Texto em Prosa

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⁠O universo do seu amor - Prosa

Por que me sinto assim?
Por que toda vez sinto esse nó na garganta?
Essa dor no peito, e esse vazio na alma?
Sinto que meu espírito estica e encolhe toda vez que passo por esses momentos.
Há dias em que parece que tudo está a mil maravilhas, mas também, há dias em que sinto vontade de entrar dentro de um buraco e ficar escondido, de tanta tristeza e vergonha.
Há porém, dias que começam lindos e maravilhosos, quando do nada, aquela euforia se torna uma nuvem nebulosa de decepções. E às vezes, depois de alguns soluços de tristeza e solidão, o sol parece voltar a brilhar novamente, trazendo luz e paz para meu inquieto coração sofredor.
Não sei se esse vai e vem de emoções algum dia, pode trazer problemas para minha saúde, mas sei que não existe nada melhor do que ser correspondido, mesmo que de uma forma tímida e temerosa.
Sigo tentando cultivar este sentimento na esperança de que um dia possamos ficar juntos.
Às vezes sinto que esse relacionamento se parece muito com a história de Romeu e Julieta.
Um amor que não podia ser concretizado, realizado, e muito menos aceito pela sociedade em geral.
Duas famílias totalmente diferentes e, indiferentes a esse amor.
Pobres Romeu e Julieta.
Só queriam ficar juntos e serem felizes, mas as circunstâncias não lhes permitiam. Tem horas que dá um aperto no peito e um vazio tão grande no coração, o ar começa a ficar cada vez mais escasso, o sangue começa a querer subir para a cabeça por entre as vias respiratórias e, do nada, os olhos começam a lacrimejar.
Tento segurar, engolir o choro para ninguém perceber.
O apetite foge na hora, e tudo fica sem sal e sem sabor, mas logo tento me recompor na esperança de que terei o seu sinal de que também está comigo nessa.
Que também pensa em mim, assim como penso em você.
Tudo bem você não conseguir se declarar da mesma forma que eu consigo, mas, no seu olhar consigo perceber que também está passando pela mesma dificuldade que eu por esperar por você.
Vou continuar esperando você na esperança de que um dia terei o seu carinho.
Dos seus lábios, saborear o mais doce mel, e através dos seus olhos, viajar por toda a imensidão do universo do seu amor.
Quero me perder nessa imensidão.
Mergulhar neste oceano de águas doces que nascem do seu coração.
No universo do seu amor quero me perder, e encontrá-la no meu universo, para que juntos formemos várias galáxias de onde nosso amor jamais possa ser apagado, ou contido.
Quero viver no universo do seu amor.

Inserida por Chico_Poeta7

⁠O meu desejo – Prosa

Não tem sido fácil para mim, não poder estar ao seu lado.
Não tem sido nada fácil conter o desejo que eu tenho de abraçá-la.
Como tem sido difícil olhar, e não a ver.
Dormir pensando em você e, acordar querendo vê-la.
Tem sido muito difícil aguentar essa falta que seus olhos me fazem.
Ver o seu rosto lindo, na íntegra, ao vivo e, a cores, expressando o mais sincero desejo de ser amada.
É praticamente um castigo ver você, e não poder tê-la, não poder tocá-la.
Não poder sentir sua boca na minha boca, sentir o seu corpo no meu corpo seria algo surreal, algo sobrenatural, divino.
Poder encostar a cabeça no seu seio ouvindo as batidas do seu coração, aflito, a ponto de explodir de tanta emoção.
Poder ouvir seu meigo e frágil suspiro de desejo ao meu ouvido, sentindo sua ofegante respiração como se algo terrível fosse acontecer, mas não, nada terrível irá acontecer.
Essa respiração ofegante é causada por todo o desejo que existe dentro de você e está a ponto de saltar em minha direção, e ir ao encontro do meu desejo, de também ter você.
Agora, neste exato momento, estremeço de desejo enquanto escrevo essas palavras para você.
O meu desejo por você é igual ao animal feroz e faminto que caça por sua presa em um safári totalmente sem vida e vazio.
Certamente, ele morrerá de fome por não conseguir encontrar nada em toda essa imensidão sem vida.
Dessa mesma forma, sinto que morrerei logo em breve, se, com o seu amor, não puder o meu desejo saciar.
Até quando vou desejar sem poder ao menos, uma vez, esses seus lábios tocar?
Diga-me.
O que devo fazer para esse desejo matar?
A vontade que tenho de em seus braços ficar, não me deixa de modo algum em paz descansar.
Não posso explicar-lhe o quanto ainda posso aguentar, esse desejo que tenho por você, ainda pode me matar.
Por favor, não demore, venha me encontrar.
Não importa o lugar. Preciso o meu desejo de você, urgentemente saciar.
Preciso logo os seus lábios, beijar. Não posso mais aguentar.
Por favor, vem me encontrar.
Não importa o lugar.

Inserida por Chico_Poeta7

O tempo não passa – Prosa

Que dor é essa que nunca parece chegar ao fim?
O peito aperta e a saudade só aumenta ainda mais essa dor.
Não me canso de olhar para o relógio, mas parece que o tempo parou.
Busco em suas redes desesperadamente por algum sinal de você, mas parece que faz tanto tempo que não a vejo On.
Minha dor só aumenta ainda mais.
Espero desesperadamente por um sinal vindo de você.
Não importa a rede.
Tudo o que eu preciso é vê-la On, para que eu possa lhe mostrar, o quanto espero o tempo passar para poder junto de você ficar.
Mas o tempo não passa.
Assim, fico aqui na esperança de você entrar em uma de suas redes, para poder me chamar, e eu, sem hesitar, irei correndo encontrá-la.
Mas o tempo não passa e você não chama.

Inserida por Chico_Poeta7

⁠O tempo parou - Prosa

Quem diria que eu conseguiria mesmo fazer o tempo parar.
Literalmente, o tempo parou.
Só esqueci de um detalhe, você não parou um segundo sequer kkkk.
Não consegui entender o porquê de tanto medo e pavor vindo dos seus olhos arregalados.
Nunca presenciei alguém com tanto medo assim no olhar para comigo, confesso que eu não sabia o que fazer.
Na minha cabeça já estava tudo certo.
Cada movimento meu, cada reação sua, achava que seria exatamente como eu havia planejado.
Lá fora, nem o vento soprava.
Parecia que todos haviam desaparecido do mundo, literalmente.
Quando olhava para fora, não acreditava no que estava acontecendo aqui dentro, tudo estava perfeito para o momento que tanto esperei, não achei que seria realmente do jeito que eu havia sonhado, foi mil vezes melhor.
Realmente, o tempo parou.
Você foi pega de surpresa.
Eu sei e a entendo.
Não te culpo por sua reação, e por isso é que foi tão especial assim.
Quando encostei minha boca na beiradinha dos seus lábios, do seu lado direito, nem acreditei que aquilo estava realmente acontecendo.
Você assustada levantou-se de um salto só.
Tentei segurá-la e, por alguns instantes pude abraçar você e acariciar seu lindo rosto e seus cabelos macios como a seda.
Você se assustou novamente quando tentei beijar seus lábios outra vez e, levou o seu corpo para longe do meu, que desapontamento senti.
Senti-me totalmente frustrado e sem reação.
Tentei entender o que estava acontecendo, mas tudo o que eu via era o medo em seus olhos.
Que triste.
Porém, quando lhe pedi um selinho, você com toda serenidade se aproximou e deixou-me encostar os meus lábios em seus lábios.
Por um instante o tempo que estava parado deu um estalo, e, parou novamente.
Que sensação indescritível.
Seus lábios eram como duas almofadas, de tão fofinhos e macios.
Ai, o que você fez comigo?
Isso só me encheu de mais coragem e ousadia.
Você estava muito engraçada com a cara de medo que fazia no momento.
Foram os cinco minutos mais intensos que já vivi.
Isso mesmo! Do momento da tentativa do beijo, até que tudo voltasse ao normal, não se passaram mais que cinco minutos, acredita?
Parece que literalmente, o tempo havia parado por horas, quando você se acalmou e resolveu sentar novamente, deixei você tomar um fôlego. Logo apareceu alguém para o seu alívio Rsrsrs, mas até isso foi necessário para que o momento depois se tornasse mais especial ainda.
Não aceitei todo aquele vexame que havia passado e, novamente, tentei beijá-la.
Nunca imaginei que chegaria ao ponto de fazer isso com alguém.
Quando senti a suculência dos seus lábios molhadinhos nos meus... ...Bowww!
Parece que houve uma explosão de prazer e ternura dentro de mim.
Foi fantástico! Pena que você não sentiu o mesmo que eu.
Se você tivesse sentido o mesmo que eu senti quando consegui beijar os seus lábios úmidos, tenho certeza de que você se soltaria e, também sentiria a suculência dos meus lábios que ardiam de desejo por seu beijo, mas tudo bem, foi especial para mim, espero que para você também tenha ficado algo especial.
Não realizei esse sonho por completo ainda, mas não desistirei de fazê-la sentir tudo o que eu sinto em um beijo seu.
Deixa rolar naturalmente e, será especial tanto para mim, quanto para você.
Espero que o tempo pare novamente, mesmo que por apenas alguns minutos.
O tempo parou.

Inserida por Chico_Poeta7

O que seus olhos dizem - prosa

O que seus olhos queriam dizer hoje?
Hoje, quando fitei meus olhos nos seus, percebi que eles queriam me dizer algo.
Percebi que seus olhos quase transbordavam de lágrimas. Por pouco, não tive que enxugar suas lágrimas, ou, quem sabe, derramar lágrimas também.
Senti algo tão forte vindo do seu olhar. Uma certeza cheia de incerteza, ternura cheia de tristeza e, um amor envolto por uma cortina de medo.
Sei que enquanto tentava me encontrar e, me envolver em seu olhar, senti-me meio que sem forças.
Tentava de todas as maneiras lhe passar a certeza de que tudo ficaria bem, mas ao mesmo tempo, meu coração, dentro do meu peito se entristecia de tanta incerteza.
Mas quando a abraçava, meu coração se acalmava, assim como um bebê se acalma quando sua mãe o pega no colo e o faz ninar.
A todo momento você queria passar um sentimento de segurança e tranquilidade e, confesso, isso me acalmava.
Sabia que podia confiar em você. Sentia-me dependente e seguro.
Sabe, toda vez que eu tentava me aproximar de você e, com gestos de pare, você tentava me manter longe, sentia que na verdade, você estava me pedindo para ficar mais perto ainda.
Beijar sua mão é um sinal de confiança e entrega que eu encontrei para lhe mostrar o quanto dependo de você.
Você já viu um homem que na maioria das vezes sempre se mostra confiante e seguro para os demais, chegar ao ponto de se colocar totalmente à disposição de uma pessoa, a ponto de se submeter e, se tornar totalmente dependente?
Assim, me coloco em sua presença.
Quando estou com você me desmancho todo, fico totalmente desarmado.
Lembra de Sansão?
Pois é.
Quando estava nos braços de Dalila ficava todo bobo.
Assim sou eu quando estou em seus braços.
Seus olhos fizeram-me sentir a impotência que existe dentro de cada um de nós dois.
Ao mesmo tempo que queremos muito ficar juntos, sabemos que talvez nunca possamos realizar esse desejo.
Mas seu olhar ainda me dá forças para continuar esperando-a e amando-a a cada dia mais.
Não sei como será, o que acontecerá.
Mas sei, e, tenho a certeza de que um dia, dormirei com você em meus braços e despertarei com você acariciando meus cabelos.
Seu olhar me dá esperança.
Seu olhar me traz a certeza do quanto sou especial.
O seu olhar me mostra o quanto você precisa do meu carinho e atenção.
Seu olhar me faz viajar.
Faz-me sentir que o amor jamais acabará.
Seus olhos me dizem tudo o que preciso saber, para continuar amando-a e esperando-a. O que seus olhos, dizem?

Inserida por Chico_Poeta7

Tão perto, e ao mesmo tempo, tão longe - Prosa

Que difícil essa situação, de estar tão perto de você e,
ao mesmo tempo, tão longe, sem poder tocá-la.
É tão chato, estar a alguns passos de você e, não poder abraçá-la.
Desejar loucamente esses seus lindos lábios, mas não poder beijá-los.
Querer mergulhar na imensidão do seu olhar, mas ter que se contentar apenas com o doce tom da sua voz.
Parece que mesmo depois de tanto tê-la procurado e desejado conhecê-la, tudo parece querer tentar nos impedir de ficar juntos.
Confesso que estou a ponto de explodir.
Menina, o que é que eu tenho que fazer para ficar ao seu lado?
O que é que eu vou fazer com todo esse desejo que não aguenta mais ficar sufocado aqui dentro do meu peito?
Na rua, não posso parar você.
No mercado, nem pensar em conversar com você.
Se olho para o rumo da sua casa, não a vejo do lado de fora.
Por que vive a se esconder de mim?
Diga-me! O que eu preciso fazer para ter você?
Olha, eu acho que vou acabar adquirindo a famosa paciência de Jó.
Você já ouviu falar de Jó?
Do quanto ele foi paciente?
Mesmo passando por todas aquelas provas e tribulações, chegou a perder tudo e todos, mas mesmo assim, não blasfemou contra seu Deus e, o grande prêmio, ele conseguiu.
Por ser paciente, teve tudo restituído em dobro.
Prometo!!!
Vou tentar buscar a paciência de Jó, para que nossa história de amor tenha um final feliz.
Mas não posso lhe prometer que não sofrerei até esse dia chegar.
Te desejo todos os dias.
Se fico um dia só sem vê-la, parece uma eternidade.
E saiba que isso nem é o pior.
Pior que não ver, é vê-la, e não poder ter você.
Tão perto, e ao mesmo tempo, tão longe.

Inserida por Chico_Poeta7

⁠O seu time (Tempo) Perfeito - Prosa

O que dizer sobre o time perfeito?
O que é esse time perfeito?
Preciso tanto desvendar o seu time perfeito.
Tenho medo de não estar acertando o seu time.
Você diz ser chata e complicada, isso dificulta um pouco as coisas para mim.
Às vezes, fico com medo de estar sendo muito invasivo, chato e, sem noção.
Tenho muito medo de não estar presente no seu time perfeito.
Tudo bem, você ser assim, chata e complicada às vezes, eu não me importo com isso.
Tudo o que eu preciso é, conseguir estar presente, ou ausente, se necessário, no seu time perfeito.
A alegria de fazer parte de sua vida e, ter um espaço especial no seu coração, compensa toda essa incerteza de que eu esteja, ou não, acertando o seu time perfeito.
Tenho medo de perder o seu time.
O meu time, não importa pra mim, desde que você sempre esteja presente nele.
Às vezes, acho que estou deixando passar algo despercebido no seu time.
Gostaria tanto que você me permitisse conhecer o seu time perfeito.
Fico tão chateado, quando percebo que a aborreci por ter errado o seu time certo, e acabar sendo muito pegajoso, justamente na hora em que você mais deseja ter, o seu próprio espaço.
Sinto-me desmotivado e arruinado.
Queria tanto ter o poder de prever e conhecer o seu time perfeito para que jamais a faça passar raiva, ou qualquer outro sentimento que lhe cause dor e medo.
Faria tudo o que lhe agradasse e, quando preciso fosse, ofereceria o meu ombro amigo para você chorar.
Se precisar brigar ou reclamar de alguém, ou alguma coisa, ouviria com todo o amor e paciência do mundo, só para vê-la aliviada.
E, depois que toda a sua ira tivesse passado, você voltaria a brincar e sorrir novamente.
Mas parece que tenho errado bastante o seu time perfeito.
Por favor, se por acaso eu estiver errando muito o seu time, não desista de mim.
Ajude-me a entender melhor o seu time perfeito.
Gosto tanto de você, que se o seu dia não for perfeito, o meu será uma ruína.
Desejo que tudo dê certo para você, que seu dia e sua noite, sejam agradáveis, mesmo que eu não possa fazer parte deles.
Para mim, o que importa, é sua alegria e felicidade.
E, quando sentir falta de carinho e atenção, saiba que estarei aqui, com meu time, sempre perfeito para você.
O seu time perfeito, é tudo o que eu mais quero desvendar.

Inserida por Chico_Poeta7

⁠Não vivo sem você - Prosa

Senti-me triste e frustrado.
Não conseguia parar de chorar.
Senti-me humilhado e passado para trás.
Achava que estava tudo bem, mas na verdade, só na minha cabeça estava.
Achei que a estava fazendo bem e feliz, mas para a minha surpresa, você estava muito cansada.
Senti-me totalmente arrasado.
Então, você disse que já estava decidida a não me querer mais. Parecia não se importar com os meus sentimentos e, com o quanto eu estava sofrendo.
Meu sentimento de tristeza, de uma hora para a outra, se transformou em mágoa e rancor.
Escrevi coisas que jamais quis lhe dizer.
Fi-la sentir-se culpada, por eu ter ficado tão mal e triste.
Mas sabe, não eram aquelas palavras que eu queria dizer-lhe. Na verdade, o que eu queria dizer-lhe era...
...Não vivo sem você.

Inserida por Chico_Poeta7

⁠Ninguém jamais – Prosa

Menina, quem mais olha assim, como eu olho para você?
Tenho certeza que ninguém pensa em você, do mesmo jeito que eu penso.
Quem mais pensa em você a todo momento?
Ninguém jamais desejou estar ao seu lado, tanto quanto eu desejo todos os dias.
Quem mais a faz sorrir assim, de uma forma tão natural e descontraída como eu?
Ninguém consegue me fazer sentir tanta vergonha e timidez assim, como você.
Quem mais se derrete todo quando está em seus abraços?
Quem mais age como um menino mimado, que vive pedindo o seu colinho, querendo carinho e atenção a todo o momento?
Quem mais fica bicudinho, quando não consegue ficar um minuto sequer, com sua atenção voltada toda para si?
Ninguém jamais a tocou do mesmo jeito que eu a toco, fazendo-a sentir o quanto é desejada.
Ninguém jamais teve esse privilégio, de você se desarmar completamente e, permitir essa proximidade que eu tenho com você.
Alguém já a abraçou assim, com essa mesma intensidade que eu te abraço, sempre que me permite?
Ninguém jamais sonhou tanto com você, como eu sonho todos os dias acordado.
Quem mais, em um beijo, se sentiu totalmente anestesiado, assim como eu me sinto toda vez que encosto os meus lábios nos seus?
Quem mais, de olhos fechados, fica a esperar pacientemente a aproximação de sua boca?
Ninguém jamais beijou o seu rosto da mesma forma que eu.
Além de mim, ninguém jamais beijou sua cabeça, com o mesmo amor e desejo verdadeiro no peito.
Me diz...
Alguém já deu um beijinho na pontinha do seu nariz?
Se sim, tenho certeza, que nem passou perto de sentir a ternura que sinto, todas as vezes que o faço.
Alguém já acariciou o seu lindo queixo?
Quem mais teve a chance de beijar o teu desejável pescoço?
Alguém já a fez sentir arrepios, com palavras vindas originalmente de dentro do próprio coração?
Ninguém jamais beijou os seus lábios, assim como eu.
Ninguém jamais te desejou, tanto quanto eu desejo.
Ninguém mais espera todos os dias por seu olhar, assim como eu.
Ninguém jamais a tocou, como eu a toquei.
Ninguém jamais a amou, como eu te amo.
Ninguém jamais a esperou assim, tanto quanto eu te espero, todos os dias.
Quem mais escreve assim para você?
Ninguém, jamais!

Inserida por Chico_Poeta7

⁠Até que nada mais nos abale - Prosa

Posso até um dia não ser seu e, nem você ser minha também, mas sei que todo esse amor valeu.
Valeu apena, cada momento que passamos juntos.
Valeu, toda a dor que sinto hoje.
Valeu, cada beijo, cada abraço.
Cada despedida que fizemos, valeu a pena.
Nada do que foi dito, se perdeu.
As mesmas palavras de antes, são as mesmas de agora.
Cada olhar que trocamos, infinitos olhares inesquecíveis.
Nunca olhei alguém assim nos olhos, como eu te olhei.
Nunca antes, ninguém encarou dessa mesma forma, esse meu olhar de amor e ternura sereno.
Cada sorriso continua valendo a pena.
Cada expressão de tristeza e dor que transmitimos um para o outro, jamais será esquecida também.
Cada volta, cada recomeço, estarão para sempre adormecidos e, guardados em nossos corações, esperando apenas o momento certo da partida, chegar ao fim.
E, no momento certo, todo esse ciclo lindo e maravilhoso da paixão, nos juntará novamente e, novamente, até que nada mais, nos abale.
Tudo o que posso lhe dizer agora, é que se hoje eu choro, choro com muito orgulho.
Tenho orgulho de chorar por um sentimento simples e verdadeiro.
Por mais que eu sinta dor por não ter o seu amor, sinto-me orgulhoso de ter o seu coração tocado, de uma forma diferente.
Nem todas as lágrimas que eu derramar, serão capazes de levar embora todo esse desejo que sinto por seu amor.
Minha flor, meu amor.
Menina que tanto aprendi a amar e desejar.
É com lágrimas nos olhos que agora te escrevo todas essas palavras.
Talvez, de alguma forma, eu esteja prevendo que jamais ficaremos juntos, mas com toda a certeza do mundo, não te deixarei partir, sem que antes, vivamos cada momento que a vida nos permitir passarmos juntos.
Eu e você.
Meu amor, amor da minha adolescência que não vivi, sempre esperei por você e, agora chegou, meu amor.
Te desejo todos os dias.
Sei que é errado, mas estou disposto a pagar o preço que for, para tê-la ao meu lado, mesmo que momentaneamente.
E quando chorar lembrando de tudo o que vivemos, lembrarei também, que sempre estará a me esperar, assim como eu te espero todos os dias também.
Minha flor, meu amor, minha Paixão.

Inserida por Chico_Poeta7

⁠Um minuto de sua atenção
Opinião, diálogo, desabafo, entrevista, enfim, uma mensagem, uma prosa, uma crônica, minha bagagem, o peso da sociedade, a balança de cada mente, o oculto que o povo sente, no trocadilho popular, poesia, como queira falar, o mundo e tal, a ousadia crua, desatino do anseio estampado na cara nua, o constrangimento do poder, do dinheiro, da elite boçal, um mundo violento e inocente, galgado por uma natureza que o próprio ego não entende, agora, nesse exato momento eu um pregador, pitacos de alguém que nessa vida pastou, a quem, a nós, a mim a ti, pela bandeira que se defende, pelo medo que cada um sente, pela vontade e esperança, por cada pensar e almejar um extenso preâmbulo escondido da perseverança, onde o jogo se mistura concreto e abstrato, sofrer e amargura.
A sociedade controlada por parasitas violentos, o gosto pela vulgar maneira de estuprar, alienar, sucumbir os mais nobres preceitos de vida.
Eu sei que naquela cadeira despercebida da escola da vida está sentado uma luz, é o seu sonho, seu brio, é de você amigo e amiga, capaz e sagaz, preza na algema social fugaz, não se perca, não pereça e não se entrega, pois a maneira que o ciclo prega traz frustração, porém no berço da serenidade se guarda a possibilidade de vencer o não.
A desigualdade, a desestrutura, o elo da burguesia, que se impõe dia dia, não pode a ti calar, seja de qual forma ou de ns profissões, catando latinha, plantando vinha, nos palcos mais belos, nas salas mais organizadas ou nas ruas reveladas, faça se valer a sua condição, ainda que não goste de ler, de prosa, poesia, receba um abraço e obrigado pela atenção.
Giovane Silva Santos

Inserida por giovanesilvasantos1

Vai a excelsa presença,

Perfumando uma rosa,

Roseando em prosa,

Versando Magna poesia,

Seguindo pela senda,

Cheia de Celi nostalgia,

Terminei de ler:

Amenidades Poéticas

- livro de Magna Celi.



Como quem sorri,

Poesia que se sente,

Respira, tateia e se veste;

Poesia que se importa,

Mesmo sem ter hora,

Para abrir a porta da mente.



Palavra que não desmente,

Letras em contas, que bordadas

Perfumam, trovam e provocam;

Amenidade poética, chave–mestra,

Ela vai ao ponto que te interessa:

Flor e pé de laranjeira, pé na Terra.



Com rimas de anjos,

E métrica dos arcanos,

- e toda a sabedoria da Paraíba

Contou em cada verso a sua vida,

Revelando um perfume agreste,

Àquele aroma que se tira das estrelas,

E que sensibiliza o humano e o celeste,

Inundando os mundos com todas as belezas.

Inserida por anna_flavia_schmitt

VANITAS

Só, em silêncio, a inspiração tímida e fria
Poeta... A prosa sai tremulante e inquieta
Rascunhando a estrofe em uma linha reta
De ilusão secreta, dor e suspiro em agonia

Febril, sua o devaneio, amotina a euforia
Bravia a alma grita, palpita, e então espeta
O nada, por fim, quer ser qual um profeta
Iluminado, falante e de alucinada idolatria

Poeto... cheio da minha imaginação cheia
Nascente do meu mais abismo profundo
E desagregada das paredes da teimosia...

Farto, agora posso descansar a cavalaria:
As mãos nervosas e o coração moribundo.
Arranquei-ti-ei pra vida, vivas tu ó poesia!

© Luciano Spagnol
poeta do cerrado
Outubro de 2018
Cerrado goiano
Olavobilaquiando

Inserida por LucianoSpagnol

Prosa Experimental

'Engolido"

(...)

Vaga a mente numa exaustão profunda e encontra o fim do que parece ser a tolerância, trama o plano de fundo fronteirando o inalcançável, segue o longo, estreito e profundo abismo estendido infinitamente sob o céu escarlate de poeira vermelha vagando com o vento seco levando consigo resquícios de esperança qual clama por seguir adiante e atravessar o desfiladeiro dos cânions abissais que cercam e emparedam-o aos cantos escuros das sombras geladas.
Teme os estrondos longínquos que vagam pela grande vala, das nuvens carregadas em algum lugar a despejar torrentes de águas a escavar e aprofundar valetas no solo que de tão seco não enxarca. Tempestades que ameaçam dar por fim um gole sedento e refrescante engolindo para o fundo dessa garganta todo irrelevante presente, presos, entalados, incapazes de se defenderem do tumultuoso reboliço gélido e embarrado da saliva secular que torna a jorrar dos céus para terra numa faxina destrutiva reiniciadoramente confortável.
O sol lá fora ferve e frita os que vagam num passeio infernal por entre as areias escaldantes e entorpecedoras, passos que levam o ser cada vez mais perto do fim de seus curtos tempos. Enquanto lá em cima desejam o fechar do tempo e o cair da chuva, aqui em baixo só se procura sentir novamente um confortável sopro de vento refrescante. Cansado de olhar para a silhueta das bordas do precipício, vaga procurando por algo caído, folhas, galhos, flores, sementes, qualquer coisa que alimente a esperança desconfiada da remota chance de sair dali, espera que esteja descendo rumo a um lago ou riacho, pelo menos o fim dessas paredes que o engolem mais a cada hora que passa, a cada passo que hora em hora ficam mais insensíveis à caminhada fatídica infindável do vale que engole a todos e digere até mesmo a sanidade.

Restos de carniça, abandonada, esquecida, refugada pelos livres urubus a voar tão alto que daqui parecem moscas no risco de céu que se vê. O derreter paciencioso da carcaça fedorenta vai sendo banqueteada calmamente por vermes lúgubres
habitantes isolados nesta garganta que a tudo abandona
deixa morrer
se findar
acabar
porque ela
final
não possui.
Desprovida de fim serpenteia a eterna víbora por entre o quente e desértico solo, rico em ausências e espaços, imensidões vazias que põe qualquer infeliz vivente à condenação de ser devorado mais pelo tempo que pelos vermes. Vastidão isolada de qualquer presença, tendo o uivar dos ventos no alto das entranhas como companhia, o aguardar paciente das aranhas em seus emaranhados nós tricotados com exímia destreza milenar, calmamente a espera de um inseto qualquer que por azar o destino lhe finda a vida neste fim de mundo enrolado numa teia tendo suas últimas lástimas ouvidas por um vagante tão azarado quanto ele que de tando andar no fundo do abismo já alucina e ouve lastimando a pequena criatura que alimenta o predador com suas energias, lembranças, sentimentos e sonhos nunca alcançados.

(...)


Esvai-se o tempo paralelo aos precipícios
seus passos ressoam pelas paredes e correm para longe
ouve-se nada

De olhos escancarados e pernas bambas
cai
fita o esvoaçar das areias no céu crepusculoso
esfria

A noite vem chegando aos poucos
sua anunciação provoca espanto
medo

A possibilidade cada vez mais real daquela garganta vir a tornar-se
a sua tumba
seu eterno descanso
repouso
sem lamúria
de um cadáver que aos poucos derrete
calmamente
sendo apreciado com elegância pelos vermes
de outrora
e sempre

A noite
sem os ventos
traz o ensurdecedor silêncio
que até conforta
O céu
super estrelado
surge na fenda
que se estende por cima dos olhos

Como se estivesse frente a frente com um rasgo na imensidão única do espaço, numa brecha para as estrelas, distantes luzes a vagarem violentamente pelo negro esplendor entre as galáxias emaranhadas nas teias do cosmo. Leve, separa-o do chão flutuando hipnotizado pelo infinito espaço celeste conduzindo seu espírito elevado para além do cânion , para além do vale, percebe-se afastando de si seu mundo deixado para traz, pronto para abandoná-lo à própria condenação. Vai para o eterno abismo escuro onde o mundo ainda está a cair, cercado por distantes pontos de luz flutuando no vazio.
Torna-se ausência...
some
Enquanto seu corpo o perde de vista mergulhando entre os astros, deixa de sentir, morre o tato, olfato e paladar. Como uma pedra qualquer, ignora sua dureza e passa a afundar na areia levando consigo a insensibilidade fria para o passeio petrificado de quem nunca sai do lugar. A partir de agora é vaga lembrança de si, aos muitos esquecida e mil vezes fragmentada em poeira de olvidamento.

(...)

O vendaval o desperta, caído, esgotado, já havia desistido de manter-se em vida. Caído aguardava esvaziar-lhe os pulmões e findar-lhe as batidas cardíacas gritando aos ouvidos; 'estais a viver', insuportável verdade que lhe implica a inspirar novamente o escasso ar empoeirado da vala, a garganta seca que lhe engolira já não se sabe quando e porque. Deitado observa o cair dos grãos de areia e alguns galhos velhos, as nuvens correm de um lado para outro sobre a poeira enlouquecida, cada vez menos se ouve o coração que a pouco ensurdecia-o pois trovões rolam das alturas como despencar de imensas pedras.
Dá um pulo e põe-se de pé quando muito próximo o chicotear de um raio lhe arranca a alma do corpo por um instante, acerta em cheio o solo que cospe para cima estilhaços e deixa um rasto de fumaça a vagar perdidamente pela ventania. Tentando esfregar os olhos cheios de areia para entender o que acontece ao seu redor, avista um javali apavorado fugindo em sua direção, foge do temido gole titânico da garganta abissal, uma onda de água barrenta carregando pedras, galhos e tudo o que houver na caminho; carcaças, aranhas, sonhos de um inseto, esperança de um vagante perdido.
Engolido é, o caldo lhe arrasta moendo sua sanidade rumo a longa digestão em algum lugar do bucho deste gigantesco demônio do serrado, tudo some, se finda, acaba. Liquidificando e varrendo suas entranhas num gargarejo infernal o monstruoso cânion solta murmúrios assustadores de enfurecimento ouvido pelas estendidas planícies. Aridez que ansiava à meses por algumas gotas tem agora o solo lavado e levado com as enxurradas seus pedaços de qualquer coisa que por aqui para sempre se perde.
Caem ao longe raios sobre o resistente mato seco que rapidamente se torna uma roça de altas labaredas erguidas contra as nuvens, labaredas que parecem alimentarem-se da chuva, enquanto o vento lhes dão força para seguir devorando o restante do que estiver sobre o solo estalando um pipocar diabólico e apocalíptico neste agora caótico recanto abandonado.

(...)


Escorrem violentamente as turvas águas barrentas
por dentre a garganta cada vez mais larga
avermelham as terras baixas e formam um gigantesco lago sujo
como sangue coagulado
pus
pedaços
hemorrágica manifestação barrenta de um fim de mundo.

Lá no meio daquilo tudo
secretado
expelido
abortado
de sua paranoica semi-existência
o vagante perdido
se encontra.

Inserida por crislambrecht

Rascunho




Toda prosa dissertada
Nem tem trevas
Ou descobrir rimas desbotadas
Providencio versos as favas


Faço versos de manhã
Faço a tardinha
Risco palavras , rascunhos
Rabiscando feito criancinha

E assim vão-se passando
Na beirada de um remanso
Riacho sem fonte
Sem caras e inatingíveis afazeres

E tem que ser a próprio cunho
Digitar
Só mesmo quando terminar
Minha inspiração só flui em rascunho



( VIII Coletânea Século XXI )
( Prêmio Revista Poesia Agora julho/ 2018)

Inserida por Edu110175

Metalinguagem

Pressinto poema, a rima me invade
Me cerca por cima, abafa a prosa
Martela na alma, me urge e arde.
Escrevo com calma a rima teimosa.

Na cama, pijama, controle, marido
É quando a rima aparece perfeita
Prometo jamais esquecer e repito
Mas é poesia e precisa ser feita

A prosa me ronda tão chique e nobre
A rima invade, covarde, " chinfrim"
Em prosa sou ouro. Rimando sou cobre Rima é poesia que exala de mim







Ml

Não quero a rima
Nem rica nem pobre .
A prosa é ouro, rimando é cobre.


Eu tento a prosa: medrosa, padeço.

Em rima, sou asa.
Se prosa, sou gesso.

C

Inserida por claricejunqueira

⁠ARTE DE COMPOR

Cativante poética que nos seduz
Prosa de amor que nos encanta
Magia literária, inspiração e luz
Ao bardo o cântico na garganta
Oh, penetrante ilusão que traduz
Afeto, graça, a dor que suplanta
Mimo maior que o agrado induz
Sensação, e uma cadência tanta

Sintonia. Ao ledor o rogo divino
Faz do sonho devaneio genuíno
Do belo onde há leveza e sabor
É magia refletida na imaginação
A redação infindável do coração
Dado pendor na arte de compor

© Luciano Spagnol – poeta do cerrado
04 fevereiro, 2022, 15’27” – Araguari, MG

Inserida por LucianoSpagnol

⁠SONETO EM PROSA DE AMOR

Relato com zelo, o soneto que faço
Numa prosa de amor, que encanta
Pois, colhe-se poética quem planta
Afeto, apreço e sentimental passo
Então, nele tem o apaixonado laço
Para descativar do nó da garganta
Que, assim, é uma alegria e tanta
Ter na melodia o doce compasso

A paixão a sussurrar e aprazendo
Em sentimentos que vão dizendo
Na poesia que a sedução conduz
Ah soneto, o poema para ser feito
De amor, amor tem que ser eleito
Em mimo que nos nomeia e seduz

© Luciano Spagnol – poeta do cerrado
07 fevereiro, 2022, 11’10” – Araguari, MG

Inserida por LucianoSpagnol

⁠UMA PROSA SOBRE FERNANDO PESSOA

Fernando Pessoa foi um lunático, visionário, sem dúvida um esquizofrênico consciente, inofensivo e adorável. Homem subterrâneo, viveu isolado, entre aquilo que ele era e aquilo que desejava ser. Tinha, como eu, todos os sonhos do mundo. Não se achava especial, apenas superior a todos os seus contemporâneos.

Para suportar o peso do mundo inventou outros mundos, outro universo, onde ele podia facilmente se livrar do mundo real, ou pelo menos daquele opressivo em que todos vivem, onde se acham normais, pessoas comuns que se casam, têm filhos, bebem e fornicam, sem muita preocupação com arte ou metafisica.

Fernando não teve um grande amor, pelo menos não foi correspondido, por isso achava que o amor era uma perda de tempo, uma ilusão que causa muito sofrimento e dor.

Eu sou visionário, como ele, mas tenho um amor correspondido, tive filhos, publiquei mais que ele em vida. Tenho bons e maus hábitos, similares aos dele. Gosto de vinho, de café e de solidão para pensar e escrever. Sou músico, ele não foi. Vivo em uma época fascinante com muitas facilidades e distrações que poderiam muito bem me desviar do meu objetivo cósmico-divino, e com isso me diminuir, no que diz respeito ao talento do qual fui dotado. Tenho a obrigação, assim como ele de contribuir com a evolução da humanidade, no que tange ao desenvolvido cultural e espiritual do homem.
Portanto, não isento-me dessa responsabilidade, cada artista deve entender qual é sua missão, seu papel no mundo.

Não se faz necessário ser erudito, estudar em grandes faculdade, coisa que Fernando não fez, ora por não desejar isso, ora por não corresponder aos critérios exigidos na sua época. Ele poderia ter se formado em letras, mas percebeu que sabia muito mais do que seus instrutores, foi isso que lhe permitiu produzir tanto, pois sua formação intelectual era algo incomum pata qualquer mortal, ele já tinha ajuntado todo cabedal de conhecimento suficiente para compor sua obra. Este conhecimento oriundo dos livros, os quais ele lia com uma velocidade espantosa. Chegou ao ponto de dizer que não havia mais nada de interessante para ler, foi quando percebeu que era hora de observar mais a natureza e as atitudes dos homens, para completar sua magistral obra.

Eu penso assim como ele, que já li tudo que valia a pena, rejeitei, como ele a instrução formal de uma faculdade de jornalismo, onde aprendi algo muito significativo, o que é estudar. É saber ler, saber escolher o que ler... Abandonei, como ele a faculdade para me dedicar ao meu oficio, escrever, produzir conhecimento.

Fernando teve muita preocupação com o mito; leia-se Deus, religião, espiritualidade, às vezes ia muito fundo nesta busca, outra hora retrocedia e negava tudo, mesmo que por intermédio de outros, com seus heterônimos. A verdade é que ele mesmo não cria em nada além da vida, e muitas vezes duvidou de que a vida de fato fosse real, se perdia em delírios de que a vida devia ser uma grande ilusão.

De qualquer forma ele foi único a definir o mito, de forma poética e filosófica resumiu o mito e toda metafisica em uma frase: “O Mito é um nada que é tudo.”
Fernando Pessoa, mesmo não crendo em metafísica, nem em vida em outro lugar, continua vivo, e escrevendo com a mente e as mãos de muitos autores em todo o mundo.

Quem mais escreveu com a sapiência e astúcia de Fernando Pessoas, foi José Saramago. Saramago deu sequência à obra dele, boa parte do que produziu teve influência direta da mente criativa de Fernando Pessoa. Se você não sabe do que estou falando, leia este livro do Saramago. O Ano da morte de Ricardo Reis, contudo só vai inferir completamente o que eu afirmo se for capaz de se aprofundar nas obras dos dois autores portugueses geniais.

Evan do Carmo

Inserida por EvandoCarmo

⁠CORPO E ALMA DA POESIA

Bendita a prosa que segue o rumo
De um coração, quase que despido
Das vaidades, na poética o prumo
Do corpo e alma no canto esculpido
Bendita o verso de uma rima pura
Onde figura a sensação da gente
Com trovas tantas, sem censura
Que a ritmo da imaginação sente

E, um afago na atenção do bardo
De um ardor a vibrar tão felizardo
Faz o jeito de trovar mais afinado
É arte e ato certeiro, prosa gigante
Terna e peregrina, o verso amante
Deixando o sentimento aflorado! ...

© Luciano Spagnol – poeta do cerrado
09 fevereiro, 2022, 10’59” – Araguari, MG

Inserida por LucianoSpagnol