Texto em versos
Versos tortos
Meus versos já não mais vejo.
Mal e baixinho apenas os escuto.
Não instigam meus desejos
No meu poema vesti luto.
Fiz silêncio por um tempo
Até mais do que um minuto,
Na saudade que hoje sento,
Até as lembranças eu insulto.
Não vou vesti-los de preto
A cor pra mim não importa,
Depois de mata-los não tem jeito,
Não é a perda, é a tristeza que me entorta.
"SINFONIA"
Passeiam os escritos da minha poesia
Pensamentos tão meus em versos
.................
Que vestem-se de letras, com as palavras
Amo-te, sonhei contigo a noite inteira
.....................
No expoente de todo o meu sentimento
Onde o meu beijo desaguou na tua boca
...........................
O teu olhar me fez viajar, ao ir além dum sonho
Sonho lentamente, numa tarde com palavras
.............................
Que suporta qualquer destino, sem horizonte
Outono gracioso, apaixonado, quente tão nosso
..............................
Que marchariam a nu, todos os poemas ousados
Num futuro que será sempre nosso, muito mais do que
..................................
Posso explicar a escrever com a cumplicidade
Desde o meu respirar ao bater do meu coração
.................................
Sabendo que sou só tua em cada acorde dum violão
Nas notas que toca uma sinfonia linda, uma sinfonia antiga.
Crime
Autor: Elias Torres
No livro de Êxodo no capitulo 2 dos versos 11 aos 15 está escrito o seguinte:Certo dia, sendo Moises já adulto, foi ao lugar onde estavam os seus irmãos hebreus e descobriu como era pesado o trabalho que realizavam. Viu também um egípcio espancar um dos hebreus.
Correu o olhar por todos os lados, e não vendo ninguém, matou o egípcio e o escondeu na areia. No dia seguinte saiu e viu dois hebreus brigando. Então perguntou ao agressor: “por que você está espancando o seu companheiro?”
O homem respondeu: “Quem o nomeou líder e juiz sobre nós? Quer matar-me como matou o egípcio?” Moises teve medo e pensou: “Com certeza tudo já foi descoberto!”
Quando faraó soube disso procurou matar Moises, mas este fugiu e foi morar na terra de Mídia. Ali assentou-se à beira de um pouco.
Comentários: Sempre ouvir dizer que o crime não compensa e que não há crime perfeito. Cada vez mais creio nisso. A ciência criminalista está tão avançada que é possível descobrir um criminoso por um simples fio de cabelo ou até mesmo pela saliva – é o desenvolvimento tecnológico a favor da punição dos que violam as leis. Muitos não são punidos por falta de interesse na investigação ou outros problemas, mas ficou muito mais difícil cometer um crime sem ser descoberto.
No texto que você acabou de ler, Moises pensou ter cometido um crime perfeito, sem testemunhas. Enganou-se. No dia seguinte, ao tentar separar dois indivíduos que brigavam, descobriu que um deles sabia do crime. Alem do mais, Deus vê todas as coisas – ele sabia. Ameaçado de morte, Moises teve de fugir – seu crime só lhe trouxe problemas.
O assassinato não agrada a Deus e foi proibido por ele (Ex 20.13). Precisamos pedir sabedoria a Deus e domínio próprio ao Senhor para não nos deixarmos levar pela ira – sentimento que antecede esses atos criminosos. No caso de Moises, o egípcio espancava um hebreu e sua morte parecer “justa”, mas tudo seria diferente se ele controlasse sua raiva e conversasse com aquele homem. Faltou sabedoria. O diálogo ainda é a melhor maneira de buscar a paz.
Quem não busca a sabedoria deixa-se levar pela violência e pelos maus sentimentos, demonstrando que não teme a Deus, pois “O temor ao Senhor conduz à vida: quem o teme pode descansar em paz, livre de problemas (Provérbios 19.23). Quem deseja obedecer a Deus valoriza cada vida criada por ele e busca controlar seus sentimentos para que estes não firam os outros. Isto só se tornará natural pela intervenção divina em sua vida: o Espírito santo lhe mostra como ser sábio e desenvolve as características de Jesus em você. Você já teve esta experiência?
“Não abandone a sabedoria e ela o protegerá; ame-a e ela cuidará de você”. Provérbios 4.6.
Texto extraído do livro devocional o Pão diário 13.
EM BRANCO
Seria só uma página a mais.
Em branco.
Os versos pululavam sem fim,
Ferviam dentro de mim, mas eu
Não conseguia escrever nada.
Nada mesmo acontecia ou saía.
Tentativas mil.
Inválidas.
Sobrava só um imenso vazio.
Uma sensação de intenso frio.
Outras tantas quantas.
Nada menos um.
Densa, tensa,
Descobri o medo.
Não sabia do quê.
Procurei em mim.
Me revirei, não achei.
O que seria?
Logo eu, que
Sempre tão rápido
Raciocinei, que tão
Ágil um livro inteiro
Em um mês aprontei?
Não sei...
E agora o que faço
Com este vácuo?
Com o tudo deste nada,
Com o prenúncio desta dor,
Com a proximidade da saudade
Que já me bate e invade por saber
Que é chegada a hora da despedida,
De dar o ponto final na última linha da
Página do livro que abriu a minha vida!
Guria da Gaúcha Poesia
Lavando a Alma,
Página 49
1989
A Poesia
Na Poesia sem encontram varios versos
E Os seus temas porem são diversos,
Assunto do mais simples aos mais complexo!
Na poesia se encontram aventuras
Como também amores que não passaram de loucura!
Tambem se encontram queixas,desavenças e alegrias,
Como também se acha um universo de intriga.
Pode ser proferida pelo mais ignorante dos homens
E pode ser compreendida pelo mais sábio dos animais!
Na poesia se tem contradições,
Como também são repletas de revelações!
A poesia e algo agradável de se ouvir,
Como também e de se falar!
A poesia esta presente aqui,
A poesia esta em todo lugar!
Voos de fantasia...
Busco-te numa estrela poética
Em estrofes... rabiscos...versos e rimas...
Convoco o vento forte...
Para que me leve nas suas asas
e nesses meus voos de fantasia
saboreio o vai e vem das marés...
E volto a sonhar e te vejo
E fico encantada...enamorada
Ao ver o sol deitar-se...
E neste entardecer
Fico a recitar poesias loucas
Com palavras cheias de paixão...
As palavras dançam...numa harmonia encenada
Nossos corpos unidos...na minha visão de ilusão!
Tormentas...ventos!
Arrastam-se no murmurar secreto das tormentas
o eco dos versos recheados de anseio
que escureceram no calor distante dos corpos ausentes...
dos translúcidos afagos...
Memórias devastadas pelo tempo..
E que sempre arrasto pela vida...
Onde pernoitam fragmentos de segredos entorpecidos...
De repente ruíram os sonhos...hoje...
Deixei de ver o teu vulto desenhado em minha retina...
Defumando versos
Tirou do violão, talvez a derradeira nota.
A voz não respondeu.
Mudo, apoiou o rosto no próprio instrumento.
O fogo ainda o aquecia.
A parede da alma amarelada.
O tudo de mãos dadas com o nada.
A fumaça aumentava
Preenchendo cada vazio da poesia da sua vida,
Defumando os versos, provocando tosse na rima.
O pensamento mal cavalgava lembranças
De um alfabeto extinto.
De súbito soprou a vela
Percebendo a complexidade escura do labirinto.
Apenas vestígios de carvão.
Nas cinzas, o destruído eterno.
Nada mais das chamas galopantes
Vistas pouco tempo antes.
De costas deitou-se no chão.
Cobriu o rosto com o próprio chapéu.
De qualquer forma não viria o céu.
Nos olhos apenas nuvens formando véus.
Hoje relendo tudo o que te escrevi
percebo o ridículo em que incorri...
em versos todo meu amor por ti
escrevi...
amor ridículo que vivi...
quase por ti morri.
Amor não correspondido
só por mim vivido
em letras de sangue eternizado
um amor jamais concretizado...
um amor do convencionalmente aceito dissociado.
"Todas as cartas de amor são ridículas..."
Te amei... mais do que tudo te amei
um amor eternamente ridicularizado...
um amor zombado...
A eternidade vai se ocupar
de te mostrar
que tu só ganharias se tivesses me querido ao teu lado...
Uma de minhas maiores frustrações é não ser poeta. Não conseguir exprimir em letras, frases e versos tudo que flui em minha alma.
Certamente comporia em homenagem a natureza. Falaria do mar, dos rios, das flores, do verde, do ar. Falaria do vento que sopra, do seu barulhinho que adoro, quando nas noites pelas brechas das janelas ele penetra e mesmo frio aquece o coração.
Falaria da roça, do roçado e do seu povo. Falaria das cidades pequenas, das crianças, suas farras e brincadeiras.
Falaria da vida, de Deus e certamente falaria do amor.
Ah, o amor... Como falaria dele! Em prosas, em versos, em músicas.
E finalmente falaria de gente! Não falaria dos maus! Ah, desses não!
Gente da cidade grande, gente da minha rua, gente de longe, gente de perto, gente que conheço e dos que não conheço também. Falaria desses que em suas multicoloridas faces, nas suas multicoloridas vidas, nos gestos, nas palavras, nos sorrisos, no abraços, nos impulsionam a viver.
Esses tão ricos de alma que nos cercam no dia a dia e nem valorizamos, muitas vezes nem percebemos. Falaria de você, meu amigo, que na maioria das vezes, pelo dia á dia corrido, só o encontro no face, mas que certamente são especiais, (Só tenho gente especial aqui.) falaria com amor de sua beleza interior.
Tanta poesia linda sairia do coração para a Maria, para o João, para o José. Para Gabriela, para Juliana, para Elisa. Para Isabela, para Manoela. Para Francisquinha, para Joaninha. Para Oswaldo, para Clodoaldo. Para Clementina, para Serafina. Para Eliseu e para Morfeu... E enfim, para você! Ah..., se eu fosse poeta.
Barquinhos De Papel
Quero que os meus versos
sejam humildes
como humilde foi o meu nascer:
cinco letras gritando
na boca da minha mãe
cinco letras sorrindo
nos olhos do meu pai
Quero que os meus versos
sejam humildes:
cinco letras entranhadas
no corpo da minha amada
Cinco letras vivendo
no meu filho eternizadas
Sim!
Quero que os meus versos
sejam humildes :
cinco letras apagadas
pela terra que as guardará
E... a chuva impertinente
a levar os barquinhos de papel
no tempo
de quem (não) me viu
Fonte: Távola de Estrelas
Socorrista ou taxista do Universo,
Ouça meus gritos ou leia meu versos.
Tudo aqui é pesar,
Por sorte, ainda posso fazer o apelo: venha me buscar!
O conflito generalizou,
Entre raças, etnias e classes
Já nem sei quem eu sou
O de que lado tenho ficar.
Muito azar, não?
Eu que tanto já mudei,
Do mel do fel, já provei.
Não sei, logo pensei
Em provar uma nova dimensão.
Já que nessa não há mais solução.
No aguardo da resposta,
Desta liminar!
declamei versos de amor que não foram meus,nem os versos
e nem tão pouco os amores, copie frases de reflexão saudade e amizade ,pensamentos de autores famosos e anônimos ,mas cheguei a conclusão de hoje em diante só declamo versos que saiam de minha alma só escrevo versos que saiam do meu coração e só assim posso ser realmente Andre Sales.
È Natal!
É Natal! Cantam os sinos!
Festejando Deus-menino
Brilham o céu e o mar...
Versos de amor pelo ar
Cenário ímpar, divino,
Corações a palpitar.
Saudade do Ser ausente!
Recordações tão presentes
De afetos perpetuados
Dentro da alma guardados,
Na magia desse instante
Unem presente e passado...
Um convite à oração!
Entrelaçar d emoção
Com fervor agradecer
Pela graça de viver
Com a coragem dos fortes,
Que tudo sabem vencer.
Que as bênçãos de Jesus
Feito raios de luz
Invadam nossa vidas...
Cicatrizando as feridas
Num renascer de esperança,
Tragam alegrias infindas...
Versos Para Rosinha
Um presente de Natal
Do meu pai recebi
Nesta noite sem igual,
Não consegui dormir.
No meu mundo de criança
Uma rosa a se abrir...
Olhos azuis, linda!
Encantei-me quando a vi
Mil abraços, bem vinda!
Não parava de sorrir...
Alisando seus cabelos,
Seu nome eu escolhi.
Rosinha!
Cheirosa e delicada...
Agora minha amiguinha
Juntas num conto de fadas
Entre os muros do quintal,
A alegria fez morada.
Menina loirinha!
Cheia de elegância
Então minha filhinha,
Companheira de infância!
Beijos a toda a hora
Em minha boneca-criança.
Sabia também chorar
Dengosa e tão amada!
Ternura ao abraçar
Meiguice e cor rosada!
Difícil é descrever
Apegos que a alma guarda.
Cresci ao seu lado...
Agora, minha confidente
Sonhos, primeiro namorado,
Conflitos de adolescente
Mesmo sem dizer nada,
Queria me ver contente.
Guardo ainda comigo
Minha boneca, rosinha
Da meninice o abrigo
Hoje, versos em rimas
Foi bom dividir com ela
Fantasias tão lindas!
Defumando Versos
Tirou do violão, talvez a derradeira nota.
A voz não respondeu.
Mudo, apoiou o rosto no próprio instrumento.
O fogo ainda o aquecia.
A parede da alma já amarelada.
A fumaça aumentava
Preenchendo cada vazio da poesia da sua vida,
Defumando os versos, provocando tosse na rima.
O pensamento mal cavalgava lembranças
De um alfabeto extinto.
De súbito soprou a vela
Percebendo a complexidade escura do labirinto.
Apenas vestígios de carvão.
Nas cinzas, o destruído eterno.
Nada mais das chamas galopantes
Vistas pouco tempo antes.
De costas deitou-se no chão.
Cobriu o rosto com o próprio chapéu.
De qualquer forma não viria o céu.
Nos olhos apenas nuvens formando véus.
VERSOS DE OBITUÁRIO
Nos versos de um poema
Que não nasceu
Um obituário se faz
Pra morrer outras vezes
Se viver a morte
Num verso controverso
Num pensar disperso
Nos versos feito a corte
Já morri muitas vezes
Parece até controverso
Que não sei dizer
Foi a morte o derradeiro verso
Foi a morte o primeiro verso...
Melancolicamente falando de uma atroz alegria,
Confundindo os sentidos da dor e tristeza,
Versos aparte você não é fantasia,
Alegro-me ao contemplar de tua beleza.
Por pura ventura fizeram-me rir,
Da brada lua alarmante ao venerar,
O amor terrestre a se expandir,
Eternizadamente, sem nunca acabar.
Falta-me poesia
Como expressar em palavras
Os versos que leio nos olhos?
Os gestos que escrevo nos braços?
Como expressar palavras.
A criança que chora de tanto ri?
O sol que amanhece entardece
E a lua anoitece
Falta-me poesia?
Saberei guardar essa vida dentro de mim
Choro
Beijo
Abraço
Sorriso?
Saberei eu emocionar a vida, alavancar o puro e simples amar?
se
Nem todo poema traduz papel
As vezes a lágrima não cai
E a alma chora.
Nem todo papel cabe num poema
As vezes o sorriso é largo
E a alma aflora.
DOIS VERSOS
Faço de sonhos os meus versos,
Opostos de mim que habitam o mesmo universo.
Se o primeiro é cinismo que beira a loucura
O segundo é feito de letras de candura.
Se um desfaz e deprecia
Segue-se o que exalta e alivia.
Antecipa-se aos olhos o que emociona,
Abrindo caminho para o que chora.
Grita alto o que interroga rebelado
Responde calmo o tolerante que me deixa silenciado.
Agiganta-se meu verso que é pedra na vidraça,
Se segura o outro que é de vidro e se estilhaça.
Cresce a ira do que me vaia e me critica
Entende-me o verso que me aplaude e me paparica.
Abre-se em cada linha o lírico de ternura explícita.
O mais grosseiro avança para fechar a lista.
Agressivo é o verso tenso que me desestrutura,
Mas o verso suave cava a sua sepultura.
O meu primeiro verso fala de amor.
O segundo... Ratifica o anterior.
(Primeira poesia publicada no meu blog: www.doisversos.com). Visite-me.