Texto Desejo
Aníbal cartaginês
A força de um movimento controlado, baseado no desejo insano da vingança,
A confiança e o medo andando juntos sobre a imagem de um poderoso animal,
O ataque, o terror nos olhos dos inimigos frente a fera até então nunca vista antes e com fama de devoradora de homens,
Um general em cima de um Deus, a natureza em ação na forma de pecado,
O homem e a fera levado ao encantamento, levado ao fracasso.
Provocação e desejo
Convencido da proposta, deixei o meu corpo navegar mar a dentro,
Fascinado pelo teu canto de sereia, senti o teu beijo com sabor de sorvete tomar conta de mim,
Perdido no teu corpo, me achei em teus movimentos,
Conectado com a tua alma, recarreguei com toda a minha força aquilo que me consumia.
24 horas, você!
Te desejo 24 horas, as lembranças e as tuas mensagens de de vez em quando me mantém aquecido.
O teu perfume continua no guarda-roupas, ainda durmo abraçado com duas peças de roupas que deixastes para trás.
Ao fechar os olhos na calada da noite, tu me visitas, escuto os teus sorrisos, gosto quando ficas sussurrando no meu ouvido, chego a sentir os teus lábios, sinto o teu corpo perfumado; por enquanto isso me realiza.
Meus sentimentos são inteiros, meus desejos são verdadeiros, o meu coração é uma taça grande de vinho tinto cheia esperando você para brindarmos o nosso recomeço.
Os Himalaias
Montanhas nevadas, corpos quase congelados,
Desejo insano de chegar ao topo, objetivos aquecidos pela ansiedade e ponderados pelos medos a cada passo dado,
Mudança de clima repentina, ar rarefeito, confusão mental, corpos debilitados e no cair das horas tomando um chocolate quente a vista perfeita da noite para poucos apreciarem,
Loucura, sentimentalismo, coragem, suicídio, ou é tudo ou é nada na chegada ao topo dos picos mais altos de algodão congelado.
Não se trata de mim, mas de nós. Não é sobre o que quero ou desejo, mas sobre o que nos cabe, não é sobre onde estou e onde desejo ir, mas sobre onde nossos pés tocam e nossos olhos podem alcançar. Na verdade não é sobre mim ou você, mas no que somos juntos desde que nossos corações se tornaram um.
(...)
E Quando a Morte me Encontrar?
Desejo que a morte me encontre viva.
Porque viver é diferente de apenas existir.
Há tempos me pergunto o que é vida, pois o que tenho não passa de um eco vazio, uma sucessão de dias sem cor, sem pulsação. Se viver for apenas isso — sobreviver sem sentir — talvez o encontro com a morte não seja tão assustador.
Mas se ela demorar, que me encontre desperta, de alma incendiada, com olhos brilhando pelo peso e a beleza dos instantes. Que ela veja em mim alguém que, mesmo entre abismos, soube amar, sonhar e se permitir sentir.
Se a vida quiser me manter aqui, que me devolva o direito de ser plenamente viva.
Caminhando na Chuva
Na vastidão do ser, o desejo de ser luz,
deixar o corpo se transformar em sol,
de não deixar marcas no chão,
caminhar livre, sem rastros,
apenas a pureza do agora.
Mas, em cada passo,
a chuva insiste em cair,
a tempestade de erros e escolhas
se faz presente, como um peso
que não se apaga,
não se apaga, mesmo no desejo de renascer.
É na dança do fogo da alma
e na chama da mente que busco fugir,
mas a chuva continua, incessante,
como se a dor não soubesse descansar.
E eu, que procuro entender o que fui,
que busco apagar o peso do ontem,
me vejo perdida nas correntes da memória,
nos primeiros erros que me definiram,
e ainda assim, a chuva cai.
Mas então, aprendo a aceitar,
a deixar o vento secar meus olhos,
a me encontrar na calma que vem com o tempo,
na serenidade que surge
não pela fuga das tempestades,
mas pela compreensão de que elas são parte de mim.
E, ao fim, encontro a paz,
não porque a chuva tenha cessado,
mas porque aprendi a caminhar na chuva,
sem medo de ser, sem medo de errar.
Sonho e Desejo ( Soneto)
Despir-se o corpo e afoguear
Encolerizar-se pelo coração que bate arfante;
desejos desse instante!
Sonhar com natureza as estrelas e o mar;
Álacre o clarão do luar!
O sal deixar o mar,
Buracos negros e as estrelas se dissiparem
Da natureza o verde desarvorar,
O fogo do corpo e do sol e apagarem.
O mal desaparecer,
Da prisão domiciliar sair
O clarão da vida reaparecer,
Deixe-me contemplar,
Antes de me despedir,
Quão lindo o verde de seu olhar.
Desejo
Granjear a recompensa,
Num sonho atropelado,
Dum abraço não dado,
Abismo na ponte suspensa,
Deste ciclo de sofrimento,
Adefagia e liberdade,
Incertezas, precariedades,
Vividos no atropelamento,
Aquietar a servidão,
Forte aperto de mão,
Visitar a mãe todo dia;
Saúde e Prosperidade,
Muita Paz e Amizade,
Novo Ano sem pandemia
Desejo, vontade, ação e movimento
A vida é despertada pelo desejo,
impulsionada pela vontade,
e realizada pela força.
A força é alimentada pela persistência,
mas é a resiliência que não nos deixa desistir,
e nos faz recomeçar,
quantas vezes for preciso.
Para todas as coisas é preciso vontade.
Amar é um verbo de ação
e exige movimento,
como caminhar na direção do outro,
com a leveza e simplicidade
que nos torna cúmplices
da nossa própria história.
Porque o amor é uma chama
que se assopra com força,
sem medo de apagar.
Eu quero ver o amanhecer;
contemplar o entardecer,
e admirar o céu estrelado.
Eu quero sorrir sem motivo
e desprezar a tristeza.
Eu quero me contentar com pouco
e fazer o melhor com o que tenho.
Eu quero abraçar com força
e beijar com intensidade e movimento.
Eu quero ouvir a minha alma
dizendo que é hora de ser feliz.
Gostar e amar
Gostar está associado a um desejo, em geral um objeto, e esse desejo, em relação a esse objeto, se esgota com a sua realização. Amar está associado a uma pessoa e é um sentimento perene, que não se exaure com a realização do desejo.
Ao contrário da poesia, amor não é fogo nem paixão que arde, mas sentimento sublime que se perpetua no tempo e no espaço. Paixão é o desejo que arde e como fogo, se apaga, tão rápido quando a satisfação do desejo, que nunca acaba, apenas muda de um objeto para outro.
Uma parte de mim
Ela não é um objeto de desejo,
esperando para ser conquistado,
nem tem um vazio na alma,
pronto para ser preenchido.
Ela não é apenas um corpo,
onde guarda os brinquedos,
de um menino crescido,
que ainda vive na infância.
Ela não quer encontro físico,
com um parceiro distante,
mas uma fusão na alma,
com quem está presente.
Ela é uma parte de mim
que se aproxima com o diálogo,
encaixa com um abraço,
e completa com um beijo.
Amor e desejo
O desejo é uma chama que arde,
uma paixão que alimenta os sonhos,
acelera os batimentos num ritmo incessante,
e impulsiona uma aventura inconsciente.
O desejo, como chama, se consome rapidamente,
só o amor pode ser alimentado continuamente.
O amor, ao contrário da paixão, não perece,
embora se fadigue e canse, apenas adormece.
O amor é brando como um sereno sentimento,
que se mantém vivo com o relacionamento,
e desperta com atenção, carinho e delicadeza,
com algo simples, surpreendente ou inesperado.
O amor não é ferida, nem dor ou desatino,
não é estar preso a alguém ou descontente,
não é andar solitário, nem ganhar ou perder,
é o prazer da companhia e do bem-querer.
Paraíso Secreto
Te quero em silêncio, no escuro, escondido,
Nosso amor proibido, um desejo contido.
A distância machuca, o tempo é cruel,
Mas quando te tenho, o mundo é um hotel.
No pouco que temos, fazemos milagre,
Teu toque é loucura, teu beijo é mensagem.
Nossos corpos se falam, sem medo, sem freio,
No instante que juntos queimamos em desejo.
E cada encontro é um voo perdido,
Rumo ao paraíso, num céu proibido.
Depois o silêncio, a espera, a saudade,
Até o próximo fogo, a próxima verdade.
“Que é o Natal?
É a ternura do passado, o valor do presente e a esperança do futuro. É o desejo mais sincero de que cada coração se encha com bênçãos ricas e eternas, e de que cada caminho nos leve à paz.
Se não sabes o que presentear a teus seres mais queridos no Natal, presenteie-lhes com o teu amor.
Natal quer dizer um espírito de amor, um tempo quando o amor de Deus e o amor dos seres humanos deveriam prevalecer acima de todo o ódio e amargura.
Um tempo em que nossos pensamentos, ações, e o espírito de nossas vidas manifestam a presença de Deus.
Vamos parar um pouco para refletir no que temos feito com nossas vidas... se temos dado tudo de nós, por nós mesmos e por todos aqueles que nos são solicitados num momento de ajuda.
Sabemos que é dando que se recebe!
A gente tá aqui só de passagem, e nada valerá a pena se não tivermos marcado a nossa presença aqui nessa terra, com atitudes nobres, gestos de carinho e solidariedade para com os nossos semelhantes!
Ainda dá tempo...
Para dizer "eu te amo"...
Para dizer "me perdoa,...
Para dizer o quanto que alguém significa em nossas vidas...
Porque a única certeza que temos é do hoje...
O amanhã é uma total incógnita.E a gente nem sabe se virá...
Portanto meus amigos...
Este é o momento...
Essa é a hora...
HOJE É O DIA!!!
Não deixe para amanhã... Pode ser tarde demais!”
PRECISO DORMIR
Demétrio Sena - Magé
Só desejo acordar em outro mundo
e não ter nostalgias deste aqui,
nem no fundo insondável de minha'lma
ou nas sombras do meu inconsciente...
Eu queria voar durante o sono,
mas num sonho real definitivo;
num outono suave, um vento brando,
entre folhas voláteis e macias...
Quero tanto encontrar a dimensão
que já vive na tela dos meus olhos,
tem o meu coração pulsando lá...
E preciso dormir pra tantas dores;
tantas cores que o tempo esmaeceu
na falência das minhas emoções...
... ... ...
#respeiteautorias É lei
Ohh dores na alma e no corpo.
Seja qual dor for não desejo pra ninguém tê-las, muito menos do amor.
Algumas dores têm cura, mas vêm com significados latentes.
As dores do corpo, a medicina tem o remédio, mas também trazem seus significados.
Metafísica, dão seu significado das dores, através do cunho emocional. Pesquise e terá sentido.
Em compensação o amor é uma dor que não tem cura.
Há um limite nas dores e mágoas que terminal nossa vida, ou melhora nossa sorte.
Conclui-se que as dores grandes duram poucos, aquelas que duram muito não são grandes.
Oh, Dores Que Ficam
Oh, dores na alma e no corpo…
Seja qual for, não desejo a ninguém.
Muito menos a dor que não tem cura: o amor.
Algumas dores vêm e vão,
outras se arrastam,
silenciosas, pesadas, constantes.
O corpo sente, a medicina trata,
mas há dores que vão além do físico,
trazendo significados que só o tempo revela.
Dizem que a dor fala o que a boca cala,
que cada sofrimento tem sua razão.
Metafísica, emoção, destino…
Podem até explicar,
mas no fim, tudo o que resta é suportar.
Porque há um limite para as dores.
As que são grandes demais passam rápido,
pois ninguém aguenta carregar o mundo por muito tempo.
As que duram muito, essas não matam…
mas mudam quem somos.
Se não há o que fazer,
então sigo, firme, calado,
porque fraquejar nunca foi opção.
Na sociedade do desejo, tudo se torna possível. Posso reinventar-me a cada dia, transformando-me em uma pessoa distinta da que almejo ser.
Contudo, essa constante transformação também acarreta problemas, como a perda de uma identidade estável e coerente, a dificuldade de estabelecer vínculos profundos e autênticos, e a sensação de estar sempre em busca de algo inalcançável, perpetuamente insatisfeito.
Essa dinâmica pode gerar ansiedade e uma sensação de vazio, pois a busca incessante por novas versões de si mesmo pode levar à desvalorização do presente e ao esquecimento das raízes e do autoconhecimento profundo.
Desejo
Uma viagem pela dualidade humana,
Entre frustração e realização, a alma emana.
Amor e ódio, um eterno dilema,
Entre decepção e gratidão, a jornada extrema.
Dosado ou gozado, num jogo sutil,
Sufocado ou aliviado, um fio a ser seguido.
Roubado ou comprado, escolhas do destino,
Acabado ou iniciado, um ciclo sem fim.
Manipulado, aprisionado, o coração chora,
Libertado, ensinado, a alma aflora.
Desesperado ou aliviado, na encruzilhada da mente,
Desmotivado, estimulado, numa dança envolvente.
Descontrolado ou equilibrado, o eu em harmonia,
Guardado ou compartilhado, na dança da energia.
Fragmentado, compactado, a essência da vida,
Complicado, simplificado, na jornada tão querida.
Menosprezado ou reverenciado, o ego em conflito,
Enraivecido, acalmado, o turbilhão se desdobra infinito.
Postergado ou antecipado, os passos do caminhar,
Calado ou revelado, os segredos a desvendar.
Amargurado ou alegrado, na dualidade dos sentimentos,
Abrandado ou intensificado, nos extremos dos pensamentos.
Distanciado ou aproximado, a conexão com o mundo,
Atrapalhado ou organizado, no palco da vida profundo.
Selecionado ou descartado, nas escolhas do viver,
Esperado ou inesperado, nos mistérios a perceber.
Acelerado ou retardado, no ritmo do pulsar,
Centrado ou dispersado, na busca do encontrar.
Apreciado ou depreciado, nas avaliações do ser,
Honrado ou desonrado, no julgamento a fazer.
Esvaziado ou completado, nos ciclos a se renovar,
Tensionado ou relaxado, na dança do respirar.
Relacionado ou desvinculado, nos laços da alma,
Atrapalhado ou facilitado, na jornada que acalma.
Falado ou silenciado, na linguagem do coração,
Vaiado ou exaltado, na expressão da emoção.
Apaziguado ou inflamado, no fogo que arde,
Desarmado ou engatilhado, na guerra que parte.
Preparado ou despreparado, para o que virá,
Rejeitado ou desejado, no desejo que clama.
Desejo, uma jornada de dualidade e contraste,
Entre luz e sombra, o coração se agasta.
Mas na essência dessa dança, encontra-se o enigma,
Da vida em toda sua complexidade, bela e intrigante obra-prima.