Texto de Regresso

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Canto de regresso à pátria

Minha terra tem palmares
Onde gorjeia o mar
Os passarinhos daqui
Não cantam como os de lá
Minha terra tem mais rosas
E quase que mais amores
Minha terra tem mais ouro
Minha terra tem mais terra
Ouro terra amor e rosas
Eu quero tudo de lá
Não permita Deus que eu morra
Sem que volte para lá
Não permita Deus que eu morra
Sem que volte pra São Paulo
Sem que veja a Rua 15
E o progresso de São Paulo.

Oswald de Andrade
ANDRADE, O. Cadernos de Poesias do Aluno Oswald, Círculo do Livro, São Paulo

Regresso ao Uno

No vazio que ficou da morte de minha irmã,
veio a presença de pessoas tão queridas,
que também um dia cruzaram esse portal.

Onde estarão, o que serão elas agora?
Nuvens, ventos, água, terra, energias?
Eram carne, corpos, vida, sentimentos.
Emoções trocadas em abraços, risos, carinhos,
mas também em dúvidas, tristezas, frustações.

Nos deixaram seguir em frente os caminhos,
tantas vezes compatilhados, agora sozinhos.
Como a luz tênue do final do crepúsculo,
foram aos poucos se apagando de nossas vidas,
deixando as saudades e sentidas ausências.

Hoje, são lembranças que ficaram em nós,
mas que permanecem bem vivas e eternas.

Eu sou o verso
O anverso e o reverso
Sou a partida e o regresso
Quando desisto, logo recomeço
E se confirmo, depois desconverso
Até me concentro, mas depois disperso
Eu nego, nego e confesso
Sou a amiga e o adverso
Um anjo puro e perverso
Caso perdido, de sucesso
Se acalmo o passo, logo já apresso
A ninguém obedeço, mas a todos favoreço
Não sou santa e pago o preço
Mas pouco me importa o que pareço
É na solidão que me fortaleço
E entre amigos, que eu cresço
Nada quero e nada te peço
Apenas entenda o que eu professo
Minha ausência e meu excesso
(Verso e Anverso)

Regresso devagar ao teu sorriso como quem volta a casa.
Faço de conta que não é nada comigo.
Distraído percorro o caminho familiar da saudade,
pequeninas coisas me prendem,
uma tarde num café, um livro.
Devagar te amo e às vezes depressa,
meu amor, e às vezes faço coisas que não devo,
regresso devagar a tua casa,
compro um livro, entro no amor como em casa.

“Peço”

Quero forças, por favor,
Para que no meu regresso
Eu suporte a dor.
A dor que sentirei
Quando eu perceber
O mal que me causei
Quando deixei você.
A Deus eu peço sabedoria
Para que eu possa entender
Quando ouvir um não.
E que eu possa aprender
Que as coisas mudam
Os sentimentos vêm e vão.
Quero coragem pra vida enfrentar.
Vencer obstáculos, agora só.
Sem você, será difícil.
Mas eu ei de agüentar.

13/07/2010

Esvazie seu ego completamente;
Abrace a paz perfeita.
O mundo se move e gira;
Observe-o regressar à quietude.
Todas as coisas que florescem
Regressarão à sua origem.

Este regresso é pacífico;
É o caminho da natureza,
Eternamente decaindo e renovando-se. Compreender isso traz a iluminação,
Ignorar isso leva à miséria.
Aquele que compreende o caminho da natureza
Chega a apreciar o todo;
Apreciando tudo, torna-se imparcial;
Sendo imparcial, torna-se magnânimo; Sendo magnânimo, torna-se parte da natureza;
Sendo parte da natureza, torna-se uno com o Tao;
Sendo uno com o Tao, alcança a imortalidade:
Pensa que o corpo permanecerá, o Tao, não.
(Tao Te Ching)

Sou o regresso do guerreiro. O mistério do unicórnio.

Sou o segredo do samurai. Sou eclipse lunar.

Sou fenômeno, e posso devastar.

Sou lenda, e não podes desmistificar.

Sou o sol, e não podes alcançar. Sou a lua, e não podes tocar.

Sou o vento, e não podes apalpar. Sou o ar nas narinas.

Te alimento a alma. Te devolvo a calma.

Sou substância que vicia, mas de ti preciso para me alimentar.

Sou magia.Enigma.Perfume no ar.

Sou absinto, cálice que insistes em tomar.

Sou a essência do perfume de Deus.

Sou anjo humanizado. Sou humano.

Sou divino. Sou sagrado.

Me fizestes sentir o gosto do pecado.

Minha alma corre o risco de um condenado.

Sou homem. Menino. Deus. Sou o diabo.

O divino me absolverá porque ao céu fui predestinado.

A Volta do Boêmio

Nelson Gonçalves



Boemia, aqui me tens de regresso
E suplicante te peço a minha nova inscrição.
Voltei pra rever os amigos que um dia
Eu deixei a chorar de alegria; me acompanha o meu violão.
Boemia, sabendo que andei distante,
Sei que essa gente falante vai agora ironizar:
"Ele voltou! O boêmio voltou novamente.
Partiu daqui tão contente. Por que razão quer voltar?"
Acontece que a mulher que floriu meu caminho
De ternura, meiguice e carinho, sendo a vida do meu coração,
Compreendeu e abraçou-me dizendo a sorrir:
"Meu amor, você pode partir, não esqueça o seu violão.
Vá rever os seus rios, seus montes, cascatas.
Vá sonhar em novas serenatas e abraçar seus amigos leais.
Vá embora, pois me resta o consolo e alegria
De saber que depois da boemia
É de mim que você gosta mais".

Me decifra, me traduz...
Sou doce, sou menina, eu regresso...
pequena quando me da colo,
Grande quando me impulsiona
Sou eterna, sou segundos...
O tempo, o momento...
Eles me orientam.
Posso ser céu, posso ser mar...
Posso ser rosa, posso ser espinho...
Não existe em ti olhar de reprimenda.
Quando estou ao seu lado eu posso ser...

CONFISSÃO

Eu te confesso.
na vida não há regresso
Por isso olhe as estrelas,
pise firme no teu chão,
procure no céu a mais bela constelação


Segure a mão de alguém
Não se furte de fazer o bem.
A vida é doce passagem
Mas do outro lado não nos é
Mostrado nenhuma imagem.

Pegue seu barco!
Não vale apena chorar, mas se quiser
Vá desaguar, no lago, no rio ou no mar
Só não vale perder a calma
Até para chorar, é preciso posar.

É preciso também pousar
Sobre os ombros de alguém
Cada um conhece o amigo que tem.

Na vida não há regresso...
Pise firme no teu chão
olhe bem o arrebol,
sinta o calor do teu sol,
procure bem alto tua constelação.
Eu confesso...

Alma
Alma triste e abatida por tão limitada ser, em meio a tanto regresso, lamenta por nada poder fazer, acumula-se em mim um mundo que tende a se desfazer, longe vejo uma esperança vaga que aos poucos clareia o meu viver, fazendo-me conceber uma saída que não imaginava ter, força que me faz descobrir o quão grande posso ser, cria-se em mim alicerces que não são meus, do outro para mim, de mim para o outro. Já não sou sozinho, sou em tantos outros que como eu sonham, lutam, mas ainda pouco podem fazer.

Inserida por Caiquesantosrocha

E continua a existir manhãs, após as noites sem sonhos, fiquei à espera, à porta órfã de regresso, e o esquecimento que não chega, não comparecestes em meus desencontros, deixando plantada uma saudade para a eternidade, minutos, horas, dias, e o esquecimento que não chega.
E quando o esquecimento nos faz pensar que à portas fechadas, mas que se abrem por dentro, aprendemos que existem corações que estão sempre aprendendo, e o esquecimento demora a chegar, disseram-me que voasse, que partisse para longe, ordenaram-me que fosse livre, e o pássaro, após levantar suas asas, continuou empoleirado no ramo, porque o esquecimento não chegou.

Inserida por VilmarBecker

'SEMITONS'

Os dias vazios aproximam pequenos tons que se perdem no espaço. O regresso das melodias atenuam-se em semitons que viajam às novas terras desconhecidas. O ardor da ausência, abastarda, dança pequenos passos, imprecisos, já sem tantas sinfonias...

Entonações descrevem a fosca expressão imbuída no rosto. O convite aos vários 'concertos' deleita-se aos diários aplausos viscerais. Encontramo-nos e perdemo-nos a tantas novas orquestras, tormentos. E a chegada de novas composições que nos apaixonam de imediato, servem de fôlego nos dias inférteis...

As belas canções que aprendemos em busca dos enigmas que criamos, miniminizam as tantas perguntas que afligem os pequenos vácuos. E das tantas trovas óbvias lançadas, que sejamos gigantes nas pequenas palavras e estritamente enorme nos grandes abraços...

Inserida por risomarsilva

Não se vá jamais, senhor
Cala meu imperdoável dizer
Com nossa solidão
Guia-me no regresso ao corpo

Se ainda há coração,
Creio que não,
Faça-me sentir o novo

Sou covo
Sou cova
Sou corvo
Estou morta

Como estrovo
Ponho a prova
Teu sentir torvo
Que minh’alma comporta

Despeço-te, me coas
Despertando-me em caos
Descanso em paz
Descaso a mais

Inserida por StaWod

Predição do meu regresso.

Quem sabe um dia o retorno aconteça.
Assim acontecendo ampliará a gaveta onde as lembranças ficarão.

Contudo e tudo em si retornarão, os abraços , os amigos e os beijos com declaração.

Nada perdido foi e nem será.
cada compartimento do meu coração selará os que aqui amo e ficarão.

Aos amigos que fiz em são paulo, Com amor e zelo.

Inserida por AdrieleFalcao

O Regresso de IELONO
Liko Lisboa

Cavalo que não berra é boi
Cabrito que não voa cai
A serpente da pernadas
E as abelhas nas pedras de sal
Mas depois daquele dia
Pelo filho e pelo pai
Cavalo que não berra é boi
Cabrito que não voa cai
E na varanda os seres devorando os seres
Em perfeita harmonia
E o viajante Ielono
Vai regressando pro jardim
E as estrelas no quintal
Levando o filho ao encontro do pai
Eu fiquei sabendo da sua pressa
Sei que é certa que nos devora
Mas nos eleva no caminhar.

Inserida por fazartecomarte

HÁ SEMPRE

Há caminhos sem regresso
Há sonhos que se extinguem
Há mãos que se abrem feito asas
Há uma fome de mim na tua vida
Há perigo quando andas invisível
Há flores que me carregam ao colo
Há roupa tua interior que é minha pele
Há lábios que exploram o meu corpo
Há pétalas que choram por ti no jardim
Há que atravessar o mar de dentro
Há no teus braços um colo meu
Há um fresco paladar da tua boca
Há um aroma quente que sinto de ti
Há um desejo do meu corpo pelo teu
Há um caminho que me leve sempre a ti.
★♡★★♡★★♡★★♡★★♡★★♡★★♡★

Inserida por IsabelRibeiroFonseca

Amantes 

Espero o teu regresso 
Ao fim dos meus sonhos. 
Procurava-a nas cantigas, confesso... 
Suspirava na gélida noite, 
Nos teus lábios molhados insinuativos. 
Na ardência dos olhares teus cativos. 

Quero acabar com tua sede 
Embebendo o teu gosto, 
Refugiando em teu corpo 
Que a mim concedes. 
Quantas noites a desejei. 
Adormecemos lado a lado... 
Como dois amantes despojados. 

Percebi os teus medos. 
Uni o teu espirito ao meu. 
A beijei docemente... 
E o teu rosto revelava 
O suor de dois corpos 
Que se tocavam mutuamente. 

Não se vá! 
Antes dos cantos do sabiá 
Que anunciam a alvorada. 
No âmago da noite  
Nesta chama de eterna morada.  

Ainda a vejo nos recantos desse presságio. 
De lábios abertos, 
Com seios lívidos, 
De ombros finos, claros... 
Olhar ardente, 
Pupila acastanhadas, 
Curvas cetinosas, 
E de suspiros latentes. 

Oh! Quero ficar contigo... 
No adormecer desse mundo. 
Embalsamar teus seios. 
Tocar em teus cabelos, 
Beijar teu intimo profundo. 

És a mais linda amante. 
Pureza cândida que enlouquece. 
Olhar insano inebriante. 
A tua voz que excita, 
E me enleva a cupidez 
De cantos de paragem erudita.  

Ao cair da noite... 
Os nossos olhares ingerem-se. 
Na presença dos vales abandonados 
A tua alma me espera... 
Às sombras desse recanto derramado. 
Para te dizer que és amante  
Do meu pecado.  

Inserida por GoncalvesSa

Espero-te em teu regresso e com a explosão dos meus sentimentos contemplo-te com a razão do meu querer, que se faz forte ao teu amor.
Que sua mocidade fortifique tua beleza e que o brilho do sol reflita em teus olhos decifrando os caminhos que levam ao teu coração.
Significado através das constelações, o amor que tenho no coração.

Inserida por JULIOAUKAY

QUE SIRVA DE LIÇÃO PARA NÓS BRASILEIROS
"...Deploro o regresso a uma política externa que levou à destruição da França duas vezes neste século. Condeno o seu plano de abandonar a OTAN e a segurança conjunta do mundo ocidental. Não servirei à França sob as suas ordens, para fazer espionagem contra os Estados Unidos da América. Aviso ao senhor e ao mundo de uma conspiração monstruosa para criar a anarquia e entregar a França aos comunistas depois de sua morte.
Amo a França como o senhor afirma amá-la, e viva a digo que a traiu para promover suas ambições pessoais. Viva a França!

Inserida por ajotage