Texto em versos
Tormentas...ventos!
Arrastam-se no murmurar secreto das tormentas
o eco dos versos recheados de anseio
que escureceram no calor distante dos corpos ausentes...
dos translúcidos afagos...
Memórias devastadas pelo tempo..
E que sempre arrasto pela vida...
Onde pernoitam fragmentos de segredos entorpecidos...
De repente ruíram os sonhos...hoje...
Deixei de ver o teu vulto desenhado em minha retina...
Defumando versos
Tirou do violão, talvez a derradeira nota.
A voz não respondeu.
Mudo, apoiou o rosto no próprio instrumento.
O fogo ainda o aquecia.
A parede da alma amarelada.
O tudo de mãos dadas com o nada.
A fumaça aumentava
Preenchendo cada vazio da poesia da sua vida,
Defumando os versos, provocando tosse na rima.
O pensamento mal cavalgava lembranças
De um alfabeto extinto.
De súbito soprou a vela
Percebendo a complexidade escura do labirinto.
Apenas vestígios de carvão.
Nas cinzas, o destruído eterno.
Nada mais das chamas galopantes
Vistas pouco tempo antes.
De costas deitou-se no chão.
Cobriu o rosto com o próprio chapéu.
De qualquer forma não viria o céu.
Nos olhos apenas nuvens formando véus.
Hoje relendo tudo o que te escrevi
percebo o ridículo em que incorri...
em versos todo meu amor por ti
escrevi...
amor ridículo que vivi...
quase por ti morri.
Amor não correspondido
só por mim vivido
em letras de sangue eternizado
um amor jamais concretizado...
um amor do convencionalmente aceito dissociado.
"Todas as cartas de amor são ridículas..."
Te amei... mais do que tudo te amei
um amor eternamente ridicularizado...
um amor zombado...
A eternidade vai se ocupar
de te mostrar
que tu só ganharias se tivesses me querido ao teu lado...
Uma de minhas maiores frustrações é não ser poeta. Não conseguir exprimir em letras, frases e versos tudo que flui em minha alma.
Certamente comporia em homenagem a natureza. Falaria do mar, dos rios, das flores, do verde, do ar. Falaria do vento que sopra, do seu barulhinho que adoro, quando nas noites pelas brechas das janelas ele penetra e mesmo frio aquece o coração.
Falaria da roça, do roçado e do seu povo. Falaria das cidades pequenas, das crianças, suas farras e brincadeiras.
Falaria da vida, de Deus e certamente falaria do amor.
Ah, o amor... Como falaria dele! Em prosas, em versos, em músicas.
E finalmente falaria de gente! Não falaria dos maus! Ah, desses não!
Gente da cidade grande, gente da minha rua, gente de longe, gente de perto, gente que conheço e dos que não conheço também. Falaria desses que em suas multicoloridas faces, nas suas multicoloridas vidas, nos gestos, nas palavras, nos sorrisos, no abraços, nos impulsionam a viver.
Esses tão ricos de alma que nos cercam no dia a dia e nem valorizamos, muitas vezes nem percebemos. Falaria de você, meu amigo, que na maioria das vezes, pelo dia á dia corrido, só o encontro no face, mas que certamente são especiais, (Só tenho gente especial aqui.) falaria com amor de sua beleza interior.
Tanta poesia linda sairia do coração para a Maria, para o João, para o José. Para Gabriela, para Juliana, para Elisa. Para Isabela, para Manoela. Para Francisquinha, para Joaninha. Para Oswaldo, para Clodoaldo. Para Clementina, para Serafina. Para Eliseu e para Morfeu... E enfim, para você! Ah..., se eu fosse poeta.
Barquinhos De Papel
Quero que os meus versos
sejam humildes
como humilde foi o meu nascer:
cinco letras gritando
na boca da minha mãe
cinco letras sorrindo
nos olhos do meu pai
Quero que os meus versos
sejam humildes:
cinco letras entranhadas
no corpo da minha amada
Cinco letras vivendo
no meu filho eternizadas
Sim!
Quero que os meus versos
sejam humildes :
cinco letras apagadas
pela terra que as guardará
E... a chuva impertinente
a levar os barquinhos de papel
no tempo
de quem (não) me viu
Fonte: Távola de Estrelas
Socorrista ou taxista do Universo,
Ouça meus gritos ou leia meu versos.
Tudo aqui é pesar,
Por sorte, ainda posso fazer o apelo: venha me buscar!
O conflito generalizou,
Entre raças, etnias e classes
Já nem sei quem eu sou
O de que lado tenho ficar.
Muito azar, não?
Eu que tanto já mudei,
Do mel do fel, já provei.
Não sei, logo pensei
Em provar uma nova dimensão.
Já que nessa não há mais solução.
No aguardo da resposta,
Desta liminar!
declamei versos de amor que não foram meus,nem os versos
e nem tão pouco os amores, copie frases de reflexão saudade e amizade ,pensamentos de autores famosos e anônimos ,mas cheguei a conclusão de hoje em diante só declamo versos que saiam de minha alma só escrevo versos que saiam do meu coração e só assim posso ser realmente Andre Sales.
È Natal!
É Natal! Cantam os sinos!
Festejando Deus-menino
Brilham o céu e o mar...
Versos de amor pelo ar
Cenário ímpar, divino,
Corações a palpitar.
Saudade do Ser ausente!
Recordações tão presentes
De afetos perpetuados
Dentro da alma guardados,
Na magia desse instante
Unem presente e passado...
Um convite à oração!
Entrelaçar d emoção
Com fervor agradecer
Pela graça de viver
Com a coragem dos fortes,
Que tudo sabem vencer.
Que as bênçãos de Jesus
Feito raios de luz
Invadam nossa vidas...
Cicatrizando as feridas
Num renascer de esperança,
Tragam alegrias infindas...
Versos Para Rosinha
Um presente de Natal
Do meu pai recebi
Nesta noite sem igual,
Não consegui dormir.
No meu mundo de criança
Uma rosa a se abrir...
Olhos azuis, linda!
Encantei-me quando a vi
Mil abraços, bem vinda!
Não parava de sorrir...
Alisando seus cabelos,
Seu nome eu escolhi.
Rosinha!
Cheirosa e delicada...
Agora minha amiguinha
Juntas num conto de fadas
Entre os muros do quintal,
A alegria fez morada.
Menina loirinha!
Cheia de elegância
Então minha filhinha,
Companheira de infância!
Beijos a toda a hora
Em minha boneca-criança.
Sabia também chorar
Dengosa e tão amada!
Ternura ao abraçar
Meiguice e cor rosada!
Difícil é descrever
Apegos que a alma guarda.
Cresci ao seu lado...
Agora, minha confidente
Sonhos, primeiro namorado,
Conflitos de adolescente
Mesmo sem dizer nada,
Queria me ver contente.
Guardo ainda comigo
Minha boneca, rosinha
Da meninice o abrigo
Hoje, versos em rimas
Foi bom dividir com ela
Fantasias tão lindas!
Defumando Versos
Tirou do violão, talvez a derradeira nota.
A voz não respondeu.
Mudo, apoiou o rosto no próprio instrumento.
O fogo ainda o aquecia.
A parede da alma já amarelada.
A fumaça aumentava
Preenchendo cada vazio da poesia da sua vida,
Defumando os versos, provocando tosse na rima.
O pensamento mal cavalgava lembranças
De um alfabeto extinto.
De súbito soprou a vela
Percebendo a complexidade escura do labirinto.
Apenas vestígios de carvão.
Nas cinzas, o destruído eterno.
Nada mais das chamas galopantes
Vistas pouco tempo antes.
De costas deitou-se no chão.
Cobriu o rosto com o próprio chapéu.
De qualquer forma não viria o céu.
Nos olhos apenas nuvens formando véus.
VERSOS DE OBITUÁRIO
Nos versos de um poema
Que não nasceu
Um obituário se faz
Pra morrer outras vezes
Se viver a morte
Num verso controverso
Num pensar disperso
Nos versos feito a corte
Já morri muitas vezes
Parece até controverso
Que não sei dizer
Foi a morte o derradeiro verso
Foi a morte o primeiro verso...
Melancolicamente falando de uma atroz alegria,
Confundindo os sentidos da dor e tristeza,
Versos aparte você não é fantasia,
Alegro-me ao contemplar de tua beleza.
Por pura ventura fizeram-me rir,
Da brada lua alarmante ao venerar,
O amor terrestre a se expandir,
Eternizadamente, sem nunca acabar.
Falta-me poesia
Como expressar em palavras
Os versos que leio nos olhos?
Os gestos que escrevo nos braços?
Como expressar palavras.
A criança que chora de tanto ri?
O sol que amanhece entardece
E a lua anoitece
Falta-me poesia?
Saberei guardar essa vida dentro de mim
Choro
Beijo
Abraço
Sorriso?
Saberei eu emocionar a vida, alavancar o puro e simples amar?
se
Nem todo poema traduz papel
As vezes a lágrima não cai
E a alma chora.
Nem todo papel cabe num poema
As vezes o sorriso é largo
E a alma aflora.
DOIS VERSOS
Faço de sonhos os meus versos,
Opostos de mim que habitam o mesmo universo.
Se o primeiro é cinismo que beira a loucura
O segundo é feito de letras de candura.
Se um desfaz e deprecia
Segue-se o que exalta e alivia.
Antecipa-se aos olhos o que emociona,
Abrindo caminho para o que chora.
Grita alto o que interroga rebelado
Responde calmo o tolerante que me deixa silenciado.
Agiganta-se meu verso que é pedra na vidraça,
Se segura o outro que é de vidro e se estilhaça.
Cresce a ira do que me vaia e me critica
Entende-me o verso que me aplaude e me paparica.
Abre-se em cada linha o lírico de ternura explícita.
O mais grosseiro avança para fechar a lista.
Agressivo é o verso tenso que me desestrutura,
Mas o verso suave cava a sua sepultura.
O meu primeiro verso fala de amor.
O segundo... Ratifica o anterior.
(Primeira poesia publicada no meu blog: www.doisversos.com). Visite-me.
Chove Chuva
Dia chuvoso, céu nublado
E eu aqui sentada
Colocando em frases e versos sentimentos inversos
A chuva cai
E dentro de mim algo se desfaz
Lembranças à tona
Sentimentos embaraçados
E meu coração apertado
Chove chuva
Deixe-a chover
Talvez assim pense menos em você
Depois da tempestade
Eis que surge o arco-íris
Trazendo consigo
Toda a felicidade que eu havia pedido.
Hoje pensei em fazer versos que te deixasse feliz
Mais logo cai em si
que tua felicidades vieste
De simples versos
Te deixaria feliz
Mais seria por um momento
Um instante talvez
Mais ai então pensei em dizer nesse versos
O quanto eu ti amo
Pois assim ti deixaria
Feliz eternamente.
Poema de: Rafael Souza
VOCÊ EM MEUS VERSOS
Tento descrever a forma que sinto,
tento coloca-la em meus versos usando minhas palavras
porém quando você fica em meus pensamentos,
é um completo desperdício
vejo o que faço para preencher o lugar que você deixou
vejo que é inútil preencher seu lugar
vejo que é inútil até tentar
compreendo o que é falta
compreendo o que solidão
compreendo que a falta de você me faz
me faz ver que falta algo em mim
falta que cada vez mais acostumo com ela
cada vez mais acostumado com a monotonia
acostumado ter a solidão em minha vida
quando se acostuma com a solidão
se fica cada vez mais frio
frio a ponto de não se importar com as coisas
frio a ponto de me afastar da vida
tentando deixá-la se esvair para não ter dor
vejo e lembro do calor da tua presença
seu olhar direto me deixava atento
seu olhar tímido me deixava feliz
dele via o quão pura você é
quando não conseguia me encarar
você me enchia de confiança
mas ao mesmo tempo de confusão
já que não via o fundo dos teus olhos
quando está longe procuro saber se está bem
para ficar em paz
e poder seguir com a minha vida
já que a considero parte dela
vou te conhecendo mais e mais
vendo admirado quem você é
vejo e quase desabo nas suas qualidades
principalmente em uma delas
a de chamar minha atenção
fazendo isso de modo natural
quase sobrenatural
sempre fui um mero mortal em sua presença
sua presença puxa o sentimento mais humilde que tenho
o sentimento que tenho por você
o frio na barriga que só você é capaz de me fazer ter
é uma singela mas pura sensação
que traz para mim uma liberdade quase inimaginável
penso quando a terei em meus braços
penso na forma que segurarei você
para que fique em segurança, e de forma que deixe
pelo menos seu cheiro comigo
para que leve algo de você comigo
para que sinta menos sua falta
quando você sair
Silencio..
Com dor e simplicidade
Escrevo versos
Desconexos e rabiscos...
Tropeçando e caindo
Aprendi que a vida é um jogo..
Para ganhar ou perder
Perde-se mais que se ganha
Ganhasse mais do que se perde...
Esquecendo-se os medos
E muitas vezes as próprias limitações
Olhando o horizonte com confiança,
Alimentando-se com amor
Navegando por aguas firmes da saudade,
Esquecendo as lágrimas
Turvas do silencio e da solidão,
Observando a beleza flutuante da alma
Deixar entrar o brilho intenso do amanhecer,
Como a mais bela flor abrir no jardim
Encantado tirando da alma fustigada de desilusão,
Quimera de um sonho
Guardo e espalhado ao vento da minha dor,
do meu lamento esquecido e perdido.!!
Minda
Minda!
Só para dizer o quanto és linda
Sem receio 1000 versos como estes faria
Versos iguais ao teu rosto cheio de alegria
Embora não penses o mesmo de mim
Com versos e rimas te elogio mesmo assim
Tu mereces, ainda que consideres pouco
Aceite o elogio deste vadio, poeta e louco
Até podia te oferecer um vestido de marca
Mas não seria mais belo que a sua anca
És doce no falar e excitante no desfilar
És preta e negra com isso deves te orgulhar
Não te ofereci flores porque és uma delas
Nem me foi necessário te oferecer estrelas
Tu brilhas, alegras os olhos do apreciador
Resumindo todo poema; Minda és um amor!
De que adianta escrever belos
versos, que falam de amor, dor
felicidade coisa e tal.
Se para o leitor é apenas um texto,
uma sequêncial de palavras tão
banal quanto o gesto de para o lado
olhar.
Palavras são apenas palavras se não
sabemos delas uma lição tirar,
aproveitar o que há de mais belo, o
que um simples verso tem a te
ensinar
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