Texto Diferentes
"Há casos em que os juízes das diferentes Instâncias, necessariamente se combinam, pelo fato de que, se forem contraditórios acerca de uma sentença, um deles não estará dizendo a verdade". ... ... ...
"Coexistem: o Direito Penal do cidadão (presunção de inocência; garantias penais mínimas consagradas pelas normas) e o Direito Penal do Inimigo ( verdadeira caçada ao autor de um pretenso delito; o procurado não é sujeito de Direito; basta ser acusado para o considerarem inimigo; ao condenado sem provas não são dados os mesmos Direitos Protetivos de um réu)". ... ... ...
Detalhes de amor
Amor nos fazem ser diferentes
Tudo parece fantasia
Se o coração estinver com a mente
Resultado só alegria
O segredo de um amor quente
E os dois não ouvir baixaria
De quem quer bater de frente
Com inveja de quem sentiria...
O amor tão plasmo e ardente
Que não teria
Um triste final pela frente
E sim seria
Um amor renascente
Pois assim renasceria
Todos os dias independente
Dos problemas que superaria.
Eterno admirador
Amor,os nossos caminhos,
Tomam rumos diferentes,
Às vezes com espinhos,
Outrora,tranquilos e inocentes.
Quero que saiba disto,
De intensidade tu fostes a maior,
Aquela coisa gostosa, que não resisto,
Das minhas emoções, a melhor.
Hoje caminho com a certeza,
Que foi maravilhoso lhe conhecer,
Tivemos momentos de muita leveza,
E muitos mais que poderiam acontecer.
Eu sempre serei,
Seu admirador me tornei,
Seu amigo morrerei,
E no coração te carregarei.
A vida às vezes é dura,
Não entendemos a separação,
Tomamos decisões imaturas,
Decisões que nos levam pra solidão.
Então é preciso ser inteligente,
Caminhar sempre atento,
Lutar contra a força da mente,
Que insiste em nos jogar no sofrimento.
Sofrimento de um passado,
Retido nas cadeias de uma memória,
Tempo lúgubre e amargurado,
Lembranças de uma triste história.
O tempo, o vento e o sentimento,
A vida,às feridas e as tentativas,
Não cabe pré- julgamentos,
O agora é a única chance e alternativa.
Alternativa para o amor,
Entre o poeta e a flor,
Ambos tiveram muita dor,
Hoje sonham separados sem rancor.
Lourival Alves
Poema a Wenderly
Pode os anos levar a quem amamos?
De diferentes maneiras, sim!
De outras, não.
Pode o ouro dar todas as riquezas?
Sim!
Não.
Tudo pode se nada quero.
Se quero tudo, pode-se mais ainda.
Sejamos simples, como um rio
Sejamos complexos, como uma Rave.
A música que une, nos separa.
O vento que passa, não nos toca.
Afinal, pode o amor ter diferentes sons?
Pode-se e o tem.
Sons compõem dias, meses ... anos.
E a saudade...
Companheira certa do povo Lusitano
acompanha-nos.
Sentir saudades, então, existe
E se existe a sinto e a sentimos
Sentirê-mo-la.
Agosto de 2018
"Os Espíritos podem manifestar-se de muitas maneiras diferentes: pela visão, audição, tato, por ruídos, movimentos de corpos, escrita, desenho, música, etc. Manifestam-se por meio de pessoas dotadas de uma aptidão especial para cada gênero de manifestação, conhecidas pelo nome de médiuns. É assim que se distinguem os médiuns videntes, falantes, audientes, sensitivos, de efeitos físicos, desenhistas, tiptologistas, escreventes, etc. Entre os médiuns escreventes há numerosas variedades, conforme a natureza das comunicações que eles são aptos a receber."
Allan Kardec (Hippolyte Léon Denizard Rivail)
LEANDRO CAMPOS
Nosso mundo são tão diferentes, mas o amor é o mesmo
Dois mundos tao opostos que pra muitos o nosso amor não ia dar certo, mas mostramos que mesmo sendo diferentes podemos amar porque o amor foi mais forte do que a distancia que separou nos dois, o nosso amor também foi mais forte do que as pessoas que são contra a nossa união, pois cada segundo, minuto, horas, dias, meses e anos que vivemos longe um do outro o nosso amor foi ficando mais forte de uma forma que nenhum de nós conseguiu esquecer e toda vez que nos encontramos o nosso olhar diz um para o outro: TE AMO, TE AMO!!!
Inspiração:Leandro
Autora:Juliana Sampaio
A cada amanhecer a vida nos dá a chance de sermos diferentes, de fazermos a diferença!
A cada amanhecer a vida nos da a oportunidade de recomeçarmos, de sermos melhores!
Então, que hoje sejamos melhores do que ontem, que hoje façamos a diferença!
O trabalho mais importante e também o mais difícil, é aquele que fazemos dentro de nós mesmo.
ROMA
Eu beijei seu rosto, beijei sua cabeça
Queria todas as diferentes maneiras
De fazer você brilhar
Por que você está tão distante?
Linda e complicada
Perdida e sozinha
Estranha como os anjos
Vinda de algum oceano profundo
Você é igual a um sonho
o sol nasce e me desperta
Eu abro meus olhos esta manhã
Eu me encontro sozinho.
Acima de um mar revolto
livre dentro de mim
Você... Suave e única
Você... Perdida e sozinha
O azul me faz enxergar
Faróis na beira do mar
O meu caminho só eu vou achar
Quando eu te encontrar.
Paulo Lima
A vida é como uma caixa
A vida é uma grande caixa cheia de coisas diferentes, nascer é como rasgar ferozmente seu embrulho para apreciar suas possibilidades, viver é o ato de tirar da caixa suas surpresas, é descobrir e saber a utilidade de cada item que lhe será entregue. Algumas caixas são maiores que outras, mas nenhuma é grande o suficiente para evitar que suas surpresas acabem. Morrer é uma forma de dizer que você já utilizou todas s suas possibilidades, e então, enfim passar sua caixa para uma nova pessoa, dar a ela um infinito de possibilidades.
Há 2 tipos de líderes e ambos são amados, por motivos diferentes:
1) O líder carismático, que ama a si mesmo acima de tudo. Todos gostariam de ser como ele
2) O líder construtivo, que ama aos outros, tanto quanto a si mesmo. Todos acreditam que podem ser como ele
Na hora de contratar, pergunte-se antes de escolher: qual deles deles é capaz de formar o time mais forte?
Você não é quem diz ser!
Suas palavras são diferentes de suas ações
Odeio pessoas que me fazem de boba
Para você eu sou apenas um papel?
Rasgou jogou fora e pronto
Não!
Não é bem assim que funciona
Hoje me magoou bastante
Amanhã vão te magoar mais ainda
Tudo que vai volta
Tudo que se planta colhe
Tudo que você dá você receberá
A vida é como o Sol
Você é a vida
O sol e as coisas que você faz
O que o sol faz?
Pois bem as coisas sempre se repetem
beijo...
amor...
demônios,
as coisas são diferentes nesse funeral...
passei por fronteiras que destino quis...
degradado sentimento...
amor suas cartas que se decompõem,
minhas lagrimas são sacrifícios
deixados cobertos por um sonho...
mesmo sabendo que desde do principio
estamos condenados...
nas profundezas...
o veneno corre minhas veias até seus lábios,
me deixe morrer em sonho de amor,
como naquela mensagem que deixou no meu coração,
que gravei em minha lapide...
Diferentes, não!
Diferença, sim!
Somos iguais perante à Deus,
mas temos nossos dons e talentos
para exercer com alegria
o encanto que nos trazem a cantar
nossa melodia de oração do amanhecer
na janela
ou bem pertinho da sensibilidade de pessoas
que nos tocam ou que somos tocados,
com sutileza e carinho da alma e do coração!
Bjsss
Diferentes, não!
Diferença, sim!
Somos iguais perante à Deus,
embora à presença humana nos cataloguem e nos classifiquem,
segundo critérios subjetivos de interesses,
da comunidade ou grupo ao qual participamos ,
influenciamos ou somos influenciados.
Fácil seria aceitar estas regras e segui-las religiosamente,
sem problemas ou maiores complicacões.
Seguiu? .... tá no jogo!
Não seguiu? ... é tachado como "carta fora do baralho"!
Nem tanto à um ou a outro sistema de sobrevivência,
mas sim que haja equilíbrio
e que nos permita viver harmoniosamente em comunidade,
sem deixar de exercer
os dons que fazem de nossos atos e fatos a diferença
pela qual destacamos
ou fazemos a "diferença" em nosso meio.
Somos iguais, porém com sabor e calor só nosso,
à uns tempero moderado, à outros apimentado...
à uns frio ou morno, à outros..quente beirando à fervura intolerante..
.e assim caminha a humanidade,
cavalgando e trotando entre trancos e barrancos,
se segurando para não cair
e de vez em quando olhando no espelho
para certificar-se se ainda está aqui
"Eita vida porreta de boa,
só não desejo vida mais longa,
para morrer logo e voltar novinho em folha"!
HUmmmm...
A VIVÊNCIA E OS SERES HUMANOS
A vida aos poucos nos deixa diferentes
Vai causando pequenos incidentes
Vai calejando o coração e a alma
Deixando as esperanças perdidas
De sonhos e ilusões esquecidas
Pessoas em que apostamos tudo
Vão a cada dia nos decepcionando
E a medida que conhecemos vamos
A cada coisa acreditando menos
E em cada situação conhecemos mais
E a medida disso a ilusão dês faz
Cada um mostra um papel de envoltório
Lindo, colorido, atraente , maravilhoso
Quando vamos desenrolando vai mudando
Desde a cor até a consistência e a resistência
Pequenas palavras, gestos, ações que fazemos
Que deveriam nos encantar cada vez mais
Passam aos poucos nos desanimar e desapontar..
Genelucia
''O sonho e a realidade tem caminhos diferentes que se cruzam em uma relatividade coincidente, o sonho é o desejo em realizar; vivenciar e acima de tudo experimentar, é a imaginação pré-criativa que ainda permanece oculta, ou seja,
o sonho é o mapa para a realização do ser.
Já a realidade é a experiência; o poder sobre o conhecimento e o físico, o impulso instintivo resultante do intuitivo que te faz alcançar certos sonhos possíveis, através dessa experiência que é a capacidade radical de derrubar a impossibilidade e o medo de conquistar.''
Meus 15 anos!
Eu sempre me senti diferentes das outras garotas. Não mais bonita, nem mais feia, só diferente. Nunca gostei de maquiagem, quando usava me sentia o curinga personificado. Minha moda? Eu mesma criava o meu jeito de me vestir. Saltos? Nunca gostei, eu preferia All Star. Roupas com decote? Eu passava longe!
Eu estudava em uma escola de tempo integral - Escola Estadual de ensino integral Emanuel Rosa Sales. Meu tempo de escola não era diferente desses famosos clichês que passam nos filmes: "Garota bonita vs Garota feia".
Bruna, é uma daquelas garotas que todos os meninos são loucos para "pegar". Realmente linda e atraente, mas posso dizer que tinha muita beleza e pouco conteúdo. Eu era exatamente o oposto dela. Enquanto os garotos faziam fila para namora-la, eles também faziam fila para fugir de mim.
O meu primeiro e tão sonhado beijo, aconteceu com um garotinho da escola, que tinha por nome Pedro. Eu estava feliz, cheguei a pensar que ele e eu namoraríamos (quanta inocência)... Depois de alguns dias trocando beijos e acreditando que estávamos juntos, Pedro me deu um belo fora dizendo:
- Não posso mais ficar com você, meus amigos estão me zoando e falando que estou namorando uma garota que parece menino.
Eu chorei muito ao ouvir aquilo, eu tinha apenas 13 anos e não entendia porque insistiam em me rotular gay.
Comecei a perguntar a mim mesma se aquilo era resultado do modo como eu me vestia ou talvez o jeito masculino como eu andava (eu já tinha ouvido alguns colegas dizendo que eu não sabia rebolar e andava de um jeito masculino. Eu nunca imaginei que existia regras na forma de andar, onde diferia homens de mulheres.) Talvez a minha falta de feminilidade tenha contribuído em toda essa construção pejorativa que as pessoas tinham com a minha aparência.
Um dia almoçando sozinha na escola, sentou uma garota na minha mesa (de nome Nicole) para me fazer companhia. Isso raramente acontecia... Ela me tratou bem como há muito tempo não acontecia, disse que entendia tudo que eu estava vivendo pois também passou pelo mesmo ao se assumir.
Fiquei brava por ela ter agido como se eu também fosse lésbica. Levantei furiosa e fui embora pra minha sala deixando o almoço quase intacto na mesa. Sentei na minha cadeira e comecei a refletir que talvez aquela menina tenha sido a única que me tratou bem, não se importando com o que falavam sobre mim. E se eu tinha tanta raiva daqueles que me julgavam, porque logo eu iria julga-la? Voltei ao pátio e olhei em volta para encontra-la e fui até onde ela estava para me desculpar.
Ela desculpou-me e se tornou minha melhor amiga. Quando alguém zoava a gente nos chamando de lésbicas ela sabia exatamente como nos defender, até parecia que ela acostumou com aquilo ao ponto de ser mais forte e pouco a pouco ela me ensinava a ser forte também.
Depois de um tempo esse tal menino - o Pedro - começou a me zoar com os demais amigos... Me chamava de "Maria macho", "sapatão" e uma série de coisas desse gênero. Eu chorava e tinha vergonha de ir a escola. Eu implorava que minha mãe me tirasse de lá, mas ela inocentemente achando que era preguiça de estudar, não atendeu meu pedido. Eu comecei a rezar que a convivência na escola melhorasse, mas tudo só piorava, passei a ter medo de me aproximar das pessoas e chorava quase sempre que estava sozinha.
Eu comecei a cair em uma depressão enorme. Piorando eu morria de medo de falar para minha mãe o que estava acontecendo. Eu tinha medo que ela também achasse que eu era lésbica. (eu era só uma garota de 13 anos sentindo-se só).
Os boatos sobre minha sexualidade se espalharam e logo todos os alunos e alguns professores já estavam sabendo da história e tomando essa mentira como uma verdade absoluta. Eu me afundava a cada dia em uma solidão absurda dentro de mim. E sempre quando me viam chorando nos cantos da escola, afirmavam que era vitimismo para chamar atenção.
Tentei me afastar da Nicole para diminuir os boatos, mas sem ela a escola era ainda mais difícil de suportar. Nossa amizade só crescia e os boatos de que estávamos namorando se espalhou pela escola.
Em uma manhã de quarta-feira fui ao colégio, mas não tive coragem de entrar na sala de aula. Eu tive fobia/medo daquelas pessoas que se diziam meus colegas. Covardemente desisti de entrar na sala e segui de uniforme, livros e mochila até a saída para tentar ir embora da escola, mas infelizmente os portões já haviam sido fechados e eu em uma atitude desesperada para não entrar na sala, segui em destino ao banheiro do vestiário feminino. Fiquei lá por quase 4 horas sentada no chão do banheiro, por mais desconfortável que fosse, era melhor para mim que entrar na sala.
Na hora do intervalo um grupo de meninas da minha sala entraram no vestiário para retocar a maquiagem antes de irem almoçar. Ironicamente notei que o assunto da conversa era sobre mim. Elas falavam em alto e bom som, para que quem entrasse naquele banheiro pudesse ouvir que os diretores deveriam expulsar-me, pois pois era inaceitável um namoro lésbico na escola. Todas caiam na risada, pareciam contar a mais engraçada de todas as piadas.
Abri a porta do banheiro e com toda a raiva que eu estava sentindo, empurrei uma delas contra o banco do vestiário. Por ironia, era a Bruna. Mas meu ódio me cegou e não consegui parar de machuca-la, suas amigas tentaram separar a briga e chamar socorro, mas até lá eu já tinha feito um estrago no rosto dela.
Fui suspensa após isso e quando finalmente voltei à escola minha vida se tornou um inferno ainda pior. Bruna começou a espalhar boatos mentirosos sobre mim, afirmava aos quatro cantos da escola que me viu beijando uma garota e eu havia batido nela para que ela não falasse a verdade sobre mim.
E enquanto pessoas como a Bruna e o Pedro se voltaram contra mim, a Nicole se aproximava cada vez mais e me fortalecia.
O tempo foi passando e eu acabei me encantando por aquela garota. Me encantei por ela e não por ser uma menina. Acabei me apaixonando pela forma que ela me cuidava e me protegia do mundo. Eu não sei se nasci lésbica ou se me tornei devido as circunstâncias, mas até hoje não me arrependo.
Parei de me importar com o que as pessoas falavam sobre mim e passei a ter orgulho de quem eu era. Tomei coragem e me assumi para minha mãe que, graças à Deus, me aceitou bem. No início eu tinha receios de assumir até a mim mesma, mas depois que eu me aceitei vi que minha sexualidade não me fazia menos que as demais pessoas.
Fomos o primeiro casal lésbico da escola. Era algo novo e inusitado, após isso muitos outros casais gays começaram a assumir também.
Ao me assumir, uma porção de barreiras difíceis começou a surgir para que eu quebrasse. Eu era vítima de preconceito constantemente. Até daqueles que deveriam nos defender. Acabei sendo obrigada a mudar de escola após uma conversa de diretores com minha mãe. As pessoas não aceitavam e parecia que a minha sexualidade desmoralizava a todos.
Pessoas se afastaram e deixaram de ser meus amigos, no início não entendia o que estava acontecendo comigo. Eu era uma menina como todas as outras, a única coisa diferente era o que eu trazia no meu coração. Mas desde quando a minha forma de amar muda quem eu sou?
(...) ANOS PASSARAM
Deixei de ser a menina assombrada, para me tornar a mulher destemida. Concluí o ensino médio e iniciei a faculdade de Psicologia.
Um certo dia vindo da faculdade, encontrei uma garota desolada, com a cabeça baixa, sentada em um banco na rodoviária. A faculdade é em uma cidade vizinha, então fazia parte da minha rotina descer do ônibus na rodoviária e ficar na espera da minha mãe ir buscar-me.
Já era tarde e não tinha quase ninguém na rua, era por volta de quase onze e meia da madrugada. Me aproximei e quando a tal garota levantou a cabeça, vi que se tratava da Bruna. Nesse momento eu gelei, fiquei paralisada e sem ação.
Ela tentou ignorar a minha presença, continuando sentada em um banco, tentando abafar o choro. Creio que se sentiu intimidada. Tentei me aproximar, porém eu estava com certa vergonha. No fundo eu sentia muita mágoa, raiva e desprezo ao lembrar de tudo que ela me causou anos atrás, mas ir embora e deixa-la para trás naquele estado me traria peso na consciência. Já era tarde e seria perigoso para qualquer garota ficar ali naquele horário sozinha. Insisti para que ela se abrisse e eu pudesse entender o motivo do choro. Mesmo com muito medo que ela me tratasse mal como tratou em todas as vezes que cruzamos.
De início ela me tratou mal e disse que eu estava tripudiando da tristeza dela. Ela implorou para que eu me afastasse, mas eu fui insistente. A verdade é que ela estava insegura, achando que eu estava ali para me engrandecer com sua dor.
Sentei ao seu lado no banco em que ela se encontrava e disse:
- Eu não quero te fazer mal, se o destino fez que a gente se encontrasse a essa hora, talvez fosse mesmo pra ser assim, do contrário, as forças superiores teriam enviado uma daqueles suas amigas do ensino médio. - Rimos juntas.
Ela começou a chorar e me abraçou, fortemente como se fosse um pedido de desculpa por ter durante tanto tempo me perseguido. Creio que a minha piadinha fora de hora sobre ensino médio tenha despertado tais lembranças nela.
Ela ainda presa no meu abraço, contou-me que acaba de ser expulsa de casa e o motivo era sua sexualidade. Eu fiquei surpresa. Puts! Sempre imaginei ela héterosexual e agora essa revelação, caramba me pegou realmente surpresa. Ela chorava mais que antes e me pedia desculpa por tudo que me causou e me abraçou ainda mais forte.
Quando minha mãe finalmente chegou para me apanhar da faculdade, eu expliquei toda a situação e pedi permissão para leva-la para dormir aquela noite em casa.
Minha mãe respondeu algo que me fez agradecer aos céus por ter a sorte de ter nascido daquela mulher:
- É claro que pode Lanny. Algumas vezes na vida, nós pais tememos tanto que nossos filhos sofra, que brigamos para que eles sigam um caminho que a nossos olhos seria menos doloroso. Talvez seus pais só esteja com medo de tudo que você vai enfrentar pela sua sexualidade. No início eu também agi assim, mas depois me preocupei em não der para minha filha um exemplo dessas pessoas que não se importam com com a felicidade. Nós as vezes buscamos tanto o melhor para nossos filhos e esquecemos que o melhor nem sempre é o caminho mais fácil e sim o caminho que mesmo difícil os fazem mais felizes. Eles vão te aceitar Bruna, é questão de tempo até que eles vejam a filha maravilhosa que você é.
Naquela noite e por mais alguns meses Bruna passou a dormir em minha casa. Esquecemos sobre o passado e firmamos uma amizade forte. Hoje somos quase como irmãs. Após alguns meses sentindo na pele o peso da rejeição e do preconceito ela foi finalmente aceita por seus pais e hoje é namorada de uma garota linda que costumo chamar de cunhada.
Não sei se dá pra tirar uma moral dessa história, mas se desse seria: O mundo gira e as pessoas que hoje você oprime, amanhã pode ser uma das poucas que vai te estender a mão quando precisares.
Repentinamente me vejo sendo outra vez aquela garota de quinze anos. Isso é tão assustador!
Me vi presa outra vez dentro de mim mesma, com medo de sair do quarto e viver. Parece tão louco me sentir assim. Eu sempre me achei/pensei ser tão segura de mim mesma.
Me sinto de mal com o espelho, quando fico diante dele vejo um reflexo errado de mim. Por mais louco que seja, ele mostra a imagem de uma garota de quinze anos chorando, mas eu sou uma mulher. Ele deve estar refletindo errado ou sera o reflexo da minha alma?
As pessoas me olham, mas sinto que são sempre olhares focados para as minhas "imperfeições" e nunca olhares de admiração. Eu já desisti de conhecer novas pessoas por vergonha da minha aparência, recusei alguns encontros por puro medo do que os outros pensariam de mim depois de me conhecerem a fundo.
Sei que muitas pessoas não entendem meus sentimentos, minhas escritas, minha palavras. Mas a confusão dessas palavras combinam com meu excesso de sentimentos confusos. Sou tão de mal comigo mesma que me recuso a pensar na ideia de alguém me ver com bons olhos... É como se fosse impossível na minha cabeça.
Cinco anos passaram e a garota de quinze anos ainda não morreu dentro de mim. Ela continua chorando e se sentindo abandonada nesse mundo onde só parece caber pessoas de boa forma e pouco conteúdo.
Gosto de pessoas que buscam despir não só meu corpo, mas minha alma também.
Diferentes entre si,
cada um tem na sua essência
uma característica própria,
única, que o torna mais que especial.
Uns são generosos,
outros enérgicos e outros protetores.
Tem aqueles de amor incondicional,
tem os modernos e independentes,
os que amam intensamente.
Tem pai trabalhador, pai aventureiro,
pai inovador.
Tem pai do tempo e pai sem tempo...
Tem pai que é tudo isso e mais um pouco.
Tem também aquele que não precisa ser
isso ou aquilo, mas é o melhor pai do mundo.
Quase sempre não nos entendíamos,
parece que falávamos idiomas diferentes;
você sempre tão racional, eu só instinto,
às vezes inimigos, outras paixão
Muitas vezes eu não te entendia,
outras não queria entender ... assim, me poupava de me aborrecer.
É que sou egoísta, ignorava o evidente, e só queria te ter
mas, não eras minhas...e, eu sou teu
Minhas mãos as tuas tocavam e não me sentia mais sozinho;
é que pelos atos me expressava melhor.
Os olhos não mentem, o coração explode na emoção;
ao teu lado, sem nada dizer, era expressão do amor
Eles eram somente duas pessoas
Que não se conheciam
Duas almas boas e distantes
Muito diferentes
A encontrar semelhanças entre si
A cada instante que passava
Ele amava ficar em casa
E ela, adorava sair
Mas gostavam dos mesmos assuntos
Ele era sempre meio elétrico
E um tanto desengonçado
Ela se movia sempre meio lenta
E primava pela métrica
Mas pra cada coisa
que não combinasse
Havia outras duzentas
Que os unia
E aquilo tudo, na verdade
se traduzia em uma imensa vontade
de se ver sempre e todo dia
Ela era um tanto moderna
Ele era por demais quadrado
Mas um morria de saudade
Sempre que o outro
ia embora
e quando um ia chegar
O outro esperava lá fora
Quando a vida une algo assim
nasce um amor que não tem fim
Assim era o amor deles
daqueles, que pra desunir
demora.