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INSPIRAÇÃO (soneto)

Foste a prosa melhor do meu poetar
Ou talvez a desejada... sonho e agrado
Contigo a inspiração me fez apaixonado
Contigo o amor pôde a paixão rascunhar

Chegaste, e o meu querer foi só amar
Queima-me o pensar, tão enamorado
Faz de meus versos um estilo dourado
E da escrita, suspiros, de essencial ar

Poema maior, meu prêmio e alegria
Obra divina, de firmamento delirante
É do teu gosto que alimento a poesia

Sinto-te em cada estrofe, que escuto
Está presente em mim a cada instante
Na criação, na alma, és poético fruto...

© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
01 de fevereiro de 2020 - Cerrado goiano
Olavobilaquiando

Inserida por LucianoSpagnol

Às vezes rosa
Às vezes chumbo
Às vezes mar
Às vezes mundo
Todo dia vida
Às vezes prosa
Às vezes verso
Às vezes má
Outras o inverso
Sempre vida
Às vezes isso
Às vezes disso
Às vezes esse
Às vezes desse
Eis a vida
Às vezes queima
Às vezes arde
Às vezes longe
Às vezes tarde
Sempre, todo dia
Vida mesmo
Só de vez em quando

Edson Ricardo Paiva.

Inserida por edsonricardopaiva

SAUDADE EM PROSA (soneto)

As saudades lá se foram, respingadas
Lá pelo tempo... outra estória e verso
Mesmo assim na memória ficou imerso
Depois de tantas dores, tantas paradas

E o que assemelhava um conto de fadas
Tornou-se à emoção um trovar perverso
E no destino toda um argueiro disperso
De espinhos, nas lembranças poetadas

Então vi, que não adianta de ela fugir
Não tem nenhum contento, ao poeta
Se existe saudade, com ela deve-se ir

Embeber-se! uma estratégica solução
E, tê-la como coautora em sua meta
Pois, sempre a terá na prosa do coração....

© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
16/02/2020, 11’40” - Cerrado goiano
Olavobilaquiando

Inserida por LucianoSpagnol

⁠O Corredor
As tardes caíam cada vez mais longas, sem expectativa e numa falta de prosa desconcertante.
Já ia longe a guerra do silêncio entre o casal em sua primeira disputa. Era difícil aplacar a angústia do que ia acontecer, disfarçar a ansiedade da volta e representar que tudo vai bem ou ia bem.
A janela foi objeto do desejo de disputa.
Abre a janela, Ana, está um calor danado desse jeito não consigo dormir, o quarto está abafado isto só dá pesadelo. Ela retrucou:
Pesadelo são os morcegos que entram no quarto e ficam assombrando o meu sono. Passo a noite vigiando a janela, de sentinela, enquanto você se refresca e dorme. No outro dia fico exausta.
— Assim não dá, Ana você acende velas no oratório, fecha a janela e o quarto fica mais abafado do que igreja em dia de Semana Santa. Isto já virou tormenta na hora de dormir, perde até o gosto de se deitar. Suar na escuridão é triste.
— Gosto da janela cerrada, dá mais segurança...
Vou abrir, Ana. amanhã é dia de serviço, a esta hora ainda não peguei no sono... deixe a luz da lua molhar o seu corpo, soprar o cheiro da flor do pequizeiro a perfumar o quarto.
Empertigada, Ana levantou-se:
— Então fique aí com a lua, os morcegos e as formigas dos pequizeiros. Vou para o outro quarto.
— Você é quem decide, Ana.
No corredor, quando as tábuas estrilaram, já bateu arrependimento.
Ana mastigou o conselho da avó: “Nunca saia de sua cama a volta é mais difícil''.
E foi assim. Tião ficou no quarto do oratório, de cortinado, as melhores cobertas, com a luz da lua, de janela aberta. Ana penava no final do corredor em colchão de capim, suando de calor e medo, disputando espaço com as muriçocas. Toda noite planejava e ameaçava: vou lá no outro quarto; “Amanhã tiro o cortinado...” Mas clareava o dia e pensava: “Quem vai subir e pregar este peso nas alturas?"!
Não se conversou mais sobre o assunto. Os pequizeiros floresceram, cheiraram, derramaram seus frutos, caíram suas folhas e não conversou mais.
O inverno chegou, a janela cerrou e Ana emperrou no quarto do corredor. Tião apostava até quando?! Aqui neste sertão sozinhos era só esperar...
Agora quem deixava Ana de sentinela eram seus pensamentos, haja tijolo quente debaixo da cama para aquecer a solidão, além da trabalheira, dos dedos queimados, dos pés gelados a indecisão deixava o corredor da volta mais comprido.
Tião matutava: tinha que tomar atitude, Ana ia botar fogo na casa. Coitada! Moça da cidade não tinha costume da roça. Levantou-se, encheu-se de coragem, pegou a vela para atravessar o corredor. A cálida luz iluminou todo esplendor de Ana que de vela na mão também voltava ardendo de saudade.
Entreolharam-se e gungunaram:
— Oiiiii.
Cruzaram o corredor cada um em sentido contrário. Ana adentrou no quarto do oratório com cortinado e Tião no quarto do corredor com o colchão de capim. Sentou-se na cama desolado, contrariado, acanhado e deitou-se.
Palpitando de ansiedade Ana mal conseguiu sentar-se na cama: no instante sentiu o cheiro das roupas de Tião que exalavam da cama ainda quente o que disparou suas lembranças e encurtou o caminho da volta. Com as mãos e os pés frios da noite, com o coração ardendo de coragem, a chama da paixão iluminou o corredor e caminhou para junto de Tião.
No espaço exíguo da cama deitou-se com o coração apertado acomodando seu corpo ao de Tião. Ele entrelaçou sua cintura em sinal de reconhecimento. Ana com os pés gelados encostou seus pés ao dele para roubar seu calor. Ele a aqueceu e perguntou:
— Não estamos brigados, Ana?
Rindo afirmou:
— “Pés não brigam”.
Livro: Não Cortem Meus Cabelos
Autora: Rosana Fleury

Inserida por RosanaFleury

⁠Ela é uma prosa das boas!

ela é fácil com quem e quando quer ,
impõe limites, se necessário for ...
ela pode ser o quê quiser,
sentir amor, ou sentir asco,
piedade e também dor...
ela pode te querer hoje,
te querer amanhã,
e um dia, não te querer mais,
um dia talvez nada mais faça sentido...
e ela pode tudo isso
porque ela é livre,
presa a si e a mais ninguém...
o feminismo lhe permite a liberdade!

Inserida por MAISHAMANDISA

Sou o que Sou...⁠
Hoje eu ofereço essa prosa poética aos meus maiores AMORes que hoje completam 41 anos de casados.
Como é bom acreditar no amor
Como é bom desejar estar com alguém
Como é bom olhar nos olhos e se enxergar
Como é bom acordar ao lado da pessoa amada
Como é bom sentir o calor no corpo e se entregar
Como é bom cultivar o que amamos para compartilhar
Como é bom somar os objetivos
Como é bom ceder e compreender que tudo vai passar
Como é bom dividir uma dor e sorrir
Como é bom cair, levantar e saber que existe onde se apoiar
Como é bom conversar, respeitar, sem medo de errar
Como é bom ser diferente e reciproco ao mesmo tempo
Como é bom enxergar e agradecer tudo que já conquistou
Como é bom fazer parte dessa estória, e ver um amor a tanto tempo se revigora.
AMOR existe perante a cada olhar, próximo ou distante, ele transmuta, pulsa, escorrega, se regenera a cada instante, amar é deixar livre, escutar, compartilhar cada dor, felicidade é respeitar as opiniões. Hoje se sou um poeta ou romancista, não sei, mas tenho certeza que esse amor vem direto do que passei.
Ah...Como é bom lembrar que não somos perfeitos também.
E se você não concordar com tudo isso...está tudo bem!
Amor!

Inserida por Robson_Barbosa_

⁠Um minuto de sua atenção
Opinião, diálogo, desabafo, entrevista, enfim, uma mensagem, uma prosa, uma crônica, minha bagagem, o peso da sociedade, a balança de cada mente, o oculto que o povo sente, no trocadilho popular, poesia, como queira falar, o mundo e tal, a ousadia crua, desatino do anseio estampado na cara nua, o constrangimento do poder, do dinheiro, da elite boçal, um mundo violento e inocente, galgado por uma natureza que o próprio ego não entende, agora, nesse exato momento eu um pregador, pitacos de alguém que nessa vida pastou, a quem, a nós, a mim a ti, pela bandeira que se defende, pelo medo que cada um sente, pela vontade e esperança, por cada pensar e almejar um extenso preâmbulo escondido da perseverança, onde o jogo se mistura concreto e abstrato, sofrer e amargura.
A sociedade controlada por parasitas violentos, o gosto pela vulgar maneira de estuprar, alienar, sucumbir os mais nobres preceitos de vida.
Eu sei que naquela cadeira despercebida da escola da vida está sentado uma luz, é o seu sonho, seu brio, é de você amigo e amiga, capaz e sagaz, preza na algema social fugaz, não se perca, não pereça e não se entrega, pois a maneira que o ciclo prega traz frustração, porém no berço da serenidade se guarda a possibilidade de vencer o não.
A desigualdade, a desestrutura, o elo da burguesia, que se impõe dia dia, não pode a ti calar, seja de qual forma ou de ns profissões, catando latinha, plantando vinha, nos palcos mais belos, nas salas mais organizadas ou nas ruas reveladas, faça se valer a sua condição, ainda que não goste de ler, de prosa, poesia, receba um abraço e obrigado pela atenção.
Giovane Silva Santos

Inserida por giovanesilvasantos1

LUZ



Hoje quero ver o dia com um olhar diferente,

Mudar o rumo desta velha prosa,

Ouvir mais e ser menos eloquente.

Ver tudo mais colorido, mais cor de rosa.



Quero saborear um café com pão,

Agradecendo a quem plantou o grão.

Vivendo intensamente, com mais empatia,

Com mais amor, com a mais sincera alegria.



Quero exigir menos dos que quero bem,

Gostar, amar sem restrições,

Ter mais paciência e piedade também.

Distribuir mais e incansáveis perdões.



Parar de tentar em vão,

Consertar este mundo e quem nele habita,

Conviver bem com o sim e o também com o não.

Para que a vida seja mais leve, mais bendita.



Hoje não abro mão de ver a lua,

Mesmo que seja a minguante,

Porque a verdade nua e crua

É que cada dia é um só instante.



Porque hoje acordei luz.

Inserida por Elizeth

A prosa se alinha com a alma,
no resquício do esquecimento.
lhe apresento novas contradições,
meras adições na solitude, deverás verdade do...
descarrego da vontade, nas alças do sentido
torna se o apogeu de tantas vezes que amou,
abrangendo o luar que se despede da vida.
oriundo de outras dimensões se dá no horizonte...
para tais qualquer amanhecer difunde se outra auroras...
no demais o ocaso translucido por querer viver.
se despede da vida transcendendo o destino...
de repente se vê o amor namorar a paixão...
dando voltas no estrelado mundo de sonhos.

Inserida por celsonadilo

O conveniente ignorado


A sensibilidade vigorosa.
O diálogo além da prosa.
Um lutador em questão.
A batalha pelo pão.

Capaz de se compadecer ao sentimento oposto.
Um semblante fiel estampado no rosto.
Ele e ela, fortemente armados com humildade.
No lar, no campo de luta traz a verdade.

Um pai e uma mãe exemplar.
Preocupa em educar.
Ensinar.
Transmitir os preceitos da honestidade.
A bagagem de integridade.

Caráter acumulado na bagatela da experiência.
Desentortando da vida as pendências.
Humanos falhos e possíveis de necessidades.
Porém sensíveis para elevar suas petições.
Agrega a consciência em devidas ocasiões.

Valentes pelo temor do criador.
Prontos para o amor.
Mas a referida vaidade faz tudo moldado.
O conveniente é ignorado.

Giovane Silva Santos

Inserida por giovanesilvasantos1

Devo dizer que sempre preferi
os versos feridos pela prosa
da vida, os versos turvos
que tornam mais transparentes
os negros palcos do tempo, a dor
de sermos filhos das estações
e de andarmos por aí, hora após
hora, entre tudo o que declina
e piora. Em suma, os versos
que gritam: Temos as noites
contadas. E também
os que replicam:
Valha-nos isso.

Inserida por pensador

Areia

Quero adormecer numa rosa,
abraçada numa abelha.
Quero escrever poesia, cansei de prosa.
Já desfiz a viscosa teia.

Meu corpo é minúsculo.
Tenho mãos preenchidas por grãos
de pólen e vazias de pulso,
por isso o busco nessa composição.

Meu corpo é grão de areia,
sou aquele farelo numa praia cheia
que compõe a vista feia
onde as ondas do mar se baseiam.

Adentro a onda sonora,
este é o Agora dum Outrora
que se faz eterno na caminhada
amarela ácida e docemente azulada.

Inserida por sinestesiam

SONETO ABSTRATO

Na prosa do poeta, não só tem poesia
às vezes de tão vazia, o abstrato pinda
arremata cada imaginação, e aí, ainda
nada lhe completa, nada tem harmonia

Tu'alma inquieta, o verso na berlinda
a solidão, a lágrima, a dor em romaria
se perfilam no papel em uma rima fria
e assim, a privação na escrita brinda

Neste limitado querer, sem simpatia
o silêncio, o belo, no feio prescinda
e a inspiração, então, fica sem orgia

Aí, o soneto sem quimera, não finda
e os devaneios perdidos na ousadia
sem fantasia, a ausência é provinda

© Luciano Spagnol
poeta do cerrado
Dezembro, 09 de 2016
Cerrado goiano

Inserida por LucianoSpagnol

Adeus, amigo.

Chame-me meu amigo
Quero ter uma prosa com ele
Amigo véi,
Tá chegando minha hora
Findou meu caminhar
Gostei da jornada, não tenho nada pra reclamar.
Fiz quase tudo que estava previsto
Fiz também alguns imprevistos
Mas nada que possa me envergonhar
Li o livro todinho, não deixei nenhuma página passar.
Umas eu conto, outras é melhor não contar.
Amigo véi,
Cabra valente, nunca me faltou com a palavra dada.
Ferro na casa de ferreiro, amigo de dores e festejos.
Comemore a minha ida com alegria e fale pra todos do amigo que tinha
Amigo véi!
As dores tão querendo atrapalhar
Os olhos teimando em fechar
Mas já tô no dia e no lugar.
Ora, o momento pode esperar.
Amigo véi
Quero me desculpar
Porque minha amizade nunca conseguiu, com a sua empatar.
Mas fico feliz sabendo que a sua tá em primeiro lugar
Amigo véi!
A hora acabou de chegar
A ordem vêi lá de cima e eu não posso questionar
Faça-me o último favor
Chame todos pra cá
Mulher e filhos fiquem com Deus
Adeus, amigo
Amigo, adeus.

Inserida por Negreiros

⁠RACIONAIS Mc's

É rap,
É poesia,
É prosa.
Entre becos e vielas;
O Racionais é favela.
A Vida é um desafio, pra eles...
Um grupo de quatro Negro Drama;
Mano Brown, Ice Blue, KL Jay E
Edy Rock.
Eles: Sobreviveram no inferno,
Nada como um dia após o outro dia,
1000 Trutas, 1000 Tretas,
E Cores & Valores.
O Racionais é o cântico dos loucos e dos românticos.
São os Guerreiros, Poetas,
Entre o tempo e a memória!
São a voz dos que vivem com "mordaça".
Os caras, são Vida Loka.
Da Ponte Pra Cá, o Racionais, fez história.

Inserida por Machadodejesus

⁠Prosa rústica
Coração acanhado, mente amedrontada, isso, um pouco e mais nada, forma na poesia, que produz nostalgia, uma prosa rústica, sincera e harmoniosa, uma forma de romance, sensibilidade, lance, minha alegria é a simplicidade, a voz do silêncio que machuca, o grito que se cala, para que a ignorância não haja, e no toque sutil, a amada percebe, aquela forma de carinho, é válida, passa a ser um ninho, abrasado pela timidez, até o medo participa com trepides, mas que no fundo, no tocante da madrugada, ao fervor na noite de amor, amanhece e um simples café a dois, onde sólido se edifica o sonho, construir, emergir, acalentar o coração, que parece frio, o gosto da paixão, depois da prosa, da poesia, o coração goza de um amor com alegria.
Giovane Silva Santos

Inserida por giovanesilvasantos1

⁠De fases

Noite linda
Lua baixa
Olhos desnudados
Serenata...

A lua nova
Toda prosa
Pouco brilhante
Mas charmosa

A lua crescente
Parece ausente
Mas ela sente, ah se sente
Se transforma de repente

Ah lua,lua, eu nem preciso
arregalar meus olhos
Beleza que anseia
Ah lua cheia
Diante dessa imensidão
Dois poetas, sol e lua
Dois elos em versos
Agora o sol empresta sua luz
E a lua cheia brilha perfeita

A lua minguante
Humilde instante
Brilha sorrateira
Luz do levante
Na poça da lama
a lua se encontra
Um só olhar nesse horizonte
Um nada, é quase tudo!

Também somos feitos de fases
Fases de se transformar
na melhor versão de nós mesmos, nova.
Fases de ser a cura, crescemos cada vez que nos doamos, crescente.
Fases de angústias, transbordamos, ninguém é tão forte que não precise doutro alguém, sempre há uma luz vestida de amigo, cheia.
Fases de entender que para recomeçar, é preciso finalizar um ciclo, minguante.
Recomece sempre que for preciso!
Poesia autoria de #Andrea_Domingues ©️

Todos os direitos autorais reservados 16/11/2020 às 18:40 hrs

Manter créditos de autoria original #Andrea_Domingues

Inserida por AndreaDomingues

⁠VENDAVAL EM CANTILENA PROSA

Cai no cerrado, ó chuva, e nos beirados
Sussurrando sons que o apavorar fiança
Em pingos d’água numa enfada dança
Purgando áridas angustias e pecados

Temporal no sertão, e tão agitados
Escoam nas planícies numa pujança
Deitando melancolias numa trança
De saudades e suspiros desolados

Do teu copioso gotejar, o luzidio
Relampejar, eriçando em arrepio
Que agita a tempestade tão furiosa

Troa lá fora, em um agravo vitupério
Estrondeando e envolto em mistério
De um vendaval em cantilena prosa...

© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
30/11/2020, 20’51” – Triângulo Mineiro

Inserida por LucianoSpagnol

⁠SONETO ENAMORADO

Como na poesia o poeta que é imperfeito
Um canastrão na sua prosa só por amor
Ou quem, por ter cheio de paixão o peito
Vê o poema perder-se no ato de compor

Em mim, por sofrência, fica desamparado
O rito mais solene do desejo do coração
E o meu sentimento eu vejo tão agastado
Vergado numa poética sem ter sensação

Seja o temor então a minha eloquência
Bardo sem a rima de um soneto eleito
Só pra ti, que quer amor em recompensa

Mais que o verso estabanado o tenha feito
Saibas ler a emoção onde esteja imaculado
Canto de amor, em um soneto enamorado

© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
16/08/2021, 11’25” - Araguari, MG

Inserida por LucianoSpagnol

⁠ENCANTO

Se eu fosse uma prosa, eu te prosaria
Entre muitas, a de que te desejo tanto
Nesses versos seria o poético encanto
A beleza, sensação versada na poesia

Que és na composição amor e alegria
Não nego! pois, tem sedução no canto
A cadência que ao coração satisfazia
Gosto, toque, aquele possível recanto

E, se eu pudesse sem qualquer segredo
Recitaria: - em um sussurro profundo:
- como eu gosto de você. És meu ledo!

Te versaria, se pudesse, num segundo
Muito mais, o que não pouca é enredo
Inspiração, paixão, maior do mundo!

© Luciano Spagnol – poeta do cerrado
27, agosto, 2021, 14’44’ - Araguari, MG

Inserida por LucianoSpagnol