Texto em versos
NUMA POESIA DE AMOR
Numa poesia de amor, puramente
Tem versos poéticos e lisura igual
Sensações, afago, então, presente
Encantador tal as rosas dum rosal
Um verso breve, com tal essência
Onde há emoção e um doce olhar
Aonde a alma possa na cadência
Ter o fascínio e ventura encontrar
Que tenha a inspiração incendida
Cheia de paixão, aquela incontida
Pois, o diário se escrevera depois
E, incluído nestes versos, o amor
O cheiro, o encontro, a dada flor
Versejando o sentimento a dois...
© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
16 março, 2022, 14’41” – Araguari, MG
𝙰 𝙰𝚁𝚃𝙴 𝙳𝙴 𝚅𝙴𝚁𝚂𝙴𝙹𝙰𝚁
A poesia nasce assim...
No instante em que a alma aflora livre.
Versos vão tecendo sonhos alados
Que como pássaros partem em revoada.
Uma estranha paz, um êxtase supremo...
E nos transportamos ao limiar do real!
Bendita a mão quer verseja...
Como bendito é o pranto que inspira...
Pois o poeta se alimenta deles!
Em sua arte de vasculhar o íntimo,
Compor desejos... Decifrar pecados...
Se um poeta chora solidões, saudades...
Seu pranto iluminado se transforma em versos.
E de sua alma ferida, brotam flores, luares, campos...
Descrições incautas... Narrações fantásticas.
Seu coração é todo inspiração e luz!
Na sua poesia ele desnuda a alma...
Reinventa o belo, consolida o mágico...
E vai destilando no papel seus sentimentos
Ousando sonhos nunca revelados!
E na suprema criação das mãos que escrevem
Os versos, estrofes, rimas...vão brotando assim...
Livres... Ditados pelo íntimo que se exprime
Se mostra na forma mais sublime e bela.
Se o poeta sofre, sofre em versos...
Se é feliz.... Transparece em estrofes...
Se sonha... Cria rimas...
Se morre... Ah! Se um poeta morre...
Apaga-se uma estrela, morre uma flor...
E seus poemas se perpetuam nas madrugadas chuvosas
Carregados de vida e forjados no fogo da paixão!
E vão cantando os amores que viveu.... Os amores que sonhou...
Os amantes que conheceu...
A natureza em seu fulgor.
E por toda a eternidade sua poesia permanece
Infinitamente bela.... Infinitamente nova
Enternecendo os corações sedentos de sonhos...
Com fome de sentimentos e exausto de solidão!!!!!
VERSOS E AMARGURA
.
Se de mim retirassem os enganos
Em mim apenas acertos restariam
Seria um poeta de versos levianos
Que como bolas de sabão se esvaziam
Prefiro ser alguém cujas conjecturas
Correm o risco de trazer amarguras
Do que ser um ser vivo sem opinião
Prefiro que me calem com mordaças
Do que ao me ouvirem achem graça
Por repetir os gracejos da multidão.
.
Prefiro ser chamado de subversivo
Do que receber afagos dos opressores
Porque tais afagos só são oferecidos
Aos fracos em troca de favores
Com os quais traem a sua dignidade
E ganham uma falsa felicidade
Como troféu para a covardia
Prefiro ter a honra da clausura
Nos frios porões da ditadura
Do que a desonra na democracia.
.
Se de mim retirarem os versos
Ainda me restarão os pensamentos
Que voarão na amplitude do Universo
Montados nas costas do vento
E baterão à porta de Deus
Que atendendo ao apelo meu
Mandará uma forte tempestade
Formada por poesias agudas
Que caindo regarão as mudas
Que aflorarão como liberdade.
Mulher quantas cores é preciso pra descrever sua beleza.
Quantos versos
pra entender sua força.
Uma mulher apenas.
Com história e mentiras.
Uma mulher apenas.
Em uma vida pequena.
Uma mulher apenas.
Dona de um todo imenso.
Salto alto quebrado
Batom rebocado
Uma mulher a duras penas.
Inspiração de poetas.
Essência da poesia.
Uma mulher sempre há…
Na chegada.
E na partida.
Versos sul-americanos...
No Rio Mapocho
o inesquecível ocorrido,
As peças do malabaris
não giram mais no sinal,
O Chile e o continente
não se esquecem mais
do fatídico repetido.
Dor sul-americana...
Todo perdão a ser pedido
é ainda muito pouco
Onde o passado virou vício.
Lamento sul-americano...
A frágil filha de Bolívar
ainda vive sob ameaça
de quem não aprendeu
com os mesmos erros,
O fardo da oligarquia
golpista pesa nas costas
e espalham tantos medos.
Chaga sul-americana...
Versos sul-americanos...
Na pequena Veneza,
o General continua
injustamente preso,
Não há notícia de libertação,
e segue da mesma forma
a tropa em igual situação,
Há sussurros de reconciliação...
Prenderam o campesino,
não soltam o velho tupamaro,
e os meus versos estão em disparo.
Nenhuma notícia de Justiça,
não soltaram os presos de consciência,
não gostaria de escrever só crítica.
Não dá para ter um repleto Natal,
nada se sabe quando vão
libertar a tropa e o General.
No Presépio do coração faltam:
o perdão, a esperança, a reconciliação;
e levar de volta para casa quem saiu
pelas estradas, ares e mares da imigração.
Por um mundo mais justo, amável e respirável...
Versos submersos e imigrantes
nas lágrimas
dos dezenove mártires de Güiria,
(Sentindo as dores de quem fica).
E indo com todos que estão indo
em busca de vencer a pobreza
e não sofrer mais injustiças:
(É com eles que opto sempre ficar).
Porque quando o coração do povo
dói é ali que o meu
não para de doer até curar,
(Há tragicamente 127 militares presos).
E a justiça para o General sequer
deu um minuto de ar,
e preso ele não deveria estar;
(Não há previsão quando vão o libertar).
Para a História ainda piorar
a Corte Internacional de Justiça
parece que quer reinventar a roda
e produzir uma nova História
para talvez a vida desta Nação tumultuar,
(Os bloqueios não param de matar,
e muitos fingem que esta
verdade não é digna nem de falar).
A Corte não respeitou o quê já
havia sido decidido
pela Convenção de Genebra de 1966,
Que o Sol da Venezuela
nasceu, nasce e nascerá no Esequibo;
Em prosa e verso não vou parar
de falar que o Esequibo é da Venezuela,
e não há ninguém na Terra
que possa com dedo o Sol da verdade tapar.
Há pouco mais
de dois anos
de idílio em idílio
com os meus
versos de total
e exclusiva minha
responsabilidade,
venho contando
a trágica história
do General que
continua preso
injustamente
e sobrevivendo
um calvário real,...
Assim prossigo
lamentando
por tudo aquilo
que se passa
na América Latina
desde a prorrogação
do meu enfadonho
isolamento social:
Pois não há notícias
que o processo
está a caminhar,
o General sequer
passou por uma
audiência preliminar,
quando irão o libertar?
Há poucas horas
fiquei sabendo
que o autoproclamado
foi citado pela Fiscalía
após as confissões
magnicidas
de um outro General
que se entregou
nos braços do Império.
O General que por
ele venho pedindo
a liberdade sem
nenhum sucesso
parece que
em prol dele não
há entendimento,
então, prossigo
com o meu lamento.
**Receita de fazer versos medíocres**
Esta receita é infalível
e todo poeta
que não tem leitura
nem troca versos com outros poetas
sejam eles vivos em livros
ou amigos que cantam...
Com ela
poderão fazer poemas
o tempo todo!
E é bem fácil de aprender:
Reclame de dor de amor em uma primeira frase
depois coloque palavras difíceis eruditas
até francês na segunda frase...!
Desde que rime é o que vale
e que pareça bem culto!
Na segunda estrofe diga esperanças
E rime tudo
não importa com quê
desde que eruditíssimo
E sucesso você vai ter!
Vai ganhar concursos literários
Vai sentar na roda dos novos escarnecedores
Vai até viajar a Europa!
Pois do culto ao culto
você deve participar
E mesmo que não tenha sentido
Rime rime tudo com o erudito
Pois mais vale a rima
na mediocridade
que a ideia boa na sanidade!
Há muito tempo
venho contando
a injustiça em
versos autorais
e de minha total
responsabilidade
sobre a injustiça
cometida contra
uma boa tropa
e um General:
O círculo vicioso
contra os nossos
povos que vem
sendo imposto
não nos deu
trégua nem
no mês do Natal.
Na nossa Pátria
América Latina
virou rotina aturar
todo o santo dia
falsas notícias
a ironia e a tirania,
E morrer nas mãos
de cada uma delas
porque não
há investigação.
A Bolívia não foi
poupada do cruel
engendro deste
emaranhado,
o povo vem
sendo ameaçado
e por lá um golpe
duro foi instalado,
Desde outubro
era esperado
um informe final
sobre o resultado
da vitória eleitoral,
Somos testemunhas
de um festival
de absurdos sem
antes nunca visto igual.
Em Um Amor,Versos Ao Luar.
Lua sua,Lua minha,noites de amor ao luar.
A mais linda à brilhar,e com seus cabelos de cachoeiras,você desce além do horizonte para o incerto recordar,e se reencontrar na inspiração do tempo.
É a essência do anoitecer,na sua beleza.
Muito bonita nesse teu sorriso raiando a vida.
Lua querida,em muitos carrosséis de estrelas,na formosura da noite.
Lua e mar,coisa mais linda,e entre neblinas.
Lua menina,correndo entre as florestas e estradas,sonhando nas quatro estações, sorrindo para o amanhã.
Luz profunda desse mundo pequeno,ao teu amor.
Suas saudades estão nas canções,seus desejos estão mantidos nas areias do deserto.
Bem ao teu luar,um novo lugar nasceu,e acariciado por flores e redenção,foi aceito mais perto do céu.
Nos eclipses,você se transforma em mistério,e fica mais séria.
Em sua alma,suas fases são seu momento singular.
Lua sempre Lua,teus belos olhos,se explicam na amargura das sombras,e tão seguros de si,te guiam nos labirintos do esquecimento.
Teu reflexo no espelho se declama,e tenta te surpreender outra vez.
De bom coração e de uma doce voz, conhece as várias sensações.
Foi como o amor disse que você seria,para sempre,brilhante e rara.
Um lindo transparecer de paz e histórias, jamais irá se dissipar,pois você ainda é aquela Lua,amando e sendo amada no céu.
Em versos de plena
responsabilidade
e sanidade autoral
da minha parte,
E que nem faz
ideia o General
que quero notícias,
Diga por quanto
tempo mais seguirá
esta infausta prisão
sem ter tido sequer
a audiência preliminar?
Em pernas, braços
mãos e passos
por todo o país
marchando até Quito,
Em total resistência
indígena e não
aceitação do destino.
Dou eco a dor
da dengue
hemorrágica
que dizem que pode
ter sido a clássica,
Mas não sabem
nem mais ao
certo qual das
duas ainda persiste,
Só se sabe que
o quê se insiste
é o vexame de
punir um crime
que não houve,
e que no conjunto
a bronquite trágica
e a vida do centauro
ameaça de ser ceifada
por não estar sendo
tratada como deveria.
Da atitude drástica
de três vidas
da ponte que
foram atiradas
por terroristas
policiais da
ponte no Equador,
Repete-se em tantos
lugares e de formas
diferentes, paulatinamente,
em doses homeopáticas
por causa dessa onda autoritária.
Em versos de plena
responsabilidade
e sanidade autoral
da minha parte,
E que nem faz
ideia o General
que quero notícias,
Diga por quanto
tempo mais seguirá
esta infausta prisão
sem ter tido sequer
a audiência preliminar?
Em pernas, braços
mãos e passos
por todo o país
marchando até Quito,
Em total resistência
indígena e não
aceitação do destino.
Dou eco a dor
da dengue
hemorrágica
que dizem que pode
ter sido a clássica,
Mas não sabem
nem mais ao
certo qual das
duas ainda persiste,
Só se sabe que
o quê se insiste
é o vexame de
punir um crime
que não houve,
e que no conjunto
a bronquite trágica
e a vida do centauro
ameaça de ser ceifada
por não estar sendo
tratada como deveria.
Da atitude drástica
de três vidas
da ponte que
foram atiradas
por terroristas
policiais da
ponte no Equador,
Repete-se em tantos
lugares e de formas
diferentes, paulatinamente,
em doses homeopáticas
por causa dessa onda autoritária.
Agente estranho
em canção
da década de 80,
versos, acordes
de punk rock
e estamos em 2019,
intervenção poética,
vozes dizendo
que o tempo
está passando,
e eu continuando
sempre a mesma.
A besta Imperial
não deveria
ter bloqueado,
está na hora de
ir desbloqueando.
Estão dizendo
que os Generais
já deveriam ter
sido libertados,
estão "firmes,
fortes,
voluntariosos
e corajosos",
Só acredito
vendo com
os meus
próprios olhos.
Não tem direito
de reclamar
de mim quem
a um povo todo
está martirizando.
Ecoam as vozes
de muitos
que ainda estão
nos calabouços
e em mim
não me permite
repouso porque
escuto daqui,...
Eles e os generais
que não deveriam
ter sido presos,
isso já é
o suficiente
para seguir
me queixando
até o fim;...
mesmo sabendo
que há em muitos
lugares preces
de liberdade
por todos os altares,
escrever é roer
todos os dias
a cerca elétrica
do autoritarismo
com meus dentes.
O General está
injustamente
aprisionado,
Eis-me aqui
com versos
libertários
para propagar
o absurdo
inegável,
Ele não deveria
ter sido preso,
isso tudo tem
sido lamentável.
O General não
tem contato
com ninguém,
Eis-me aqui
de vontade
própria com
com versos
lamentando
para insistir
no que é
irrecusável
e lamentável.
O General está
preso numa
cela que não
tem janela,
Eis-me aqui
com versos
que ultrapassam
a velocidade
da luz que
não aceitam
a ausência
de justiça
como sentença.
Não deixam
entrar a Bíblia,
cadernos, lápis
e livros,
Permitem
os mosquitos,
e não preciso
nem me alongar
mais para dar
nome a isso.
Eis-me aqui
em versos
que não
foram lidos,
Mas construídos
a partir do que
a irmã toda
a semana
tem relatado,
assim se vem
escrevendo
um poemário.
Intrépidos vão
estes versos
de liberdade
apoiando
o General
de inabaláveis
olhos de azabache
em campanha
contra o bloqueio.
Não adianta
só ir a Igreja,
se não há
entendimento
que o povo
não pode
mais aguardar.
A fome avança
e a desesperança
aos passos
das operações
e desencontros
nos mais
humildes rincões.
Que desconfiem
e achem exagero,
Diria a cada um
deles que estão
e grosseiro erro,
e o meu espírito
em cansaço e berro.
Depois de tudo
o Império propôs
o tripúdio
ao Governo
mesmo que
uns não gostem,
ele que é o real.
Ofereceria
a reconciliação
nacional,
porque dar
ouvidos a quem
não tem nada
a nos oferecer,
nos distrai
do dever de casa
que se urge fazer:
libertar a tropa
e o General
que tem alma
de recomeço.
Miragem de Morrer -
Hoje o dia está cansado
dos meus versos de saudade,
oiço um canto, é um fado
e há silêncio na cidade.
Hoje a noite está perdida
em palavras de amargura
e minh'Alma tão esquecida
no passar da noite escura.
Hoje a morte é só miragem!
P'ra quem tem sorte de morrer
a vida é triste imagem
na vontade de viver ...
Meu destino, nao ter casa,
foi a vida a que me dei,
hoje sinto, não sou nada,
porque o sinto eu nao sei!
Sendo linda e intensa,
ela motiva com frequência
osmeus versos
graças a sua essência sincera
e a resplandecência de seus sentimentos, então, notória é a sua relevância, devo tratá-la com esmero.
Não tem preço ter alguém
que te inspira, que se importa
contigode verdade,
que torce pelo teu sucesso,
ajudando a enfrentarcada dificuldade
e assim, com mérito, ter acesso
a tua preciosa felicidade.
Lembrando que muitas vezes
será preciso ser a própria motivação,
o próprio inspirador,
algo que não se trata de solidão,
mas de tratar com amor a solitude
e uma forma de mostrar gratidão
ao Senhor.
Aos Pés da minha Cama -
Aos pés da minha cama
há um baú cheio de versos
uma dor que é tamanha
de um poeta controverso.
Aos pés da minha cama
há um baú cheio de morte
hora a hora de quem ama
e odeia a sua sorte.
Aos pés da minha cama
há um baú cheio de vida
uma vida de má-fama
de tantas regras despida.
Aos pés da minha cama
há uma dor, triste lembrança,
mil poemas, o meu drama,
o baú da minha herança.
Ao baú cheio de versos que está aos pés da minha cama na casa do Outeiro em Monsaraz.
Punho dos Poetas -
Nascem do meu punho versos tristes e chorosos,
sem arte nem beleza, cheios de dor e solidão,
úrdidos pelas culpas de assassinos desejosos
de matar em cada um a liberdade e o coração.
Crescem do meu punho relicários de veneno,
excesso do cansaço de um Poeta já cansado,
balsamo que mata mas não temo
porque ambos convivemos lado a lado.
Vivem no meu punho mil Poetas rejeitados
num mudo esquecimento em triste sepultura,
Eles, que os eruditos leram sem ternura
mas que leem com alento os desgraçados!