Texto em Prosa
Como não acreditar? Diante de um universo sem par, perante tudo o quanto há. Tantas coisas diferentes, tantos efeitos divergentes, inúmeros acontecimentos que emociona a gente? Porque desprezar a fé? Se um infinito diante de nós a se opor, se entre tantas emoções descobrimos o que é o amor? Mais fácil é duvidar, questionar ante a tudo o que há. Mais cômodo é se apresentar, como conhecedor de várias ciências sem nada realmente dominar. Se temos um dito popular, que em terra de cego quem tem um único olho é rei, na vida terrena, quem tem um poucochinho de saber, se apressa e logo ensoberbesse. Despreza os iguais e se enaltece. Dominado pela vil presunção, achando que sabe muito, mas em breve retornaras para o mesmo chão. Sim, de volta para as origens carnais, alimentar o ciclo de vida de milhares de animais. Somos pó, e brevemente imerso estaremos, no emaranhado de poeira cósmica, esfacelados e misturados em imensuráveis aglomerados atômicos, mas por enquanto, seguimos ainda vivos e atônitos.
"...irmão das coisas fugidias..." como a poetisa assim me vejo , assim me sinto. Percorro caminhos ladeados de incertezas e sonhos. E, as coisas efêmeras como as nuvens , os raios de sol e o tempo acalentam meus passos por aí . Incessantemente vou querer muito mais do que vejo, do que aspiro. Vou sempre buscar flores e céus azuis pelo tempo que eu existir, olhar além do que pode ser visto . Sentir o aroma de jasmim dentro de mim mesmo sendo inverno. Quero palavras que possam clarear o dia pintado de cinza , quero corações abertos para o amor , quero canções brilhantes de sol e luar , quero a poesia nossa de cada dia por toda a eternidade, amém !
Tenho rabiscado, mas feito caneta sem tinta assim estão meus pensamentos, as lágrimas presas na noite passada pingou no velho travesseiro, e com elas iam meus sentimentos que tanto carreguei outrora, foto na parede, madrugada fria, selênio profundo, para, escuto minha respiração, rolo na cama, e a poesia da noite faz jus, adormeci.
A arte é uma força eterna que transcende as fronteiras do tempo e do espaço. As obras dos grandes artistas são testemunhas silenciosas de nossa história coletiva, oferecendo-nos uma visão única do passado e uma inspiração para o futuro (trecho do livro Prosas, Poemas, Poesias: Declarações de Amor de Miguel Dantè Machado)
Levou consigo as petúnias que um dia se abriram e logo murcharam. Levou a neblina o pretenso braço desguarnecido de euforia e sobretudo capturou o que não foi nem inventara e tampouco fez de conta que eram contas silenciáveis. Deixou somente um fio contrastando com a erosão para não ser totalmente estéril e ouvir em sua quase declinação. “Não seja um inseto dos destinos. Foi brevíssima e dúctil a docilidade com que numa farta ironia satirizou a indumentária como um lapso mordaz. Não me sobrecarregue com adjetivos como se fossem graças disponíveis em que não mora nenhuma gramática. Nesse quase mensurável êxtase aceito que partas sem partilhar-me silêncios ou livros ou cetins. Sou dos cortes não cerzidos mas polidos pela simbologia pelo gesto isento de tragédia. Sou uma concepção atípica um cajado sem declínios”