Texto de reflexão
Numa floresta, a lebre avista um leão machucado, andando lentamente entre os arbustos, deixando um rastro de sangue por onde passava. Espantado e sem entender, a lebre perguntou: - Por que ainda andas, se estás tão machucado? Parando com calma, virando um pouco a cabeça e olhando com o canto dos olhos para a lebre, o leão suspirou e respondeu: - Porque eu estou ferido. Caído não.
Moral da história: Qualquer um pode te ferir. Mas não é qualquer que pode te derrubar.
Sempre questionei a mim mesmo.
Faço-me perguntas que, às vezes, não tenho as respostas.
Às vezes, surpreendo- com cada conclusão, que, nem sempre são conclusivas.
Arrisco-me pelo misterioso e desconhecido "mundo do silêncio" à procura de respostas das quais ainda nem fiz as perguntas.
Vez por outra, encontre-me desnorteado entre "intuição" e "opção".
Na insana vontade de encontrar um porto seguro, afogo-me em oceanos de dolorosas lembranças.
Do passado, agora só me restam vestígios de sonhos não concretizados.
Nos caminhos que percorri, em alguns momentos, deixei cair lágrimas, em outros, plantei sonhos e esperança.
Mesmo em meio a esses terremotos de opções, intuições, dúvidas e aventuras não bem sucedidas, acabei descobrindo e conquistando o melhor de cada um desses mundos: " O APRENDIZADO".
Claudio Martins.
O Tempo, ah! o Tempo,
O que podemos dizer do tempo?
Algo inventado? Algo criado?
Algumas coisas que passam?
Creio que o tempo/é a melhor forma de se aprender.
Ter alguns momentos que podem ser guardados até num porta retrato.
Mas o tempo não é apenas isso.
Perdemos tempo sem perceber,
Perdemos muito tempo sem amar,
Perdemos tempo sem viver.
O tempo é a oportunidade
De acertar,
O tempo é o sentido das coisas que te fazem chorar.
Afinal, o que podemos dizer do tempo?
Algum lamento?
Algum Momento?
Aliás, o que é o tempo?
►Te Desejo
Você tem o que eu desejo
Amor, carinho, humor e respeito
Tudo isso em você eu vejo
E isso explica a maneira que eu ajo, o meu jeito
Você é meu par perfeito
E agora escrevo com a esperança queimando em meu peito
De conseguir sua atenção, de conquistar seu coração
Com a maior sinceridade, quero algo além de amizade
Sim, você pode encontrar um sujeito com um corpo mais forte que o meu
A cidade é enorme, cheia de Don Juan, mas apenas um Romeu
Sou eu, sou seu, nascemos um para o outro, como Deus nos prometeu
Até os ateus diriam que possuímos uma união, benção
Agora sei o que Sansão sentiu quando perdeu suas forças, e por que
Não foi por dever, foi por sua amada que ele veio a ceder
Mas veja, não posso lhe prometer mansões, carrões
Nem mesmo aquele luxo ostentado pelos "figurões"
Mas quero que toque em meu peito, e sinta a conexão entre nossos corações
Estou apenas tentando te dizer que contigo quero me deitar
Mesmo se não estiver comigo, que poder sonhar sem imaginar
Você já me enfeitiçou apenas com seu olhar, me conquistou
O que restou foi o meu amor, que há muito tempo se entregou,
Mas que somente hoje se revelou, pela sua maneira doce ele se entregou
Seu sorriso ofusca minha visão, suas pequenas mãos espantam a solidão
Você traiu o céu e roubou o brilho para si, coube perfeitamente em ti
Quando sorri para mim é como se eu flutuasse sobre um mar sem fim
E mesmo aqui, escrevendo sobre você, penso em te encontrar e te abraçar
Sabe aquela vontade tão indomável, incontrolável, mas ao mesmo tempo agradável?
Eu sinto isso agora, mas não posso vê-la por causa da hora, não me existe folga
Talvez eu escreva uma carta expondo o quanto sinto sua falta
Melhor não, vai que ela te desagrade, esqueça, não é um assunto em pauta
Quem sabe apenas dizer o quanto a sua companhia me conforta?
Todos estão soltos na rua aproveitando o carvanal, poucos se sentem mal
Mas eu gostaria mesmo é de passar ele contigo, criar um momento especial
E sabe de uma coisa? As vezes você aparece em meus sonhos, e não sei se estou sonhando
As vezes eu acordo te procurando, mas sempre acabo me enganando, me martirizando
Ontem pela janela eu olhei uma jovem garota dançando, se expressando
Acabei me imaginando na mesma situação, acompanhado com uma ótima sensação
Eu pensei em abrir a porta e ir lá dançar perto dela, talvez perguntar de onde ela era
Apenas para não me sentir sozinho, apenas para ter alguém que estivesse se interagindo comigo.
Você ainda estuda, por isso eu não parto a sua procura, sei que é focada, esforçada
Sei que você tem a sua turma, e talvez eu precise encontrar uma
Não quero me sentir um peso, quero apenas te ver e pedir um beijo, me desculpa
Parece que estou sendo imaturo, ou talvez fale que estou sendo inseguro
Mas é por que você é tão linda que eu acabo me preocupando, devo estar delirando
Este espaço vazio aqui em casa está me matando, e eu sei bem o que está faltando
Você me chamar pelo telefone é algo que me agrada, que me garante um bom sonho
Mas eu sei que não é só comigo, sei que pensa em mim quando chega o domingo
As vezes eu te ligo, você atende mandando aquela carinha com um sorriso
Este gesto aparentemente tão simples pode me aquecer em um dia frio
E sei que acontece isso contigo, você também sente falta do meu carinho
Quero ficar perto de ti, quero te ver e dizer que me sinto assim
Então poderei dormir tranquilo pensando em seus olhos lindos
Fui persuadido, fiquei muito envolvido que acabei me cegando, acabei me apaixonando
A cada dia mais percebo o quanto estou te amando, não são apenas palavras, estou te falando
Estou desejando passar um dia inteiro somente para a gente, com alegria.
Vejo você amanhã, não se esqueça de ler esse texto escrito a mão
Por fim quero que saiba como anseio encostar minha cabeça sobre seus seios
Desculpe o meu mau jeito, não consegui encontrar outro meio para dizer o quanto amo você.
Entrevista com Ferreira Gulllar:
Veja: O senhor já disse que “se bacharelou em subversão” em Moscou e escreveu um poema em que a moça era “quase tão bonita quanto a revolução cubana”. Como se deu sua desilusão com a utopia comunista?
F.Gullar: Não houve nenhum fato determinado. Nenhuma decepção específica. Foi uma questão de reflexão, de experiência de vida, de as coisas irem acontecendo, não só comigo, mas no contexto internacional. É fato que as coisas mudaram. O socialismo fracassou. Quando o Muro de Berlim caiu, minha visão já era bastante crítica. A derrocada do socialismo não se deu ao cabo de alguma grande guerra. O fracasso do sistema foi interno. Voltei a Moscou há alguns anos. O túmulo do Lenin está ali na Praça Vermelha, mas pelo resto da cidade só se veem anúncios da Coca-Cola. Não tenho dúvida nenhuma de que o socialismo acabou, só alguns malucos insistem no contrário. Se o socialismo entrou em colapso quando ainda tinha a União Soviética como segunda força econômica e militar do mundo, não vai ser agora que esse sistema vai vencer.
O grande espetáculo da vida é sorrir para o fracasso e aplaudir as vitórias; somos autores e atores do teatro mundial e a grande peça em cartaz será sempre nossa vida, e sempre seremos grandes expectadores e críticos, no que diz respeito a nós.
A medida em que deixamos de escrever a nossa história, colocamos o texto em mãos alheias e perdemos a chance a brilhante chance de ganharmos o oscar da felicidade, deixamos de ser quem somos ou deveríamos ser; nós devemos sempre escrever nossa estória e jamais deixarmos que alguém escreva por nós, porque nascemos "EU" e não poderíamos ser "VOCÊS", viver "ELES" ou morrer por "VÓS", aclamemos o ato de cada espetáculo construindo assim a platéia que desejamos ter, pelos atores que seremos.
►28 de Fevereiro
As vezes me pego pensando nela
É difícil aceitar a ausência permanente dela
Relembrar dos momentos que vive com ela
E eu sei que estou sendo um idiota
Em escrever em forma de poema uma antiga história
Não conheço nenhum homem que faria o mesmo
Escrever poemas para o amor desfeito
Mas eu simplesmente não consigo parar
Já tentei, não consegui, então aceitei.
Fico tão triste quando me lembro daquele tempo
Lá no parque aproveitando, junto à ela, a brisa do vento
E que agora me encontro assentado relembrando dos momentos
Pior mesmo é saber que o sofrimento é em vão
Que ela provavelmente já está vivendo uma nova paixão
E eu afundando de vez na solidão
Mesmo com o carnaval reunindo uma multidão
Me encontro sem escutar batidas do meu coração
Pensei que escreveria um poema de alegria para o fim de Fevereiro
Mas simplesmente não esqueço o que vivi o ano passado inteiro
A tristeza, e o desânimo, se acomodaram sobre meus ombros
Que me deixam tonto, sem ter um plano, sem ter por onde caminhar
Acho que por hora não há nada para se fazer
Não consigo me ajudar, não sei como devo me convencer a viver.
Tenho o amor de meus pais e da minha tia
Mas por que que, apesar disso, eu não sinto alegria?
Por que não tenho autoestima?
Não sei mais o que é sorrir, me perdi
Sei muito bem que "é normal"
Hoje não consigo nem mesmo rimar
Acho melhor eu terminar aqui
Mas quero sorrir, só isso que gostaria de pedir...
Escrito nas Estrelas
Há algo muito sério
Um mistério
Algo escrito nas estrelas,
E somente nelas
Serão palavras?
Essência do amor?
Fonte de calor?
E no meio disso
Me sinto perdida
Uma porta incompreendida
Até onde elas me levarão?
Não sei.
Mas posso sentir algo diferente
Quando olho para elas
Elas me entendem
São um mundo novo,
Foram silenciadas
E brilham
Viciantemente diferentes
Reflexão de vida
Eu posso te ajudar a caminhar,
posso deixar que se apoie em mim algumas vezes,
posso segurar sua mão e andar ao seu lado se você me permitir,
uma vez ou outra posso ate te apontar o caminho,
e se tudo der errado e você tiver que recomeçar do zero, posso ate te ensinar como caminhar ... mas seu caminho é so seu, e por mais que eu te ame,
não posso andar por você !
As pessoas que condenam as outras sem saber a verdade dos fatos são tão pecadoras quanto a mentira que propagam.
Tudo o que sou são exemplos do que vivi com a experiência dos outros, com os maus aprendi a ser bom, com os mentirosos a dizer a verdade, com os inexperientes a buscar experiência para não ferir a ninguém.
O mais engraçado e ao mesmo tempo triste é ver pessoas culparem e descontarem em outras pessoas a culpa as dores de ferimentos latentes que outras pessoas lhe causaram, ou quando elas mesmas provocaram...
►Nossas Crenças
E se Deus não for Jesus, for Buda?
Eu pensei "no que isso muda?"
Será que deixaria as pessoas mudas?
Pretendo escrever agora uma rima curta
É apenas uma dúvida súbita
E se for Alá? Ou algum Orixá?
Olodumare, do Candomblé
Ou quem sabe do Hinduísmo
Pensei nisso, que loucura seria isso
E se o Messias fosse na verdade uma criança indígena?
E a confusão que isso tudo causaria
Onde tudo que foi ensinado fosse uma mentira
Começariam a indagar qual o propósito da vida.
Escreverei apenas em uma folha, e nem sei se vai ser boa
Penso que é interessante o que julguei naquele instante
Uma loucura nasceria, na verdade já nasceu
Ninguém respeita a crença alheia, quem está falando isso sou eu
Não pretendia criar um texto polêmico
Só que talvez o seu Deus e o meu
Sejam parentes, ou o mesmo, então por que não podemos nos respeitar?
Se acreditamos em algo tão próximo
E ao mesmo tempo tão distante do nosso alcance
Por que não respeitar as crenças dos homens?
Mas se ofendi alguém com este texto, desculpem, lamento muito.
►Em Mais Um Papel
Eu simplesmente quis pegar o caderno
Talvez apenas para passar o tempo
Mesmo escrevendo em um ritmo lento
Vivo um momento de reflexão
Revendo minhas opções e opniões
Há muitas coisas na minha mente, turbilhões
Que formariam péssimas canções
Que fariam mal aos corações
Pois então quero descrever uma aqui
Acho que fará bem para mim.
Talvez seja mais sensato não escrever, mas preciso fazer
Posso expor minha vida, mas sinto que preciso de cor
E essa é a forma que encontrei para amenizar a dor
Estou compondo um texto, isso sempre me ajudou.
Uma das minhas maiores satisfações é alegrar
Se não consigo, eu me entristeço e perco um sorriso
E no mês passado pensei muito se sou bom nisso
Um grande defeito é se julgar através disso, não é certo
Mas que, ao mesmo instante eu estava tão perto
Nunca pensei que eu fosse um sujeito esperto, mas sim honesto
Eu não consegui alegrar uma "conhecida" que estava a chorar
Sei bem que em alguns casos não há o que se falar
Mas ela estava tão instável, que em pânico disse que ia entrar
Disse para mim que não conseguia se controlar, e eu queria ajudar.
Não consegui, e no final, de cabeça baixa eu segui
Nem me despedi, subi, fim
Desliguei-me do mundo, não queria, eu juro
A última vez que a vi foi no dia 18, o céu estava escuro
Meu maior erro, pelo que eu escuto, é que sempre me culpo
E me julgo, sem pensar por um minuto
A última mensagem que enviei foi "Sinto muito"
Sempre peço desculpas por tudo, merece até um estudo
Como posso continuar sendo esse burro?
Imaturo, eu presumo.
Era o aniversário dela, uma carta eu enviei à ela
Disse que gostava de ler, portanto a presentiei
Se gostou eu não sei, afinal me isolei
O que tive com ela já passou, o que restou está escrito
E é justamente isso que eu acho lindo
E ao mesmo tempo... ridículo?
Pensei tanto se é "másculo" desejar formar um livro
Apenas com rimas e tudo aquilo que gosto
Admito até que meus textos de amor são "melosos"
Mas agora só quero algo para me fazer melhorar
Rimar? Vou continuar até me esgotar
Agora só quero me levantar e o caderno fechar
Me alegrar por mais um texto terminar
Por alguns segundos o céu estrelado observar, e me imaginar lá
Deitar e sonhar
Quem sabe quando acordar, o Sol irá me guiar?
" Há algo no teu olhar que eu não sei explicar...
Há um conforto em teus braços que não sei definir...
Há uma paz no seu toque que silencia todos os meus medos, algo que me acalma e tranquiliza minha alma,
Mesmo quando existe lá fora as tempestades com raios estridentes, o seu abraço acalma meu coração, silenciando meus medos e anseios...
Há algo indefinido que chega junto com você quando nos encontrarmos...
Há magia em cada segundo que estou com você...
Há em mim uma única certeza...
Que em teus braços encontro meu abrigo, um lugar pra repousar meu coração.
Acho que é assim que acontece o amor..."
-Roseane Rodrigues
Carpe Diem
Seus muros estão sendo destruídos.
O seu império está ruindo.
Você clama por Horácio?
Colhe o dia!
Seus retratos estão velhos na estante,
Já se encontram irreconhecíveis.
Você olha para o seu rosto e não se vê?
Colhe o dia!
Suas árvores não lhe dão mais frutos.
Seus livros estão cheios de poeira na estante.
Você espera pelo amanhã que pode não chegar?
Colhe o dia!
Os carros sufocam sua mente com o barulho.
A fumaça que te intoxica e tira a sua visão.
Você cedeu a ganância nos seus dias?
Colhe o dia!
Você clama por um salvador.
Tudo já não faz mais sentido em sua vida.
Porque você tenta enxergar o mundo de tão longe?
Colhe o dia!
Nada muda e o sol nasce para todos.
A informação que te falta é o motivo do insucesso.
Porque insistir em não aprender?
Colhe o dia!
Seu passado tenta lhe mostrar o futuro.
Seu presente logo se tornará em passado.
Você ouvirá a voz do tempo?
Colhe o dia!
O sonho da juventude se projeta em dias de glória,
Mas o pesadelo da maturidade nos mostra a verdade.
Será que alcançaremos a glória do amor em duas épocas?
Colhe o dia!
-Que se afaste de nós a violência e o medo.
-Que se afaste a insegurança e a fraqueza.
Quem pode saber o que virá amanhã ou se ele virá?
Colhe o dia!
Ó néscio que clama por riquezas mil,
Ó sábio que clama pelo conhecimento,
Você pode exercer alguma ação sobre o sol?
Colhe o dia!
A estrela da manhã brilha com seus olhos intensos,
Sobre o céu de fadiga lamuriante e ávido de sede.
Você pode sentir essa sede de exploração?
Colhe o dia!
Os corruptos estão soltos dentro das prisões,
Os honestos presos em suas casas de papel.
Podemos ser livres dentro de nós mesmos?
Colhe o dia!
O melhor fruto para se colher é o aprendizado.
A vaidade do saber não irá permitir mais saber.
Sabes admirar uma criança e o amor de sua mãe?
Colhe o dia!
Se o dia não for colhido hoje,
Não haverá uma certeza do amanhã,
Pois colhe esse dia ao máximo,
Doutrinando a colhe-lo bem.
Em nome de Deus...
Sou semente de milagre milenar
Brotada criança do ventre de mãe forte
Menino somado de verbo e esperança
Que a sorte desdenha e a dor já não alcança
Sou filho de muitas aldeias
E de todos os mundos
Trago no peito todas crenças
E no sangue frágil, um sonho que teima
Não tomo a fome por inimiga
Nem o sol, por castigo
Das defesas, que me são poucas
A tez é a de mais orgulho e valia
Meu melhor emana de meu olhar
É ele que fere de vida qualquer morte
É ele que leva o perdão que entrego
Aos dias da infância que não visitei
Lá na roça...
Vida que foge pelos poros
Pelas boas e desentendidas ideias
Vezes confusas, outras satisfeitas
Como um trem que erra de linha
Me tocam pensamentos férreos
Duros, que se amaciam e se acalmam
Na presença sentida de sua ausência
Na sombra que esqueceste na sala
Sombra inquieta pela saudade de ti e de nós
Que toca e espera em largo e intenso desejo
A querência de um reencontro sonhado
Fiando em temor poder ser esquecido
Passa chuva, uma hora na noite
Que menos essa hora tem
Mas que tem seu cheiro
Tem seu cartão, já ilegível, apagado
De ti, não guardei fotos, recados, sabor
Guardei na memória somente uma noite
Passada na roça, quase ao pé da serra
Admirando o céu desnudado em seus olhos
Lá vem você...
Quem foi que disse que parti?
Pra onde iria, levando em mim tanto querer?
O que longe faria sem vê-la ou ter você?
Que alegria me chegaria sozinho, saudoso?
Quem foi que disse que menti?
Que decepcionei sua razão e esperança
De descobrir em mim o homem que sou
E sendo-o, sabia-me seu príncipe esperado
Quem te procurou pra magoar sua alegria?
Com intento de semear confusos pensamentos
Crendo que assim, desistirias do nosso desejo
De construir, no tempo futuro, uma família
Quem foi esse que, te amando silencioso
Inocentava seu modo de ser e viver
Fazendo mal juízo dos laços que atamos
Que se incomoda com a opção de nossa aliança
A resposta para tantas e vazias falas
Não vem do que foi-lhe dito, mas pensado
Fizeste a ti mesma tais questionamentos
Não te convencestes que seu futuro passa por mim
Mas para tudo existem regras e opções
Não me vejo sem ti vivendo em mim
E meu telefone, chamando todo o tempo
Explode em mim, levando o temor de perdê-la
Assim, meus dias amanhecem e anoitecem
Os beijos e carinhos se trocam nos encontros
E o que lhe é desconhecido é a causa do temor
Não te guie por dúvidas, o que sabemos é viver de amor
Menina...
Estreei no mundo descalça
Minha meninice é prova disso
Corria atrás de pipa
Remava canoa, fugia de coça
Também brincava de boneca
De polícia e de esposa
Era a melhor mãe de mim mesma
Uma bailarina... uma princesa
Meus primeiros dias de mulher
Vieram sorrateiros... bem vindos
Me chegaram num acorde merecido
Me contaram que eu havia crescido
Me peguei feminina pelos lábios
Não sei bem se pelo batton ou se pelo beijo
Mas tinha a pele que me esquentava
Tinha a nuca... a razão que me abandonava
Nunca me perdi da menina descalça
Somei com ela garra e esperança
Aprendemos que pra viver mulher
É preciso antes cuidar de ser criança
Meu menino...
Então, que surpresa é essa?
Nosso encontro estava combinado
Era questão de tempo ou chamado
Estar aqui tem nome: milagre alcançado
Não pense que me foi fácil vir a ti
Me entreguei valente, seguro e certo
A tudo o que cabia convencer
De que sou digno de te merecer
Meu plano não é incomodar
Nem te envolver em nada insano
Quero mesmo é bem te querer
Atar nós... te tirar pra dançar
Que importa então o que possam dizer
Assumo toda culpa, se culpa houver
Isso não me alcança nem faz ferir
Só não vale desistir... ou deixar de sorrir
Mistério...
Tinha pra mim que era doença de querer
Desconfiei que poderia ser coisa de estrada
Adolescência perdida... mulher mal chegada
Era algo importante... ou talvez, quase nada
Porque amor, não sei se havia de ser
Tudo a comovia, brisa, orvalho, flor
Até loucura, abandono e dissabor
Precisava mesmo era ter uma fé melhor
Desejava dar a ela outras retinas
Que vissem o mundo com os olhos dos anciões
Desnudassem com sã alegria e jeito de criança
Os segredos das montanhas, rios de esperança
Tentei imaginar como seria seu dia
Vestindo as mesmas vestes que o bem vestia
Naquela rua que findava em sonho e magia
Só que despida dos temores a que tudo temia
Não entendi ao certo, certa batalha
A menina disparava falas desconexas ao acaso
Cega, insana, em pagã ousadia... nunca soube
Se ela lutava contra si ou contra a própria covardia
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