Texto de Solidão
O brilho da lua e das estrelas se-esvai
Eu sinto ao longe vindo uma leve brisa que consigo trás a escuridão
O brilho de tudo começa a se esvair
e tudo é engolido pela solidão
Os lamúrios da minha alma abatida somem com o fim da minha vida
Eu estou caindo em direção ao vazio de onde não há saída
O anjo da morte segura a minha mão
para me guiar em meio a escuridão
O anjo sorri e me diz: A sua espera acabou aqui jovem espírito abatido
Aqui a sua existência terá sentido
Este agora é o seu lar
Aqui você irá poder novamente sonhar...
A liberdade é a possibilidade do isolamento. Se te é impossível viver só, nasceste escravo.Se tens a mente escrava de que adianta se rodear de viventes, de barulhos, de movimento, de multidões.Dentro de você sempre terá o vazio que te assola. Aprenda e se bastar e ser feliz com você mesmo, só assim farás quem te rodeia,,,, Feliz.
Um lindíssimo dia, um lindo sábado.
By; Iracema R.
“ Vai... não olhe para trás
Para frente aprecia-se a vida
Prossiga quem você foi não
Ficou no passado não importa mais.
Siga as setas da sua intuição
De um chega pra lá na solidão
Vai... em busca do que te dá sentido.
Permita-se os desencontros e os
Encontros com os outros e consigo
Tome as rédeas do seu coração.“
Viviane Andrade
ENTRE SOMBRAS (soneto)
Ao pé de mim vem o entardecer sentar
No cerrado, a noite desce, sombreando
Vem ter comigo hora pensativa, infando
Em uma visão das saudades a lamentar
Pousa tua mão áspera em mim, causando
Nostalgias no coração dolorido a chorar
São suspiros vaporosos ecoados pelo ar
Tão tristes, ermos, do vazio multiplicando
Na noite há um silêncio profundo a orar
Exalando a secura da dor impactando
No peito, que põe os olhos a lacrimejar
Eu a escuto imóvel, apático, sem mando
No vago da solidão, e me ponho a urrar
Às estrelas, que no céu voam em bando
© Luciano Spagnol
Poeta do cerrado
2017, maio
Cerrado goiano
Comigo
Desejei ardentemente estar contigo,
Vaguei pelas ruas a te procurar
E não a encontrei.
Procurei-te entre as pessoas
E não estavas em meio a elas.
Procurei-te entre as flores dos jardins
E não a encontrei lá.
E quando eu me vi só
Eu a encontrei onde menos ousaria procurar,
Estavas morando em meu coração.
Edney Valentim Araújo
A lua tão brilhante
Tão cheia, lá no céu
Acompanhada de suas estrelas
Iluminando o mundo
Me pergunto, você é uma lua?
Você brilha tanto, foi capaz de me iluminar no escuro
Seu brilho me guiou até uma saída dessa escuridão
Você me trouxe a luz que eu procurava na imensidão
Suas estrelas me contaram que você era especial
Um brilho próprio uma mente casual
Você foi inteligente, ou não?
Tirar alguém da escuridão, tirar-me de lá
A lua aos meus olhos, tão linda
Tão enorme
Brilhosa e reluzente
A lua tão honesta
Tão dócil e tão pura
Você me tirou da escuridão
Você é o meu infinito, minha gratidão sem fim
Meu amor proíbido
Ah amiga, por que tão distante?
Pode chegar mais perto?
Preciso do seu abraço, talvez um pouco do seu brilho
Não quero ser apagado, não gosto do meu escuro
Tão solitário, você poderia, por favor, mandar algumas de suas estrelas?
Apenas para me iluminarem, tão só, me ajude
Minha escuridão me engole
Me ilumine no infinito preto
Minhas palavras prediletas
Ando meio afastada;
Meio desanimada.
Ando um tanto sozinha;
Meio sem clima.
A solidão é minha única companhia;
É quem realmente confio.
Os dias estão frios;
Me oculto atrás dos livros.
As histórias às vezes arrancam um sorriso;
Mas, normalmente, não me fazem rir.
Meus pensamentos estão confusos;
Sem direção, sem sentido.
Qualquer barulho me distrai.
Me pego falando sozinha;
Escrevendo coisas sem sentido.
Meus contos estão desprovidos de títulos;
Os parágrafos não passam de vazio.
Entre uma linha e outra, procuro um espaço;
Porém, ele não se encontra.
Meus cadernos estão vazios.
Minhas histórias todas sem propósito.
Ando usando demais as palavras "sem sentido";
Não sei o que me leva a tanto.
Estou confusa, solitária, caneta e caderno à mão;
Porém, as linhas permanecem em branco.
Às vezes, em uma agenda, escrevo palavras e dizeres;
Como se pudesse explicar a causa de tanta tristeza.
Na realidade, não sei ao certo se é tristeza.
Talvez seja apenas um período pelo qual precise passar.
Na escola, a concentração me foge;
Escrever um texto ou responder alguma pergunta se torna difícil.
Nas músicas, nem consigo me concentrar;
As que gosto tocam e quando percebo, já estão no final.
Ando confundindo coisas, pessoas, nomes, palavras, músicas, caminhos.
Confundo tudo.
Recentemente, minhas palavras preferidas são: SOLIDÃO, SENTIDO, CONFUSÃO...
Cinco Dias
Há cinco dias sem te ver
Não consigo dormir
E muito menos escrever
Minha inspiração
Do outro lado da cidade
Com nome, sobrenome
E com vinte e cinco anos de idade
Estou sem sorte
Dias que parecem anos
Por favor, volte
Preciso de você aqui
Falando no meu ouvido
E me fazendo rir
Sem musica e televisão
deitado, jogado
Apadrinhado pela solidão
Lembrando da gente
Do nosso passado
E do presente
Volte pros meu braços
Pros carinhos
Mordidas e abraços
Que não seja temporário
E quando fizer frio
Serei seu agasalho
Então,
Quando abrir esta porta
Verá nos meus olhos
Como transborda
De felicidade ao te ver
Como um dócil cão
Que não vê seu dono há tempos
Mas aconteça o que acontecer
Jamais irei te esquecer.
"Houve um momento, não me lembro exatamente quando, em que parei de perguntar o que é amor verdadeiro, e comecei a me perguntar se há alguém nesse mundo que saiba amar como eu, porque meus sentimentos são tão intensos que ferem meu coração, então fico na dúvida em conflito comigo mesma.
Por que o amor dói tanto? Vale a pena amar? Existe cura pra dor de amor não correspondido?
Ainda não descobri as respostas, só sei dizer que sigo amando muito, apesar de tantas dores..."
-Roseane Rodrigues
►Esquecimento Árduo
Eu a deixei, senhor
Não estava mais suportando a dor
Meu coração gritava diariamente por socorro
Mas, ao tempo em que ele queria desistir,
Ele criava motivos para persistir
Não sei o que sua santidade planejou,
Mas, ela fora a deusa que em meus sonhos deitou-se
E, o senhor sabe bem das minhas lágrimas
Sabe bem das noites claras,
Que fiquei esperando suas mensagens.
O senhor sabe o quanto chorei
O quanto solucei para manter um semblante,
Calmo, tranquilo, como um monge
Mas, por dentro, me encontrava despedaçado,
Visto somente em relance.
Por que o senhor me fez assim?
Escrevo dedicatórias quando por alguém estou afim
Escrevo depressão quando estou sozinho
O tempo passa diante de mim, e,
Junto dele, as lembranças da amada
Daquela que decorava minha imaginação mais adorada
E que hoje, me maltrata em sonhos lúdicos
Que me abraça em devaneios tão lindos e únicos
Por que, senhor, eu continuei, mesmo em desconfiança?
Por que, após a mágoa que sofri, desejei as alianças?
Por que eu a desenhei em textos de vulgo “dama”?
Por que ela não se desprende de meus pensamentos?
Nem mesmo um dia sequer da semana?
Noite chuvosa e fria, coração triste e tão solitário. Submergido numa teia de pensamentos e reflexões, numa busca incansável de compreender e aceitar a realidade que me circunda. Onde minhas lágrimas de desabafo é apenas uma tentativa de afugentar esse frio habitante da alma que me aponta tantas incertezas."
Roseane Rodrigues
E preciso
ouvir o barulho das loucuras
para que possa haver
um momento
de paz.
E preciso
ouvir as ondas se quebrarem contra a praia
para que possamos
andar sobre à areia
molhada.
E preciso
ouvir ouvir
os furacões que derrubam
árvores
para que depois
se ouça o cantar dos pássaros.
E preciso
ouvir seus demônios
gritando em seus ouvidos
para que possa
sentir o máximo de tudo isso.
É preciso calar e apenas ouvir,
pois é assim que se descobre a vida.
Um copo de whisky...
Um cigarro apagado...
Uma ligação perdida...
Um canto sujo de um bar decrépito...
Meus demônios cantam em meus ouvidos...
Uma música sombria...
Uma melodia conhecida...
Eles cantam...
"O amor te foi negado...
Sua sorte roubada...
Sua alma arrancada...
Vida longa ao poeta solitário..."
Girassol
Boa noite, sei que não deseja me ver
Não se irrite, já estou indo embora
Mas, antes que eu desapareça, queria te dizer
Que o meu coração por ti chora
Sei que você não irá me atender
Já estou indo, chegou minha hora
Mas, antes que eu saia de perto da sua porta,
Poderia apenas prometer que irá ler?
Por favor, só peço alguns segundos
Não te ofereço o mundo, pois ele está de luto
Coitado, perdera seu sol, perdera seu tudo
Por favor, leia esta carta, de um menino sujo
Que tocou sua campainha sem nem pensar no futuro
Prometo que não irei mais incomodá-la, girassol
Prometo, ao fim destas palavras, que ficarei só.
Fui tolo, confesso, cobicei uma presença real
Fui bobo, sonhei que seríamos um casal
Deixei minhas desilusões carinhosas me levarem
E, cá estou, chorando sem conseguir aguentar,
A falta que me faz te olhar, te ver gargalhar
Gostaria tanto de poder vê-la suplicar,
"Só mais um abraço, amor, venha cá"
Gostaria tanto de te abraçar, dizer te amar
Me perdoe se eu mudei, me perdoe
Deixo aqui, com várias dores, meu adeus
Eu te amei, ele sabe tanto quanto eu
Eu te amei, girassol, e agora,
O campo não mais floresce, apodreceu.
Muitas de nós, mulheres, chegamos aos 25 anos reclamando dos homens, "Homens são todos iguais!", "Homens não prestam!".
Quantas vezes vocês já pararam para refletir sobre o passado?
Quando na faixa entre 18-22 anos éramos desejadas, alvo de disputas, todos nos queriam, e o que nós fazíamos?
Sempre enjoávamos do rapaz que hoje poderia estar nos levando ao altar, e cá estamos, fomos substituídas pelas garotinhas de 16 daquela época, que hoje estão na "faixa do desejo", um rapaz certa vez me revelou que não tinha interesse algum em se casar, mas que procurava meninas entre 18-22 para com uma delas ter um filho, que era o desejo dele, bastava ser uma garota bonita.
Vi um estudo aleatório dizendo que homens de 25-30 anos se abrem inteiramente para um relacionamento sério, mas uma quantidade pequena está disposto a se relacionar com mulheres da mesma idade ou mais velhas, porque acreditam de fato que somos resto de uma vida cheia de arrogância, exigências e decepções, que chegamos aos 25-30 anos solteiras porque somos incapaz de amar e respeitar um homem em uma relação séria e duradoura, e sinceramente, a culpa é nossa.
Todas nós lamentamos a ausência e o fim de um namoro passado, isso é regra, todas temos em nossas memórias aquele cara perfeito, carinhoso, batalhador, sonhador, estudioso, respeitoso e fiel, mas que em algum momento de nossas vidas simplesmente resolvemos abandonar, na primeira oportunidade, no primeiro defeito, na primeira discordância, como se estivéssemos esperando por esse momento desde sempre, como se fosse uma doença que ameaçava nossa liberdade e nossa juventude, hoje nos perguntamos: "Como eu pude fazer aquela merda?", lembro perfeitamente desse acontecimento na minha vida, eu tinha 18 anos, ele tinha 25, me apresentou família, planejava tudo se baseando em nós dois, na nossa futura história, era o rapaz dos sonhos, e adivinhem... terminei com ele 2 anos depois, tanto menino lindo interessado em mim, eu quis sair dessa relação mágica para viver na arrogância da idade, desejada por tantos, deveria aproveitar, os anos foram passando, e menos rapazes se interessavam por mim, tentei namorar algumas vezes, mas ninguém me tratava tão bem como meu antigo namorado, eu não era mais "Minha princesa" ou "Meu amor" por muito tempo, eu não era mais parte de planos, "Que seja eterno enquanto dure!" e não existiam mais sonhos, estava acontecendo, com 27 anos me sentia jovem, mas para o mundo que eu construí quando mais jovem, eu já era bem velha e solteira, sem amar e sem ser amada, meu antigo ex, hoje casado, com 3 filhos, comigo os planos eram apenas 2, esposo de uma linda mulher, ambos bem sucedidos na vida, vez ou outra fico stalkeando, não por querer ele de volta, jamais estragaria a felicidade de alguém, mas para observar, como minha decisão me deixou infeliz mas formou uma linda família, família que poderia ter sido construída comigo, onde estão minhas amigas da época? Bom, maioria casou, ironia, já que faziam chacota do meu relacionamento, eu era a "Boba que estava presa".
O 'homem da nossa vida' só aparece uma única vez, e quase nunca é o garanhão das redes sociais, quando você é amada de verdade e sente isso, nunca mais vai ver isso partindo de outra pessoa, e isso que nos deixa infeliz, amarguradas, falando por todos os cantos "Homens são todos iguais!", quando na grande maioria das vezes nós que somos todas iguais, caímos cedo nas garras da luxúria, do glamour, de ser desejada por muitos, de arrumar o homem rico ou ficar com o rapaz mais bonitinho do grupo, mas no final da história, somos amadas por poucos, muitas vezes nenhum, e no momento em que encontramos o homem para chamar de "MEU" desistimos, é muito monótono ser elogiada mesmo com nossos defeitos, ser amada mesmo com nossos momentos ruins, ser alvo de planos enquanto deseja outros homens... esse é o pecado da nossa juventude, esse é o erro de nossas vidas.
como um espelho no sol
os olhos queimam
e eu já não consigo enxergar
a luz penetra irresistível
a pupila se esvai
tombo assombrada
com minha própria desilusão
como um espelho no sol
a água flui
pelas maçãs descoradas
da minha face
confunde-se entres os vales
mergulha em minhas entranhas
liberta-me a solidão
como um espelho no sol
o equilíbrio desvanece
subo em montanhas macias
confundo-me em fantasias
a pele e o pelo enrijecem
canto o som dos tementes
cego-me pela canção
como um espelho no sol
nada enxergo
tudo vejo
ao encontrar-me espalhada
pelo vasto
pelo nada
da minha própria imensidão
Vivo
Vivo porque sinto tua energia
Vivo porque sei que não estou só
Vivo porque tenho a alegria
Vivo pra depois virar pó
Vivo porque só vós tem dó de mim
Vivo porque a humildade é tudo
Vivo porque o caminho não tem fim
Vivo porque me encontro neste mundo
Vivo porque sei que tenho Fé
Vivo porque tenho tua força
Vivo porque estou de pé
Vivo porque ninguém me coloca na forca
Vivo porque tenho o livre arbítrio
Vivo porque sou do bem
Vivo porque tenho o alívio
Vivo porque Deus me fez alguém
Quando eu já nem sentia
O cheiro de cigarro e suor não me injúria
A água do chuveiro doía
O som do quarto ligado eu nem mais ouvia
O cabelo engrenhado de 7 dias eu já nem sentia
E quando eu já nem sentia
Nem o espelho eu mais via
O filme que preferido virou alegoria
De quando eu sentia
E agora, a sujeira na casa eu já nem mais via
E nem lembro de quando sentia
Hoje eu entendo o que as pessoas que não querem viver sentem. Porque hoje eu só queria morrer.
Não suporto mais tantas pessoas maldosas, tantos julgamentos alheios, tanta gente ruim que te machuca, inventa coisas ao seu respeito. Isso é horrível. Como dói ser caluniada e desrespeitada. Como dói a falta de empatia, a falta de amor e de respeito ao próximo. Eu estou não desistindo, mas estou já adoecendo por causa de uma sociedade machista que só sabe criticar tudo e a todos. Que prega um falso moralismo.
Hoje eu só queria viver em um mundo onde só existisse amor, e muito amor.
Estafa mental, cansaço, tristeza...Hoje eu entendo você que tem vontade de morrer ou de sumir. Hoje eu te entendo e consigo entender a tua dor. Vocês não querem morrer, vocês querem matar a dor na alma... Vocês não querem sumir, querem fugir desse mundo tão ruim em que vivemos.
"As vezes tenho medo do escuro e daquela viga
Ela me chama, me enoja, mas ainda é linda
O renascer do sol significa que ganhei
Mas uma vez, eu não me sufoquei
Quem diria que a lua me traria tanto conforto?
As estrelas do céu ainda me parecem distantes
Porém um dia serei eu lá, outra inconsequente"