-la pessoalmente,
Só em um sonho de romance que tive.
Mesmo assim há dedicatórias e homenagens espalhadas por ai,
Tudo em busca de um ponto principal para o meu vício contínuo,
Refiro-me a acertar o seu gosto em meus versos que muitos acham banais.
Mas mesmo os meus versos sendo livres e muitos acharem banais,
Eu gosto sempre de cita-la, mesmo que ás vezes ninguém entenda.
Eu não preciso conhecê-la pessoalmente para escreve-la em minhas linhas,
Nem beija-la para que haja amor em meus rabiscos,
Só preciso vê-la e assim imaginar os nossos risos juntos.
Os meus versos são livres!
Pode ultrapassar todas as barreiras do tempo imaginário
Criado por mim neste cenário adaptado.
Seja confuso ou até mesmo hilário,
O importante é que esta preso em um papel de caderno,
Cheio de desenhos coloridos de todos os tipos e tamanhos envolta de uns corações,
Para que cada um possa ver e tirar sua própria conclusão. hm
Um par de olhos
Seus olhos são dois versos
Que me custam interpretar
Sua boca duas sílabas...
Que fazem arrepiar
Seus braços meu mundo
Seu coração meu sol
Poesia que me embriaga...
Me acalma, me aquece
Entre linhas viajo
Velejando nesse mar
Seus olhos espalham luz
Luz que me dá brecha
Te cobre a face linda...
Como universo estelar
Seus cabelos capítulos
Que amo, amo folhear
Escuro como a cor do pecado...
Que amo, me perder e me encontrar
A lua minha confidente
Segue iluminando com sua cor de prata
Seu corpo bálsamo que me embebeda
Cheiro de flor silvestre...
Quando me olha me ganha
Quando me solta me prende
Poema autoria #Andrea_Domingues
Todos os direitos autorais reservados 21/09/2020 às 14:40 hrs
Manter créditos de autoria original _Andrea Domingues ©
Meus versos pra ti.
Na realeza de um escrevinhar meu...
Pra ti...
Dedilhei um acorde...
No verso declamado...
Chorei e senti...
Dediquei as flores...
Dediquei todos os meus amores...
O ponteiro marcava horas..
Meus gritos eram de profundo silêncio...
Rabisquei os quadros...
As folhas se emergiram...
Deixei tudo em alto relevo...
Do azul ao marfim...
Cor de rosa e odores de jasmim...
Na parte em branco...
Fiz seu rosto reluzir....
Torturei meus sentimentos...
Tive afago...
Não fui em busca do gole e do trago...
Vasculhei nas lacunas...
Fui buscando as melhores palavras...
Para ti dedicar e compor essa poesia...
Invadi o meus tímpanos....
Ouvi sua voz me aclamar...
Catei o pôr do sol...
Fui no oeste do seu calor...
Contei ao mundo...
Oeanos e rios...
E da altura que eu estava...
Me joguei do penhasco litorâneo...
Me oferecendo pra ti...
Tu...
Oh mulher...
Mãe e companheira...
Adestrei meu verso mal criado...
Acalmei os ventos...
Silênciei a garoa...
Calei a voz do vulcão ativo...
Desativei minha escrita mal elaborada...
Oh vida..
Uma vida de gratidão...
Sem sogregador...
Com temor...
O semáforo abriu...
Passei por vales e campinas...
No alto da serra...
Senti a neblina...
O orvalho que caiu...
Regou nossa paz...
E de ti...
E de mim...
Expulsei...
Nossa terna e dolorosa solidão...
Autor:Ricardo Melo.
O Poeta que Voa.
Ó Poesia, com seu belos versos, e belas estrofes
mas não ao autor que a conceber,
A cada estrofe prescrita é umsentimento ocorrido,
seja um sentimento ruim ou feliz,
com suas rimas, intensas que os transmitem
o momento ali prescrito e percorrido
não precisa necessáriamente estar no contexto,
Porque uma Curtana pode te dar misericórdia
ou ate mesmo dar a morte, como uma bela
moça pode te oferecer a morte,
é só saber apreciar a arte da poesia,
que você pode ter sentido ou vivido
tudo faz sentido se você saber notabilizar..
Aqui é uma poetisa
Que vive
E até sobrevive
Diante dos versos teus
Relatando as dores
Que deveras sente
Para não ser sufocada
Com tuas próprias palavras
Pois tinha medo
De simplesmente dizê-las
Que daí ficaram entaladas
Feito espinhos na garganta
E resolveu gritar para o mundo:
Independência e vida!!
Para não morrer...
Então viveu feliz
Com os livros que escrevera
Foram os melhores poemas
Da sua agridoce vida!!!
Fernanda de Paula
Instagram: fernanda.depaula.56679
Novo Instagram: mentepoetica2020
Perfumando Poesias
É no poema que vou perfumando poesias.
Assim,
Vou rabiscando versos,
Rimando e marcando momentos.
Só em acordar sorrindo em ver raiar o dia.
Vejo rabiscos automáticos,
E os pássaros ouço cantarolando em minha janela.
Sinto até a ilusão eclodir em devaneios nessa euforia.
Nas minhas emoções,
Proporciono proezas nessa vida doce e florida.
Essa que vivo com paixão,
Vida boa é essa de se viver,
Do nascer ao pôr do Sol;
Sigo inspirando amor,
em almas e em corações....
Autor:Ricardo Melo.
O Poeta que Voa.
BENDITA SEJA POESIA
Que ninguém rasgue
Os livros floridos
De poemas, versos, sonetos
Repletos de amor, saudade e dor
Se um dia preguntarem por mim
Falem que vivi para a poesia
Que mais nada ficará para recordar
Para além dos poemas, versos
Que deixei escritos
Antes de partir
Que os poemas sejam flores
Na alma de quem os lê
E que fiquem eternos no coração.
SONETO SORRINDO
Aqueles versos que escrevi apaixonado
Os contentes versos que escrevi amando
Várias sensações na emoção sussurrando
Que falei de afeto, de prazer enamorado
A cada trova a ventura aumenta ao lado
Numa poética doce, leve, e até quando
Haver o sentimento, estarei esperando
Cada inspiração ao coração, bom agrado
Alguns – versos tão cheios de quimera
Outros – falas belas como a primavera
Mas, todos fartos de amor e de paixão
Então, vou, cuidadosamente, repetindo
Repetindo, verso a verso, numa canção
E dizer-te: que a satisfação está sorrindo
© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
Araguari, MG – 24/07/2021, 09’58”
Versos e tropeços.
Viajo sem saber que estou viajando.
Em muitas viagens, não sei para onde vou.
Não sei por onde passarei;
Só sei que viajo com as estrelas.
Por onde passo, tudo é ilusão, tudo é brincadeira.
Há cada avanço, a viajem se torna mais longa e interessante.
Em cada horizonte, as escritas se tornam mais intensas e profundas, me fazendo viver o inevitável.
Escritas que fazem meus olhos dilatarem com tantas formosuras.
Esboços peregrinatórios
me transportam no girar do globo terrestre.
Uma volta ao mundo, de carona com a ilusão.
Com data marcada para a partida, mas sem previsão de retorno.
Quero eu continuar essa viagem, pelo mundo infinito da literatura,
desvendando segredos revelados, através do poema encantado.....
Autor:Ricardo Melo
O Poeta que Voa
Como o Caeiro, sabes, digo adeus
Como o Caeiro, sabes, digo adeus
aos versos que se vão e aos que chegam,
marcados desde dentro como teus
como sons imperfeitos que se entregam
a quem passe e repasse, e já não sabe
se a conjunção de como que assim ligo
é dele ou de quem é. Como se acabe,
o dia em que te escrevo é que te sigo,
e mais importa, e mais me livra inteiro
do que não tu, a ti, minha mulher,
meu caso e minha casa, meu bom cheiro
a ti ou a mim mesmo, ao que vier
deste completo inverno em que me abeiro
da verdade que entenda quem puder.
Coração pausado
Ritmo acelerado, música, versos,
sons do amor, desejo e pecado,
coraçãopoeta ligeiro adverso
surpreendido pausado, trincado.
Tolo músculo decreta o tempo?
Suplica o poeta sem luz, irreflexo
clama à divindade ao templo
tomba falido, fraco, em genuflexo.
Suspende o fluxo, vida perversa
luz apagada, poeta sem rima...
a sós, finito, nem cruz, reversa
Imortal só palavra... que sina!
(Bia Pardini)
... e faz versos
Ela aposta na doçura nunca na amargura, ela tem fé de que seu caminho, mesmo nublado, um dia o sol a aquecerá e ouve a voz de Deus sussurrar para não desistir. Ela insiste em acreditar que suas ilusões, mesmo miúdas, um dia se tornarão realidade. Ela é assim, nasceu poesia e encanta-se com pequenos galanteios, letras de música, versos de um livro charmoso. Não sabe guardar rancor, não desapega-se de quem a rejeita. Ela é poesia, vê poemas nas indelicadezas e, mesmo errado, ela permite que faça morada no seu coração generoso... e faz versos.
Divagações, poemas, músicas, danças, frutos de sua imaginação, de seu encanto pela vida, coleciona ilusões. Então, na onomatopéia do bem-te-vi, ela acorda e percebe que é hora de direcionar afeto para si mesma. Ela entende que a sensação de construir versos é só pra ela mesma e devagar descobre que pode fazer poesia do vazio e das esperas. E que, em algum lugar, não muito longe dali, há um menino-poema, como ela, capaz de lembrá-la todos os dias que é preciso força e coragem para insistir na doçura num mundo cheio de amargura... e faz versos.
(Bia Pardini)