Texto de Solidão
Antes do Aniversário
Penso o que será de mim amanhã
Será que eu irei mudar?
Começar a me cuidar e sair para festejar?
Se me viro, reparo nos textos que por mim foram escritos
Não sei se são lindos, mas foram precisos
Claro que existem aqueles que eu evito
Se alguém lê-los perto de mim, tamparei meus ouvidos
Alguns dos meus textos demonstram um certo tipo de amor
Que de certa forma não me prejudicou
De veras, me ajudou, mas abandoná-los eu vou
Não possuo forças para vê-los novamente
Meu passado foi descrito neles inteiramente
Se eu ler alguns deles ficarei mal, provavelmente.
E aqui dentro do meu quarto, com a mente enlouquecida
Percebo como a parede tornou-se minha amiga
De fato ela se tornou minha única companhia
Muitas vezes tento evitar escrever sobre minha vida
Ela fica encolhida, escondida, orando para que não seja vista
Porém nas folhas de papel a crucifixo.
É engraçado pensar quando digo que mudei
Que já não sou o mesmo, que melhorei
Mas o mais importante vejo que não alterei
Ainda continuo me trancando nesta cela que construí
Talvez a fiz por medo de tentar ser feliz
E talvez por causa disso vivo assim
Claro que não era intencional, foi totalmente acidental
Quero sair e me divertir, mas onde?
Quando? Com quem? Essa dúvida me cega como um manto
Por causa disso fico desorientado, sem um plano
Mas a esperança é que mude este ano.
Eu pensava que seria fácil viver uma vida agradável
Com amigos do meu lado e o sorriso estampado
Mas, aparentemente eu estava enganado, alucinado
A escuridão vai me corroendo devagarinho
E objetivo dela é claro, me deixar sozinho
Mas mesmo que eu me encontre na beira daquele abismo
Não posso me dar por vencido, abatido
Devo focar naquilo que tanto preciso, um caminho
Alguns até me disseram que tudo não passa de um falso drama
Que eu posso muito bem sair nos finais de semana
Claro, sem dúvida, afinal essa casa não me prende
Eu é que me prendo a ela, quase uma regra.
Sentado aqui no chão, escrevendo, lembro de quando fiz "Mariana"
E penso quantas vezes já escrevi "Você me ama?"
De tão solitário eu acabo criando histórias que mostram o contrário
Parece que sou um jovem animado e bem enturmado
Minha lista de afazeres estão escritas nesses textos
Devo escrever tudo aquilo de bonito que imagino e não vivo
Talvez assim eu me sinta livre
Mas o que desejo agora eles chamam de "paz de espírito".
Um dia desses eu vi o resumo de um filme
Que cantava a história de um menino perdido
Acompanhado por um tigre, pensei "O que é isso?"
Infelizmente estava em cartaz e eu não tinha dinheiro para pagar
Mas tarde me pus à pensar "O que eu faria na companhia de um inimigo?"
Não que fosse justamente aquilo, a história do garoto eu tinha entendido
Por isso, penso, aqui no final, que a vida não está tão mal
Apesar de estar só, não estou no caos
Fim de semana, sábado, estou ocupando meu espaço
E logo será meu aniversário, de alegria quero ser presenteado.
Hoje em dia, encontrar alguém que goste de parar em um lugar tranquilo para conversar, rir, está tão dificil. As pessoas só querem o virtual, segurar um copo de bebida alcoólica e ficar em lugares com pessoas momentâneas e fúteis.
Por isso q o simples e sincero não é mais encontrado. E depois reclamam de superficialidade, mas não procuram se aprofundar em alguém que faz da simplicidade, algo extraordinário e inesquecível.
amanhã, será o mesmo dia de hoje , amanhã,será o mesmo hoje em meus pensamentos perdidos ,
não há nada em minha cama , para acalmar minhas ideias
não haverá um dia normal , todos os dias são iguais , com um nome diferente ..
então poderá ser, seu ultimo sonho , ultimo sorriso , ultima lágrima
depende de sua dose.... acreditando que será livre ... e não mais gritar em voz baixa ... e não mais errar , e não mais morrer todos dias ..
a uma estrada para cada um .... mas algumas estão em um lugar tão distante , que você morre sem pisar nela ...
recanto para meus pensamentos .....
Noite
Mãe dos seres nefastos, rainha ornada com uma coroa pálida, você que acolhe almas carcomidas por um passado obscuro como o véu que você exala.
Somos nada mais que vultos mórbidos que se refugiam na melancólica penumbra; tentando se libertar desse ergástulo.
Somos seres que amam a desolação, o frio e o orvalho da chuva.
Noite fúnebre que nos faz refletir
Sobre esse caos que impera nesse mundo abastardo de ignorantes.
Por isso que amamos a solidão, o silêncio e os mórbidos rangidos agourentos das árvores tristes sob a luz moribunda da lua.
Aqui estou eu, trancado no meu quadrado..
Cerveja gelada, tira gosto vagabundo, escutando aquela sofrência, e o ventilador é o que faz meu domingo ensolarado lá fora.
Amigos? Aonde? Nunca os vi, a não ser quando tive dinheiro, minha vida é essa, ser artificial la fora e ser solido aqui dentro do meu quadrado chamado quarto..
Até hoje não entendi,
se era minha fascinação
ou a distração dos outros,
que faziam dela,
a mais linda das solitárias.
Para mim,
ela era perfeita,
linda, doce, sexy,
mas a solidão era sua rotina.
Eu não compreendia tal combinação,
mas creio que seu jeito,
fascinante no olhar,
nos lábios,
no andar,
vinham justamente de sua solidão.
Talvez por isso,
ela,
mesmo sem perceber,
tomava atitudes para manter-se só.
Ela flertava com a solidão,
ela maquiava-se de solidão.
Dei atenção para melancolia.
Desabei em abismo de tristeza.
Deixei a depressão invadir minha sede...
Esqueci a serenidade ao te pedir seu amor.
Desgastei meus pesares com tanto custo..
Que queria não mais existir...
Defloro o simbolismo do amor...
Tantos problemas com a vida
Que reconheço minha morte melhor destino.
Embora lhe reconheça meu amor...
Olho as luzes da luxúria... Me engana me
No crepúsculo até o doce fel argumenta.
Inóspita cuja existência são foto palavras
Neste estranho momento que olho o vazio.
Minhas palavras são desconectas...
De seu vasto acervo politico sem clareza...
Pois somente lhe digo sobre minha solidão.
Minha Rosa
Aonde está a Rosa
Pela qual me, apaixonei?
Será que a perdi?
Não consigo mais achá-la
Será que sou eu?
Que não consigo mais vê-la?
Como viverei sem ela?
Quem irá aformosar meu jardim?
Ela parece estar tão perto,
Mas não a vejo,
Sinto-a raramente.
Procurarei-a sem cessar
Até que a lua e as estrelas
Parem de embelezar...
O meu triste luar.
Meus olhos
Se meus olhos pudessem falar.
Lhe contariam sobre essa euforia que sinto ao te ver chegar. Diriam que meu coração mesmo sem querer,
acelera sempre que você me toca,
e que a cada toque, tu me toca a alma carinhosamente.
Esses olhos te desejam, mesmo sem palavras. E se eles pudessem dizer oque sinto.
Diriam enquanto tu me abraça.
Falariam das noites em claro,
que passei pensando em nós.
E da vontade louca que tenho de te beijar quando estamos a sós.
Se esses olhos falassem, estaria eu feliz.
Pois talvez assim.
Tu me contaria tudo que teu olhar também te diz.
Efêmero
O vento de ontem não é o mesmo de hoje,
Nem o mar permanece igual quando navegado,
A certeza torna-se incerta no amanhã,
Basta uma palavra, um gesto, um pensamento e o próprio tempo contribuem para o efêmero.
Conhecemos pessoas que vem e que ficam,
Outras que, vem e passam e que por alguns instantes alegraram a nossa existência,
Deixam em nosso coração a sensação que poderia permanecer mais.
Mas, a vida providencia a efemeridade
Tristeza? Às vezes!
Entretanto, me acostumei ao efêmero.
A vida também me ensinou a entender as quimeras interrompidas pelo acaso ou destino.
o que sei, é que caminho, a paciência e a fé é o que resta.
Talvez algumas das efemeridades da vida ainda venha trazer a primavera.
E foi assim, de repente, que você apareceu e entrou pela porta da frente.
Já no salão principal e sem cerimônias foi logo conhecendo todos os meus sentimentos.
O primeiro foi o medo, que desapareceu depois que se encantou com sua gentileza e seu abraço.
O segundo foi a solidão, que se levantou da mesa e foi embora quando ficou fascinada por seu carisma e educação.
O terceiro foi a tristeza, que sumiu ao se maravilhar com sua simpatia e senso de humor.
O quarto foi o tédio, que partiu sem deixar rastros depois de ficar impressionado com sua conversa cativante e inteligente.
O quinto foi a carência, que saiu de fininho
quando se deslumbrou com toda a atenção e carinho que recebeu.
E quando me dei conta, já não havia mais ninguém na festa. Éramos só nós dois, dançando juntos a música do amor, ao ritmo da batida dos nossos corações.
[NO MEIO DO CAMINHO]
Cheguei. Chegaste. Vinhas fatigada
E triste, e triste e fatigado eu vinha.
Tinhas a alma de sonhos povoada,
E a alma de sonhos povoada eu tinha...
E paramos de súbito na estrada
Da vida: longos anos, presa à minha
A tua mão, a vista deslumbrada
Tive da luz que teu olhar continha.
Hoje, segues de novo... Na partida
Nem o pranto os teus olhos umedece,
Nem te comove a dor da despedida.
E eu, solitário, volto a face, e tremo,
Vendo o teu vulto que desaparece
Na extrema curva do caminho extremo.
Mentiras são piores momentos
Sempre vem acompanhada da traição...
Na totalidade o caos sempre um marca
De maldades e mágoas se pesares...
Simplesmente são desculpas...
Nas piores do ador sempre mais espinhos...
Decepções são mais importantes...
Nos paradigmas da virtude...
A mais do que se vê nos sentimentos...
O que se da obscuridade de tudo
Que nunca foi ou será diante o amor.
celso roberto nadilo
A vida,
como um acidente de carro
ou uma metáfora inexplicável,
perante a doença ou a cura.
Os sentimentos,
à mercê da perda ou da reconciliação,
do horror de jamais rever alguém
ou diante da felicidade de um abraço.
A dúvida de existir,
como um animal indefeso,
à espreita de um felino,
que voou tarde demais,
e foi amordaçado.
Por que você admira as penas,
se nem mesmo tentou salvar o pobre pássaro?
Moça, "eu te avisei" seria um tanto óbvio para você.
Vamos dispersar os clichês da vida, a sua dor já é um deles.
Cá estamos nós de novo, nesse velho dilema entre poesia e solidão.
Eu sempre apareço quando você se esconde, sabemos bem...
Alguém tem que segurar a barra, eu uso as letras, você as lágrimas.
Ninguém precisa saber, vou te desfaçar de pedra outra vez.
Pegarei alguns papeis velhos, apontarei seus lápis antigos, e não se preocupe comigo...
Sobre estar só, eu sei.
-Monólogos com o Eu Lírico
SOLITUDE
Meus dias parecem noite
Ninguém me enxerga
Ninguém me ouve
Ninguém me abraça
A terra não me rala
A chuva não me molha
O fogo não me queima
Perdi a fome de viver
Estou aos pedaços
Mas sigo me alimentando
Com pedaços de amor
Pingos de esperança
E pitadas de boas ações
E com meus passos mancos
Ando errante
Subo aquela mesma...
Escada abatida
Atravesso aquela mesma...
Rua aborrecida
Sou quase atropelado
Pelos zumbis desenfreados
Pelo stress que me rodeia
E quase não me enxergo
Quase não me ouço
Quase descanso em paz
Mas permaneço quase vivo
Dormindo quase acordado
Nos braços da solitude.
Essa sensação de fracasso, que me faz fracassar.
Olho na janela e vejo imensidão mas não sei por onde caminhar.
Parei no tempo, não sei continuar. Só penso, penso e penso o tempo todo no tempo.
E em meio a um mar de palavras que guardo, não sei expressar. Nesse desalento de coisas que acumulo, carrego para o fim de minha vida e me afasto cada vez mais.
Por isso sou um fracassado, um enorme fracasso como pessoa. É a razão de eu estar perdido.
Se tudo não deu certo Hoje,
Sei que a vida não se resume a um só dia.
O amanhã não nos pertence,
Mas no Amanhã,ele nos será dado.
A Felicidade não está presente em todos os dias,
A Tristeza também não.
Não se pode ter tudo,
Mas que não nos falte a capacidade de tentar.
De todos os amores,que não nos falte o amor próprio,
E o amor à Deus.
Que não nos falte a família,
Que não nos falte a saúde,a Saudade.
Se tudo deu certo hoje,
Sei que a vida não se resume à um só dia,
O amanha sempre nos traz surpresas,
E é necessário estar preparado.
Num dia se perde,Noutro se ganha,
É preciso saber jogar.
Que a vida passe pra nós,
Mas que simplesmente não passe,que saibamos vivê-la.
Que as dificuldades nos deixem mais fortes.
Que as vitorias não nos deixem frágeis.
Se sonhamos ao anoitecer,
Que o dia nos permita sonhar acordado.
Acreditando,
Sorrindo,
Chorando,
Caindo,
Vivendo.
<>Mais umas vez estou sozinho ouvindo tua voz de fundo<>
----x----x----x----
<>Marcas tão profundas no meu coração<>
<> tantos sentimentos mortos para o mundo<>
<>com tantas trevas tua voz reluz minha solidão<>
<> não tamanho vazio na simplicidade da vida<>
_______________________
<><>O teor magico é apenas a vaidade do coração<>
<> sentimentos tão perdidos na minha alma poética<>
<><>Que fonema a uma extração de cada parte do meu corpo<><>
________________________
<><>Nos estágios de sanidade tento ter a clareza de um louco<><>
<>Ao nada compreendo este muito meramente vazio<>
<>na clareiras da solidão derramo pequenas gotas amargas<>
<> abraço o vazio no entretanto revivo parte do mel que bebi<>
_________________________
<>Quais são razões desta vida que já vivi no entanto ainda clamo<>
<> As vezes acordo no meio da noite respiro profundo<>
<> de um jeito ninguém compreende....<> O vazio<>
<>sentimento abandonado pelas farpas da minha alma<>
__________________________
<>Busco sentido onde nunca houve um teor para viver<>
<><>Dramático mesmo nas amplitudes<><>simplesmente<>
<>um sonho deixado por deuses que nunca mais voltaram aos céus<>
___________________________
<><><><>por Celso Roberto Nadilo<><><><>
____________________________________________________________<><><><>fronteiras desconhecidas<><><><>
como dói ser invisível
aos olhos de quem não quer ver
sentir-me só em locais cheios
sem ter aquele sorriso que tanto sempre me deu prazer
vejo gente a rir,a conversar
mas eu estou só sem poder me aproximar
sou desajeitado, tímido, complicado
não tem maneira de me descrever
pois não estou nem nunca estarei armado ou preparado
para qualquer contacto que comigo possam ter