Texto de Solidão
Pequeno homem, cheio de problemas e responsabilidades. Com um coração forte e compreensivo.
Pequeno homem no seu mundo silenciado, levava consigo sua dor e solidão.
Pequeno homem, crescendo rápido demais, era uma rocha inabalável e firme, com seu sorriso abria caminhos e dizia: -Vai ficar tudo bem.
Pequeno homem, era como uma represa de águas, pronta pra romper.
Pequeno homem engoliu seu dilema, ninguém o compreenderia, mais fácil era, somente, continuar.
Pequeno homem, que já não era pequeno, mas sempre foi tão grande. Olhando adiante, apenas seguiu...
Mais ardente que beber café quente,
É engolir essas lágrimas secas que rasgam minha garganta,
Quando nossas memórias vem me assombrar.
E de assombração em assombração, estes vagos fantasmas
Me aterrorizam constantemente
Ao me lembrar que você não se importa com o estrago que fez,
Com suas vagas promessas e doce voz,
Que continuam a causar devassidão em m'alma.
Meu luminoso anjo, aos tropeços segui em frente da melhor forma que pude,
E por meses já não guardo seu número com medo de te falar,
Dessa saudade a que sou submetido, quiça escravizado.
Em segredo me reencontro contigo nas mais impossíveis horas,
Ansiando respostas para tudo,
Desistindo de certas perguntas, por migalhas de paz.
Compreendi no meio deste grande conflito e com grande tristeza,
Que nascemos para ficarmos juntos,
Mas...não fomos feitos para ser um só.
O caixão da alma
Presa em uma casca de dor,
Aprisionada em uma pele d’onde se transita flor.
Releio Augusto dos Anjos,
poeta preso em fantástico caixão alheio,
Sinto similaridade com a dor dele, hoje.
Dor, coração e um triste sossego.
Presa em teu sonho selvagem,
curto metáforas de Clarice Lispector,
repenso Antônio Nóbrega,
todos poetas que profetizaram a dor,
a morte, o caixão em badalado, triste e feio.
Presa. E estar em cárcere machuca.
É um acordo feito consigo mesma.
É um contrato social a qual a gente olha e diz:
-Por que você está destruída?
-Se sou eu a única pessoa que precisa ser salva?
Ora, por que me fazes chorar?
Suas cicatrizes são minhas, sabia?
Presa na obra de um carpinteiro,
meu corpo lança um: “não te amo, mais”,
A alma na pele que habito,
tal como Almodóvar e seu percevejo.
Presa em uma cama fria,
Em um hospital onde a morte olha, vazia.
Aprisionada entre o sim e o não,
Entre a vida e o não.
Presa em um corpo de morte,
tal como preconiza Paulo,
presa, simplesmente aprisionada,
Rousseau já dizia que por todos lados
sigo acorrentada.
Presa. Simplesmente aprisionada.
À minha alma que segue inerte,
desejando que a dor galope e não me veja.
Mas, Clarice só me apontou a hora,
e “dos Anjos” me avisou da mão que apedreja.
Presa em muros poéticos,
onde o sonho e a morte dançam e combinam,
juntas, o seu mais próspero desejo.
Presa em um caixão d’alma,
aprisionada pelo karma, ancestralidade,
herança genética, por traumas e desejos.
Morta em um vivo caixão de peles,
de feles e méis. Simplesmente, presa.
(instagram: @claudia.valeria.kakal)
Amizade Remanescente
O início de uma amizade é como estrelas,
Sempre brilhantes, até que uma explosão aconteça.
O fim, infelizmente é inevitável,
Com você, ele sempre foi as caravelas
Destruídas pelo mar
De nossos pensamentos,
Que não podíamos evitar de pensar.
E no fim do dia fracassado,
Quando o Sol não é mais quente
Você se pergunta “O que aconteceria,
Se os egoísmos do passado
Não tivessem afetado o nosso presente?”
Que se tornou algo amassado,
Pelos erros da nossa amizade poluente.
A epifania que foi a nossa amizade,
Era algo incrível, como o Sol ardente.
É triste pensar que aquele sentimento
É apenas algo remanescente.
Em pedaços, o que restou foi nojento
E eu sinto culpa, por ter insistido tanto,
Em algo, que não tinha conhecimento.
Eu pretendia ser para sempre o Sol,
Mas agora permaneço
Em um inverno escuro onde enlouqueço.
Sem nem um mísero cachecol
Para aquecer a minha alma,
Que permanecerá solitária,
Até o fim das galáxias e dias, além de noites arredias.
Agora, na beira do precipício, eu te imploro por um motivo
Para continuar lutando por essa amizade
Que mais parece um exílio.
Se esse for o tipo de amizade que você deseja,
Eu vou apenas correr, e me libertar
Antes que eu vire algo
Que ninguém almeja conquistar.
Solitária Estrada da Alma
Na estrada solitária da alma perdida,
Caminham passos cansados, sem destino,
A solidão é uma tempestade sem guarida,
Um mar de tristeza onde o sol não brilha.
Na escuridão dos pensamentos noturnos,
As estrelas parecem distantes e frias,
A solidão é um lamento em murmúrios,
Um eco de dor que preenche os dias.
Todas as vezes que me sinto só parece que a hora para, mas por onde me guias que não poderei enxergar meu passado? Acorde pela tarde para ver este sol cair ao começar a noite, onde não há mais para oque olhar, nem se quer admirar, você mostra como uma estrela a me assegurar do medo e toda insegurança. Para onde procurar o que te assegura mais uma vez serei o seu destino.
E.S.M 2015
... um dia foram tuas
Fui reaver na saudade, abandonada
Certa lembrança de outrora perdida
Que, por estar poeirenta e desbotada
Ficou a um canto, posposta, ali caída
Estava sem vida, sem ser encantada
Já não mais tinha aquela dor sentida
Tão pouco aquela paixão desprezada
Ah! versejar vão, de expressão doída
O passado que passou, desgostaste
São poéticas esquecidas no coração
E também coisa que a mim rejeitaste
Hoje já não és poesia, de ter-te jejuas
Apenas versos cheios de recordação
Ternas trovas que um dia foram tuas.
© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
21 agosto, 2023, 20’58” – Araguari, MG
O VÁCUO DAS MENSAGENS
No vácuo das mensagens que me dás,
Sinto um vazio que me invade em paz.
Palavras soltas, sem rumo ou direção,
Um silêncio que tortura meu coração.
O celular em minhas mãos, ansioso,
À espera de um sinal, algo precioso.
Mas o vácuo persiste, sem explicação,
E a solidão se instala, sem permissão.
Nas entrelinhas dos emojis sem sentido,
Percebo a ausência de um amor comprometido.
Onde antes havia troca e conexão,
Agora há apenas uma desconexão.
O vácuo das mensagens me faz questionar,
Se ainda há espaço para nos reencontrar.
Será que o amor que um dia floresceu,
Agora se perdeu, se esvaneceu?
Mas mesmo no vácuo, ainda guardo esperança,
De que um dia haja uma mudança.
Que as palavras voltem a fluir,
E o vácuo se transforme em pleno existir.
Enquanto isso, sigo no vácuo a refletir,
Se é tempo de seguir em frente ou resistir.
Pois o vácuo das mensagens me ensinou,
Que o amor verdadeiro não se cala, não se esvai, não se calou.
A poesia da Melancolia
No mundo de versos e rima,
De alegria e melancolia,
A poesia se faz divina,
Em cada palavra que se cria.
Em cada estrofe, um sentimento,
De amor, sedução, emoção,
A poesia é o alimento,
Que acalenta o coração.
Tantas palavras a se expressar,
Tantas histórias a contar,
A poesia não cabe em um lugar,
Ela está em todo lugar.
No pensamento e no sentir,
A poesia se faz existir,
Ela voa livre, sem fim,
Um universo a descobrir.
Que a poesia nos inspire,
A enxergar a beleza no mundo,
Que ela nos faça sorrir,
E traga paz ao mais profundo.
De alegria e melancolia,
A poesia é uma poesia,
Ela nos leva a voar,
E nos faz sonhar e amar.
E agora você?
A farra acabou
O circo fechou
As sessões acabaram
Espetáculo não existe mais
O ilusionismo terminou
A bajulação acabou
A festa terminou
O público foi embora
A claque cansou
O narcisismo ofuscou
Agora tudo são cinzas
A fênix morreu
O ataúde fechou
Cerrado com aço
Tudo era fantasia
Sonhos de palhaço
Cores e solidão
Farsa laboral
Fugaz e efêmero
Exibicionismo é outrora
As luzes se apagaram
A máscara caiu
Gás lacrimogênio acabou
Não existe mais público
As palmas acabaram
As luzes acenderam
Tudo é claridade
Agora é tempo de voltar
Para a Terra, Astronauta!
É muito notório que existe um amor imensurável e imprescindível entre vidas que se amam verdadeiramente, onde a tristeza não encontra morada, os abraços são abrigos, a solidão fica ausente, um sorriso de uma faz a da outra acender e as suas lágrimas são secadas gentilmente.
Obviamente, as instabilidades também ocorrem nesta união, alguns pensamentos são diferentes, às vezes, depende da ocasião, isso faz parte, entretanto, esta imperfeição não tem força suficiente para tirar a reciprocidade consistente que cada uma traz no coração.
As belas notas de uma mesma canção, peças importantes de um grande quebra cabeça do verbo amar, ambas tem a sua contribuição, as suas próprias qualidades para acrescentar, juntas focando numa mútua exultação profundamente singular.
Saudades!
Um dia, sentirás saudades, meu bem,
Das mensagens chatas que te enviei,
Das ligações sem avisos, sem porquê,
Das perguntas idiotas, que fiz sem ninguém.
Sentirás saudades das brigas bobas,
Dos argumentos que travamos, sem razão,
Do som da minha voz, da nossa canção,
Mas, acima de tudo, sentirás saudades do modo como me importava contigo.
Pois, mesmo nas chatices e nas confusões,
Eu sempre estive presente, com coração aberto,
Fazendo de tudo para cuidar do teu bem-estar,
E isso, meu amor, é algo que não se desfaz.
Então, um dia, quando a saudade bater,
Lembrarás de tudo o que vivemos, com amor,
Das mensagens, ligações, brigas e discussões,
E sentirás falta da maneira como eu me importava, com todo fervor. Eu
"Minha alma grita em silêncio, minhas angústias ecoando sem encontrar ouvidos dispostos a escutar. Ela clama por compreensão, por alguém que possa entender as profundezas de minhas aflições, mas minhas palavras se perdem no vazio.
Como se eu estivesse preso em um isolamento silencioso. Mas lembro-me, mesmo nos momentos de maior solidão, há sempre uma centelha de esperança. Às vezes, é preciso procurar apoio ou expressar nossos sentimentos de maneira diferente, para que outros possam compreender a nossa dor
À medida que minha alma grita, tenho fé que, eventualmente, alguém ouvirá e estenderá a mão para compartilhar o peso de minhas preocupações."
♤ "O Risco da Paixão e a Dor da Omissão"
A paixão é uma força transcendente, uma chama que aquece nossos corações e nos faz sentir vivos. Ela é o combustível que impulsiona nossa jornada, e a vida ganha cores mais vibrantes quando estamos imersos nesse sentimento.
No entanto, a paixão também traz consigo o risco da dor. À medida que nos entregamos a ela, abrimos nossos corações para a possibilidade de feridas profundas. Mas é essa vulnerabilidade que torna o amor tão precioso e significativA Paixão
● A Dor da Omissão
Por outro lado, a omissão, o ato de evitar a paixão devido ao medo da dor, pode resultar em um vazio duradouro. Aqueles que se enclausuram em muralhas de proteção podem nunca experimentar a plenitude que o amor oferece. A dor da omissão é uma ferida silenciosa, que se manifesta na solidão e no arrependimento. É a dor de nunca ter tentado, de nunca ter arriscado, de nunca ter vivido plenamente.
● A Escolha Sábia
No final das contas, a escolha sábia é acreditar na paixão, apesar do risco da dor. É abraçar a paixão como parte fundamental da experiência humana, permitindo que ele nos molde, nos ensine e nos faça crescer. Pois, como diz o ditado, é melhor ter amado e perdido do que nunca ter amado. É através da paixão e da aceitação do risco que encontramos significado e profundidade na jornada da vida.
Eu ouvi muito você me dizer o quanto eu parecia ser um engano. Tentei provar o meu valor, que afinal, todos viam, menos você. Quanta ironia. Eu estava lado a lado ao vazio e já sabia disso, mas, ainda assim, fingia não reconhecer..
No fim, tivemos nosso contrato selado: mentes comprometidas, um caso ardente, mas sem envolvimentos. Tolice meu coração ser esquecido entre o nosso pacto nunca prometido.
Resta o versejar para alentar a gente
Escrevo os versos meus, na saudade
E sensação abafante, a cada instante
Meus versos, dum sentimento errante
Suspira, senti, padece e, então, brade
Ando tão descontente, vago no infinito
Um delírio inquieto nos confins da vida
Sangrando na poesia, tão árdua ferida
Da solidão... Ó escrito frenético e aflito
Repiso as dores que em mim fincaram
Levo no canto as notas que deixaram
Porque o poeta é um genuíno sofrente
Pois, cada verso vertente, nele temos
O diário de tudo, o que, então fizemos
Resta o versejar para alentar a gente.
© Luciano Spagnol – poeta do cerrado
28 novembro, 2023, 16’02” – Araguari, MG
“Quem disse que a vida é fácil? Ninguém é de ferro. Você tem o direto de ficar um pouco em silêncio, triste, chorar. Mas não se entregue às dificuldades, à solidão, ao passado que lhe decepcionou. Seja o primeiro a se abraçar. A vida é cheia de páginas em branco para cada dia recomeçar a escrever um novo capítulo. Ninguém vai viver a vida por você.”
#bysissym
E cada dia mais a vida vai se tornando solitária, com breves momentos de intervalo.
Como um dia nublado que, ora ou outra, deixa passar uma réstia de sol.
Home office, dia-a-dia, decepções, perdas, parece que potencializam uma certa preguiça social.
E assim a vida continua, como o mar que cresce em volta de uma pequena ilha chamada EU.
*À deriva no espaço*
Escuro e vazio,
Coração parado e frio.
Apatia que persegue,
O corpo a deriva inerte
No breu a mente alheia se perde .
O amor intenso se acabou,
A felicidade dissipou,
A beleza da vida se perdeu,
O âmago da existência morreu.
O desespero busca lágrimas,
Mas, no fundo mais profundo de um poço sem fim,
Não encontra nada.
Sim,
Está seco o que um dia fora seu refúgio.
Tudo passa desapercebido no olhar caído,
Mas a positividade e o bom humor é visto com repúdio.
Perdido,
Se encontra perdido no próprio “eu”.
Um buraco negro no peito,
Jogado contra vontade aos seus próprios pensamentos,
Revirando-se madrugadas a fio em seu leito,
O passado amargo e sincero traz consigo arrependimento.
Desejos e vontades deixados de lado,
A falta de prazer destrói ambições,
Faz o extermínio ser esperado,
Mutilado, por estar fora dos padrões.
Sozinho retorno ao escuro vazio,
Pendurado ou cortado
E meu coração parado e frio.
Ser descartado e "enterrado vivo" por aqueles que afirmavam ser "família" é triste, mas também libertador. Situações como essas revelam quem realmente nos ama.
Passar por essa experiência e adquirir essa compreensão é um processo doloroso, mas a gente sobrevive e amadurece.
Sou realmente grata por todos os que fizeram isso comigo. Passei a enxergar coisas que antes não via. Cresci significativamente como pessoa e fortaleci minha fé.
A solidão nos livra de presenças inúteis. E nos momentos de ausências é quando Deus se faz presente.