Texto de Reflexão de Amor
Buraco Negro
Tentando dormir,
tropecei em meu sono
e caí no buraco negro
da mente.
No susto, não consegui
achar o caminho da volta,
pois, no escuro
tudo se voltava,
de repente,
num turbilhão
de cenas e pensamentos
difusos, confusos;
era eu….não era mais,
um animal….um cão?
Era tudo ou só momentos
de cenas em confusão,
talvez vividas ou sonhadas?
Sem ordem, sem senso
lógico
nem cronológico.
Sem seguimentos,
sem nomes,ou com muitos,
em gritos, chamados…espantos.
Risos de alegrias,
e longos silêncios,
soluços,
de tristezas.
O belo…sem belezas.
Em cenários sucessivos,
alguns quase mortos
outros muito vivos,
fui herói, fui bandido,
fui aclamado
fui banido,
fui amado,
fui traído.
Mas, traidor,
também fui
e fui perdido,
num mar de ondas
rebeldes e negras,
sem me conhecer
e fui caindo,
ainda mais fundo,
no negro mundo,
sem saber.
O Rio
Da minha janela
eu via o rio.
Um rio imenso,
tenso,
de diferentes cores,
de história, e de estórias,
de vida e de mortes,
de mil valores,
de risos e ais,
brutais.
E todas as tardes
eu vinha à janela
e via o rio,
um braço brilhante
de amante
a envolver as terras
que despencam da cidade
(sem piedade).
Eu via o rio
até aonde a vista
alcança
e se lança
a mente.
Eu via o rio
deitar sobre a terra
em tons variados,
que o céu, de ciúme,
lhe emprestava.
E eu estava ali
a ver o rio,
todas as tardes,
sem alardes,
quieto como o rio,
triste como ele,
nessas horas cinzas
de todas as tardes.
E tantas vezes
eu vi o rio
que aprendi a conhecê-lo
em todo o seu íntimo.
Em um átimo,
eu o senti;
seu braço me envolveu
também.
Brilhou dentro de mim,
e eu senti o rio
a correr em meu corpo.
Nunca mais precisei
chegar à janela
para ver meu rio.
Descaminhos (II)
Procurei antigos livros para tentar saber
como se pode virar as páginas da vida,
mas, nessa longa e intensa busca percorrida
nenhuma linha que foi lida, me deixou perceber
se é possível, enfim, mudarmos nosso acontecer,
para poder recriar novos caminhos e destino.
Sem qualquer chance de escolha e mesmo sem querer,
aprendi finalmente então, que não somos somente nós
a conduzir nossas vidas em todos os atos e passos
e, para não cometermos nenhum engano ou desatino,
vamos vivendo segundo a sinfonia de velhos compassos
que é regida sem nuances, bem de longe de nosso ser
para ficarmos, como autômatos, presos ao que foi escrito,
na ilusão efêmera que estaremos então a conduzir
nossas vidas, por tudo aquilo que já temos dito
que fizemos, que construímos, somos ou faremos.
Mas, sem condições reais de poder modificar
tudo que já somos, imediatamente ao nascer,
seguimos obedientes no caminho que recebemos.
Thereza
Em memória de minha irmã, Thereza Motta Morgan
Em um número uma vida acaba,
e substitui um nome que fica
apenas na lembrança de alguns,
de quem foi, que fez, o que amou,
e o quanto a amamos.
São sombras, apenas cinzas,
de quem antes foi paixão,
esperanças, sofrimentos, alegrias.
De sua energia florecerão vidas
como novas flores, e será eterna.
Lembranças Campeiras
No final da noite
fria,
o vento corta,
cortando a pele
queimada,
com cheiro de suor
e terra.
O sol espia
no horizonte
e clareia o dia.
No chão,
o fogo dança
e espreita
por entre toras.
Na trempe,
a água esquenta
pra fazer o mate
dessas horas.
No espeto,
a carne cheira
enchendo o ar
das narinas
rudes e geladas.
A mão que sova a erva
aguarda
a água quente
pra servir à roda,
com rostos marcados,
de boca em boca,
sorrindo ao dia
que nasce nas coxilhas.
No pampa guasca
é mais um dia
de um conto
gaúcho.
O vento do tempo
No delírio da irrealidade,
acordei consciente
que o tempo correu,
mas ficou no passado,
que hoje é presente.
Sem qualquer maldade,
mostrou o que fui
e já não sou.
Passou apressado
com o vento dos anos
e com ele carregou
os sonhos de antigamente.
No sopro do agora
deixou o medo de viver
nesse passado que ficou,
perdido em muitos lugares,
com diferentes nomes,
em rostos invulgares.
Deixou mágoas, esperanças,
sombras, risos e choros.
Soprou nas praias e campinas,
passou montanhas e mares
com derrotas e vitórias.
Percorreu todos os caminhos
do tempo das crianças.
dos homens e mulheres
que se encontraram
e se perderam
nesse mesmo vento
que carregou o tempo
dos momentos vividos
e não realizados.
Crônicas da Vida - Quando eu envelhecer
Quando eu envelhecer meus cabelos serão brancos e brilhantes. Digo isso porque me dei conta que a vida passa rápido. Ela é de muitas sensações, um dia estou muito feliz e em outro estou muito triste, mas de uma coisa eu sei: “eu quero viver e me tornar imortal, pelo menos no meu mundo”.
Viver é um presente dos céus e cada pessoa é a estrela da sua própria vida. E cada vida dá uma vida!
O riacho,
Quem é capaz de adivinhar o futuro? A vida é semelhante a um riacho. Há quatro formas de encarar a coisa:
Algumas pessoas ficam extasiadas e inertes, admirando a silhueta do leito. Acabam sendo atingidas pelos respingos das alegrias e tristezas de seus amigos, familiares... Assim, vão assistindo a vida passar. Certamente, quando chegar o dia, elas serão abençoadas e aceitas de volta por Deus.
Outras, diante de tamanha maravilha de Deus, viajam em si mesmas, e partir de alguma percepção despertada por esse exercício de introspecção, vencem a inércia e acabam seguindo o leito da vida, por fora, descobrindo o quanto as quedas poderiam ser suavizadas pela profundidade de uma amizade ou amor. Concluem assim, que todos nós fluímos para o mar representado pelas mãos do Criador. Porém, como navegaram à margem, não absorveram da vida os elementos para a elaboração de suas pérolas. Ainda assim, haverão de ser queridas e aceitas por Deus, algum dia.
Há aquelas pessoas que mergulham de cabeça em tão acolhedor riacho. Vivem, sorvendo as experiências das profundezas, aprendem a nadar de diversas maneiras, vivenciando intensamente a plenitude no mundo das águas, com uma sede insaciável. Haverão de ter visto a vida de dentro, espalham seus sorrisos e lágrimas por todos os lados, e devem chegar às mãos do criador completamente ébrias. Porém, enquanto nessa circunstância, não conseguimos distinguir certas “pedras” no caminho. Com isso, se faz necessário ir ao cais para curar os ferimentos. Descobre-se aí o quanto as margens da vida podem ser estranhas a um “peixe”. Ainda assim, tu poderás contar com o Supremo, que ti receberás de braços abertos.
Há um tipo raríssimo de pessoa que deixa pegadas nas margens, indicando que não é inerte. Dizem que ela só se banha na cabeceira do riacho, pois é onde se forma todo o fluido vital. Outros dizem que se trata de uma lenda, pois já correram toda a margem do riacho e nunca a viram. Certa vez, apareceu uma explicação através de uma criança e foi a que mais gostei. Ela palestrava a todos, afirmando a existência de tal pessoa, porém os adultos não a viam, porque, assim como as crianças, vez por outra se escondia entre as moitas das margens buscando solitude. A criança insistia em afirmar que já haviam se banhado juntos, na nascente, no leito e na foz do riacho. Ambas conversavam por horas e mais horas, assim admitia a criança. Ninguém acreditava. Quem mais poderia ter tanto assunto para conversar horas e mais horas com uma criança? A criança, realmente nunca havia sido vista em companhia de pessoa alguma. Muitos diziam que era seu amigo imaginário. Pois bem amiga, a tal pessoa, está em todos nós. A tal pessoa cresceu em nós, tornando-se esquecida e irreconhecível. O ser humano escolhe assim, viver à luz das equivocadas fantasias do seu bando. Devemos saber a hora certa do banho, a hora certa de caminhar e a hora certa de parar. Tudo na vida dispõe de uma medida. E quem dispõe do recipiente? Certamente uma criança.
Foi assim……ode a meu povo
Foi assim…por mero acaso
que cheguei , certo dia,
à terra de meus pais.
Ainda um menino, pouco sabia
ou um quase nada
sobre os campos distantes
de ventos frios e cortantes
do extremo sul do País.
Essa terra guasca e lindeira
de gente pura e acolhedora
plena de simpatia e lealdade.
Terra de encantos, protetora,
que em realidade era a de todos
meus mais antigos ancestrais.
Rio Grande do Sul, uma nação
orgulhosa de seus feitos e tradições;
uma nação verdadeira,
cuja bandeira, tremulando,
carrega os traços rebeldes
de muitas guerras e peleias
nação com sangue forte nas veias,
curtida no amor à terra e,
a defendê-la fez jorrar esse sangue
por várias gerações.
Menino carioca, da capital
me achando soberano, o tal…
aprendi , muito cedo
a domar o potro da vaidade
e a me entregar de alma,
sangue e corpo
ao minuano campeiro.
Meu trem
Parte meu trem
Da gare escura,
Pela manhã que não veio,
Ainda.
Do escuro da noite,
Que não finda,
Parte meu trem
Escuro e sujo.
Trem de perfumes
Extravagantes,
Em misturas exóticas
De odores;
Miss dior, num certo azêdo
Do suor
De mil axilas.
O cheiro de peixe
Que exala
De caixotes, em jornal
(sem igual).
Ah, meu trem que parte,
Escuro e sujo!
Trem de luxo
No cotidiano,
Com portas abertas
(incertas)
Que são bocas famintas
(de gente).
De janelas sem vidro,
Com chuva, com vento
Num só lamento,
Do pó que levanta
Do chão,
Juncado do lixo
De muitas mãos
E das bocas que cospem
A miséria de um povo.
Meu trem…
Do cotidiano,
De professoras azuis,
De bêbados cansados,
De suados operários,
Dos peixeiros
Que espalham na manhã
A presença dos mares,
Em horários incertos
(invulgares).
Trem democrático.
Prático!
A professora ao lado
Da lavadeira,
No mesmo trem,
Escuro
E sujo,
Com cheiro de peixe,
De roupa lavada
(ou suja?)
Com o lixo espalhado
No perfume francês.
Quem nos fez
Assim tão irmanados
Nós….Os subdesenvolvidos
Do sul?
Num mesmo trem
Escuro
E sujo.
Com vento
Com chuva
Com frio,
Mas sem cheiro
Do sangue
Da luta de irmãos.
O branco no preto
O preto no branco,
Livres
Num mesmo trem
Escuro
E sujo,
Com vento,
Com chuva,
Com frio,
Mas sem o cheiro
Da pólvora
Da guerra,
Que me aterra
Inventamos a linha reta
e queremos que nossa vida
seja uma linha reta.
A Vida não é geometria,
mas uma farra de formas.
Há coisa mais monótona
do que o corredor?
Ele é ótimo para as correntes de ar
e os fantasmas.
A vida é um labirinto
cheio de passos e de impasses.
A vida é o caos que o homem tenta
inutilmente disciplinar.
Só o caos é criativo.
A ordem produz rotinas
e é repressora do inédito.
Quando o caos se cansa,
vira ordem.
Encerrando Ciclos
Tantas vezes ficamos tristes e cabisbaixos quando alguma coisa se encerra em nossa vida, seja um emprego, um relacionamento, uma amizade, ou qualquer outra coisa. O que esquecemos é que a vida é assim, cheia de ciclos... uns terminam e outros começam. A vida é nossa escola e estamos aqui para aprender, com certeza o que tinha que aprender com determinado ciclo, já aprendeu. Agora virão outros aprendizados. A vida é durona, mas é sábia. Seja forte e perseverante e vai tirar mais essa de letra. Seguindo em frente, sem medo, com fé e determinação. Nova fase, novo aprendizado.
Algumas regras para a vida:
- Questione a autoridade.
- Nenhuma ideia é verdadeira só porque alguém diz que é, incluindo eu.
- Pense por si próprio, questione a si próprio.
- Não acredite em algo só porque quer acreditar, acreditar em algo não o torna verdadeiro.
- Teste ideias pelas evidencias adquiridas, pela observação e experimentação.
- Se uma ideia prevalecente falhar num teste bem desenvolvido, esta errada. Supere.
- Siga as evidências onde quer que elas levem, se não houver evidências, evite julgamento.
E talvez a regra mais importante de todas:
- Lembre-se, você pode estar errado.
Um brinde à vida que nos desafia!
Um brinde às pessoas que nos possibilitam evoluir, sejam elas, agregadoras de luz ou de pontos de escuridão em nossos caminhos, afinal, por mais que não percebamos, às vezes, até o caos é preciso, nos faz evoluir.
Um brinde aos dias de chuva e frio que nos enchem de nostalgia e desanimo. São eles que nos acumulam expectativas suficientes para que os dias de sol sejam tão felizes.
Um brinde a você, que mesmo cheio de duvida, problema, e talvez motivos para desistir, está aí, prestes a começar de novo, encarar a vida, mais um dia e mesmo cheio de incertezas segue adiante, afinal, essa é regra, seguir!
Quando, na estrada da vida, tropeçamos e caímos, temos duas escolhas:
1. Criar coragem para nos erguer, chacoalhar a poeira da roupa e seguir adiante
2. Aguardar que alguém, passando, nos dê a mão e nos ajude a levantar.
Esperar nos outros, é mais cômodo e muito confortável, mas podemos nos decepcionar profundamente. O melhor é depender de nós mesmos, e ainda que difícil, contar com nossa própria força.
"Não existe verdade absoluta", já dizia Platão. Esse seria o primeiro item que gravaria em mim para nunca mais esquecer. Não existe verdade absoluta, assim como não existe certo e errado. O que existe é o ser humano, sua consciência e seu enorme leque de escolhas. Em segundo lugar, quero lembrar-me sempre que a vida não está no nosso trabalho, nas nossas festas e nem nos planos que fazemos para o futuro. A vida é o que acontece a cada segundo, a cada respiração, a cada sentimento. E nós somos essa experiência diária. Somos a liberdade do vento que nos corta, a imensidão do céu e a grandeza do amor. Nós somos a parte mais complexa e mais intensa do universo. E que universo!
Olho em volta e consigo enxergar uma magia em tudo que acontece. Até naquelas situações que avaliamos como negativas. Pare e veja! Se prestarmos atenção veremos que tudo que acontece é uma pecinha que completa um quebra-cabeça. E que a cada peça ele vai tomando forma. É como se cada passo nosso estivesse interconectado com uma lei própria, cronometrado em uma sincronia incrível. Os amigos, os amores, a família... A vida vai dançando a música que escolhemos com uma melodia harmônica. E é essa a percepção que proporciona a alegria de viver. A alegria de ser único, inteiro e completo. E também de poder acrescentar, de ser parte de algo maior e muito além de nossa compreensão racional. As opções estão aí.
Escolhi como verdade as palavras que escuto nas entrelinhas e no silêncio.
Escolhi que o certo é o que o coração fala e a cabeça pondera.
Escolhi ser a parte do universo que acredita e que é feliz simplesmente por existir.
"...E não há melhor resposta
que o espetáculo da vida:
vê-la desfiar seu fio,
que também se chama vida,
ver a fábrica que ela mesma,
teimosamente, se fabrica,
vê-la brotar como há pouco
em nova vida explodida;
mesmo quando é assim pequena
a explosão, como a ocorrida;
mesmo quando é uma explosão
como a de há pouco, franzina;
mesmo quando é a explosão
de uma vida severina."
(Morte e Vida Severina)
HORIZONTE SEM FIM
Olhe a sua volta e respire fundo.
Acredite no seu Deus interior.
Você pode, sim, conquistar o mundo.
Viva a vida com paixão!
Agradeça e agradeça a Deus...
Mas agradeça com o coração.
Ame-se!
Você é forte, é capaz.
Haja, faça planos,
Corra atrás da vida, seja consciente.
Pegue a felicidade com honestidade.
Nada irá lhe deter!
Deseje profundamente!
Faça acontecer!
Minha doce insônia
Minha doce inimiga
Minha amarga companheira
Minha odiada amiga
Como sempre uma fiel escudeira
Quisera eu amarrar-te
Trancar-te num porão
Amordaçar-te por lá
Para você jamais voltar
Você está me envelhecendo
Tirando-me meu sossego
Por meio de ti ouço
Ouço um estrondoso desassossego
Já tentei acalmar-te
Dando-te um cala-boca
Mas para você não tem jeito
Você volta e tira minhas forças
DEFINIÇÃO DE SAUDADE
artigo do Dr. Rogério Brandão, Médico oncologista
Como médico cancerologista, já calejado com longos 29 anos de atuação profissional (...) posso afirmar que cresci e modifiquei-me com os dramas vivenciados pelos meus pacientes. Não conhecemos nossa verdadeira dimensão até que, pegos pela adversidade, descobrimos que somos capazes de ir muito mais além.
Recordo-me com emoção do Hospital do Câncer de Pernambuco, onde dei meus primeiros passos como profissional... Comecei a freqüentar a enfermaria infantil e apaixonei-me pela oncopediatria.
Vivenciei os dramas dos meus pacientes, crianças vítimas inocentes do câncer. Com o nascimento da minha primeira filha, comecei a me acovardar ao ver o sofrimento das crianças.
Até o dia em que um anjo passou por mim! Meu anjo veio na forma de uma criança já com 11 anos, calejada por dois longos anos de tratamentos diversos, manipulações, injeções e todos os desconfortos trazidos pelos programas de químicos e radioterapias. Mas nunca vi o pequeno anjo fraquejar. Vi-a chorar muitas vezes; também vi medo em seus olhinhos; porém, isso é humano!
Um dia, cheguei ao hospital cedinho e encontrei meu anjo sozinho no quarto. Perguntei pela mãe. A resposta que recebi, ainda hoje, não consigo contar sem vivenciar profunda emoção.
— Tio, disse-me ela — às vezes minha mãe sai do quarto para chorar escondido nos corredores... Quando eu morrer, acho que ela vai ficar com muita saudade. Mas, eu não tenho medo de morrer, tio. Eu não nasci para esta vida!
Indaguei: — E o que morte representa para você, minha querida?
- Olha tio, quando a gente é pequena, às vezes, vamos dormir na cama do nosso pai e, no outro dia, acordamos em nossa própria cama, não é? (Lembrei das minhas filhas, na época crianças de 6 e 2 anos, com elas, eu procedia exatamente assim.) É isso mesmo.
— Um dia eu vou dormir e o meu Pai vem me buscar. Vou acordar na casa Dele, na minha vida verdadeira!
Fiquei "entupigaitado", não sabia o que dizer. Chocado com a maturidade com que o sofrimento acelerou, a visão e a espiritualidade daquela criança. E minha mãe vai ficar com saudades - emendou ela.
Emocionado, contendo uma lágrima e um soluço, perguntei:
-E o que saudade significa para você, minha querida?
— Saudade é o amor que fica!
Hoje, aos 53 anos de idade, desafio qualquer um a dar uma definição melhor, mais direta e simples para a palavra saudade: é o amor que fica!
Meu anjinho já se foi, há longos anos. Mas, deixou-me uma grande lição que ajudou a melhorar a minha vida, a tentar ser mais humano e carinhoso com meus doentes, a repensar meus valores. Quando a noite chega, se o céu está limpo e vejo uma estrela, chamo pelo "meu anjo", que brilha e resplandece no céu.
Imagino ser ela uma fulgurante estrela em sua nova e eterna casa.
Obrigado anjinho, pela vida bonita que teve, pelas lições que me ensinaste, pela ajuda que me deste. Que bom que existe saudade! O amor que ficou é eterno.
ATITUDE É TUDO!!!
Seja mais humano e agradável com as pessoas.
Cada uma das pessoas com quem você convive está travando algum tipo de batalha.
- Viva com simplicidade.
- Ame generosamente.
- Cuide-se intensamente.
- Fale com gentileza.
- E, principalmente, NÃO RECLAME!