Texto de Solidão
Anjos mortos...
Desde então julgo ter o amor.
Sou luz do amanhã...
Respiro entre os mortos.
Separo cada momento em tua perdição.
Sua luxúria em teu corpo...
Safadeza pura nudez.
Orgulho decepção.
Momentaneamente a morte.
Cobiça emprigrinada na tua pele.
Mentira e sedução...
Do teu corpo e teu coração.
Impossibilidades (Retrato da tristeza)
Viveres retalhados,
Vidas despedaçadas,
Contrastes de cenários,
Vultos espalhados.
Lágrimas, lágrimas, lágrimas...
Amores impossíveis,
Sonhos incapazes,
Vidas vazias,
Tristezas visíveis.
Lágrimas, lágrimas, lágrimas...
Almas feridas pela extrema solidão,
Vidas desesperançadas,
Vítimas dos pesadelos,
Dos abismos da ilusão.
Lágrimas, lágrimas, lágrimas...
Enquanto ela dormia
Enquanto ela dormia.
Ela nasceu.
Enquanto ela dormia.
Ela cresceu.
Enquanto ela dormia.
Ela se apaixonou.
Enquanto ela dormia.
Ela teve uma família.
Enquanto ela dormia.
Ela perdeu sua família.
Enquanto ela dormia, ela perdeu seu pai, sua âncora, ela se mudou, ela sofreu, ela caminhou sem rumo.
Enquanto ela dormia, ela conheceu o mar, ela banhou-se em suas águas a luz do luar, e comeu milho cozido a beira da praia, ela se apaixonou novamente, ela perdeu outra vez seu amor, pois as asas da morte o levaram como em um sopro.
Enquanto ela dormia, ela viu o "Cristo de braços abertos abençoando uma grande cidade". ESPLÊNDIDO!
Ela caminhou por ruas movimentadas ao extremo, coisa que ela estava longe de entender, todas aquelas ruas sem destino.
Enquanto ela dormia, AS ORAÇÕES foram sua companheira nas horas de desespero, o sono foi seu repouso, suas lágrimas um rio de água cristalina para sua alma, a opacidade em seus olhos não a proibiu de ver o nascer do sol todos os dias.
Nem com o brilho do sorriso das crianças ela se encanta com a vida, e nem com todas as oportunidades, que se transformam a cada manhã.
Ela entendeu que todo o caminho percorrido foi necessário para seu crescimento e sua glória e como tudo chega ao fim.
Ela deixou que seu jardim, seus amores e seus sentimentos brotassem novamente.
Somente uma coisa ela não entende.
Se ela descobriu todo o significado de sua trajetória, então porque ela ainda continua a dormir?
Xiiiii!!!
Mesmo que eu não seja tão importante ou até mesmo que eu não conquista nada
Se naquele momento você lembrar de mim, mesmo que por apenas alguns segundos então eu tenho certeza que o que eu fiz o que eu vivi não foi em vão
Que eu tive algum significado no mundo que minha existência foi lembrada
Tá doendo agora? Tá sentindo que seu mundo vai desabar? Abriu um buraco na sua frente? Sentiu seu coração se partir? Doeu seu corpo? Começou a lacrimejar? Chorou? Saiu sem olhar pra trás? Se culpou? Sentiu raiva? Medo? Remorso? Frustração? Desapontamento? Solidão? Não? Não sentiu nada disso ao mesmo tempo? Bem meu caro, digamos que ainda há esperança no seu caso. Sentiu tudo isso? Então desculpe o que irei te dizer: não há mais volta.
Todos esses sentimentos e sensações juntas só há um fim se você continuar tentando: uma dor lenta e inacabável. E só há um fim se você desistir, uma dor insuportável e uma chance de um recomeço.
De fato é o inverso
de certo é um fato,
oriundo do empeno
resistindo ao embalo,
das tristes sonolências
há insônias sem perdão
dos móveis empoeirados
contracenando, há solidão!
quem és tu disse ela
apenas sorri com a boca aberta
encontrei-a na janela, perdida
buscando direção.
Poder e discernimento
é ter conhecimento
daquilo que a mente
exclui inconsciente
e germina no coração.
Eu não quero a liberdade desprendida do afeto
De nada servirá uma maré forte e insensível de palavras estéreis
Testo proposições na minha alma e nas almas alheias
Caminho sozinha procurando a minha verdadeira filosofia
Até que possa debruçar com alguém e mesmo em silêncio
Estar completamente satisfeita...
...o que faz sofrer verdadeiramente não é o deserto, não é a seca, não é a dor, não é o caos por dentro; o que faz gritar, que faz revirar por dentro, que dói mais profundamente, na sua essência, é o imenso oceano de sentimentos, de sensibilidade, compaixão, que transborda na gente...
Autora: Aurilene Damaceno
olho no lago profundo da tua alma,
tudo já senti é uma versão
de um desejo que abitou
em todos dias de felicidade
é puro surto na identidade,
sem marcas minha morreu,
tanta vidas se foram,
o coração ainda bate...
tuas magoas são abruptas
sentenças tão mortas,
perdidas no que se foi...
senis aberrações...
toque a face na profundidade
vai entender o gosto
puro eterno com desejos...
de janelas para o céu...
senti que as ilusões
foram meramente
de acordo com o profundo...
ateu minhas frases,
no exato relapso,
nessa origem...
marcas descendentes
apenas um foco da derradeira.
por celso roberto nadilo
Ninguém faz nada só, sempre é necessário mais um. O estudante que dedica suas horas ao próprio aprimoramento intelectual precisou do doutrinador que publicou o livro. O corredor que vive pra bater seus próprios recordes precisou do inventor do cronômetro pra marcar seu tempo. O homem que chegou à iluminação precisou ser guiado pelo iluminado que lhe ensinou o caminho. Simplificando a história, pra você estar aqui experimentando a vida nesse plano, foi necessária a união de dois gametas.
Não se perca levantando a bandeira do UM, do individual absoluto ou de uma suposta liberdade dos laços em prol do próprio crescimento, aqui tudo é DOIS ou mais. Naquela história das "minhas próprias experiências" quantas pessoas cruzaram seu caminho? Ninguém passa sozinho por lugar nenhum. Quanto mais longe se tentar ir sozinho, mais distante se chega de si mesmo, o homem é um animal político. "Cada um faça por si pra merecer o que é seu", disse um sábio, e nem aí se está só, porque alguém precisa avaliar o seu merecimento e lhe dar o que é seu por direito, essa avaliação não lhe cabe, sabendo disso muitas frustrações cessariam, haja vista essa tendência humana de taxar como injusto tudo aquilo que não sai como se quer.
Guardo o devido respeito ao tempo que se deve dedicar a si mesmo, às vezes peregrinando, às vezes simplesmente se recolhendo por algum tempo, mas, pense bem, nem aí se está só, Deus é contigo. O homem não pode tornar-se escravo disso, nem estabelecer prazo como se fosse matemática, a vida é dinâmica, fluídica e acontece enquanto o tempo passa, as oportunidades aparecem e não existem regras taxativas, a hora que se passa nunca mais é revivida.
Aqui absolutamente TUDO é dois, mesmo o tal do amor-próprio demanda o contato com segundos e terceiros, outras experiências, pra se solidificar. A solidão é um estacionamento, "pretensão de quem fica escondido fazendo fita", diria Cazuza
Romântico.
O papel me olhou com deboche
Risquei com raiva e medo
Com esse café preto
Aqui no canto esquerdo
Ri e escrevi com zelo
Novamente
Tinta escorrendo livremente
Sem qualquer compromisso
Apenas deprimente
Melancolia novamente
Tudo novamente
Melancolia, Mario Quintana já dizia:
Sofrimento romântico
E eu descordaria?
Apenas sigo o velho cântico
Romântico.
A noite cai que é pro dia aparecer. O sol levanta que é pro gelo derreter. Assim são as nossas amizades. Elas acontecem para nos clarear a vida e pra aquecer nossos corações no escuro frio da solidão. Não é preciso levar uma vida inteira pra entender, que mesmo que estejamos sozinhos, fazemos parte desse universo mágico, que nos permite ser pedacinhos complementares um do outro!
Almany Sol, 20/04/2011
Nem tudo é conforme queremos.Somos utópicos.
Buscamos alegrias, amores, sorrisos e desejos em sonhos constantes, em promessas vazias e atos de deliberados de paixão explicita, querendo que cada momento seja eterno.
Mas nos esquecemos aos poucos de cada pedaço deste pequeno alicerce.
Somos egoístas, queremos fazer das pessoas nossas posses, queremos o universo destas pessoas dentro do nosso, impedindo que os sonhos cresçam junto conosco, acabamos sufocando ou sufocado e deixamos de sonhar.
A nossa realidade vira um caleidoscópio, deixamos de ver outras alternativas e outros amores.
Deixamos de acreditar que há amor por trás deste muro erguido a nossa volta.
Ficamos aprisionados ao nada com correntes forjadas de medo e sofrimentos.
Olhamos o muro a nossa volta e não vemos saída, a não ser acomodarmos a este pequeno universo.
Não nascemos para ser prisioneiros de nós mesmos, somos forjado de carne, ossos, sangue e alma. Quando este ultimo grita de dor, não é a dor da alma, mas sim da saudade de um amor, de uma paixão e de sonhos adormecidos que emergem do nada querendo apenas viver.
Derrubamos muros, quebramos correntes e libertamos um ser que estava invisível que era visto apenas como uma pequena sombra, mas que quer apenas a liberdade de poder amar sem culpa e sem medo.
Queremos apenas amar, sorrir e seguir o caminho aberto. Os sonhos podem existir, mas não são mais a maior prioridade e sim a vontade de viver cada momento como ultimo ato de uma peça, mas que não nos permite ensaios, por isso faça o que o seu coração deseja e se esqueça do tempo, pois a única coisa que restará deste pedaço do tempo é a saudade e que está saudade seja eterna e que quando se lembrar dela, traga um sorriso nos lábios dizendo que valeu a pena viver cada segundo.
DOIS VERSOS II
Que eu não submeta meus poemas ao abandono.
Que não me falte vontade de escrever.
Que minha inspiração nunca me traía.
Pois meu primeiro verso é minha vida
E o segundo... Motivo que me faz respirara ainda.
Que nunca uma música de despedida
Faça-me deixar de querer amar.
Que a angústia que sinto no ar
Não queira em mim se instalar.
Pois meu primeiro verso fala de amor
E o segundo... Ratifica o anterior.
Não quero dar normalidade à solidão.
Nem viver sem fé.
Que a ganância não me faça
Perder a poesia e nem
Deixar de amar um irmão.
Pois meu primeiro versos é oração
E o segundo... Louvor e devoção.
Que eu nunca procure sombras do que fui.
Que pedaços meus não fiquem pelos caminhos.
Que eu sempre tenha a quem dar o mais nobre de mim,
Pois meu primeiro verso é carinho
E o segundo... Transpira humildade.
Que a velhice me faça entender,
Tantas coisas que não tive na vida.
Que o espírito acalme-me a alma
Pois meu primeiro verso padece
E o segundo... Tem tom de despedida.
Que a vida me falte quando Deus quiser,
Que seja imortalizado o sonho realizado
Que voe livre e sem compromisso
A mágica ternura da mulher.
Pois meu primeiro versos é afago
E o segundo... Tudo que amei e fui amado.
Que o sorriso não me fuja dos lábios.
Que a saudade e as lembranças
Não deprimam meu silêncio.
Pois meu primeiro verso é o minúsculo que falo.
E o segundo... Universaliza o bastante que penso.
No dia que a que a alma enxergou
A razão e irracional, os sentidos não sentem, o certo anseia pelo errado, a tristeza quer ser feliz, a solidão implora por uma companhia, o molhado anseia pelo seco, mas o molhado sabe que somente quando a razão der lugar para o sentido sentir e que ela deixará de ser irracional, e só nesse momento a tristeza se tornará feliz, e ai a solidão terá sua tão esperada companhia, nesse dia não haverá solidão que dará espaço ao molhado, o molhado se seca; se seca não mais pelo sol da obrigação de existir, mas seca por não mais ser desobrigadamente obrigado a molhar, se seca pelo calor que solucionou o problema da solidão. um ponto de fuga, um refugio em palavras não ditas, agora escritas, prontas a serem entendidas, pela visão de quem não as vê com os olhos do corpo...
Devaneios
Em minhas noites solitárias
Eu penso em você
Em meus devaneios e loucuras
Chamo teu nome
Mal posso respirar
Meus pulmões gritam por ti
Em meu último suspiro
Teu nome sussurraria
Em meu desespero
Clamaria por ti
A morte teria pena
Desse pobre amante
Que em seu último fôlego ainda te ama
E daria a oportunidade de te amar
E suspirar teu nome pela derradeira vez
Não permita que a mórbida Senhora
Leve-me ao Castelo de Hades
Sem ao menos dizer
Que sem ti não posso viver
Amo-te mais que posso conter
Não me deixes morrer
Sem que possa dizer...
Amo-te!
Eu nunca sei quando as estórias acabam. Por isso sempre fico preso entre uma e outra, ou entre nenhuma e nenhuma outra; entre um recomeço sem fim e um fim sem término.
Talvez por ser mais espectador ou coadjuvante, do que protagonista da minha vida, tenha essa enfermidade de não dar conta de quando baixa o pano.
As luzes apagam, o público sai, os colegas limpam a maquiagem e eu continuo lá: com a fala na cabeça, o texto decorado, aguardando a deixa.
A deixa que nunca vem.
Sempre tive medo das coisas e das pessoas. Um pavor e uma falta de fé. Talvez por isso eu tenha criado minha própria companhia teatral, onde sou diretor; contra-regra; atores e público.
Enceno só para mim uma tragicomédia.
A realidade me faz tão mal e me deixa tão fraco que fico, no fundo do palco, muitas vezes, a sussurrar o texto a mim mesmo.
Às vezes não ouço.
Quase sempre não ouço, porque sussurro baixo e minha voz é trêmula...
O público não entende a peça, logo, não aplaude. Eu, furioso, demito a todos: ao autor; ao diretor; aos atores...
Expulso o público do teatro e ateio fogo a tudo.
E ali dentro fico eu, junto às cortinas e aos holofotes, incandescentes; queimando, queimando, queimando...
Chega uma hora em que se cansa
Enjoa
Enche o saco
Não se quer mais saber
Aquela velha insistência
Uma ilusão que não vai em bora
Apenas afasta
Repele
E de repente se está mais só
Cada vez menos
Como pode?
Por que não há um porto?
Ou há?
Um pequeno detalhe
Aos poucos se torna o que se é
"POR QUE?!"
Amanhã tudo estará normalmente
Dormente
E cada vez mais distante
Se antes estava só
Agora é menos
Como pode
ser menos que um?
E ainda assim
estar dividido?
E eu vou juntando os cacos, pedaços por pedaços de mim mesma, vou me iludindo, me magoando cada vez mais, vou deixando de lado as únicas coisas boas que me restam, vou esquecendo de ser feliz, vou desaprendendo a sorrir, a confiar em mim...
Vou me escondendo atrás de sorrisos falsos, rostos que eu mesma desconheço , vou recuando, me afastando da felicidade, da alegria e da paz.
Dormir é a saída, uma saída que muitas vezes falha... Acho que nasci na época errada, nasci em um tempo onde as pessoas não sabem mais amar, não sabem o significado das palavras amor, amizade e respeito. Nasci em mundo onde não sabem sorrir.
Hoje parece que me falta algo...
Uma bebida.. Uma Pessoa... Uma Compania..
Um cigarro... Hoje me falta a vontade de bate em alguem...Me falta a raiva eo odio
Hoje me falta a vontade de amar... Me falta a vontade de querer segui em diante e olhar pra frente...
Hoje eu so quero vencer a falta que você me faz o querida é doce Solidão que aperta meu coração ..
Que Me traga como o final de um cigarro... que me descarta como uma garrafa de vodka vazia