Texto de Praias

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A ESSÊNCIA DO AMOR
Toda vez que tinha uma desilusão corria a praia, era muito mais fácil para André entender a imensidão do mar que a essência das pessoas, e imaginar que aquilo tudo era gratuito, imaginar que um Ser superior com sua generosidade infinita armazenara ali tantas oferendas... e assim era frequente suas idas à praia; no entanto nada era traumático, nada que deixasse marcas indeléveis, diante daquela imensidão qualquer problema tornava-se ínfimo, mesmo com aquela forma de pensar de que amor é arrimo da dor ou a dor arrimo do amor, era assim. Mara, sua primeira paixão de adolescente, a que recebera os primeiros bilhetes, com frases e desenhos de paixão, preferira o rival das gincanas e torneios colegiais; mas depois vieram namoros firmes e noivados desfeitos, todos superados depois de algum tempo, então um dia olhava as fotos, relembrava os momentos, rebuscava os detalhes e ria dos resquícios de felicidade; a vida era uma aventura que tinha que ser vivida. Uma agrura ou outra, alguns arranhões, mas era só; algumas doses de vinho, um livro, um pouco de solidão, alguns poemas. e tudo ficava no arquivo das lembranças, catalogado com muitos aprendizados. era um caminho ou muitos caminhos, um labirinto que nos levaria aonde, o universo que nos compõe compõe o universo propriamente dito. não cometeria os mesmos erros, e pensando assim parecia policiar-se de um prisma adjacente e estratégico, mas não era bem assim, ou pelo menos não era funcional diante de um universo de emoções; se pudéssemos definir André numa única palavra essa palavra seria sensibilidade, era uma pessoa suscetível então o que doía em alguém próximo doía nele, o que encantava, uma bela atitude lhe fascinava assim aconteceram
Outras paixões; ansiedade, medo, insegurança, mas não era um martírio, nem era um jogo, ou era? detalhava os traços, a forma de falar, sorrir, olhar, tudo lhe fascinava no alvo de suas emoções, mas nada tanto como um pouquinho de timidez; um rosto feminino espantado era irresistível. mas quem inventou a paixão? com certeza Marylin Monroe naquela famigerada foto, tentando abaixar a saia do vestido por causa de um vento inconveniente, tenha inventado a paixão para a metade da população masculina contemporânea e quiçá para a parte da modernidade lésbica, o que se insurgia como um pecado, mas quem não pecaria por paixão?
Alguma coisa no passado incomodava.. sempre haveria algo no passado a incomodar mas já aprendera a conviver com isso. era sempre algo mal resolvido, algo que deixara de dizer ou fazer, e isso às vezes lhe salvara, outras o condenara; principalmente a conviver com essa sensação, alguma coisa no passado...
A Central do Brasil estava como em todas as segundas- feiras, todos apressados; ninguém se via, ninguém se percebia, muitos se esbarravam; muitas mãos estendidas, olhos suplicantes e não eram só os olhos dos pedintes, no entanto descrevia o amanhecer como como uma aquarela divina; o romantismo é leviano a ponto de ignorar o inferno que queima a essência no interior humano; nossas canções de exílios morreriam de vergonha diante de olhos tão infelizes, mas diante da beleza quem não se torna leviano. A hora de entrar no trem era um suplício, era a sua supercarga de stress diária, mas ao juízo final, aquilo provavelmente contaria como atenuante para a remissão de seus pecados. O trem sacolejava num serpentear como se tentasse despertar muitos que voltavam exauridos de mais uma batalha do cotidiano; as casinhas subiam o morro desordenadamente, às vezes perigosamente como uma maquete mal elaborada; André num rompante de filosofia, comparou tudo aquilo com a alma humana e murmurou pra si mesmo: "diante da necessidade até a desordem se harmoniza." alguém colocou algo na sua mão explicando uma necessidade, era um dos muitos vendedores de coletivo, uma das muitas desarmonia social; afora isso tinha cantores, poetas, filósofos, pintores e todos juntos estavam ali como uma plateia passiva, assimilando ou não, participando ou não, indiferentes ou não; mas ali era o teatro real, a realidade crua na peça do cotidiano. André Jogou uma cédula ainda úmida, afinal vinha da praia, no chapéu que se encontrava na mão de um jovem que declamara um poema que falava na essência do amor, seu destino era a próxima estação: Olinda, e seu espetáculo pausava ali para recomeçar no dia seguinte, depois daquele resto de ocaso que lhe faria refletir sobre a essência do amor

Inserida por tadeumemoria

Eu Só Queria

Olhar o mar, a praia, pisar na areia;
Ver o dia passar a minha maneira;
Sentir o sol deitada na esteira;
Mas aqui estou: em pé na madeira.
Modelando... igual sereia
Pra ter uma foto, pra que você creia
Que veja além, além da poeira,
De ironia e sarcasmo somado à bobeira.
Moral da proza: sereia que gosta de areia
Um dia vira prisioneira.

Inserida por marinarotty

A vida tem sentido?
Não sei...
A chuva,
O gato,
As ondas na praia a quebrar,
Um quero-quero a querear?
Talvez.

Um sussurro.
Um murmúrio.
Um zunido.
Uma fala ao pé do ouvido?
Talvez.

Um ir e vir.
Um passear.
Um medo de amar.
Uma lágrima a rolar?
Talvez.

Talvez seja a vida só uma encenação
de uma mente maluca, excêntrica... vazia...
desesperadamente querendo preencher seus infinitos dias.
Talvez.

Inserida por RosangelaCalza

A PRAIA
Quero dançar em meio da praia
Rodopiar, e mexer os quadris, e sorrir
Quero ver o balançar de minha saia rodada
Pés descalços, afundando na areia.

Ao entardecer ver o luar, dar boas vindas
Sob o clarear de um céu estrelado
Fazendo exaltações a mãe natureza
Contemplando o vento frio na face.

Dar cambalhotas, estrelinhas, e pulos de alegrias
Gargalhadas, e longos diálogos
Estar ao lado de pessoas verdadeiras
Olhos fitados revelando a beleza inigualável.

Quero sentar nos quiosques e observar
As famílias unidas festejando
As crianças embalando cantigas ao esculpir castelinhos de areia
Os jovens paquerando, apreciando o amor inovador.

Quero molhar meus pés nas águas salgadas
Contar às conchas que aparecem nos embalos das ondas
Quero chegar ao topo da imaginação
Degustar cada detalhe da riqueza de meus pensamentos
Me teletransportar do mundo real, para o mundo da ficção
A praia não é uma lembrança guardada
Não tem nem sequer uma foto registrada
A praia é um sonho eterno de uma criança
Que cresceu e ainda não viveu.

Inserida por lu_olliver

Seja sentado na areia da praia, seja em um banco no jardim da praia de Santos,
apreciar a beleza inenarrável do mar faz um bem enorme para nossa alma...
Ósculos e amplexos,
Marcial

APRECIANDO A IMENSIDÃO DO MAR
Marcial Salaverry

Sem dúvida alguma o mar é algo que sempre fascinou o ser humano. Desde tempos imemoriais, sempre o grande desafio para o homem foi "vencer" o mar. Vã tentativa, pois o mar é invencível. Pode ser transposto, pode ser atravessado, pode ser poluído, pode ser explorado, mas vencido nunca. Quando se enfeza, nada o segura.É realmente indomável este marzão incrivelmente belo...

Recebi de uma amiga, uma pergunta interessante: Por que o MAR é tão grande? Dentro da minha lógica, respondi que NÓS é que somos pequenos ante a grandeza do mar. Ela passou-me então uma outra resposta à mesma pergunta, que lhe foi dada por um amigo. Achei de uma profundidade tão grande, que aproveitei o embalo de estarmos falando sobre a força do mar para comentá-la. Vejam se não tenho razão:
"O mar é grande, porque se coloca um pouco abaixo do nível dos rios a fim de recebe-los".

Dentro dessa resposta que é totalmente lógica, podemos tirar uma enorme lição de humildade que nos é dada todos os dias pelo amigo Mar.
Sintam a profundidade, tanto do mar, quanto da colocação feita por essa pessoa.
Quanto mais nos dispusermos a aceitar e receber as lições que a vida nos oferece todos os dias, mais poderemos crescer interiormente, desenvolvendo nosso espírito e nossos conhecimentos.
A conclusão mais sábia que poderemos ter sobre nossos conhecimentos, é o fato de que eles nunca serão absolutos, e assim sendo, sempre deveremos receber novos rios para que possamos nos desenvolver tanto espiritual, como intelectualmente.
Por menor que seja esse rio, sempre aumentará nosso volume. Nenhum conhecimento, por mais insignificante que pareça, deverá ser desprezado.
Muitas vezes crianças nos dizem coisas às quais não damos atenção. Por vezes são pequenos alertas sobre algo que acaba passando despercebido. Era só um riacho,mas trazia alguma coisa, um pouco mais de água para aumentar nosso volume, e desprezamos por vir de alguém a quem não demos a devida importancia, e que poderá nos fazer falta.

O mar, portanto, é maior lição de humildade que a Natureza nos oferece, pois cresceu até atingir proporções quase imensuráveis, graças as pequenas ajudas recebidas. Ele não rejeita nada. É orgulhoso de sua força e poder, mas é humilde o suficiente para aceitar as contribuições que os rios lhe trazem, sejam grandes ou pequenos, poluidos ou não.

Vamos encarar a coisa sob esse prisma, passando a ver com outros olhos os pequenos favores que nos são prestados por pessoas humildes, pequenos riachos, aos quais sequer damos atenção, mas que vão nos possibilitando aumentar nosso cabedal de conhecimentos, mas por vezes escutamos coisas surpreendentes das pessoas mais inesperadas. Só para exemplificar, a título de ilustração, temos aqui na praia do Gonzaga em Santos, uma senhora, Dna. Severina que há mais de 30 anos tem um carrinho onde vende milho verde. Muita gente diz que ela "não regula", que "só fala bobagens" . Outro dia, prestando um pouco mais de atenção a ela, vi que ela tem uma filosofia de vida digna de estudos. Dentro de sua ignorância, mostrou um conhecimento profundo da vida como ela é. Foi mais um riacho, mas aproveitei muito para repensar certas coisas, certos valores...

É isso aí crianças, descobri porque amo o Mar. Não só porque faz parte do meu nome, mas sim porque é um grande exemplo de sabedoria e humildade, e justamente por isso, não se incomoda em que aproveitemos essas dicas para repensar nossa vida, aproveitando esse grande ensinamento, e assim nos possibilitando viver cada dia, como UM LINDO DIA, a ser repetido a cada dia de nossa vida... Espero que aproveitem este pequeno riacho para aumentar seu "mar" particular...

Inserida por Marcial1Salaverry

GAROTA DE COPACABANA

Copacabana também tem uma garota
Que anda marota até a praia do Leblon
Em Ipanema todos ficam encantados
Com seu rebolado quando escutam aquele som
É a beleza que caminha lado a lado
Com a natureza, com o balanço do mar

Rio, que rio é esse, que rio de tudo quando
Cá estou, é o balanço da moça faceira
Bela feiticeira que me escravizou

Copacabana tem uma beleza etérea
Uma musa eterna para um compositor
Um poeta velho ou um poeta moço
Cantam este colosso que ninguém criou

Foi Copacabana cantada primeiro
Pelo estrangeiro que por lá chegou
Só Copacabana ainda é princesa
Luz que a natureza nunca apagou

Rio, que rio é esse, que rio de tudo quando
Cá estou, é o balanço da moça faceira
Bela feiticeira que me escravizou

Copacabana todo fim de ano
Vem o mundo inteiro para lhe adorar
Mas logo em janeiro ela é só minha
Quando posso ver gente a caminhar
Na calçada larga de uma rua santa
Só o que me encanta é o seu andar

Rio, que rio é esse, que rio de tudo quando
Cá estou, é o balanço da moça faceira
Bela feiticeira que me escravizou

Inserida por EvandoCarmo

Na praia chamada solidão
Eu caminho sem rumo
Ando sozinho
Apenas com Deus
Nas profundezas do coração
Deixo meus passos
Aqueles pretéritos
Logo vem uma onda
Para apagar
Sigo adiante…sigo
Para um destino desconhecido
A vida me leva de lá pra cá
Faz comigo o que bem entende
Traz dor
Mesmo parecendo no paraíso
Caminho…sigo o caminho
(DiCello, 15/12/2019)

Inserida por DiCello

A_mar

Na praia ainda vazia
lugar de águas claras, frias
areias brancas e finas
Você caminha, livre
Entrega tua mansidão
aos intensos raios de sol
Eles te seduzem
te induzem as incríveis
e delirantes sensações
Tua silhueta, sinuosa
curvilínea obra de arte
aquela que é minha
e de tantos outros poetas
Ela é a inspiração
habita nosso imaginar
e assim, escrevemos
traduzimos a mansidão
poesia tem alma e emoção
tem paixão e frenesi
amor e tesão
(DiCello, 13/12/2019)

Inserida por DiCello

"Poeta"

O poeta nunca morrerá
A poesia sempre será eterna
Vá para praia e escuta junto com as ondas e as areias aquele verso de música que você já viveu,chore junto com as ondas por lembrar daquela música que foi seu único refúgio na pior fase da sua vida
Cada palavra de um parágrafo,cada letra de uma composição,cada poema de um poeta foi uma lembrança que você já viveu quando era criança,quando morava na cadadidizinha do seu coração,ou agora nesse momento da sua vida que não sei qual é,o poema,a música,não conhece sua face mas conhece sua vida,a vida de um poeta e o leitor,a vida de um compositor e seu ouvinte são pouco iguais,ambos já sofreram por amor,já viveram um pouco de solidão,até suas dores são parecidas e tantas outras coisas
O poeta já escreveu coisas que nunca será lida,o poeta já fez muitas bolinhas de papel e jogou fora as letras contidas nesse papel amassado porque não poderia ser lidas por todos
Tem aqueles que encontram inspiração na madrugada,inspiração naquele amor não correspondido,inspiração naquela meiga menina dos olhos castanhos,e escreve em seu caderno as suas vivências e sempre é parecida a de quem lê ou ouve,olha aí você lembrando de tudo aquilo que já viveu,lembrou até as coisas que nunca viveu,e quer esquecer de algumas coisas que já viveu
O poeta nunca morrerá
A poesia sempre será eterna

Inserida por PedroFigueiredo18

O BANCO DA PRAIA

Um banco solitário, triste olhando o mar
Querendo carinho…
Recordando abraços, beijos, sorrisos
Sussuros,algumas lágrimas
Saudades deixadas, guardando mil segredos
Nas fibras da sua madeira pintada.

O banco mudo e frio,cansado de esperar
Quer voltar a escutar... ali me encontro
Sentada, aconchegada, enternecida
Partilhando lembranças, passeios infinitos
Em dias sem data, o sol e a maré se deleitando
Na praia da minha infância ainda adormecida.

Inserida por ruth_dos_santos

Quando o mar se zanga, e vem forte sobre a praia, diz-se que ele está ressaca...
Mas não foi por causa da bebida, mas sim, por causa da lua...
Osculos e amplexos,
Marcial
TEXTO PUBLICADO EM 15/01/2012, mas de vez em quando o mar abusa, e fica de ressaca...
Já faz um tempinho que não acontece, mas é algo "lembrável"... "Recordar é viver..."

QUANDO O MAR SE ZANGA
Marcial Salaverry

Quando o mar se zanga, acontece o fenomeno que é uma demonstração especial da força da natureza, quando somos brindados pelo espetáculo da ressaca marinha, e isso não quer dizer que o mar andou abusando da bebida, mas que a ressaca é algo impressionante, é mesmo, e isso em certas épocas acontece em Santos, como qualquer outra cidade litoranea.

Para quem não conhece Santos, esclareço que nossa praia tem uma largura superior a 100 mts (calculando-se entre o calçadão e a "linha" do mar quando em maré normal), e quando acontece a ressaca, o mar "varre" toda essa extensão, chegando a avançar até a avenida da praia (considerando-se que o "calçadão" dos jardins tem uma largura de 20 mts aproximadamente), proporcionando-nos um espetáculo de rara beleza.

O choque das ondas furiosas contra o paredão dos canais, contra as pedras de proteção do Emissário Submarino (também conhecido como bostoduto...) é algo para encher os olhos dos observadores privilegiados. Quando as ondas começam a se reunir ainda ao largo, já dá para antever até onde chegará o mar. E os mais prudentes procuram os locais mais seguros para apreciar o show, longe da fúria das ondas, pois elas, quando chegam, "varrem" tudo. Qualquer coisa que estiver no caminho, será implacavelmente arrastado.

E por vezes, a coisa é feia mesmo. Não é incoerência. Se a beleza do espetáculo da fúria das ondas em choque contra os obstáculos é maravilhoso de se ver, temos que convir que existe o reverso da medalha, considerando-se os estragos que essa beleza provoca. Digamos que é o mesmo estrago que uma amante linda e cara provoca na conta bancária de seu "coronel", ocasionando um prejuizo por vezes incalculável para muita gente.

As muretas de proteção dos canais de escoamento de águas pluviais (para quem conhece Santos, são os canais de 1 a 7) quando a ressaca é muito forte, são arrancadas pelo mar, que traz muita areia para a avenida da praia, tanta, que acaba até provocando a interrupção do transito, obrigando o uso de escavadeiras para que se possa remover a areia deixada pelo mar.

Contudo, é um espetáculo belíssimo... As ondas já começam a se formar em alto mar, que está super agitado. E elas vão chegando, e as primeiras já vão "varrendo" tudo, chegando até o calçadão. Quando principia o refluxo, outras já vem chegando... O choque das forças contrárias já é um show à parte, com a água espirrando bem alto. Para os olhos, é algo muito lindo.

As ondas que vão chegando, parecem estar com força redobrada pela luta anterior, e chegam ainda mais longe. Quando voltam, parece uma calmaria. Acabou tudo, o mar está lá embaixo. Mas novas ondas se formam, e recomeça o espetáculo...
Quando a maré alta atinge seu ponto máximo não há quem resista. Alguns mais afoitos chegam um pouco mais perto, e tomam um lindo banho quando as ondas chegam.

Esse fenômeno acontece esporadicamente aqui em Santos. Moro aqui já há 51 anos, e ainda não me cansei de assistir ao show que nos é proporcionado pela sábia Mãe-Natureza. A cada ressaca, sempre corremos para a praia para apreciar este belo show gratuito, que realmente vale a pena. Por mais que tente, jamais conseguirei descrever a grandiosidade do espetáculo. Só quem já viu é que me entende.

Não resisti... tive que comentar com meus amigos e amigas sobre isso. Sou o maior admirador que existe das belezas da Natureza. E este sempre vale a pena.
Quando a maré atinge seu "pico" máximo, a quantidade de areia trazida pelas águas é enorme. Os jardins da praia ficam cobertos com a areia e o sal deixado pela água do mar, o que dá uma sensação de pena pelo trabalho das "margaridas" no dia seguinte.
Como se não bastasse o fato do transbordamento dos canais causar inúmeros transtornos para a cidade, ainda temos que pensar que a maré alta vai chegar novamente durante a noite, atingindo seu "pico" por volta de meia noite, 1 hora, e é aí que mora o perigo. Geralmente a maré noturna é mais forte, e não adianta jogar comprimidos de Engov no mar para tentar aliviar a ressaca, que não resolve.

Realmente a ressaca marinha é um dos grandes shows da Natureza, pena é que ao lado da beleza, vem os transtornos que ela causa, com o alagamento das ruas, garagens subterreneas são inundadas, e outros problemas.

Mas, faz parte da vida, e são coisas da Natureza, que não impedem que se possa ter UM LINDO DIA.

Lembrando que esta cronica foi escrita em 01/2012, lembrando a ressaca acontecida naquela ocasião. Mas ùltimamente o mar não tem bebido tanto...

Inserida por Marcial1Salaverry

A noite vai esplêndida...
...ao longe a vista céu de estrelas...
Praia... Mar. nada se vê...
Apenas o cheiro de chuva brisa de jasmim...
Há dessa imagem... o silêncio de mim...somente o
marulhar das ondas..
Qual voz que faz estremecer e que apaixona...,
Absorta e saudosa na minha varanda...

Pergunto-me: "Por que sofres? O que é essa dor desconhecida?"
E eu melancolicamente suspiro!

Queria que pensasses em mim...No júbilo selvagem
De uma noite assim...ardente...
Gostaria de ter naquele momento teu sorriso
Embriagado de amor e desvairado....a falar-me palavras de amor...
Na madrugada...

Inserida por celinavasques

Você escapa das minhas mãos como areia de praia tento te segurar te apertar nos meus braços mas como cavalo selvagem vai embora.
E depois volta como quem não quer nada e bagunça minha vida como um furacão e vai embora de novo, e assim vivemos em um ciclo vicioso,você vai e vem e nessas indas e vindas vai levando um pouco de mim com você.

Inserida por Caciaeler

⁠Praia

A água gelada me faz arrepiar
O ar é rígido, vejo ele entrar nos meus pulmões
Dificilmente, respiro fundo e o ar arranha o interior do meu nariz
Sem precisar segurar a minha respiração, mergulho

Começo a vagar pelo vasto e imenso oceano
Descobrindo mistérios que a humanidade nem chegou a imaginar
O mistério do oceano o torna mais belo

Há coisas demais para eu retornar para a superfície
Há tantas coisas que eu esqueço como o ar é estranho
Há milhares de coisas que eu esqueço que há vida lá fora

A sensação da água correndo na minha pele
A sensação de ver coisas novas
A sensação da correnteza me seguindo

Me faz relaxar, relaxar e relaxar mais
Começo a cair, repentinamente, até o fundo daquele local onde eu achava que era seguro

A maré me largou, e eu larguei ela também
Aceito o meu destino
Todas aquelas sensações já vívidas me fazem permanecer aqui

Elas me fazem viver, mesmo que eu esteja no fundo do poço
Não quero sair, nem acordar, vou continuar infinitamente aqui.

Inserida por pakashawomman

Estou falando de como eram as praias de São Luiz, quando lá estive 12/2003.
De lá para cá certamente muita coisa mudou, mas a beleza da Natureza sempre existirá,
e encantará almas sensíveis as seus encantos...
Ósculos e amplexos,
Marcial

CONHECENDO AS PRAIAS DE SÃO LUIZ
Marcial Salaverry

Para falar das praias de São Luiz, há que se fazer uma volta ao passado, pois as modificações que ocorreram de 10, 12 anos pra cá foi algo de espantoso. Praias que eram quase selvagens, desde a Ponta do Farol até Praia do Olho d'Água, sem praticamente nada além de dunas de areia e mangue, transformaram-se em avenidas repletas de altos edifícios e hotéis de categoria internacional.

Onde havia apenas areia e mato, existe a Avenida Litorânea, com quiosques muito bem montados, onde existe de tudo, desde artesanato até refeições self-service. Para quem ficou muito tempo sem visitar, é uma surpresa atrás da outra. A Natureza pode ter sido prejudicada, mas está realmente uma beleza, que vale a pena ser visitada, principalmente o trecho na praia do Calhau, onde existe até um anfiteatro para espetáculos artísticos. Sentar-se nos bancos dessa praça, e contemplar a beleza do mar, e o por ou nascer do sol, é sempre um espetáculo maravilhoso. E ao cair da noite, com a lua e as estrelas iniciando sua vigília noturna, sempre agrada qualquer paladar visual.
Na realidade, para descrever as praias de São Luiz, podemos dizer que são uma só, com diversos nomes, pois desde a Ponta da Areia até Araçagi, passando por Calhau, Caolho (chama-se caolho, por ser o trecho entre Calhau e Olho d'Água), Olho d'Água e Araçagi, pode ser percorrida numa gostosa caminhada de 20 quilômetros, desde que se tenha vontade de andar, e que a maré esteja baixa, porque na maré alta, é impossível andar pela faixa de areia.

Há que se ressaltar, que a diferença entre as marés, chega a 9 metros. Então a praia, que na baixa tem uma extensão de mais de 2 quilômetros, fica reduzida a uma pequena faixa, e em muitos trechos, o mar chega até os contrafortes da Avenida Litorânea, já planejada prevendo a subida da maré, não havendo a possibilidade do mar chegar até a avenida. É muito lindo o espetáculo do mar batendo nas pedras, enquanto estamos confortavelmente sentados, degustando algumas especialidades culinárias locais, como arroz de cuxá, sarnambi, sururu, e outras delicias, como sucos de frutas locais, como cupuaçu, cajá, pitomba, pitanga. Enfim, vale a pena o sacrifício...

A praia em si, é muito irregular, pois apresenta trechos apenas de areia, sempre entremeados com algumas "ilhas" de pedras, que são um excelente esconderijo para siris, pescados com um método bem peculiar, pois basta mexer nessas tocas naturais, assustar os bichinhos para que eles saiam, e com um certeiro pontapé deixá-los meio tontos, e assim "colhê-los". Sem dúvida, um método bem científico. Esses trechos de pedras, quando encobertos pelo mar, são muito perigosos, pois as pedras ficam muito escorregadias, e uma queda aqui pode não ser muito saudável, razão pela qual sempre é melhor esperar a maré baixar para se aventurar numa caminhada. Nunca se sabe onde as pedras estão.

A Avenida Litorânea termina no Olho d'Água. Para chegar-se ao Araçagi, pode-se ir pela praia, quando na preamar, caso contrário, é necessário dar uma volta para ultrapassar o morro, pois este trecho é simplesmente intransponível quando da maré alta. Araçagi ainda conserva um pouco de seu encanto natural, meio agreste, que fatalmente será quebrado quando a avenida for aberta neste trecho.

Existem outras praias mais afastadas, como Raposo, Panaquatira, São José do Ribamar, Morros, que merecem um capitulo a parte. Estas ainda não foram atingidas pelo progresso, e se não apresentam a beleza arquitetônica da nova São Luiz, ainda conservam quase intactas as maravilhas com que a Natureza nos presenteia.

Assim, na expectativa do que nossos olhos poderão apreciar, vamos ter UM LINDO DIA, esperando um dia retornar para conferir como está a cidade e principalmente para visitar netos e bisnetos que lá estão vivendo...Um dia, quem sabe...

Inserida por Marcial1Salaverry

⁠Certa vez uma mamãe tartaruga botou vários ovos enterrados na praia para chocarem.

Passaram-se alguns meses e nasceram vários filhotinhos, e todos eles correram rapidamente para o mar.

Alguns filhotes conseguiram de uma vez só entrarem lá, entretanto, outros bateram com a cara em alguns pedras que havia no caminho, machucando-se, então, no meio deles, uma tartaruguinha exclamou:

-Meus irmãos, esse caminho é muito difícil! Vamos dar meia volta e outro procurar.

As que ficaram lá tentaram novamente, outra vez fracassando, então, no meio delas, outra tartaruguinha exclamou:

-Por que nossos irmãos conseguiram e nós não?!

E lá ficou parada reclamando.

As tartaruguinhas que não ficaram paradas reclamando ou desistiram facilmente tentaram mais um vez, assim, conseguindo entrar no mar.

Inserida por IsaackAdrian

⁠Hoje é dia de "fervo" no Rio de Janeiro: final de feriadão, carnaval, sol, praia, bebida gelada e animação.
Eu aqui, separando doações... eu sei que o pouco que consigo distribuir não vai resolver os problemas que afligem nosso redor: covid, desastre em Petrópolis, guerra na Ucrânia, entre outras tantas guerras que nos são anônimas e fragilizam, enfraquecem e desfalecem homens com ou sem fé em Deus.
Indiferença, individualismo, ambição, irresponsabilidades... consequências de um mundo selvagem em que a racionalidade humana é orquestrada pelo instinto animal de "sobvida": sob a vida do outro.
Postei numa página pública nesta semana um curto diálogo, resultado da reflexão sobre a selvageria do mundo e que posso ser perdoada por acreditar que o mal triunfará no final. Mas, que mal? Que final? Também não seria egoísmo entender que minha linha de pensamento é real. De qual realidade? Sob qual perspectiva de verdade? As verdades são temporais. Por isso até receio achar que possa estar certa. É muito ruim pensar demais... quando publiquei meu primeiro livro, meu pastor já me aconselhara sobre as questões político-filosóficas: podemos controlá-las ou sermos dominados nesta luta em que o maior inimigo está nas nossas mentes. Então a minha disciplina diária é manter a fé acima da política (social) e da filosofia (individual) e, desta forma, não acionar o gatilho que desencadeia uma nova crise do meu transtorno do espectro do autismo. Entender que, embora em grau leve, não sou normal levou algum tempo. Mas aceitar que o que me paralisa fisicamente esquenta muito a minha mente é paradoxal.
Portanto, exercer a fé significa controlar o que há na fronteira entre o consciente e o inconsciente.
"Não pare de lutar" foi a mensagem que tocou no meu coração: "Nunca falte a vocês o zelo, sejam fervorosos no espírito, sirvam ao Senhor. Alegrem-se na esperança, sejam pacientes na tribulação, perseverem na oração. (Romanos 12:11-12)"
Foi quando lembrei-me de Ludmila Ferber e sua canção "Nunca pare de lutar" gravada anos antes de ter seu câncer diagnosticado, em 2018. Teve uma vida digna, ética e seguiu os valores cristãos. Em 2019 sua fé consolidou forças para gravar "Um novo começo". Sua missão nesta terra terminou em 2022. E uma das riquezas que nos deixou além de suas realizações como humana, mulher, real, foram suas poesias em forma de canção. Melodias que aquecem alma, trazem força ao coração cansado e a mensagem de eternidade com o nosso Criador. Não tenho medo de morrer.
Ludmila foi uma boa pessoa como tantos que passaram por este mundo em suas diferentes terras, culturas, religiões e saberes. Então acredito que há homens bons. Mas há os maus: os que mantém o ciclo dos fins e dos recomeços porque são atraídos pela ganância e seus corações corruptíveis podem não admitir, mas estão envolvidos numa grande conspiração. Só que são estes os envolvidos que estão no poder e perpetuam o câncer social.
Se estou fantasiando? Não creio. Os pensadores não são aqueles que revelam a ilusão de algumas verdades, mas os que sugerem a verdade das ilusões. Por isso acredito que Jesus foi, de fato, o maior pensador e agradeço pela herança que deixou à humanidade.
Não sou cristã temendo ir para o inferno. Tento viver esses ensinamentos porque acredito que conduzem à uma vida melhor. No entanto, busco não me guiar pela religiosidade mas pela espiritualidade em que preconiza “o temor ao Senhor como princípio à Sabedoria”.
Tenho receio de não conseguir deixar nada de aproveitável para os que ficarem, pelo tempo em que ficarem por aqui. Afinal "quod in vita facimus, in aeternum resonat" - o que fazemos em vida ecoa pela eternidade (Maximus, O Gladiador).

Inserida por JaniaraLimaMedeiros

VONTADE DE NILO DEYSON MONTEIRO

Estar em Família, brincar, sorrir, andar de mãos dadas na praia com que amei de verdade, ah, que saudade do que não vivi...
Epicuro, filósofo bem que disse, que nossos problemas somos nós, na imaginar quem inventamos. Quem sabe viver na ilusão não seja negar a realidade, e sem viver a nossa real verdade...⁠ " Nilo Deyson "

⁠COROA VISTOSO

De novo dia 6, segundo mês.
Olha a tentação aqui, outra vez!
Desta vez deu praia,
trouxe a filha, duas sereias, duas raias.

Nunca fui carteiro pra querer ver selo;
Nem trator pra abrir estrada pra ninguém.
Nunca quis ser o primeiro nem o último,
Mas adoro costas em pelo.

Não procurei ser majestoso.
Até tentei viver o cult-fútil...
Se com nenhuma deu muito certo,
sempre cheguei perto
De ser pra sempre o mais gostoso.

E no fim,
Deu certo pra mim...
E, mais além,
Mesmo sem dar em cima de ninguém,

O que sempre procurei ser, ainda sou:
Nem o melhor, nem o mentor.
Sou o que todo vovô quer:
Só um velhinho muito amistoso
Procurado por muita mulher
E ainda chamado de Coroa Gostoso.

Eugênio Ramos 06.02.2022

Inserida por eugenioramospoeta

⁠Era um entardecer de céu avermelhado
Na Praia de Abaís
Findando fevereiro
É carnaval, é emoção
É saudade
Dos pierrots, colombinas e arlequins
Do Abaísanas
Da alegria dos foliões
Abram alas para o amor
O calor e as cores de verão
Na beira do mar
O bar do pescador
Água de côco, aratu e moqueca peixe
O melhor lugar é aqui...
...ABAÍS.

Inserida por claudiohiroshy