Texto de Solidão
CHACAL
Ó Cerrado! ó velho de bravura!
Ó cruel e implacável vastidão!
Que propina solidão ao coração
E ao silêncio lágrimas mistura!
Pois a melancolia, onde é chão
Abre em secura, arde a tristura
Na quietude tal duma sepultura
A dor viva de um atroz bordão!
Tal o contraste! agridoce figura
Aridez, e flores na contramão
De saudades no vazio em jura!
Ó Natureza! Ó Divina criação
Alegria e tristeza em conjuntura
Nasce a privação e brota a ilusão...
© Luciano Spagnol
poeta do cerrado
início de setembro, 2018
Cerrado goiano
Olavobilaquiando
Ecos da solidão...
...e quando com teus silêncios
minh'alma decorei
(e foram tantos e tão doridos
e tão profundos os teus silêncios)
que de brumas e breus me vesti
e em nostalgias então, me recolhi...
...e a solidão ecoou, ressou, gritou
e em mil sons, explodiu em mim...
...e foi então que em prantos,
mágoa e desespero constatei
que apesar da tua indiferença,
do teu cruel desprezo
ainda assim,
de ti não esqueci...
(ania)
Mesmo na solidão entre seu mundo e o meu ...
Um coração guerreiro segue sofrido ...
Buscando na luz da lua e do sol reflexos
daquele momento que marcou nossas almas ...
Meu amor por ti se tornou um escudo sagrado,
se tornou luz, quando outras luzes se apagaram.
Pois meu corpo sabe que só a ti pertence ...
Um dia ancorei no seu cais...Me permiti sonhar...
E hoje passo a vida a desejar seu mar.
Busco na imensidão o brilho do seu olhar...
Mas é meu coração seu templo sagrado...
Onde vive esse amor feito prece...
Suplicando estar compassado com no seu...
AMOR VERDADEIRO
Autora Profª lourdes Duarte
Quando o amor for verdadeiro
A solidão não existirá,
Os problemas não serão dilemas,
A distância será vencida,
Só a compreensão insistirá.
Não fomos feitos para a solidão,
Fomos gerados para amar,
Dois seres em um único ser...
Duas almas, dois corpos,
dois pensamentos...
Amar... amar...compreender.
Amor que vence as barreiras
Impostas pela vida e pelas ocasiões,
Tem tudo para durar uma vida inteira
E não viver de ilusões.
***************
O verdadeiro amor nunca se desgasta.
Quanto mais se dá mais se tem.
O verdadeiro amor não é aquele
que se alimenta de carinho e beijos
mas sim aquele que suporta a renúncia e
consegue viver na saudade.
Talvez solidão..
Já refletiu como é louco você ter todo mundo e ao mesmo tempo não ter ninguém? Ou ter alguém mas sentir que ainda sim está só. Talvez a solidão não seja apenas não ter companhia para conversar, ou passear por aí de mãos dadas pelas ruas.
Talvez o verdadeiro significado de solidão é não ter alguém que realmente esteja te acompanhando em pensamentos mesmo que à distância, que não supre seus desejos, não enxerga o que transmite a tua alma, e não percebe o que sente, sem que seja necessário se quer pronunciar uma palavra.
Solidão talvez seja o vazio que sente, a pendência de algo que incendeie teu peito como chamas e invada teus pensamentos de forma que não consiga impor limites na viagem de pensar em alguém.
E essa multidão de gente que estão ao seu redor, se faz inútil quando todos se vão.
E no teu quarto, resta somente ti e tuas amargas reflexões. Do que adiantou o tempo perdido com gente fria, que não conhece o valor de amar alguém?
A solidão só se despede de nós quando sabemos que não precisa está perto para estar junto, saber que temos companhia mesmo à distância, no coração ou até mesmo no pensamento de alguém, não importa aonde ou de que forma, mas o que sabe-se é que nunca nos sentimos só, porque algo nos conforta e sabemos que não precisamos está cara a cara, ou conectados em qualquer outra rede social pra estarmos de fato acompanhados.
►As Sereias
Eu não sabia como era ser feliz
Tudo o que eu conhecia era a solidão
Não vou dizer que era como eu sempre quis
Mas assim, eu protegia o meu coração
Por muito tempo eu pensei que estava certo
Por muito tempo eu sobrevivi a seca do deserto
Mas, um dia a tempestade me alcançou
E, com a sua ventania brutal, ela me arrasou
Eu confesso que não estava preparado para o desastre
A minha única guia era a própria tristeza
Ela me indicava o caminho, como uma boa amiga.
Nunca pensei que acabaria escrevendo textos,
Muito menos sobre momentos tensos e meigos
Nunca fui um adepto de filmes de romances perfeitos
Mas, depois que conheci aquela pessoa, mudei o meu jeito
Comecei a dedicar, comecei a poetar,
Mesmo não sabendo me expressar direito
Tudo aconteceu de repente, culpo aquele beijo
Aquele toque macio, aquele aroma de alívio,
Que retirava o peso que eu estava, talvez, sentindo
A perspectiva que eu tinha para com o mundo havia mudado
Sempre que eu me encontrava chateado,
Eu me lembrava daqueles cabelos cacheados
Hoje já não os tenho mais como forma de remediar a dor,
Mas as memórias são de igual valor
Assumindo o esquecimento da voz, eu ainda permaneço apaixonado,
Por aquela que me enfeitiçou.
Às vezes parte de mim a odeia
Mas, não importa o quanto eu tente,
Para sempre ela será minha única princesa
Não sei o que o futuro me reserva, e não me interessa
Mas eu gostaria muito de revê-la,
Apenas para saber se ela manteve aquela promessa
Escrevo aqui um desabafo de um coração cansado,
Cansado de buscar aquele mesmo calor em outros braços
Eu não sei o que será de mim se eu continuar,
Pensando que todas as mulheres são como rosas,
Que devem ser cuidadas, amadas, regadas com carinho
Não sei, mas sinto que estarei sozinho no fim.
Eu gostaria de entregar os textos que escrevi,
Para todas as inspirações que conheci
Carol, Vitória, Ana, e aquela ruiva que o nome fugira de mim
Elas são provas de que "mulher da vida" não se aplica a todas,
Me apaixonei por elas, com todas as minhas forças
Se uma delas me pedirem hoje um texto romântico,
Eu irei de fazer um romance titânico
Farei um conto de fadas entre Pã e a ninfa
Tudo para derrubar as lastimas de quem eu,
Outrora chamara de queridas
Se elas me mandarem uma mensagem de saudade,
Eu manusearei palavras de afeto e ternura
E retornarei frases de felicidade
Não sei se sou afeminado por escrever dessa maneira,
Mas, sim, me apaixonei, e sim, conheci sereias.
Lembro-me muito bem das letras que formei,
Das canções que eu recitei,
Dos versos que liriquei
Se me perguntarem de quem sinto mais falta,
A resposta jamais será clara, pois,
Sonho com todas, guardo em um baú aquelas lembranças boas.
Vou escrevendo e pensando naqueles momentos
Momentos que me tornaram o que sou hoje,
Um jovem sem medo de amar, de perdoar
Creio eu que os textos me ajudaram quando eu estava no vazio
E espero que eles me acompanhem em meu exílio,
Se caso eu vá ficar perdido no meio do caminho.
Outro dia uma garota, uma pequena libélula, me visitou
Em posses de alguns dos meus versos, ela me olhou
Surpreendentemente ela me elogiou, e isso me cativou
Não digo que fora adicionado, mas um motivo para escrever
Mas, me alegro em saber que consegui entretê-la ao ler
E, novamente estou aqui, mas com um objetivo diferente
Estou apenas recordando um passado tão agradável
Talvez eu o reviva, mas sei que é pouco provável
Mas posso, ao menos dizer que, de muitos, eu fiz parte de poucos,
Poucos os jovens que realmente sentiram o que é amar,
E ser amado, e não se preocupar com os defeitos e os fracassos
Pois ao seu lado está a pessoa mais adequada
Então, sim, fui feliz, e espero ser de novo
E como as águas claras, viajo em mais uma jornada,
Em busca de fábulas, em busca de musas, de fadas.
Porto
Um porto da solidão,
É o local de muito vazio,
Mentes com tantas decepções,
Descem desse enorme navio.
Navio oriundo da cidade,
Cidade do medo e perdição,
Local de extrema maldade,
De enganos e também separação.
Todos descem nesse porto,
Local certo para os separados,
Alguns já chegaram mortos,
Outros cansados e amargurados,
O porto é o local,
De reflexão e decisão,
De deixar de lado,o que nos faz mal,
De seguir com a razão.
Razão que guia a mente,
E quê para o real nos transporta,
Razão que nunca mente,
Razão que nos abre uma porta.
Porta de uma casa iluminada,
Onde habita um coração,
Onde às emoções,terão de ser
blindadas,
Para então predominar a razão.
Caminho de luz e verdade,
Que não permite a solidão,
Estrada que conduz para a realidade,
Ambiente de transformação.
Onde as trevas se transformam em luz,
E a dor se transforma em amor,
Onde o ódio ao bem se reduz,
Onde um coração, vira jardim de uma flor.
Flor que alimenta,
Que enche o peito dessa gostosa sensação.
Flor que não inventa,
Que perfuma os pensamentos do coração.
Lourival Alves
A ilha
A ilha é um local de solidão,
De muita paz e sossego,
Local também de redenção,
De encontros e aconchego.
Lugar de náufragos,
De pessoas perdidas,
Às vezes,sarcófagos,
De profundas feridas.
A ilha somos nós,gente,
Que acolhemos pessoas, alguém,
Com atitudes simples e inocente,
Sempre dando apoio aos que vem.
Vem dos navios do mundo,
Que batem contra os recifes da vida,
Alguns não conseguem e vão pro fundo,
Perdendo a valiosa vida.
Barcos e caravelas,
Lanchas e submarinos,
Ilhas e cidadelas,
Abrigo,refúgio e ninho.
O começo e o final,
Solidão e congregação,
O bem e o mal,
Separação e união.
A ilha nos diz algo,
De bom e de alto crescimento,
A essência que vem do âmago,
Que trabalha o auto conhecimento.
Eu sou ilha de alguém,
Alguém é minha ilha,infelizmente,
Não quero o naufrágio de ninguém,
Mas isso acontece, naturalmente.
A ilha pode ser o final,
E também o recomeço,
De uma jornada que parecia ir mal,
De sonhos que não tem preço.
Valores...
É tem hora que tudo cansa
Cansa um amor distante
Cansa esperar demais
Cansa solidão
Cansa o barulho
Cansa, cansa tanta coisas
Que o melhor mesmo é rezar ou orar
pra ficar presente no dia conosco
Só Deus preenche tudo
O vazio
O amor
A verdade
A fé
A felicidade
Então pra se viver feliz só com Deus presente!
Shirlei Miriam de Souza.
Soneto
Trabalho nas minas do rei Salomão
Meu corpo é fortaleza da solidão
Incansável busco minha paixão
Potente é o som do meu coração
Meu amor há de florescer
De manhã até o alvorecer
No silêncio da mente irá crescer
Na simplicidade do ser
Vou me renovando
Sem pressa vou transformando
Como um diamante vou lapidando
Meu ser todo está brilhando
Transcendendo todo estado
Rumo a versão de mim acreditado.
Existe só um amor?
Existe só solidão?
Se o amor acaba era amor?
ou era frustração, ilusão
O amor acontece, vive eterno
ele te dá vida, te convida
ele morre, e nasce
e te faz parte
de algo maior
dois, três, quatro, de uma família
Você ama, e dá amor, gera amor
e aqui estamos pra isso viver.
tudo parece desamor
na solidão tenta se matar
estou sozinho tanto tempo,
já vi seu coração!
é vitima da desolação do amor,
senti cada momento que esteve aqui
enquanto sentia que ia morrer,
tentei não olhar para trás
quando nos encontramos num mundo vazio
muros parecem muralhas
e os sentimentos se perde,
ninguém compreende...
o medo tal receio...
cortes e comprimidos
mais gole de veneno
te fazem sair desse mundo,
se em paz consigo,
como anjo por amor deseja voltar
nada diga se suficiente para que fique...
para ter o amor e ainda se tudo
no imenso vazio o amor paira
na desvestidão do teus medos..
o mundo perde sentido...
aparecer num síntese perdição
envolve o ressentimentos...
num espaço que deixou sua vida se perder
os instantes mais importantes
repete num caos sem fim
tudo parece um crime sem perdão
numa silhueta que derrete num mergulho na escuridão,
cruel o seja sentimentos
num mundo de dor e solidão...
sonhos num mundo em que nada tem importância,
seus lábios frios fazem transcender cada instante da sua existência.
e tempo tinha se acaba num momento que te amo....
posso ser um pingo na imensidão...
mesmo assim vou sentir o seu amor.
e sendo noite que atravessa seu peito na pior da dor
verá que tempo uma extensão de nossa existência..
dentro de um pouco de ressentimento e angustia,
somos apreciados por uma beleza fria sem vida.
esparecendo num mar de relento...
o diga sem querer que amor o seja.
então brilhe num mar de rejeitos...
tudo que exista seja a vida que passou.
assim esteja numa resenha de ador e amor,
sem privilegiativos apenas o copo cheio de veneno que acalma.
pois tudo tem está naquele gole fatal.
e de repente se vê refletida num algoz,
as sombras mais profundas desabam formas...
na conclusão a musica ao fundo,
parece ser final de uma existência que se revolta no abandono da vida...
palavras desconcertadas...
mesmo o sentido mais profundo aparece uma nota no jornal,
resplandecendo sua morte com requinte...
muitos a chorar numa despedida sem fim...
apenas familiares, o que sou apesar do sou, apenas existo por existir,
para olho frio do coração apenas sinto o vazio,
tento compreender e humaniza um ato impensado ou pensando medido até ultimo detalhe...
lhe parece bom e triste é a verdade se esconde atrás de belas palavras que se nota...
o breve esquecimento e brilho no olhar mais frio será assim para sempre.
"A solidão necessária"
A solidão é necessária quando tudo é tumulto, onde os corações e almas estão pulsando freneticamente juntos, se personalizam assemelhando-se ao irracional, conduzindo muitos as deveras a auto-violência e a violência do outro, alicerçados sobre paradigmas e valores supérfluos.
A solidão é um tipo de resposta muda, que somente os menos atentos não irão aperceber-se nos dizeres das entrelinhas, pois buscam o mais onde tudo já é excesso. A solidão é uma auto-reclusão íntima no campo do positivismo, é não se misturar ou ser misturado nas confusas perspectivas humanas, entre o que desejam ou que simplesmente querem, sem entender que o querer não pode ser um desejo, pois nem sempre está ao nosso alcance, e o impacto com uma futura decepção, pode ser menor, nada se conquista antes da compreensão do todo.
A solidão é aliada do silêncio, que podemos classificar como sentimentos de urgência, quem alcança o próprio coração pode sentir a alma, sua e a do outro, o silêncio acende a lareira e a solidão aquece o ambiente.
A solidão consegue preencher o espaço vazio existente em cada um de nós, a busca do nível maior que possa lhe auto suportar, na chance do ápice do reconhecimento do entendimento de si.
A solidão ainda é incompreendida devido estar além de um sentimento comum, em um mundo onde tudo é busca por uma evolução que de acolhimento aos diversos medos e desencontros, sentir a solidão necessária, soa ser incomum, pra muitos quase um estado de insanidade.
A solidão é a resposta que você não quer ouvir, mas precisa.
Kaab
Havia solidão, apesar da exuberante beleza das coisas criadas, apesar da presença do homem que o Senhor fizera conforme a sua imagem, apesar do jardim onde farfalhavam cores e flutuavam perfumes.
Então Deus resolveu criar a mulher. E a fez ainda mais parecida com ele, dando-lhe capacidade de conceber a vida, e alimentá-la no próprio peito, e conduzir seu crescimento com todos os cuidados, e, assim, transmitir ao mundo a natureza divina por meio do amor.
ANTIGAS
Um sentimento quando morre, só gera solidão, junto com um buraco consumindo o coração, pois somos feitos pra amar, e sem amor a vida perde a razão.
Não deixe os sentimentos morrer, os regue e os alimente, pois eles nos fazem viver, sentir que a vida flui em nosso ser.
Busque nunca deixar se apagar a paixão, a vontade de estar ao lado de quem te alegra o coração, e nunca mude essa intenção.
Seja você a dar o primeiro passo, afinal vocês estão no mesmo barco, quando um cair o outro ajuda, perdoando com um forte abraço, assim serão unidos por um forte e eterno laço.
Em fim, na vida virá coisas boas, virá também as ruins, mas o segredo pra nunca parar, é não desistir, enfrentar o deserto e o que quer que vim e todas as barreiras alcançarás agindo assim.
02/12/15
Hoje
Os dias são de inverno
No inverno
os dias sempre são mais curtos
Mas existe a solidão lá fora
Embora
ela esteja aqui dentro há tempos
Pois os tempos não voltam
E as lembranças remontam
O meu dia aos avessos
E a cada dia mais frio
Tão frio quanto a madrugada
Desses dias de frio inverno
Resta escrever poesia
Fria, em seus mornos versos
O latido de cães
E as cantigas de roda de outrora
Agora, tudo isso
é coisa por demais antiga
Saudade verdadeira
Verdade da boa
O forno de pão
O chão de terra batida
Violão e conversa
Lembranças tão dispersas
Quanto estrelas no Céu
Isso é a vida
No início
Um papel em branco
... e bonito
No final
Um livro escrito de qualquer jeito
Com direito à notas de rodapé
Em tempos de outra estação
Infância de poetas
São sempre as mais felizes
ou talvez as mais tristes
de vez que o poeta existe
Pra que elas sejam sempre algo mais
Mesmo que sejam somente
as mais distantes
tão distantes que agora
Não existe diferença
entre as verdades e as mentiras
O vento sopra e a roda gira
Uma longa lista de lembranças
As quadras,
cantigas de roda
e canções pra lá de antigas
Pondero
Que nunca mais eu cantei como antes
Pois a dura vida de ontem
vivida de hora em hora
Eu vejo agora
Parece que durou
somente um mero instante.
Edson Ricardo Paiva.
Demasiadamente me procuro...
E encontro solidão.
Frustrações passadas me assolam sem mesmo me defender.
Encontro vazio... Peregrinando em meu coração e expulsando todo amor que eu mesma não consigo achar. Ruas desertas em meus pensamentos. Preciso me encontrar... Preciso de um amor verdadeiro, singelo e sem mácula.
Eu escolho o amor!
Mesmo que seja difícil, ou pareça impossível.
Mesmo que a solidão invada, a tristeza bata, que o "não" prevaleça, ou a ingratidão fale mais alto , o coração se entristeça, eu vou continuar escolhendo o amor!
O amor não pergunta a idade, não olha as aparências, as condições financeiras.
O amor não são palavras tolas que se dizem ao azar, por um momento sem pensar, o amor são essas coisas que se sentem sem falar, por um sorrir, um olhar , um tocar, um abraçar.
O amor não escolhe hora, nem momento, nem lugar! Ele chega ,ele invade sem antes perguntar!
Ele não quer saber sua cor, seu sexo e nem sua religião!
Eu escolho o amor!
Pelo simples fato de não ser um sentimento de corpo, mais um sentimento de alma.
Em um mundo de tanta dor, e tanto rancor, vou continuar escolhendo o amor!
Eu tenho medo da solidão, mas não da solidão de falta de presença física, humana,, tenho medo de uma solidão onde não mais consiga me encontrar comigo mesmo, meu âmago. Quase todos nós carregamos na nossa alma buracos que precisam ser cobertos, e é uma dor profunda quando perdemos a nossa essência e, com isso, não encontramos mais o quê é preciso e onde é preciso ser preenchido. Dai fica um vazio de gente, de uma pessoa só, de nós mesmos.
Ricardo F.
Nas Praias do Cuman / Solidão
Aqui na solidão minh'alma dorme;
Que letargo profundo!... Se no leito,
A horas mortas me revolvo em dores,
Nem ela acorda, nem me alenta o peito.
No matutino albor a nívea garça
Lá vai tão branca doudejando errante;
E o vento geme merencório - além
Como chorosa, abandonada amante.
E lá se arqueia em ondulação fagueira
O brando leque do gentil palmar;
E lá nas ribas pedregosas, ermas,
De noite - a onda vem de dor chorar.
Mas, eu não choro, lhe escutando o choro;
Nem sinto a brisa, que na praia corre:
Neste marasmo, neste lento sono,
Não tenho pena; - mas, meu peito morre.
Que displicência! não desperta um'hora!
Já não tem sonhos, nem já sofre dor...
Quem poderia despertá-lo agora?
Somente um ai que revelasse - amor.