Texto de reflexão
O que procuramos quando escrevemos?
Ser lido, mas não ser lido por qualquer pessoa,
desejamos alcançar mentes que nos assemelham,
no verbo e no espírito, que compreendam o que escrevemos.
Portanto elogios simples nunca devem ser o parâmentro ideal
para nos contentar. Contudo, se os elogios vierem de alguém
que sabe o que diz, e que assim como nós,
sabe escrever mais de um verbo em ações e tempos distintos
e sabe usar mais de meia dúzia de adjetivos,
para se expressar, assim, talvez assim, nos sintamos realizados
pela alegria inarrável de termos sido achados
por alguém no meio da multidão de pessoas comuns....
O bom crítico deve ser alguém com a mesma capacidade
de criar aquilo que critica.
SOBRE TER UM FILHO
A ideia de Espinoza sobre a frase magnífica:
"A mente humana é parte do intelecto de Deus."
Nos faz pensar sobre o que é uma obra para seu autor. É um lugar, um ser especial, em que você põe todas as suas melhores impressões de mundo, nossas qualidades. Se pudéssemos colocaríamos todos os nossos pensamentos ali, em um livro, todas as nossas ideias, desejos e paixões, e até as nossas desilusões, ou seja, coloraríamos nossa própria essência em um livro, em uma obra de arte.
Penso que uma obra seja isso, parte da essência de seu autor. Contudo, trazendo esse pensamento para a criação, Deus criou o homem, então disse Ele, " Façamos o Homem a nossa imagem e semelhança". Com essa ideia em mente, você logo conclui que o ser humano é uma réplica da alma de Deus. Todavia, alguns falam de atributos, de qualidades que só Deus tem, mas que o homem também pode desenvolver, como amor, bondade, misericórdia, justiça, enfim, e outras tantas.
No entanto, essa ideia de a mente humana ser parte do intelecto de Deus vai muito mais além de tudo isso. Pois trata-se de você criar algo a partir de sua própria essência, assim, no caso de Deus, como autor, o homem seria de forma bem pequena e resumida, parte da essência de Deus. E ao criar o homem, Ele ordena que o homem se reproduza, que encha a terra, ou seja, que replique a alma de Deus em seus próprios filhos, em suas criações pessoais.
É essa ideia que eu tenho sobre se ter um filho, é a honra de replicar a alma de Deus, e, ao passo que se replica a alma de Deus, nós replicamos a nossa própria alma, temos o privilégio da coautoria divina. Então desejamos pôr no filho nossa verdadeira essência, nossas melhores qualidades, queremos que ele seja nossa cópia, especialmente naquilo que conseguimos copiar de Deus. Dessa forma, durante toda nossa existência, vamos tentando ensinar ao nosso filho como se comportar, como viver evitando perigos e sofrimentos, muitos dos quais não conseguimos evitar.
O mais importante, é que com essa ideia em mente nunca excluirmos Deus dessa construção magnífica que é a criação humana, a de Deus, no princípio de tudo, e nossos filhos, obra que damos seguimento ao projeto divino.
Evan do Carmo
SOBRE AMIZADE
Já tive dúvidas, quanto a saber se meus amigos cabiam na palma da minha mão. Contudo, hoje tenho certeza que não cabem, minha mão não é suficientemente aconchegante para acomodar o amigo que almejo. Todavia ainda espero encontrar algum que caiba e queira morar dentro do meu coração.
Qual o homem ideal a ser alcançado?
O homem é de uma só natureza, humana, carnal, mas o espírito, que é o reflexo do seu caráter
moral e intelectual difere entre todos.
Uns são céticos, outros científicos, outros crédulos,
com respeito ao seu modo de viver.
Os céticos dizem: "Deus não existe, então tudo é permitido."
Os científicos procuram respostas para tudo que não compreendem na ciência, e estão dispostos à pesquisa
e, não raro aceitam mudar de ponto de vista.
Os crédulos responsabilizam Deus por tudo, até por coisas ruins que lhes acontecem...
DIA DO ESCRITOR-25/07
Se você for capaz de escrever bem, a ponto de fazer as pessoas acreditarem na sua história, se a sua ficção parecer realidade, e se for capaz de emocionar e de deixar leitores indignados; então você pode se considerar um bom mentiroso.
Pois não há critério hoje em dia capaz de julgar quem é bom escritor... Muitos escritores medianos venderam milhões de livros, outros ganharam até nobel de literatura sem ser escritores.
A literatura tem a força essencial para nos convencer de que as coias comuns são bem mais importantes do que parecem ser.
Parabéns aos que se arriscam nesse ofício tão importante para conservar a sanidade humana.
Mesmo sem a arrogância do Super Homem, às vezes penso que devia subir um degrau acima da humanidade.
As discussões são tão estúpidas e sem propósito nobre, por serem apenas agressões cruéis e críticas sem fundamentos, ofensas polarizadas de dois lados de uma moeda sem valor.
Contudo, depois de tanto refletir, me vem a iluminação do Cristo. O que seria a humanidade sem essa dicotomia, sem essa insana procura de sentido?
Todo empenho do homem bom deve ser buscar a união dos homens em torno de algo superior, produtivo, algo honrado e justo, não a união das ideias, pois isso é algum inumano.
Então me surge a questão: O que é bom? O que é justo? O que é honrado, digno e superior?
Seria algo que fosse capaz de ensinar ao mundo que a violência, o desrespeito pelo próximo e a falta de compaixão não produz a paz...
Só o amor sem hipocrisia e sem distinção pelo outro pode produzir algo bom, digino, justo e honrado...
Diz um velho sábio, um grande amigo meu:
" Quem é meu amigo senta à mesa comigo."
Ter muitos amigos é complicado, diria impossível, sobretudo se levarmos em conta o bom caráter e a nobreza dos que escolhemos como amigos.
Até o Cristo, que era perfeito só conseguiu ajuntar à mesa 12 amigos. Contudo, entre esses havia alguns mais especiais que outros. Um o negou por 3 vezes, outros discutiam acaloradamente quem era o maior entre todos, para sentar à sua direita.
Todavia, entre os 12, apenas um se destacou por sua ingratidão e vilania. Esse, o mais intenso nas suas atitudes despojadas o entregou para ser morto por seus inimigos.
Aconselho, portanto, que não se deve desejar uma mesa muito grande, com mais de dois ou três lugares reservados para nossos melhores amigos.
CRÔNICA PARA BRASÍLIA
Brasília, cidade das belas formas, de sons e encantos diversos.
Não és a mais bonita, nem a mais importante por conta do congresso.
És bela sim, de forma arquiteta, como ninfa de apolo, de flores de concreto.
Teu lago doce e puro, sob um céu azul discreto. Tens a Água Mineral e um parque a céu aberto.
Brasília das cantigas, de bois de Teodoro, de tantos sons herméticos, do reggae de Renato Matos, ao jazz de Renato Vasconcelos.
Do samba ainda menino, do Rock do Porão aos blocos do asfalto. Brasília da política, dos donos do planalto, das CPIS, das pizzas, dos sábios Collors e tolos Jéfersons. É tua vocação, vencer as turbulências, cortar na própria carne os males-desafetos.
Assim serás madura, à custa dos teus braços. Quem vem da ditadura, por certo sabe bem, que a um povo pacífico a liberdade sempre vem. Diretas de Tancredo, o povo no poder, o teu dever de casa honraste ao fazer.
Contudo não é cedo pra quem sabe sonhar, quem sabe um filho teu irá governar.
Será de sobradinho, Ceilândia ou do Guará? Por certo um candango, virá da tua madre, dará exemplo ao mundo e ao resto da cidade, que espera do teu cerne um bem pra ser feliz.
Brasília da savana, do fogo no verão, Brasília dos pedestres que acenam com a mão, ao bom desconhecido que pára em prontidão.
Brasília mar sem praia, das noites no pontão. Um caminhar no parque, à torre, a diversão; lazer do homem simples, espaço aberto à mão.
Ao jovem vista plana, um salto à direção. Brasília mulher jovem, senhora da razão. Aqui tudo é perfeito aos olhos do cristão. Falar de ti enfuna qualquer poeta vão.
Evan do Carmo
CORRIGIR A ROTA REQUER SABEDORIA EMOCIONAL
Corrigir a rota exige força moral, coragem, poder de decisão e humildade para admitir que saímos do roteiro traçado. Se saímos da rota por descuido ou por fraqueza pouco importa, quem tem bom senso aceita orientação e, sobretudo correção de caráter. O Fato é que nos seres humanos, mesmo nos mais bem-intencionados, essa questão de humildade é quase um mito.
Todos querem atinge a plenitude da humildade, contudo se confunde muito humildade mental com pobreza de espírito. Sempre quando precisamos dar conselhos, sempre pensando no bem-estar de outros, quase sempre quebramos a cara, ou sentimos uma decepção desmedida, pois quem antes parecia humildade, especialmente quando desejava nos mostrar alguma coisa em nosso caráter, que segunda ela necessitava de ajuste, agia com maestria e perfeição moral, era meiga, bondosa e altruísta, mas quando papel se inverte, lamentavelmente tudo se complica, quem antes dava conselhos com ares de grandeza de espírito, agora se revela descompensado e sem nenhuma percepção humana do que significa humildade mental de um discípulo interessado em aprender, em descobrir os mistérios da vida. Todavia, o papel de mestre é de fato o que mais almejamos, ser ensinado parece desonra para muitos.
Diz um provérbio que quem tenta ensinar o tolo corre risco de morte, isso é um fato comprovado por todos aqueles, que por boa intenção pensou algum dia que poderia ser conselheiro no lugar de aluno no jardim de infância que a nossa existência.
Muito teremos ainda pra falar sobre esse tema, mas tudo está implícito no que foi dito, é o orgulho a nossa imensa Pedra no Caminho, nosso Calcanhar de Aquiles. Nosso ponto fraco reside justamente no fato de ignorarmos uma verdade fundamental: os que sabem se conduzir entre rochedos e espinhos, antes tiveram que naufragar ou se ferir para aprender desviar dos perigos desta vida. Isso é uma verdade que nenhum argumento externo nos convence do contrário.
É aí que entra a nossa maturidade emocional herdada ou adquirida com as nossas vivências. Ou a temos ou não a temos, quem a possui aprende com os erros dos outros, aceita conselhos e corrige o curso. Quem não a tem avança sobre seus próprios rochedos e espinhos até se convencer da verdade suprema: “Quem é sábio escuta conselhos, o tolo segue em frente e colhe as consequências das suas escolhas egoístas.”
OUVIDOS PARA MÚSICA NOVA
Você que gosta de arte, que é culto,
isso é muito nobre e inteligente,
você que sabe citar Drummond, Vinicius e outros reluzentes.
Saiba que existe MPB além de Caetano e Djavan, Milton
e outros, hoje tão contentes... Há bossa nossa
além de João Gilberto, poesia além de Fernando Pessoa.
Música nova não soa bem em ouvidos velhos,
Nietzsche chancelou este ideia universal.
Eu a uso com bom propósito, pois tenho feito diferente
dou valor ao clássico, acredito na sua imortalidade
mas se você não souber ouvir e admirar o novo,
vai acabar melancólico e depressivo, pois muito do que foi dito
Já não serve para o mundo atual, e sobretudo,
lembre-se, é arte que é viva e mutante,
o ser humano relutante e inconstante, neste vasto fazer arte
para que a nossa espécie humana seja livre...
SOBRE AMAR NOSSO SEMELHANTE.
Disse Jesus, ao ensinar seus discípulos sobre o alcance do verdadeiro amor, que eles deviam amar seus inimigos e orar por aqueles que lhes perseguissem. Amar nossos irmãos deve ser algo provável para muitos, amar pessoas desconhecidas, talvez seja uma aventura prazerosa, um ótimos desafio para alguns.
Contudo, amar nossos inimigos, pessoas com quem não temos nenhuma relação nem afinidade, mas por quem temos repulsa e preconceito, é algo de fato inatingível para seres humanos imperfeitos, sobretudo para quem não consegue superar o medo de mar incondicionalmente seus semelhantes, independente da suas preferências ideológicas, etnias, costumes e crenças.
Pensando assim, a quantos anos luzes estamos distante do Cristo, e quantos caminhos ainda temos de trilhar na prática genuína do amor cristão.
Se hoje é natal para muitos que professam seguir as pegadas do Mestre, o nosso senhor Jesus Cristo, devemos nos perguntar: “As minhas ações refletem verdadeiramente a minha crença e o meu conhecimento teórico nesta seara?”
Não foi difícil enxergar no olhar de cada um a vontade e a persistência, o companheirismo e a audácia. E lembramos bem de uma frase que diz: "A dor é passageira, mas a glória é eterna". Por fim chegamos ao término do curso, e em nome de todos agradeço a oportunidade de estarmos mais uma vez aprendendo, há um tempo como soldado do Efetivo Variável, e atualmente como o aluno de Formação de Cabos.
Obs: Eu fui escalado para elaborar o texto e ser o orador da minha turma, no dia da formatura de conclusão e certificação do Curso de Formação de Cabos, no dia 29 de julho de 2016 (sexta-feira). Quando eu fiz o curso eu já era soldado EP, porém, no curso, tínhamos dois soldados EV.
(Cabo Marcos Kamorra Sebastião dos Santos.)
(O instrutor (não me lembro o nome do Tenente) me pagou a missão para eu ser o orador da turma, eu elaborei o texto, o Diretor do curso, Capitão Terra, aprovou o texto e, por fim, eu o apresentei no dia da formatura de conclusão e certificação do curso de Cabos).
"Oratória de Conclusão do Curso de Formação de Cabos 2016.
Dado início no dia 23 de maio de 2016, o Curso de Formação de Cabos, realizado na 2ª Bateria de Obuses do 32° Grupo de Artilharia de Campanha Dom Pedro I, localizado em Brasília/DF, teve a participação de um efetivo de 51 alunos, aos quais 20 eram do respectivo Quartel responsável pela formação e 31 de Organizações Militares externas, localizadas na mesma região.
A comando do Diretor do curso, o Capitão Terra, e sua equipe de instrutores, passamos por situações de stress ao qual tivemos que aprender a controlar as nossas emoções, raciocinar e agir de maneira mais eficiente para a conclusão da missão.
Passamos por situações de frio e calor intenso, exaustão nas pistas de instruções, mas todos unidos com um único objetivo, realizar o curso com êxito.
Não foi difícil enxergar no olhar de cada um a vontade e a persistência, o companheirismo e a audácia. E lembramos bem de uma frase que diz: "A dor é passageira, mas a glória é eterna."
Por fim chegamos ao término do curso, e em nome de todos agradeço a oportunidade de estarmos mais uma vez aprendendo, há um tempo atrás como soldado do Efetivo Variável, e atualmente como Aluno do Curso de Formação de Cabos.
AL 30 - MARCOS: PORQUE NÓS!!!
ALUNOS: SÓ ADMITIMOS OS FORTES!!!
AL 30 - MARCOS: E OS FRACOS!!!
ALUNOS: QUE SE ARREBENTEM!!!"
Texto: Aluno 30, Marcos. O, ad aeternum, Cabo MARCOS Kamorra Sebastião dos Santos.
(Atualmente encontro-me na situação de reservista).
Todas as coisas que segurei
Dentro de mim, segurei tantas coisas…Abstratas, pequenas, grandes, confortantes.
Desenvolvi barreiras para guardar todas essas coisas que segurei, constantemente, estava ali comigo, independente do que houvesse, elas haviam se tornado atemporais, o tempo não transcorria, nada poderia apagá-las na nitidez em que se mantinham firme dentro de mim.
Um desejo incansável de controlar o incontrolável e por ego, não reconhecer a beleza da liberdade. Havia tanto em mim, que pesou. Pesou nas profundezas do interior que já nem era mais meu, entretanto, estava se tornando propriedade daquilo que eu guardava em mim e estava me moldando aos poucos.
No nascer do dia e no fim dele, percebo repetidamente que a vida são fases, ciclos, estações. E tudo de intenso que há no meu peito jamais transformaria-se em concreto eternamente. Não posso guardar, tocar, manter sempre dentro de mim. É preciso soltar, libertar, encontrar o equilíbrio, pois tudo o que realmente nos pertence, jamais vai embora, apenas ressurge em sensações melhores.
Palavras Soltas
São apenas palavras, soltas e perdidas;
Palavras que se desencontram, palavras que se afastam;
Palavras que machucam corações;
Palavras voando, procurando refúgio;
Palavras que alguém pronunciou;
Que saíram de bocas sórdidas ou sujas;
Palavras no calor do momento que saem como labaredas de fogo;
Palavras assustadas que te deixam com o coração apertado;
Palavras nunca ditas que se arrependem de nunca ter falado;
Mas são apenas palavras que ninguém se dá conta que falou;
Que ninguém se importa de ter falado;
Palavras que como lâminas ferem tantas pessoas por ai;
No olhar de tantas pessoas eu vejo vozes e dessas vozes palavras perdidas;
Palavras que nunca mais se reencontraram;
Palavras de um pai para sua filha;
Palavras da filha para o pai;
Palavras agora não importam mais;
Não me peça ajuda com palavras;
Porque palavras mentem;
Palavras escondem desejos, medos, sonhos e lembranças;
Me peça ajuda com o que tiver de mais santo;
Seu eu ouvir a voz do que está te atormentando;
Vou poder sentir o mesmo tanto;
Pra sempre você viverá sabendo que proferiu as últimas palavras para mim;
Que suas palavras me afastaram de você;
Que você mesma disse para eu te esquecer;
Porque palavras afastam corações;
Não me diga mais nada;
Não me procure;
Não te procurarei mais;
Sua face sumirá do meu horizonte
Suas palavras se apagarão da minha mente;
ALAGOAS
Alagoas minha querida.
Fica nas margens do Nordeste
Terra recheada de Cultura;
Na zona da mata, no sertão e no agreste.
Suas belas praias,
Do mundo tem atenção.
Alagoas de águas,
Que causam emoção.
O que não sofreu esse povo
Pra chegarem até aqui.
200 anos não é pouco
Tem guerreiros a servir.
Lugar do meu coração.
Terra dos marechais,
Dos índios e do algodão,
Do fumo e canaviais.
Maceió é a capital,
Intitulada de sereia.
Na bandeira tem branco e azul
E também a cor vermelha.
Um estado arretado
Mistura de muita gente.
Para a terra “brasis”
Deu logo dois presidentes.
Suas terras são fabris.
Um artesanato impecável,
Um dos melhores do país
De matéria prima inigualável.
Terra fértil
Terra amada
De encantos mil,
És tu, Alagoas do meu Brasil
**"Madrugadas de Ausência (Versão Final)"**
As horas noturnas escorrem lentas, e meus pensamentos — esses visitantes indesejados — insistem em perfurar o silêncio. Há dias não me reconheço no espelho: a força que exibo é apenas um disfarce que desmorona na solidão. Eu daria tudo, até meu próprio nome, para dobrar o tempo e reescrever nosso fim. Talvez, num ato de loucura ou redenção, eu encontrasse as palavras que faltaram.
*Saudade.* Três sílabas que pesam como um mundo. Você era meu porto seguro, meu norte em noites sem estrelas — e agora é apenas um eco, um fantasma que habita meus "e se". Talvez esperasse que eu despertasse a tempo, mas eu, mergulhado em minhas próprias sombras, não via a luz que você me estendia. Sei que agora floresce em outros braços, e essa certeza é uma faca que torço no peito toda vez que o relógio marca 3h17 e eu, insone, revisito nosso passado.
A dor que carrego é orgulhosa: não se expõe em lágrimas fáceis. Esconde-se nas entrelinhas do meu riso, nos copos vazios da mesa de bar, no hábito de ainda olhar para o celular esperando uma mensagem que nunca virá. Aprendi que o tempo não cura — apenas ensina a conviver com a cicatriz.
Somos agora dois estranhos que compartilham um museu de memórias. Como explicar que já naveguei por todo o teu ser? Conheci a geografia do teu riso, as tempestades nos teus olhos, os segredos que você sussurrava no escuro. Seu abraço era minha única pátria — e hoje sou um exilado do seu calor.
*Sinto falta do ritual de cuidar de você:*
— Das gargalhadas que eu roubava dos teus lábios mesmo nos dias cinza;
— Do modo como ajustava o cobertor sobre seus pés frios;
— Da coragem que você me emprestava só por existir.
Nossas lembranças são como um filme projetado em paredes úmidas: cada cena, um paradoxo de dor e gratidão. Obrigado por me ensinar que o amor pode ser tão vasto quanto o mar — e, ainda assim, caber no espaço entre duas mãos entrelaçadas.
Três anos. Mil e noventa e cinco dias de eu me enganar dizendo que "já passou". Seu nome ainda brota em mim como hera em ruínas: devagar, implacável. Descobri que você espera um filho — e essa notícia me transformou em um atlas de mundos paralelos, onde em algum universo esse bebê teria meus olhos e seu nariz perfeito.
Você voou para os sonhos que um dia plantamos juntos. Eu, aqui, rego as sementes que sobraram com lágrimas estéreis. Segui em frente porque a vida exige movimento — mas meu coração é um relógio de areia que insiste em virar sozinho, sempre de volta a você.
*"Fleur de ma vie"*, você permanece:
— Na canção que toca no elevador do shopping;
— No cheiro de jasmim que algum vento traiçoeiro me traz em agosto;
— No vão da minha cama, que ainda guarda o formato do seu corpo.
E se um dia nossos caminhos se cruzarem novamente, prometo sorrir com os olhos (como você me ensinou). Até lá, continuarei escrevendo cartas que nunca enviarei — porque algumas saudades são tão profundas que precisam ser vividas no silêncio.
---
**
Três regras básicas para interpretação da bíblia:
1) Sinoticidade bíblica. Um versículo não interpreta um capítulo, um capitulo não interpreta um livro e um livro não interpreta toda a bíblia.
2) Textos fáceis é que devem explicar os textos difíceis e não o contrário.
3) Observar o que o texto não diz, pois isso destrói as inferências dos heterodoxos.
A ORQUESTRA DO INÚTIL
Às vezes, tento querer escrever o que esta sociedade pretende dizer, mas logo descobro que ela mesma já se perdeu na vontade de enunciar-se. Não há verbo que a represente, nem sujeito que se assuma. Há, sim, um murmúrio colectivo, um desejo de parecer pensamento. E escrever o que a sociedade quer dizer é como tentar traduzir o silêncio de um homem que aplaude porque os outros já o fazem. É tentar dar nome ao abismo quando o abismo, educadamente, nos pede um autógrafo. E depois só contamos. Contamos quantas horas restam até o próximo.
Há quem, por ofício ou desvario, destile notas como se o tempo coubesse inteiro numa só melodia. E fá-lo com tamanha urgência que o silêncio. E depois morre afogado na enxurrada de compassos. E assim, entre a batida e o aplauso comprado, ergue-se o trono de um Rei, não por virtude mas por volume, não por arte mas por frequência.
É nobre, sim, o timbre. E há talento disso ninguém duvida, mas até o ouro, quando em demasia, perde o espanto e vira moeda. E a sociedade de ouvidos embotados, aplaude por reflexo. Confunde constância com génio, e quantidade com legado. Ora, família, o excesso também é uma forma de desperdício.
Quando nossas atitudes falam mais alto que nossas palavras.
Antes de falar do amor, aprenda a vivê-lo para que ele ganhe vida através das suas atitudes.
Antes de falar da paz, aprenda a manifestá-la ela com uma mansidão e humildade para que ela ganhe vida através das suas atitudes.
Antes de falar da bondade, aprenda a manifestá-la com a misericórdia e caridade para que ela ganhe vida através das suas patitudes.
Antes de falar da fé, aprenda a manifestá-la com a manifestação dos seus dons e virtudes, para que ela ganhe vida através das suas atitudes.
Antes de falar da misericórdia, aprenda a manifestá-la através do perdão e da compaixão para que ela ganhe vida através das suas atitudes.
Antes de falar da paciência, aprenda a manifestá-la através de uma quietude e calma interior para que ela ganhe vida através das suas atitudes.
Antes de falar da humildade, seja simples, honesto e verdadeiro para que ela ganhe vida através das suas atitudes.
E por fim, saiba que suas atitudes falam mais alto que as suas palavras, quando você deixar que elas produzam a verdadeira transformação interior, através da manifestação das palavras que você introspecta para dentro de si, pois cada um é do exato tamanho das suas palavras e da sua mentalidade interior, pois do que está cheio o coração isso sua boca irá falar.
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