Texto de Solidão
Contemplação
A solidão é como uma brisa...
Que aflige a alma do poeta...
É a calmaria do mar...
Que tanto prejudica a pesca...
Talvez comparável a lua...
A lua que pousa no ar...
E só faz chorar na lua...
Na lua... lua da escuridão...
A lua que foi dada...
Para apaixonados
Magos, cosmográficos...
Bruxos e revoltados...
Poetas admiraram...
Comporão se apaixonaram...
Tocaram e amaram...
Sem nunca lá está...
E mesmo assim eles...
Se sentiram lá...
Sentimento Morto
Eu só queria saber o que se passa comigo tanta angústia,raiva e solidão.
Tudo não se passou de mais uma ilusão,o meu peito chora por falta de carinho e de consolo.
Dói pensar que um amor tão exaltado,tão magnífico possa ter morrido assim,sem ao menos com o sentimento de amigo.
O vento passou e te levou embora,mas a angústia ficou para quem tem coração.
Não sei o que faço para te tirar do meu peito e da minha consciência,talvez só com a morte o amor desapareça.
E o silencio permanece no ensurdecedor barulho da solidão..
Busco incessante teu olhar...teu reconhecimento...teu amor..
Valores se perderam, prioridades se desfizeram e os caminhos se separaram...não pq deixamos de olhar para o mesmo caminho, mas pq deixamos de dar as maos ao longo da estrada...
o tempo tem passado e com ele o encanto se esvaiu...
busque tua verdade e demonstre teu desejo, pois é no silencio que se perde o dom da palavra...e é neste vacuo que se dissipa o sentimento...
Sou um cais sem barcos...
E nesta solidão...
Um acaso de amargos presentes
E neste silêncio que assola o coração
Sou o tempo
Escondendo o mistério das penumbras
Sou a mentira cruel que afogou a verdade
Sou um par de pérolas
Na amnésia do mar brincando de vida...
Nestas lágrimas de dor e alegria
Sou um amor guardado em soluços
Sou tantas dores, e tanto perdão!
Sou um violino tocando notas musicais...
Imitando as marés e os gritos de uma gaivota!
Sou um trovador apaixonado ... Meu nome é melancolia!
Solidão
Na escuridão soltaram a minha mão.
Não me deram sequer o tempo para o prumo
Sem rumo
Tateei trôpega a parede do Universo.
Sem visão escorreguei no labirinto dos sonhos.
Perdi-me nele.
Não encontrei saída.
Sem guarida, patinei no lodo das desilusões.
Estive órfã toda a eternidade.
Meus deuses não me responderam.
E em todos os cantos
Apenas os meus prantos,
Jorraram em uníssonos enlouquecedores.
Não tive amores
Apenas o eco das minhas paixões
Desabridas e Jamais correspondidas.
Por isso mesmo, vãs.
Fugazes.
Pequenas e pobres como as minhas lembranças.
Não fiz nenhuma história.
Fui sempre um ser totalmente insosso
Vagueei por aí.
E, então, um dia eu morri.
Sonâmbula na minha solidão.
Minha escolha
Não sofro de solidão
'Experencio' uma liberdade que me faz tão bem pra alma...
Por que você quis ficar só? Alguém me perguntou.
Para ser livre. Respondi.
Livre pra quê?
Para ser Só
Mas, ser só por quê? Esse alguém insistiu.
Pra poder escolher. Retruquei.
Escolher o quê?
Ser livre. Conclui.
A solidão
A solidão é o dreno da alma.
Você diminui até que seca, e fica vazio.
Vazio de vida, vazio de forças.
Torna-se terra erodida, e as folhas não mais caem em você.
Você envelhece.
Como fendas - as rugas no espírito - na secura do chão.
Triste pensar único. Sem resposta.
Ardida aridez no caminho. Todo pesar deixa rastros.
Deixar de mover é permitir o enterro!
Vejo uma nuvem escura.
É chuva que alaga o vale e responde com lama e sujeira.
Vem, e escreve no silêncio, que os dias se abreviam e no demais tudo é solidão.
Vem florescer no jardim descontente da alma inquieta, que já pediu perdão.
Vem enxugar as lágrimas da desolação, que no anseio, as duras custas adormece na inspiração.
Vem desdobrar esse porto seguro, sitiado de muros, que preserva a intenção.
É um labirinto escuro, que escorrega e carrega toda falta de um coração.
Vem escrever na omissão, o decreto de uma ilusão, que minha fraqueza tem pressa, e o tempo é carrasco da vida em questão.
Vem desabrochar na escuridão. A luz é uma faísca que ilumina de longe a perdição.
Vem, que no descolorir do compasso, há mil passos, e o vai e vem, volta sem direção.
Vem agora e não demora, que pelas horas o frio já congela as veias, e as teias não se formam em qualquer estação, vem trazer o prazer, o querer, antes que a sina abata e leve essa pulsão.
Vem…
Katiana Santiago
Um mar de solidão
Que seja a tempestade
Sombria e sanguinária
Entres diferentes sentimentos
Banidos definitivamente
Para, ousadia semelhante...
Nos contrastes sob pele,
Trevor clássico que és a supremacia...
Ardil, repente sútil ao mesmo período,
O clamor de tardio se encontra envolvido...
Por brumas dispendiosas, do para sempre.
Tenha coragem de abrir o teu coração
Não tenha medo de viver na solidão
Se outrora tu agisses com lerdezas
Abandonado o teu amor no desalento
Presencia-se o teu choro e a tua dor
Sem ao menos oferecer-lhe um lenço
Não se arrependa e nem fale de amor
Pois o amor que tenho eu trago
Aqui no meu peito bem guardado
Tem um destino que oculto com cuidado
Pra que não roubem de mim o meu amor
Aqui estou a espera da resposta
Da tua fala e do grito que tu deu
Se me provares o nosso compromisso
Eu me entrego pra ti em sacrifício
E se nem assim tu conseguir provar
Venha aqui onde estou e me abrace
Com o teu calor em volto em mim
Selaremos o nosso compromisso
E os versos mas lindos
Eu farei em homenagem a ti......
Com a certeza de............
Ser tua para sempre.......
Solidão de Sofrimento
A solidão aperta meu peito
Choro sem parar
Fico sozinho em meu leito
Procurando um jeito de me salvar
Os dias e as noites são iguais
Chove forte lá fora
Tento viver em Paz
Mais tudo que sinto é solidão agora
Grito por socorro
Ninguém me ouve
Vivo em um poço
Sozinho, grito por socorro
Choro e imploro
Pra alguém me ajudar.
São tantos... Os dias de solidão!
Busco-te no Mundo... Acho-te em mim...
Ah meu amor!
A tua essência extasia-me... Mas fere... E dói...
Meus sussurros... Cortam a noite...
Tem vezes que penso coisas tão vazias do sentir...
Mas é preciso despertar o silêncio... Tantas desesperanças
Tantas dores dentro do coração...
Não sei se o anoitecer é a melancolia das tardes que morrem...
Aprisiono o vento...
Desejo guardar pedaços do céu de uma primavera que vivemos juntos...
Venturosos momentos!
Quero ficar aqui em frente ao mar... Serena...
Vigiando o verde que emprestou ao meu olhar...
Esperando a noite companheira de minha solidão!
Cada ilusão é única na candura de quem sonha.
É aldeia, porto e estação da solidão.
Em muitos sonhos dormem os vulcões em erupção que minam e sublimam vez ou outra pelo esconderijo inseguro da inquietação.
Não se concebe a fraqueza pela incerteza que trás um coração, nem um ato é pensado quando há o mover de uma paixão.
Nenhum amor é seguro, nem é tecido de certezas é escravo das lonjuras, das inconstâncias que o permeiam.
É a ausência que sonha, é a falta que inspira, é a tragédia grega do amor que norteia a vida!
"NOITES EM DIA"
Noite perdida, esquecida
Cai a solidão sobre a minha cama
Neste quarto vazio, vazio de nada
O tempo sufoca-me, tempo perdido
Nasce, morre, renasce comigo
Não sei se ele cura, não sei se nos ama
Parece um anjo, mas é solidão
Cai a noite sobre a minha cama
Sombria, escura, com asas sentidas
Deste poema adormecido desta noite
Que se transforma em dia.
Eremitando
Na solidão me entrego,
entre olhares perdidos,
Erguidos em escapismo.
Lirismo encoberto.
No horizonte me enterro,
neste luto eterno,
entre meu mundo interno,
e a realidade que impera.
Quisera eu poder inventar
minha quimera,
e dela fazer minha existência,
substância, essência.
"CASTELO DE COR"
Sofro de amor e de solidão
Sou uma ilha deserta
Com um castelo sombrio
De um poço vazio cheio de escuridão
Sinto os meus cabelos brancos
Como o despertar de uma borboleta para vida
Um navio pirata que navega depressa
Que não deixo de ver o por o sol.
Porque sinto-me a envelhecer
Só envelheço se deixar de amar
Nesta ilha deserta tão escura desta solidão.
Não são os cabelos brancos
Que me impedem de voar
E o meu coração gelado que não sabe amar
Como as aguas desta ilha.
Deste castelo sombrio cheio de escuridão
Tem medo de sofrer nesta noite fria
Como o meu corpo gelado, desta longa solidão.
Chorar por você em todos momentos de solidão.
O céu azul perdeu a cor no ador de tanto murmulho,
Um pedido de socorro nunca chegou...chorar ate morrer,
Mesmo que haja um enorme buraco que deixou...
Quando minha lagrimas de amor chegaram
ao fim de um abismo nessa agustia meros lamentos,
tudo pode ser muito leve quando estamos na escuridão.
ALMA DE PRANTO
Quando a dor não cabe no peito
A alma transborda de solidão
Não conheço, não quero conhecer
Ou talvez conheça a minha escuridão
Como posso lidar com a dos outros
Nas lousas frias, chegam as aflições
Rasgam o sol da escuridão já tão longa
Palavras duras que transbordam
Excessivamente a luxúria na sua ausência.
Solidão morta habitada, reservada e fria
Resignação quando o medo se torna grande
E a liberdade é tantas vezes pequena
Onde se descansa o corpo na cama estreita
A roupa que se veste, na alma é apertada
Cumplicidade que cresce sem asas
Silêncios de deslumbramentos sombrios
Perpétuos olhos feitos, em ousadias comum
Dor transbordada sem contingência solta no peito
Como posso lidar com a escuridão dos outros
Se não conheço a minha própria escuridão.
...Sozinha.
O que é que tem querer ficar sozinho de vez em quando?
Oxe! Precisamos de uma solidão infinita para montar-nos enquanto quebra-cabeça.
A loucura da rotina, dos afazeres com hora marcada, não até os sem hora marcada vão deixando a gente meio que desmemoriados, abobalhados e sem saber o que fazer.
E aí que bate uma vontade de ficar olhando o horizonte. Adoro olhar o horizonte!
Há! Adoro mais ainda olhar o mar... não canso de apreciar o vai e vem das ondas, o brincar das brumas brancas com o vento costurando-as sobre a água como um bico que enfeita um babado.
Essa imensidão de águas ora verdes, ora azuis num matizado inusitado relaxa minha mente, me transporta a lugares, épocas e até ao futuro.
Vixe! Sempre quis gravar minhas impressões sobre a vida, sensações e sentimentos, mas... será que consegui fazer-me entender hoje nesse relato?
As palavras têm o dom de revelar o que se tem no interior e aproxima com seus códigos ditos abstratos esses sentimentos.
Respiro aliviada por despejar tudo isso aqui.
No papel tudo pode. Ele não se arboresce, não se irrita e muito menos retruca a qualquer coisa que queira escrever.
Ciria lima 07.04.2015
Sou o que gosto...
sou inteira... faceira
tristeza... solidão
batidas do coração.
Sou o que gosto
pura emoção
mesclada com toda a razão
sou chuva... sou sol
sou barulho do mar
sou barquinho sozinho
no imenso mar
sou só mais um a navegar...
Sou o que gosto
sou só...
sou companhia
sou tênis, jeans, camiseta...
sou sorvete de maracujá
sou vida
sou melancolia...
sou eu
só e mais eu
aonde quer que eu vá...
Sou o que gosto
sou presente eternamente
sou, e sou e sou...
sou o que gosto
e gosto do que sou.