Texto de Solidão

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ECO DE AMOR

Por detrás dessas cortinas majestosas,
eu vejo o escuro da solidão assolando
as lacunas da minha lembranças...
Também, ouço o som de uma vitrola grená
desvencilhando uma musica, que me
arrasta ao amar d'um passado que o tempo
e o seu encantado encanto... Cortinou em
seu canto e encantou o meu pranto, sob as
cores do meus velhos cabelos brancos.
Entre um tranco de sentimento e outro...
Eu solto um grito fosco ofuscando o
momento breve, Meu bem, meu bem...
Meu bem! Ninguém ouve o meu S.O.S de
intensos timbres, internos... Nem mesmo
os meus ouvidos são capazes de discernir
o rumo do eco aclamado do meu coração.
Meu bem! Meu bem! Hoje... São esses os
meus gritos mudos que mostram-me, no
mundo o quando eu fui rude com a
minha paixão. Meu bem! Meu bem!!!
Em vez d'eu ouvir, ou ver o meu chamado,
tudo que vejo, são lagrimas do meus
olhos e tudo que ouço são os tics-tacs
do meu... Calado coração.
Antonio Montes

Solidão - Fragmento/ paragrafo do texto solidão

Tanto silêncio, tamanho espaço, o vazio frio e poucas vezes reconfortante, assim é a solidão, esse castelo para uma só pessoa, as vezes abrigo para não se ferir, muitas vezes sede de nossos martírios, mas solidão não só aprisiona não é cala bolso, as vezes é uma planície um lindo campo aberto e mesmo assim nada te agrada nem te preenche, as vezes é uma multidão fisicamente, mas lá dentro você se sente um cometa vagando no espaço, e os outros corpos celestes estão sempre só de passagem, entendimento mútuo é algo realmente raro, e será sempre assim, muitos sabem quem você é, alguns te conhecem um pouco, e quase todos não passaram se quer do tapete de entrada para o seu eu verdadeiro.

solidão

você foi embora
e me deixou sozinha.
éh, infelizmente...
se foi e me deixou
ouvindo a música que nós
dois mais gostava.
pois é,a nossa canção,
aquela de nossos bons
momentos... a que falava de amor
sempre que estavamos juntos,
a que me fazia se
entralançar em teus braços
e me perder em ti como uma sereia
que desaparece no mar.
mas hoje sinto muito lhe informar,
é que eu me sinto um ser vagante
pelo mundo afora, sem destino,
sem eira nem beira, como já diz o ditado...
te procurando nas avenidas, ruas, praças, esquinas,
bairros e cidades de cada estado.
o que mais me dói de verdade,
é não vê
nenhum sinal seu... é 'doido'.
te necessito de verdade, e você sabe disso.
pois essa minha vidinha não está sendo
fácil não, de viver na solidão,
na esperança de te encontrar.
pois é que a minha vida só vai ser vida
com a tua vida na minha
para que eu possa
existir de verdade.

Cão acorrentado
É tristeza no olhar
É dor no corpo debilitado e na alma
É solidão
É doença
É sol escaldante
É frio e solidão
É beirar a loucura
É desprezo e indiferença
É vivenciar o inferno
É ter dono mas não conhecer família
É ter teto mas viver a deriva
É ter um coração despedaçado
Quem ama não acorrenta, porque acorrentar é matar lentamente de forma dolorosa e cruel.

Não carrego dor, não carrego solidão...
Carrego no peito um sentimento fugaz que alegra e faz acelerar as batidas do meu coração...
Não escolhi sentir o que sinto, foi tudo obra do destino...
De tanto sentir-me sozinha, apaixonei-me por este menino...
Menino de olhar carente, menino de boa feição...
Menino que me inspira versos e de saudade me enche o coração.

Deus; Poço!........
Lá no fim do poço ,
existe um departamento
que se chama solidão ,
onde nada existe ,
apenas paz,
porque todas as suas pertubações
ali não querem estar ,
só você ,Deus e
sua paz .

Neste fim de poço ,lhe é dado a oportunidade ,não de recomeçar o que tenhas perdido , mas de ter uma nova vida ,
qualquer uma,e isto só depende de ti e
de mais ninguém ,basta deixar aflorar o seu espirito e Deus,ambos o elevarão para fora deste poço e lhe encaminharão noutra direção ,à que não seja a já vivida.

Solidão...
Dizem que nenhum ser humano é uma ilha,
e que ninguém está realmente só,mas no final,todos sabem que isso não e verdade,
pois o ser humano por mais que esteja com pessoas ao seu redor,elas jamais poderão sentir suas dores ou alegrias,
e também não podem sonhar
os seus sonhos ou viver sua vida.

Ja a ilha não é totalmente só,
pois esta rodeada de água....
A maior prova da total solidão humana é a morte,pois você morre só,
mesmo se estando acompanhado...

O que foi que eu fiz para merecer toda essa solidão?
Porque eu me sinto tão triste?
As vezes eu queria as respostas para todas as perguntas que eu me faço todos os dias.
As vezes a gente espera demais, fica ali parado, esperando que a vida fique um pouco mais fácil. Eu sei que a vida é difícil. Mais quando você ver, todas as portas sendo fechadas na sua cara, acaba ficando mais difícil ainda.
As vezes a única coisa que a gente quer,é ter um pouco de atenção, dos amigos ou da família ou simplesmente da pessoa que você ama. Mais como dizia Renato russo. É só hoje, e isso passa amanhã é um outro dia. Não é?

Solidão A Dois


Minha companhia
Sempre esteve aqui,
Não de fato estando.
Perto dela própria,
Junto a mim.

Somos um,
Mas éramos dois.
Perdidos, enfim achados,
Depois.

Um-dois, um-dois.
Sozinho fiquei
E ela também.
Juntos ficamos,
Mas houve um porém:

Éramos dois,
Nos tornamos um,
Separamo-nos em dois.
Achados, enfim perdidos,
Depois.

Vou fugir da solidão
Não aguento esperar
Por sua decisão
Por sua ambição
Por seu egoísmo
Por seu coração

Vou fugir da solidão
Que me deixa sem ar
Quero sentir-me
Amada
Aquecida
Bajulada
Querida


Vou fugir da solidão
Preencher o vazio
De prazer
De beijar
De dançar
De viver
De ser feliz

Vou fugir da solidão
Para me livrar dessa agonia
De não sentir amada como deveria.

A verdade do lado de fora da janela é cruel,
só existe solidão a lamentar,
então inventei um mundo,
que minha mente conseguiu habitar.

Minha vida era um livro sem palavras,
era escrito com letras imaginadas,
era a imagem sem cor nos jornais,
eram fatos totalmente artificiais.

Sentia saudades das coisas que nunca fiz,
sentia falta de sabores que nunca provei,
de pessoas que nem conheci
e lugares que nem visitei.

Sentia saudades de olhares que não me viram,
de vozes que não falaram comigo,
de um abraço que nunca me abraçou,
de alguém que nunca me amou.

Fez falta as amizades que não tive,
dos momentos que não vivi,
de superar tombos que nunca levantei,
da alegria que jamais provei.

Sentia falta e não minto,
é uma ilusão que não consigo destruir,
mas na verdade nem era saudade que eu sentia,
era vontade de existir sem você.

A solidão é necessária as vezes,
faz bem ao coração, clareia a alma,
ilumina o coração.
Pensando nele fico assim, solitária

Um abraço, um sorriso, belas palavras
nossa vida contada em versus,
que com o tempo fico até calada.

Quero mesmo é esperar o meu amor
Mesmo de longe, sintonizo o seu calor

Fico agora no meu canto
Solitária, mas feliz
pensando em nossos momentos
Pra solidão não perder o encanto

A SOLIDÃO

A solidão é tão silenciosa
Que nem as tempestades moverão
A névoa que amedronta vossos corações.
Vossos dias de silêncios ficarão emudecidos
Por medo de perder a identidade
Que vós pensais em obter.

No silêncio da noite perguntei:
- Quem sois vós diante da escuridão que deixastes?
- Que medo é este que pensa em se apossar dessas almas frágeis prometendo cuidar e aconchegar em seu colo?

Ele respondeu:
- Sou o silêncio que tanto vos procurais para acalentar vossas almas amarguradas...

A sabedoria vaga querendo adentrar. Abra suas portas e peça lhes que entre e mostre a verdade...

Sou alegria, sou energia, eu sou amor,
Sou solidão, desilusão, eu sou sua dor.
Sou fantasia, sou sentimento, eu sou canção,
Eu sou doçura, sou criador, sou criação.
Sou imperfeita, complexidade, sou emoção,
Sou um mistério, sou sua presa, libertação.
Sou sua doença, sua crença, eu sou seu tédio
Sou sua cura, , sou seu remédio, seu sim, seu não.
E assim prossigo, pois eu sou e sempre hei de ser,
da forma exata, que seus meros olhos, conseguem me ver.

Cartas de Amor

O pássaro levou todas tuas cartas
levou-se para montanhas da solidão
Queimou-se ao ver o sol
Das palavras de amor, restou somente cinzas.
Os ventos levou-se as cinzas
levou-se nosso amor
deixou-nos a solidão
O medo de amar , Acendeu-se nossa tristeza
Não posso lhe culpar
Apenas permito que os pássaros leva-nos o amor
E Deixe nos à solidão
Apenas permito que queime a tristeza
Deixe-o voar com nosso amor
para ter sua liberdade
Para fluir novamente
Para livrar das mazelas
Vós aprendêreis sobre o amor.

Da Solidão

Sequioso de escrever um poema que exprimisse a maior dor do mundo, Poe chegou, por exclusão, à idéia da morte da mulher amada. Nada lhe pareceu mais definitivamente doloroso. Assim nasceu "O corvo": o pássaro agoureiro a repetir ao homem sozinho em sua saudade a pungente litania do "nunca mais".
Será esta a maior das solidões? Realmente, o que pode existir de pior que a impossibilidade de arrancar à morte o ser amado, que fez Orfeu descer aos Infernos em busca de Eurídice e acabou por lhe calar a lira mágica? Distante, separado, prisioneiro, ainda pode aquele que ama alimentar sua paixão com o sentimento de que o objeto amado está vivo. Morto este, só lhe restam dois caminhos: o suicídio, físico ou moral, ou uma fé qualquer. E como tal fé constitui uma possibilidade - que outra coisa é a Divina comédia para Dante senão a morte de Beatriz? - cabe uma consideração também dolorosa: a solidão que a morte da mulher amada deixa não é, porquanto absoluta, a maior solidão.
Qual será maior então? Os grandes momentos de solidão, a de Jó, a de Cristo no Horto, tinham a exaltá-la uma fé. A solidão de Carlitos, naquela incrível imagem em que ele aparece na eterna esquina no final de Luzes da cidade, tinha a justificá-la o sacrifício feito pela mulher amada. Penso com mais frio n'alma na solidão dos últimos dias do pintor Toulouse-Lautrec, em seu leito de moribundo, lúcido, fechado em si mesmo, e no duro olhar de ódio que deitou ao pai, segundos antes de morrer, como a culpá-lo de o ter gerado um monstro. Penso com mais frio n'alma ainda na solidão total dos poucos minutos que terão restado ao poeta Hart Crane, quando, no auge da neurastenia, depois de se ter jogado ao mar, numa viagem de regresso do México para os Estados Unidos, viu sobre si mesmo a imensa noite do oceano imenso à sua volta, e ao longe as luzes do navio que se afastava. O que se terão dito o poeta e a eternidade nesses poucos instantes em que ele, quem sabe banhado de poesia total, boiou a esmo sobre a negra massa líquida, à espera do abandono?
Solidão inenarrável, quem sabe povoada de beleza... Mas será ela, também, a maior solidão? A solidão do poeta Rilke, quando, na alta escarpa sobre o Adriático, ouviu no vento a música do primeiro verso que desencadeou as Elegias de Duino, será ela a maior solidão?
Não, a maior solidão é a do ser que não ama. A maior solidão é a do ser que se ausenta, que se defende, que se fecha, que se recusa a participar da vida humana. A maior solidão é a do homem encerrado em si mesmo, no absoluto de si mesmo, e que não dá a quem pede o que ele pode dar de amor, de amizade, de socorro. O maior solitário é o que tem medo de amar, o que tem medo de ferir e de ferir-se, o ser casto da mulher, do amigo, do povo, do mundo. Esse queima como uma lâmpada triste, cujo reflexo entristece também tudo em torno. Ele é a angústia do mundo que o reflete. Ele é o que se recusa às verdadeiras fontes da emoção, as que são o patrimônio de todos, e, encerrado em seu duro privilégio, semeia pedras do alto da sua fria e desolada torre.

Vinicius de Moraes
Para viver um grande amor. São Paulo: Companhia das Letras, 2010.

Vazio...
Algo se quebrou em mim.
Talvez o vazio e a solidão
Esses constantes parceiros
Que habitam minha casca
Essa casca que se ilude e sofre
Essa casca que não é nada
A não ser uma simples casca.
Uma luz distante ... É quase uma estrela
A mais distante de todas
Abraça-me como querendo me salvar
Fico parada e alheia
Não me interessa essa luz
Já não busco mais o que antes
me parecia tão certo e sério
Não há salvação no esquecimento.
Sinto o vento passar por mim
Assim como todos que passam
Sem vislumbre de minha sombra.
Tornei-me sombra
Já quase apagada como o sol que se vai.
Para o sol existe outro amanhã
Outro renascer, outro brilhar
Pra mim ... já não sei mais
Renascer significa sofrer
Arder na angústia que sufoca.
E outra vez o vazio e a solidão
Brindam meus últimos instantes
Em um tilintar de taças
O último som, as últimas gotas
Me desfaço em fumaça
Desapareço no ar.

Sou o vinho que nunca acaba
a solidão ao cair da tarde
o banho quente que revigora
a massagem que consola

Sou chuva que molha
as mãos entrelaçadas
Sou céu estrelado
no vento da noite fria

Sou a viagem às origens
o quintal perdido
Sou o sonho impossível
a distância inalcansável

Sou a fuga e o fugidor
a dor da lágrima
o calor do abraço
no reencontro

Sou o que te falta
o que mais odeia
e por isso te completo
sendo eu apenas metade

Sou porto seguro
chama de vela
açoitada por um forte vento
sou o mar elameado

Sou teu, ainda que livre
sou a angústia
Sou o pecador
a espera da redenção

“Olhar a solidão refletida no espelho do quarto notoriamente me entristecia. Chega um dia em que nada mais importa, sabe? O alimento não tem sabor, as melodias perdem os tons, o céu lindo e infinitamente azul não surpreende mais. Num certo ponto, você percebe que o sol é oco e a luz que o segue passa a ser perturbadora. Depois de muitas decepções você entende porque rosas, as mais belas flores, trazem consigo o espinho cálido que lhes foi gerado. Com o tempo, a morte de Hamlet não lhe espanta mais, tampouco o sorriso enigmático de Mona Lisa não lhe instiga mais a perguntar por que diabos de não mostrar os dentes enquanto é admirada com pudor. Em certo período o arco-íris não é mais uma atração errante, todavia uma explosão de frustrações. Um fim de tarde não é tão belo quando visto em preto e branco. E você apenas respira e mostra os dentes, automaticamente. Solidão é espectro de alguém que passou pela vida e não se deu ao luxo de ficar. Solidão é minha amiga agora, eu a convido para beber e ela me conforta com dois tapinhas nas costas, ela dança comigo e parece não pedir nada em troca. Até que nos damos bem, mas ela nunca preencherá o seu lugar. Você era tudo. Agora é visto apenas em linhas sinuosas que dançam com a saudade sobre uma velha máquina de escrever. A gente se sacrifica pela felicidade de alguém que já é feliz sem a gente. E percebe que tortura é palavra bonita quando bem colocada. É não se preocupar com a dormência do corpo ou o incêndio da alma. É sentir o coração apertado por ver um sorriso largo, no entanto perceber que não é você o motivo dele estar ali. É sucumbir para as propostas corriqueiras de um passado, não de alguém, mas de um momento, ao qual felicidade era palavra bonita estampada nos seus olhos, no seu sorriso, na paisagem.. Solidão é sentir o vazio de alguém que chega na sua vida e colore o que nunca pareceu ter cor. É sentir que as dores são compatíveis e o tamanho das feridas antigas também. É querer curar com um pouquinho de afeto, uma risada baixa, servir como curativo para tanta escuridão. Solidão é uma partida inexplicável, sentir o chão sumindo como areia movediça. Nosso tempo bom fora medido milimetricamente em meio à ampulheta da vida, ao qual, no último grão de areia, nem as mais belas poesias te trariam de volta. Eu deveria me acostumar com esses tipos de despedidas que, quando seguem seu caminho, levam parte de mim junto. Já desmoronei e me remontei milhares de vezes e, mesmo assim, é difícil remodelar os pedaços que tu deixas por aí pelo caminho a cada vez que não pensas em olhar para trás. O dia fica cinza sem o teu encanto trazendo vida para situações imperceptíveis. Teu nome é sinônimo de solidão, rapaz. A infelicidade está costurada na tua epiderme, tua face é tomada de medo e desafeto e, apesar de tudo isso, eu enxergo uma esperança resplandecente que não dota de meu nome muito menos da minha alma. Solidão é descobrir que um coração não preenche dois espaços e não une duas almas perdidas por esses ciclos intermináveis. Você quer alguém que quer outro alguém, que quer outro alguém e assim por diante. Solidão é isso. É a inconstância, perceber que está sozinho mesmo que padeça sobre uma multidão de centenas outras almas vazias que procuram aquela que se acomode com a maior facilidade. Solidão é ser obrigado a reinventar-se a cada dia, sair por aí a procura de cores com outros nomes e olhares que tragam novas histórias, novas poesias. O céu azul é bonito todo dia, todavia nunca está do mesmo jeito. Está sempre em constantes mudanças, mas sempre mantém a beleza rara e o ar sublime. Seja um céu azul.”

Quem precisa de passado quando um futuro glorioso e incerto está para ser descoberto?
Ou omitido.

sabe aquela solidão que você sente no meio de gente?
aquela solidão que é triste,mas não é tristeza,
que magoa mas não machuca,assusta mas não causa medo,
ela costuma se instalar no coração
e não tem como explicar,não tem jeito de mostrar a diferença
entre um coração que dói e um coração que bate.