Texto de Solidão
"E se você me perguntar, eu não vou ter nada pra dizer a você."
Além do amor
acho que, o medo também se tornou
um grande amigo.
Daqueles que tem estado comigo
a toda hora..
O medo de não ser suficiente
O medo de perder
E até mesmo, o medo de ter medo.
Mas apesar de todos eles
Ainda insisto em insistir
Mesmo que a probabilidade
Talvez, já não exista..
Há mais medo do que tudo
Menos do que amor.
E, há amor demais
Mesmo eu nem sabendo de onde veio
Ou porquê..
Talvez tenha sido um sorriso
Ou o seu jeito estranho de andar
Talvez tenha sido suas mãos ásperas
Ou o jeito que sua voz ressoa quando fala "Eai"
Quem sabe, o cabelo bagunçado
Ou a mania de falar demais sobre assuntos que eu nem mesmo entendo
Talvez tenha sido o fato de que você ama o que faz
Ou o fato de que você parece adorar ouvir músicas como se pudesse senti-las..
Talvez, seja tudo isso
Ou, não seja nada disso.
E, eu te juro que não sei
Eu queria tanto saber
Porque quem sabe assim
Eu talvez, pudesse te contar
Te contar uma boa metade da minha abundante estupidez..
Mas a verdade
É que se você me perguntasse
Eu não teria absolutamente nada
Para dizer a você...
E acredite quando eu disser que não é por falta de sentir
Mas talvez, por sentir demais.
Se soubesse o quanto eu gosto dos seus olhos
Gosto até mesmo da forma que você é um completo idiota
Certas vezes..
Gosto dos assuntos difíceis
Mesmo que quase nunca saiba o que dizer..
Gosto de como você é espontâneo e simplesmente não é
Ao mesmo tempo...
Você inteiro, rapaz
É a fonte do meu amor
E também, a fonte do meu medo.
A morada entre o amor e o medo
É quase inabitável..
Ainda assim
Não faço a menor ideia do porquê não consigo desistir de você.
Talvez, eu tenha que desistir de mim também
E eu o faria
Se você me pedisse.
Eu também lutaria
Com todas as forças
Se você me mostrasse
Que é capaz de se lembrar de mim, mesmo que as vezes...
E, se você perguntasse
Eu ia dizer que Te amo
Mas tenho tantos porquês
Que não conseguiria te explicar.
Se você perguntasse
Eu congelaria frio (ou quente)..
Se você perguntasse
Eu não teria nada pra dizer a você.
Então, por favor...
Não pergunte.
Só me diga se posso ficar..
Ou não.
-MAIS UMA VEZ-
Caminhava em silêncio pela cidade,
Quando passei em frente à cafeteria,
Vi aquela mulher bebendo café na última mesa.
Ela lia um livro de poesia.
Fiquei observando-a por algum tempo,
Mas logo apaziguei meu coração.
O olhar dela sempre estava longe.
Longe demais para alcançá-lo.
Atravessei a avenida, melancólico por desistir mais uma vez.
Sem notar, ela me olhou cruzando a rua,
e se perguntou porque eu sempre parecia triste, mais uma vez.
ENGANO
A noite é minha agonia
As janelas se fecham,
me despeço do dia,
os pássaros não cantam,
não há alegria.
Tenho medo “dele” ....
Sussurro pelos cantos.
No principio
o encanto,
Mas depois de alguns anos.
dizem que já não amam.
Percebi foi engano,
era tarde demais,
mergulho em minhas lágrimas,
tentando encontrar acalanto.
sonhar, minha saída.
meu momento de paz.
Você tem medo que as pessoas não gostem de você, então você não gosta primeiro.
Você tem medo que as pessoas se afastem de você, então você se afasta primeiro.
Você tem medo de se magoar na convivência, então você vive sozinho.
Você tem medo de tudo o que possa te fazer mal, então abre mão do que pode ser bom também.
►Aos Anjos
Sinto pena de quem almeja o mundo
Sinto pena daqueles que valorizam o outro bruto
Estão sendo ignorantes, impuros.
Às vezes me canso de escutar desprazeres
Pessoas dizendo sofrerem todos os meses,
Mas que estão melhores que muitas outras,
E dizer sem contras, mas se parecem com os burgueses
Pessoas que nunca estão bem,
Mas que adoram dizer isso para alguém
Me enjoa a falsidade, a dramaturgia, a maldade
Às vezes me pergunto se não estou melhor sem ninguém,
Pois talvez seja melhor estar com quem me faz bem.
Assim como amarelinha, tento pular os erros da minha vida
Assim como esconde-esconde, eu me escondo, com medo,
À procura dos anjos
Eles não sentem o desespero, eles são vazios, são outros seres
Quero ser como eles, não gracioso,
E sim, sem gosto, amargo, mas saboroso
Quero me afastar do mundo odioso,
Das pessoas que atraem as outras para o poço.
Eu sinto medo da realidade, da malandragem
Me resta a humildade, com um coração que bate com vontade
Pela cidade eu vejo, testemunho a carnificina
Dos produtos que infeccionam e contaminam várias vidas
Que aprisionam seus hospedeiros em ruas sujas e fedidas
Eu tenho medo, anjos, peçam um novo dilúvio,
Pois essa história foi mal escrita.
Voltei, dona.
Voltei, eterna senhora.
Perdoe a longínqua espera
Perdoe a longínqua demora
Jamais deveria ter partido dos seus braços
Sois a unica musa que se prestaria a me amar
Mas mentiria acaso dissesse à ti
Que foi por querer o meu voltar
Desci de meu castelo, de sua eterna companhia
Recorri à realeza de uma nobre bailarina
Pobre de mim por acreditar
Pobre poeta, iludir-se a sonhar
Sois a unica que se deita em meu leito
E não me incomoda olhar teu olhar ao despertar
Sois a unica que me conforta
Sois vós quem irá me matar
Solidão, perdão.
Volto à ti
Eterna companhia da minha valsa
Que outrém jamais saberá dançar.
Seus segredos me levam a morte,
no teu espirito os laços do destino,
nessa foi tua vida até a morte te desejou,
mais um beijo e tudo leva a loucura do amor,
suas lagrimas queimam no coração,
ninguém compreende o teu desejo,
unicamente a morte, num profundo amor,
a cada dilaceração tua voz chega ao além...
no teu olhar profundo, o vazio do mundo.
Adeus,
o diga mais uma vez,
por nem nunca a conheci,
apenas um perfil ou uma pessoa
que assim lhe fala,
amor transgride as barreiras do espaço e tempo.
amor palavras escritas dia a após dia,
sempre tão intimo, que assim chega beira da loucura,
amor a tudo significado do teu ser,
amar bem pouco ao longe,
bem perto dizer amor,
ao prazer bem pouco se senti,
pois somente seu ser atrás de um perfil
e um status de solidão, bem eterno bem querer,
sendo momentos sucedidos com carinho...
um dia nunca te amei ou gostei de você...
apenas queria te magoar ou coisa do tipo...
um passa tempo... o vazio se torna grande imenso
diante tais palavras, tudo perde significado...
pois que sentir diante do amor se existiu? porquê
então figurar algo não representa o nada.
Coração sem mágoas, tristeza ou alegria
Nunca houve ódio, porém amor também
Onde ninguém mora, sequer visita
Escolha própria ou cruel destino da vida.
Não existe caminho, sentido ou direção
O sorriso não é sincero, nem o aperto de mão
Não se sente medo ou arrependimento
A lei do tanto faz, não faz diferença
Dias sem rumo, noites sem sonhos
O corpo que vaga, a alma que chora
Um copo cheio e uma vida vazia.
Sozinha
"Perdi o rumo de meu caminho,
Desde o dia que você partiu.
Não aprendi a ficar sozinha.
Minha alma senti muita dor com
sua ausência,
Não sei lidar com essa saudade,
que insiste em me perturbar.
Não tenho vontade de seguir adiante,
Os dias vão passando diante de minhas
lembranças,
A solidão vai se tornando um tormento,
e meu coração rejeitando a realidade.
Não sei o que pensar...
O que fazer sem você?
Só me restou a dor da separação,
e a certeza que nunca irei te esquecer."
(Roseane Rodrigues)
Nos vales das sombras tenho teu corpo
e ofereço sua alma aos chacais,
sobre o rio dos mortos clame por tua vida...
mais moedas de ouro
e outros sacrifícios são detalhe.
num mar de sangue que cobre teu corpo
sem alma ou espírito,
expresso aos anjos que voltem
entre as chamas revoltas
devoram o tempo até o luar
que verte em sangue,
marcando o exato momento caminho das estrelas.
diga que amas
dentro da simbiose
grite uniforme da sutileza,
banida de terrenos absurdos.
unilateral de teu glamour...
seu gemidos que expressam
tua beleza purpura,
vertiginosa alucinação...
para o caos da sedução
estremece a cada estante.
do teu corpo inerte
ao delírio de gritos...
no apogeu de suas cavas,
lagrimas escorrem
num parador perdido...
nas paredes marcas do sentimento.
que esbouça um olhar vidrado
sob tal o luar cobre tua nudez...
se cala involuntariamente,
ao tal impulso que deseja...
sois o vento,
águas que corre pelos córregos
da alma,
pro os ares da solitude,
clama por glamour que lhe da a magia eterna,
dessa voz que paira sobre as planícies
aonde a matilha passa deixa parte do teu coração,
por aonde a chuvas caem... cachoeiras...
sendo tenores que voam nos pensamentos...
declarando o amor em sua vastidão...
passos se tomam com passado
entre as nuvens a luz do teu olhar,
que tanto encanta a supremacia benevolente,
as hástias do mar sorrateiro...
até a divergência que sopra por teu espirito,
dessa que é profundas decorrentes
da alma nesse momento se perde
entre laços da eternidade,
os fatos passados no ermo do destino,
mero sentimento a luzes das estrelas,
trevas, sorriso da noite doce espera...
nos braços do amor.
Nunca demorei-me num lugar
morei pouco porque morei às voltas
e nunca mobiliei um objetivo.
O apartamento comprado tinha belas texturas
combinando a força dum azul cansado com um áspero rubro
e os dois pareavam sem atenção, flácidos
em paredes de gamas opostas.
Simples janelas de alumínio,
quadradas, respingadas de tinta,
eram no entanto minha casa.
Abri-las e respirar qualquer ar
faziam-me dona de muitos limites
e eis porque viajei até aqui
como se tivesse desterrado
com uma maculada mão cuidadosa
algum fim.
Ouvi qualquer voz dizendo: “não sangre tanto”.
e outra, engasgada, que desconfiada de mim
tapava a minha boca com a exausta lama das lamentações.
Ouvir – estou vendo a alta cúpula do Desejo
que minha mão não toca por cansaço.
Deixo-me porque pisar determinada é artifício,
um soluço na câmara lacrada -
toco o vidro e ele se ergue imutável.
Contenho bem pouco em mim
e em redor só vejo o que exalo
um semblante circular em espiral
de uma voz
- só para mim -
sempre incógnita.
Dois ônibus freiam lentos
e a gente dentro se imobilizou, atenta.
Eu buscava um afeto magro para aonde fora
e voltei de mãos vazias, com sons mais vazios nas mãos.
Cantem as ruas de medo
a noite calada é de fato cínica, dúvida, e o corte no céu foi profundo!
Contei cidades, bilhetes de ônibus, pequenos pães-de-queijo
peço que mantenha-me acordada a vida, ao menos,
e uma fileira de portas de padaria pichadas
tantos nomes lá, incluindo o meu próprio
sobre os filetes amontoados de retângulos cinzas.
Seu diário
Essa menininha do meu bem querer
Um dia registrou em seu diário
O sonho de mocinha que viveu.
Falou das flores que ganhou
E dos bilhetinhos que lhe enviei
Confessando o meu amor.
E dos segredos que escreveu
Contou do sono que perdeu
Desejando o meu calor.
Narrou o encanto de menina
Ansiosa por meus beijos
Desejando me entregar.
Essa menina que tanto falou de mim
Nos sonhos e confidências que escreveu
Quando dantes nunca conhecera outro amor.
De menina após mocinha
Em mulher se transformou
Sem saciar o meu amor.
Mas levará sempre contigo
No diário do teu coração
Tudo que um dia a fiz sentir.
Edney Valentim Araújo
Olhastes para mim
As lágrimas que vertem os meus olhos
São fragmentos do meu coração
Que se perdem nas desilusões.
Olhastes para mim
Como um vidro transparente
Sem reter o meu olhar.
Eu, que me vejo no brilho dos teus olhos
Refletindo a minha alma carente
No fôlego da tua alma vivente...
E dos fragmentos
Eu me procuro em tua vida
Em cada pedacinho desprendido.
Edney Valentim Araújo
Se eu morasse
Se eu morasse no teu coração
Eu saberia das cores lá do céu,
Se eu lhe desse as mãos
Eu caminharia nas nuvens.
Se eu olhasse no fundo de teus olhos
Eu veria o que é ser feliz de verdade,
Se tu me desses um sorriso
Eu me alegraria por qualquer que fosse o motivo.
Se caminhássemos na mesma estrada
Eu iria com você onde o teu amor me levasse,
Se contássemos as estrelas
Eu pediria a Deus que elas fossem infinitas.
Se estivéssemos juntos
Eu deixaria de ser parte para sermos um todo,
Se o tempo finda o vigor de nossos corpos
Eu quero envelhecer ao teu lado.
Mas sou pequeno nesse amor tão grande
Que a toda a minh’alma se consome,
Absolvido do ávido desejo
De tê-la em minha vida
Edney Valentim Araújo
beijo...
amor...
demônios,
as coisas são diferentes nesse funeral...
passei por fronteiras que destino quis...
degradado sentimento...
amor suas cartas que se decompõem,
minhas lagrimas são sacrifícios
deixados cobertos por um sonho...
mesmo sabendo que desde do principio
estamos condenados...
nas profundezas...
o veneno corre minhas veias até seus lábios,
me deixe morrer em sonho de amor,
como naquela mensagem que deixou no meu coração,
que gravei em minha lapide...