Texto de Solidão
Incredulidade
Talvez de incredulidade eu me afogue
Não por estar num mar de solidão
Mas por não ver no próximo a consideração devida
O respeito necessário
A valorização merecida
E a gratidão esperada
Pergunto-me quantos dígitos mais se acrescentarão aos anos
Quantas luas, marés e estações virão
Pra que percebas que é teu o egoísmo e a arrogância
Que são tuas as sementes que geram esse caos no cais da esperança
E não somos mais nós que padecemos de amor
Mas o amor que padece dessa nossa aspereza
dessa nossa efemeridade
dessa superficialidade reverberada
Mas que o tempo se compadeça de mim
E me conceda a força para águas turbulentas atravessar
E ainda que tu, meu querido, não me dês o trato digno
Caberá ao meu coração tua crueldade perdoar
Porque de paz estou cheia e somente paz quero entregar
Sobre as demais coisas:
Não será o esquecimento justificativa
_ O que plantas terás em colheita
E não precisas minhas flores com tuas lágrimas depois regar.
Eu sempre escutei que a solidão mata que não é bom viver só e blá, blá, blá.
Aprendi na presença do Deus Invisível, mas real que na minha vida não há melhor companhia. Aprendi a conversar com Deus e com a minha alma. Constatei o quanto eu precisava de mais tempo para ficar com eles. Descobri seus segredos e seus gostos. Conflitamos e discorremos de muitos pontos de vista. Precisei separar-me de pessoas e calar suas vozes dentro de mim para então escutá-los. Espantei-me quando percebi que embora só, não estou só e que eu sou feliz, sim eu encontrei o que eu tanto procurava no mundo e nas pessoas não encontrava, pois estava todo tempo dentro de mim. Encontrei-me com a Paz!
Na solidão da alma.
Na solidão da alma
ela reclama os lugares de lama, Forte como a morte
Se tu se livrares dela
te livrares e abrir as portas e as janelas
Foge, então, pra luz
A alma seduz, ascena querendo te levar pra suas vontades,
pra seus lugares
onde ela, a alma, é rainha majestade dominante
Hoje a luta está travada
Não consigo largar a espada
Hoje a guerra cruel e sangrenta vem sempre com suas tormentas
O corpo quase chega e não aguenta,
mas levanto a cabeça
pois Eu sou um guerreiro
sem medo parto pra cima dela
A escuridão da minha vida tem que dar lugar a luz Divina,
Terra inférteis tornar-se-ão férteis
Hoje minh'alma: cale - se!
Ainda que você diga mil vezes que habito em meio à escuridão
ainda assim, eu não acreditarei pois você é a rainha das mentirosas
Alma adoecida: cale-se!
Hoje vou me levantar mais uma vez e vencer esse dia
e um dia sua voz terá um fim dentro de mim.
Caminhos secretos, caminhos da alma
descobri como andar em sua avenida
Sem deixar com que você me pare alma, se cale.
Às sombras de uma grande árvore vou caminhando
pois se antes não tinha pra quem olhar,
hoje tenho e tenho sombra pra descansar
pois somente em ti Senhor
Eu posso me saciar,
Então alma, não tente, desista, pare de tentar me enganar.
Hoje e só por hoje vou levantar
e as guerras desse dia travar
e com a ajuda de Deus vencer, alma, aqui não tem lugar pra você.
Na areia da praia,
Há solidão enterrada
As ondas levam os sonhos desaparecidos
Conchas vazias de palavras incompreendidas do amor
Na areia da praia,
Está enterrado o riso das crianças,
Memórias de férias,
Invernos lentos, cheios de verões dourados,
Horizontes em movimento,
Desejos que partem
Na areia da praia,
O mar apagou corações desenhados com um dedo,
Juramentos esquecidos com cores desbotadas
Palavras flutuam
Na areia da praia.
TEU NOME (soneto)
Deixa a vida com sua sina, enfim devasse
A tua solidão que é o teu maior lamento
Que tem a dor calada no teu sentimento
Todo a angústia que sente se mostrasse?
Chega de engano! Revela-te o ferimento
Ao universo, defrontando-a sem repasse
Ao coração, que já lágrimas tem na face
E suspiros nas noites num pesar sedento
Olha: não suporto mais! Ando cabisbaixo
Deste sofrer, que o meu amor consome
De senti-te sozinho no peito tão imerso
Ouço em tudo o silêncio, golpe baixo
Do desejo. Que vive a calar o teu nome
E insiste em recordá-lo no meu verso
© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
23 de fevereiro de 2020, Cerrado goiano
Olavobilaquiando
Canção
Não te carde da pequenez nem da solidão
que as desventuras por ventura nos traz
do amor, que os ventos pravos arrastam
dos desejos, e tanta dor ao coração faz.
Em vão... acredite, ínsita, é doce razão
seja audaz, e não demores ali tão longe
em cantinho secreto, e tão cheio de ilusão
neste decreto o afeto não pode ser monge
nem tão pouco um analfabeto da paixão...
Apresente-se agora, o momento é a hora
e a emoção vare na eternidade, assim, então
apressa-te antes que a vida vá embora
e o outrora torne-se poesia na tua canção!
Ame!... e não o toque na caixa de pandora...
© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
28/02/2020, 05’06” - Cerrado goiano
Minha solidão dilata dentro de mim que transborda
Eu, não vejo nada além do preto do breu
Eu não sinto nada além do frio que dá medo
Eu não desejo nada além de uma companhia que nunca vá embora
E mesmo sendo impossível, minha falsa esperança me faz continuar
Até que eu ache outra coisa pela qual lutar
As ruas vazias e o ar morbido...
fazem solidão paira sob o a liberdade...
o amor e afeto e se retrucam na voz do medo...
o ambiente sombrio denota o verbo.
a dor do vazio torna se mais obscuro,
na transição do amor paira a paz da solidao.
murmuro uma música que afringe o sentimento na crua estrada da vida.
PALAVRAS SOLTAS ღ 🌹 ಌ
Sensual de paixão, voluptuoso e libertino
Solidão dos corpos, ilusões da vida
Sonhos loucos, olhares sombrios
Mágoas e angústias, espinhos das rosas
Poetas tristes, madrugadas vazias
Rostos frios, palavras sentidas
Maresia e vento, tempestades do inferno
Fogo da carne, mar imenso
Cegos do destino, escuridão da trevas
Sentimento de um poema, despido de mágoa
Infinito e intenso, perfumado no tempo
A chuva cai com força na lama🌻
Lágrimas de sangue, dor
De todos aqueles que perderam a vida
Por uma causa, por um ideal
Luta desigual entre o aço e a carne
Entre a pátria, família, liberdade
Rasgada por dentro, carne sofrida
Sofrimento atroz, dor que arde
No fogo do inferno, sofrida depois da ida
Guardada depois da vida, dos mártires
Da guerra feita do aço e da carne podre
Sem alma, sem coração, sem honra, sem humildade
Homens sem esperança perdidos, esquecidos, com fome
Com frio, lágrimas de sangue que correm nas veias
Sem medo, sem nada, esperam a paz dada pelo aço.
Lágrimas e Solidão
Quando tudo for escuro
Num labirinto inseguro
Quando a presença vira saudades
Quando a tristeza for a verdade
Quando as lágrimas e a solidão,
tomarem conta do meu coração...
Eu não irei viver
Vou apenas existir
Sem vontade para nada
Nem se quer vou sorrir
Vou apenas chorar
Apenas chorar...
Hoje vou falar o que eu sinto.
Posso inúmerar várias coisas que eu sinto como: solidão, tristeza, preocupação, as vezes felicidade, frio na barriga. Mas não quero falar desses sentimentos ruins.
Saudades absurdas do seu sorriso, do seu lábio que com aquele leve corte me deixava toda vez que a gente se via eu ficava com vontade de ficar te beijando a noite toda,
Sinto um amor extraordinário que por mais que eu não te veja a praticamente Um ano quando você foi embora para outro país esse amor continuou dentro do meu coração!!
Sinto uma enorme vontade de abraçar e não te soltar mais, ficar ali abraçados com o meu rosto no seu cabelo sentindo o seu perfume que me encantou desde a primeira vez que saímos.
Dos nossos jantares a base de vinho onde eu desfrutava da sua companhia adorável, das nossas conversas, do seu toque!
Sinto falta até da sua personalidade forte brigando um pouco comigo, mas acredito que era pra me fazer crescer tanto mentalmente, quanto como pessoa, ser uma pessoa melhor.
Agora eu estou aqui a milhares de distância e eu sei que não poderei te ver por algum tempo e eu to com uma vontade enorme de pegar um avião e ir te ver. Pode ser loucura mas quem quer vai atrás, e por você eu iria até a Lua, até o Sol ou ate mesmo até o infinito desse vasto Universo só pra poder estar com você novamente.
Bom, novamente mais um desabafo.
Às vezes prefiro a solidão, o silêncio de minha companhia.
Já que, num mundo tão cheio de gente, com tanta informação rolando solta, não conversamos mais, não dialogamos entre nós.
O que acontece é um vômito de ideias unilaterais, de fotos, de momentos isolados cheios de nosso ego, que recém aprendeu a fazer a roda e quer mostrar a todos o quanto é um ser humano digno de atenção e likes.
Mas por quê? Me digam vocês o porquê? Preferem estranhos comentando sua vida, dando-lhes migalhas com corações vermelhos e vazios, ao invés de compartilhar seus momentos com quem já lhe é tão íntimo, sejam eles bons ou ruins? Têm medo da crítica, do confronto, da verdade dos corações honestos e amigos? Têm medo da própria vulnerabilidade?
Se não o fiz antes, permito que sejam o que vocês são. Bons, maus, sorridentes, egocêntricos, ingênuos. Só não se escondam atrás do morno, do monótono, do tanto faz. Isso mata qualquer relacionamento, distancia qualquer coração. E ao invés de tentar ressucitá-lo mais uma vez, tenho preferido deixá-lo morrer.
E é por isso que tenho preferido a minha companhia ao invés das relações superficiais. Pois, estando comigo reconheço quem sou, o meu lado bom e o meu nem tanto, e dou aprovação e espaço para que exista e se expresse.
E finalmente, compreendo que quem permanece, quem ainda se abre pra trocar e agregar a meu ser na verdade foi a minha essência quem os escolheu para aqui permanecer.
Mas meu coração sempre bateu pelo efêmero..
SOLIDÃO
"No avançar da vida aprendi a sofrer calada,
a chorar quietinha,
eu e minha alma sempre aos pedaços,
sozinhas...
Por qual razão sofreria mais agora
com teu amor tão medroso,
com teu querer mentiroso
e tuas fugas mesquinhas?
Prossigo ao meu modo, sofrendo calada
e chorando quietinha.
No meu mundo, com minha alma em pedaços,
silenciosamente eu curo minhas dores... sozinha."
Lori Damm ("Solidão", Contos, Crônicas & Poesia)
A nossa solidão é esta avenida decotada
do passeio do acaso, furtiva e escancarada
artéria tantas vezes paralela ao coração
onde um almirante não serve a arquitetura
onde sobe a miséria do terminal do elétrico
até à igreja fronteira à sopa dos pobres
efémeros sentinelas armando cartões
nas fachadas das lojas, trastes, artigos
de ocasião (apanham-nos de dia noivos
investindo num projecto de família).
O nosso é este meio de solidão que se carrega
de qualquer coisa que não é bem perpétua
atmosfera de névoa nem sujidade, que também
é terna, pena suspensa (corvos de Lisboa, naus
gastas), saudade, porque não, sentimento
de povo sem pátria desmentido; crer creio
nisto que na indigência e vício coexiste a gente
dá-se e da carência faz-se uma disciplina às claras
e por muito pouco desprende-se quase nada
que se tem
O mundo ta pesado demais, a solidão esta entranhada na minha carne, no meu mau disfarce, no meu sorriso que não liga pro mundo.
A correnteza ta forte demais e ta levando o meu sono, minha esperança, a fonte da minha juventude, minhas mãos não estão mais conseguindo agarrar as pedras e to me afogando entre elas.
O vento ta soprando pra longe e me afastando do que eu amo, dos que eu amo, esta dissipando meus sonhos e fazendo tornado com as certezas que achei que tinha, mas no ar agora, vejo que não me pertenciam.
A terra não ta dando o fruto proibido, não ta florindo os meus olhos, não ta germinando a ideia de prazer, não ta tornando fértil minha imaginação, nem nutrindo o meu caule para que eu sustente todo o resto.
O fogo ja queimou minha força de vontade, ja transformou em cinza tanta coisa que eu acreditava ser concreta e tanto toque que me esquentava, que eu jurava ser brasa, era só faísca.
eleitos
no silêncio, predestinação, na solidão
desígnios dos sentimentos estreitos
o mistério do coração
feitos, leitos, imperfeitos...
eu não te aguardava mais
estava sentado no barranco do cerrado
calado, as entranhas prostradas no cais
do fado, e cá nossos olhares acordado
suspirando os mesmos sensos reias
que já a muito sepultado...
e agora fatais.
© Luciano Spagnol
poeta do cerrado
14 de outubro de 2019
Cerrado goiano
SONETO RESOLUTO
Daí ter que ter decisão, se desejais
Não deixai o sonho vivo na solidão
De que vale de a felicidade ter fração
Se sentado estás na beira do cais
Do anseio e da fé não se abre mão
Qual rumo tiveres, quantos e quais
A sorte conquistada vale muito mais
O que tem importância é a questão
Se contra o vento estão os seus ais
Arremesse as ilusões do coração
Semeie as quimeras de onde estais
Então, só assim, o viver terá razão
Daí o que tu queres, dará os sinais
E numa proporção, terás realização
© Luciano Spagnol
poeta do cerrado
08/08/2016, 06'20"
Cerrado goiano
Solidão
Estar só a todo instante
Com pensamento distante
Pensar em si é mais importante
A viver com acompanhante
Autossuficiente
A todo momento
Não divide sentimento
Vive sem ressentimento
Felicidade é encontrada
Em algo que agrada
Sua vida solitária
Sem alegria compartilhada
O silêncio em que vive
É porque insiste
Em guardar pra você
O que jamais irá saber
Resolve sozinho
O que há no caminho
O que falta na vida
É amor e carinho
Roney
SAUDADE
Saudade sinto da menina
que roubou meu coração
que deixo - me na tristeza
na imensa solidão.
Sofro tanto nessa vida
pelo canto enfadonho,
que saudade da manina
só a vejo em meus sonhos.
Foi embora sem avisar
não deu beijos nem abraço
não deixou nenhum bilete
nem uma foto 3x4.
Quem déra se voltasse
pra ficar junto a mim
menina que saudade,
porque maltrata assim?
Volta ainda é tempo
não me deixe desse jeito
saudade doi de mais,
saudade doi no peito.
Deus, o deserto e a esperança -
Há momentos de solidão na vida que vivemos,
Horas tristes, tristes horas onde nada nos é dado
Que até parece que do amor nada sabemos
Como nada saberemos da cor do nosso fado!
São desertos dolorosos que atravessamos
Que as vezes nos são tão dificeis de passar!
E onde estão aqueles em quem confiamos?!
Todos nos abandonam, à deriva a penar ...
O que nos resta é dor, cansaço e solidão ...
Virar p'ra Deus nossos olhos cheios de nada
Porque de nada está cheio o nosso coração
Num percurso solitário pela estrada.
Mas quando tudo está perdido vem a luz
Renasce em cada um uma nova confiança
Entrega-te nos braços divinos de Jesus
E vive esse Deus, o deserto e a esperança!