Texto em versos
Nos versos, ecoam vozes consagradas,
Dos poetas que enaltecem a emoção,
Em cada estrofe, a magia das palavras,
Cantando o amor, a dor, a inspiração.
Shakespeare, grande teatro e verso,
Com sua pena brilhante e sagaz,
Em sonetos eternizou o universo,
De Romeu e Julieta, amor audaz.
Camões, com sua epopeia grandiosa,
Deu voz às glórias e aos feitos heroicos,
Em Lusíadas, a história gloriosa
E Dante, nas profundezas do inferno,
Navegou em versos de divina rima,
Mostrando a jornada do ser eterno.
Nas letras de Pessoa, múltiplas vozes,
Revelam sentimentos tão diversos,
Álvaro de Campos, heterônimo feroz,
E Alberto Caeiro, pastor singelo e terso.
E não poderia faltar Vinicius,
Com seu lirismo e paixão desmedida,
Poeta das noites, do amor e da luz.
Assim, se entrelaçam esses mestres da arte,
Cantando a vida em versos imortais,
Seus nomes ecoam, deixam sua marca,
Em nossa alma, eternizados sinais.
Que seus poemas, como farol a guiar,
Inspirem novos versos a serem escritos,
Que a poesia, sempre a nos encantar,
Reflita os anseios, os sonhos mais bonitos.
O QUANTO
Os versos que escrevo fazem parte
De um amor que contigo vivi um dia
Meu coração transbordava de amor
Em desmedida desmesurada alegria .
Continuava a escrever os meus versos
Sem acorrer neles, nada de complexo
Mesmo sabendo que você foi embora
Um amor que foi vivido de vidas outrora
Talvez ás de ler os versos que escrevi
Sabendo que eu nao esteja mais aqui;
Saberá teu coração o tanto que te amei
Na minha solidão quanto por ti pranteei
Vais sentir o quanto,do tanto que eu sofri
A dor dolorosa explodindo dentro de mim
Então vai entender o quanto eu te quis.
Sentirás então saudades de todo amor
Sentirás saudade junto às dores e ais,
Ao lembrar de um tempo que se foi
e não Voltará jamais.
Maria Francisca Leite
Direitos autorais reservados sob a lei - 9.610/98
Faço versos
O tempo passou.
O efêmero da vida me ensinou...
Vejo agora o transitório do Universo.
Faço versos.
Uma tentativa ingênua de segurar o tempo.
Sopra o vento.
Só calmas brisas...
Ressaltam o azul sereno
Por detrás de nuvens transparentes...
Sinto o cheiro do mar.
Trago nas mãos o salgado do mar.
Trago nos pés a areia da praia por onde me fartei de tanto caminhar
Trago nos cabelos o cheiro do mar.
Sigo a maresia.
Sinto o ar a maresiar.
Sou ondas de sonho entre terra, ar e mar.
Entre belos versos
os mais belos
Possuem detalhes
Escritos em palavras
Mas palavras detalhadas
incompletam belos versos
os mais belos
Possuem detalhes
Em belos detalhes
um verso possui
mas não em palavras
em substantivo próprio
O único verso
No mais belo detalhe
o mais belo substantivo
seu nome, Maria Raquel.
PASSOU...
Os versos para ti, cheios do teu cheiro
Que me faziam sentir teu doce palpitar
Não mais estão na prosa como roteiro
Nem a tua privação faz o verso chorar
O soneto restaurado, canta por inteiro
Sem se interessar com o árduo pesar
De outrora, e não mais um prisioneiro
Do poema doloroso, o sofrente poetar
Passou... e hoje, refeito, tão satisfeito
Com a tal alegria que faz a gente crer
Que aquela paixão, já não dói no peito
A sensação do tempo parar, acabou
Ser teu já não mais tem algo para ter
Fica a certeza do amor por ti, passou!
© Luciano Spagnol – poeta do cerrado
18 março, 2024, 16’42” – Araguari, MG
Eu sou poesia, em versos e prosa
Canto a beleza, a dor e a rosa
Cada rima, um pensamento esculpido
Em cada linha, um sentimento vivido
Eu sou poesia, na luz e na sombra
No sol que brilha, na noite que assombra
Em cada palavra, um eco da alma
Em cada estrofe, uma suave calma
Eu sou poesia, na chuva e no vento
No riso livre, no triste lamento
Em cada silêncio, uma melodia
Em cada olhar, uma poesia
Eu sou poesia, no amor e na dor
Na alegria pura, no profundo rancor
Em cada sonho, uma esperança
Em cada dança, uma lembrança
Eu sou poesiam, em cada pedaço de mim
Na essência que nunca tem fim
Na beleza que emana do meu ser
Na poesia, eu continuo a viver
21 de Março - Dia Mundial da Poesia
Acredito em Deus
Pois, Ele é poesia em meus
ouvidos, sabedoria em meus versos,
complexidade nas ações.
Acredito em Deus. Sem Ele não haveria o tempo em que conhecêssemos nossos pais, avós.
Ainda que não amassemos a vida, toda aquela que há em pessoas e animais, na capacidade de criar, se reinventar, construir, explorar, multiplicar.
De onde viria a inspiração?
Pois, somos a imagem de Deus, não a imagem do nada. Habita no homem, vida. Sua finalidade está implícita no momento que vive ou lê esse texto. A que chamas tal ímpeto? Ainda que haja um nome, chamo de Deus, seja perfeito ou imperfeito. Ou que a humanidade chegue ao nada, surprenderar-se...
Pois, saberá que o "nada", também é Deus!
Nós poetas que temos no coração um milhão de versos e palavras
mas que provavelmente nunca serão faladas ou cantadas
Nós poetas que não sabemos amar pouco e tudo vira motivo de poesia
e sempre que vemos objetos ou pessoas criamos na mente uma nova fantasia
Nós poetas que sofremos com a dificuldade de falar o'que sentimos
acho que é por isso que pouco dormimos
Nós poetas que ao invés de dizer “ah isso aí foi coisa de momento”
nós dizemos “ por você eu nunca senti tão lindo sentimento”
Nós poetas que dedicamos vários versos pra você
mas provavelmente você nunca vai saber
Nós poetas que nos escondemos em livros e poetas
mas nunca sabemos qual é a palavra certa
Eu normalmente escrevo sobre mim e minhas vivências
mas as vezes penso se os outros que escrevem como eu passam pelas mesmas experiências
De qualquer jeito ninguém liga né? São só versos insignificantes
mas às vezes fico me perguntando como são os outros poemas
e algumas outras questões instigantes
Cada vez me questiono mais e represento isso letra por letra
Esse aperto no peito e esse nó na garganta tem me prendido
mas aqui eu não me sinto nem um pouco perdido
Hoje eu não vim falar de dor ou do amor mas vim falar de nós todos
que teremos nossos poemas e rimas enterrados com nossos corpos
Nós poetas que vemos lindas noites estreladas
e fazemos versos sobre nossas atitudes estranhas
e que nunca sequer serão faladas
Querido vazio, não sei com quem conversar
Então lhe entrego versos com quais posso expressar
A verdade é que sim, machuquei-me com o amor
Mas outro alguém meu coração domou
Se pudesse descrevê-la, não haveria descrição
Até a palavra mais completa, não daria metade de sua perfeição
Até chamá-la de perfeita seria faltar a detalhes
Seu coração puro, transparece sua vaidade
Sua aparência me encanta, seu jeito me traz fervor
Querido vazio, me encontrei com o amor
Um amor que tem me preenchido
Que até em minha solidão, tem acolhido
Sou um simples poeta,
Ela a mais complexa poesia
Nunca fui profeta,
Mas meu amor tornou-se profecia
Olhando para o Sol, aprecio o dia
Olhando para a Lua, aprecio a noite fria
Mas quando a olho, sinto que aproveito a vida
Vida minha, por qual nunca foi vivida
Querido vazio, não sei se essa história dará certo ou errado,
Tudo o que sei é que ando apaixonado
Apaixonado por ela, apaixonado pelo amor
Querido vazio, esse sentimento me tomou.
Viver de versos
Rima sem tema
Viver de poema
Um barco que não rema
Que veleja
Então veja
Terrra a vista
Até onde a vista alcançar
Poderei rimar
Rimo a todo tempo
Passatempo
E não vejo o tempo passar
Sem antes rimar
Formado de coração
Nesta humilde profissão
Estive atento
Neste emprego
Mereço um aumento
Inexplicável
Te eternizei em meus versos,
E dessa forma sempre serás lembrada
Independente da distância,
Teu sorriso iluminará minha vida,
Deixando ela a cada dia mais iluminada.
Te escrevi vários poemas,
Mas nenhum deles conseguiram
De fato explicar,
O amor que eu senti
Quando meu coração bateu os olhos em teu olhar.
Te amarei através da alma,
Embora meu coração te esqueça
Meu pensamento seja falho,
E minha memória te desconheça.
Te amarei mais que tudo,
Embora não conseguimos ser um casal
O amor é realmente inexplicável,
Te amei sem te tocar,
Me apaixonei sem te beijar
E agora vejo, que tudo que senti foi surreal!
Sedução em versos
Em teu olhar, um brilho que encanta,
Teu charme envolve, como uma doce dança.
Cada gesto teu, um convite ao amor,
Num jogo de sedução, és minha flor.
Teu sorriso, um raio de luz a brilhar,
Desperta em mim o desejo de te amar.
Teus cabelos, ao vento, dançam com graça,
Como ondas suaves, em doce embaraço, me abraça.
És feita de encantos, de mistério e fascínio,
Em teu magnetismo, mergulho com desatino.
Teu toque suave, como brisa que acaricia,
Desperta em mim a mais profunda delícia.
Ah, como resistir a essa sedução?
Quando em cada movimento, sinto paixão.
És a musa que inspira, a chama que inflama,
Em teu jogo de encantos, meu coração clama.
Assim, rendo-me ao teu feitiço sem fim,
Pois em teu charme e beleza, encontro meu jardim.
És a razão do meu sorriso, a fonte do meu querer,
Em teu amor e sedução, encontro meu viver.
hipócrita
após analisar versos e versos
me desbravei hipócrita, idiota para os íntimos
escrevi sobre dor, nem sequer vivi direito
exclamei a solidão, nem sequer estive sozinho por completo
e chorei, por amor, nem sequer... espera, oque seria amar?
chega de hipocrisia, chega de escândalo,
eu conseguiria descrever o amor? olhar nos olhos de alguém e dizer como é bom amar?
é, eu acho que não... alias sou hipócrita, um idiota que reclama e diz que ama em seus versos.
(se isso são versos)
hipócrita foi a única palavra da qual encontrei que me descreveria, alias você não me veria como um filosofo não é mesmo, se eu sequer filosofei na vida.
PREDESTINAÇÃO
Imerso em versos dum sonho fundo
Com rima amável, tão simplesmente
Sublime, lia-se na poesia claramente
Que não era igual, era amor fecundo
Tinha na poética algo mais profundo
Aquele olhar sedutor de quem sente
Uma métrica enamorada, docemente
Singular, nobre, do coração oriundo
E neste rubro, e emotivo entardecer
Pra sempre se tornou um significado
Serenamente, no peito, doce abrigo
És então, definição, sentido, um crer
E a solidão uma toada do passado...
Agora, o predestinado amor comigo!
© Luciano Spagnol – poeta do cerrado
12 abril, 2024, 16’40” – Araguari, MG
' CONTENTAMENTO '
Escrevo meus versos sorrindo
pela vida, pelo ar que respiro;
caso fechar meu rascunho
Saio cantando em estilo !
Minhas rimas são de alegria
Mandei a tristeza embora
Sou mulher, flor, poesia,
Não escrevo igual a quem chora .
nas rimas de contentamento,
escrevo murmurando um canto,
no riso risonho o derramamento
de felicidade, não de pranto.
Escrevo meu versos de felicidade,
Como na vida, doce gosto do mel ,
Como pó de diamante, raridade;
não amargo como gosto do fel.
Maria Francisca Leite
Nos jardins de nossas almas, os versos mais sublimes florescem, cada palavra um delicado broto a adornar a trama intricada do amor que nos envolve. Sob o égide do firmamento estrelado, dançamos ao ritmo sutil das rimas, nossos espíritos entrelaçados como versos entoando um cântico eterno. Teu sorriso, um feixe de luz divina, dissipa as sombras mais densas que habitam os recônditos da minha existência, e teus olhos, fontes de ternura infinda, espelham a pureza do nosso amor como o reflexo lunar nas águas serenas de um lago intocado.
Cada toque é uma estrofe de paixão, cada suspiro, uma melodia suave que embala nossos sonhos mais profundos. Unidos pela magia das palavras e a música dos sentimentos, somos poesia viva, uma sinfonia de amor que ecoa pelos séculos, imortalizada no tecido do tempo.
Que nossas vidas sejam como as dunas, moldadas pelo vento da mudança, e nossas histórias sejam contadas como as peças de Shakespeare, imortais em sua beleza e profundidade.
Vão-se-me
Dos versos para ti, dantes, nada existe
A lembrança é algo de um pouco valor
A poesia, vazia, está sem aquele amor
Que um dia foi certo, da poética saíste
Porque assim como chegaste, partiste
Cessando o peito que batia com ardor
Sangrando n’alma, criando tom de dor
Na prosa, chorosa, suspirante e triste
O tempo anda, a emoção sai do cais
E a sofrência apenas lesão no sentir
E o coração atrelado em outras elos
De quanto foi outrora, nada tem, mais
Nada, daquela sensação, só o resistir
Vão-se-me uns após uns, dos flagelos.
© Luciano Spagnol – poeta do cerrado
14 abril, 2024, 12’04” – Araguari, MG
FADO
Poeto triste cansado, inspiração vazia
Os versos sangrando de muito sentir
Atrás duma atração dentro da poesia
E que não pude na poética conseguir
Na ilusão, imaginei, ideei noite e dia
Sem nunca da rima sentimental fugir
Fraquejar, não, pois a fé o meu guia
Na narração a melancolia vem residir
Poema exausto, sussurrante, lento
Cheio de censura, dor, de lamento
Saem da prosa em soturna fornada
Assim o desengano grifa o conteúdo
Cutucando a alma com canto agudo
E em um talvez, não encontrei nada!
© Luciano Spagnol – poeta do cerrado
15 abril, 2024, 19’44” – Araguari, MG
VERSOS DA HESITAÇÃO
Não te aproximes de mim com temor ou hesitação, nem penses em me conquistar sem descer às profundezas.
Aqui, tudo ressoa com a intensidade do mistério e do destino.
Sou uma presença que irradia vida aos olhos que me veem, ou uma ausência que deixa a alma em gelo eterno.
VERSOS MURCHADOS
Pelo soneto saudoso vou versejando
Verso choroso de emoção carregado
E pela poética a agonia vai passando
Suspira, sussurra, ah! sentir danado!
Trova e canta o canto, assim, rimando
Com a rudeza do vazio, tão atordoado
E a alma do sentimento vai murchando
Deixando sem comando o ritmo do fado
Guarda escondido dentro desta poesia
Um tesouro de amor, outrora de alegria
E, a paixão de um romântico coração...
Nem se compara os dias tão elevados
Versados aqui sem reação, despejados
Murchados e, sem qualquer percepção.
© Luciano Spagnol – poeta do cerrado
23 abril, 2024, 19’45” – Araguari, MG