Texto de Duplo Sentido
Já faz algum tempo,
Distraído que só,
Perdi o sentido da vida.
De tão leve talvez se foi com o vento,
Ou talvez se decompôs e virou pó,
E parou no livro de histórias envelhecidas.
Hoje não faz sentido procurar.
Já corri, já li, voei e sonhei,
Tentei, só eu sei o que fiz, e porque fiz.
Já quis a morte, já briguei com a sorte,
Perdi o norte, tive que ser forte.
Fracassei, chorei, passei por maus bocados,
Dias pesados que minhas estruturas tremiam,
Meus pensamentos temiam, minhas esculturas lhes contavam.
Mas ninguém lia, ninguém ia me ler.
Um ser tão estranho, que não sabe querer,
Com alguém vai querer entender?
Deu vontade de me tornar um desertor
Fugir dessa guerra e me poupar da dor.
Sair, fugir desse invisível inferno.
Dai foi que percebi que o conflito era interno.
E que os enfermos eram de minha autoria,
Que se eu plantasse destreza não colheria harmonia.
O triste disso tudo,
É saber que ao amanhecer,
Pode ser que, tudo esteja revirado.
E a guerra dos meus eu's incomodados
Queiram aparecer, dai já viu,
A mente vai a mil por hora
E parece que vai ser agora.
Deixa me ir antes que o discurso mude.
Poema: Sentido
E quanta dor é preciso para brotar uma lágrima
Lágrimas que brotaram dos olhos negros brilhantes
Na face desce cuidadosamente marcando o caminho
Parte do corpo machucado através das palavras
Dos sentidos ocultos entre viagens e sonhos
Lágrima que busca o chão, que lava a alma
Que segredos ela tem, assim surge do nada
Flui o oculto sem se esbanjar, apenas flui
Mar de opressões e duvidas sentidas em segredo
Assim faz a dor ir embora, o sorriso chegar
E ela cai em meio sembrantes e vozes rocas
Leva consigo mundos e sonhos e realidades
Foragira quantas vezes exaltada for
Florescerá em seu jeito meigo e doloroso
Será sempre a mais bela das palavras não ditas.
Esqueça as outras meninas que nunca fizeram sentido e não importaram. Esqueça as noites mal dormidas com pessoasvazias e de papel que se desmanchavam ao chegar do dia. Eu estou falando da que realmente importa, da que faz diferença. Daquela que, quando tudo parece que vai desabar, é para os braços dela que você corre. É quem você pergunta como foi o dia, pra quem você quer contar como foi o seu.
É ela. E você sabe.
Infindável procura de um sentido qualquer
existência perturbadora de um âmago incompreendido
sinta-se vago plainando em um vazio
das dúvidas que o cercam através da descrença.
Junte-se a trajetória das incertezas
aqui jaz uma fé cega
revestida de uma alma semimorta
questione o inquestionável
desperta-te afim de compreender
a busca por si só é o real viver...
Andarei pelos caminhos da vida tentando achar um sentido,
complicada sei que eu sou mais sou mais só de estar contigo, tentado me entender, eu não sei como explicar o que sinto na minha alma, se apenas sei te amar, de amores não correspondidos, viverei amargurada eternamente, ate que encontre outro amor se não me sinto doente, não sei se serei consumida pela historias da vida,, mas quero que minha vida encontre outro ponto de partida amar é meu maior sentido se não me sinto sem rumo ,espero encontrar de novo alguém que me deixe segura, não sei se serei consumida pelas coisas da vida, mais sei que o amor me tomou e roubou o meu coração, devolva-me imediatamente se não eu morro sem paixão ,te amar é o que eu mais quero, pois sou assim tão complicada, mais sei que se você me der um tempo retomarei a minha jornada a jornada do amor pra encontrar meu coração, pois se não acha-lo eu me sinto na mão, ama r é meu maior sentido o amor é a essência da vida pois sem o amor sou apenas uma lenda sumida.
Fragmentos diluídos
12 de janeiro de 2013 às 22:42
Que guerra fútil sem sentido
Que o herói se esconde e se destrói...
Qualquer compaixão será abrigo,
Da ilusão, que alívio!
Que a vida sem caroço
Que se consome e não constrói,
Qualquer amor será traidor
Do âmago que se rói.
Que ignora e nada dói,
A saudade tudo mói...
Qualquer árvore será remorso.
Que fútil,
Qualquer mudança será útil...
Da esperança que não se calcula,
Vivemos além!
Que tua memória carregue teu dia...
Da Vida que não se corrói!
Fragmentos diluídos – Kadu Artes – Ready Made
A Estranha
Eu realmente me sinto estranha, me sinto como nunca mais havia me sentido, e isso "dói" é estranho passar por isso tudo novamente.
Mas é assim mesmo, outrora passa, mas depois volta tudo novamente, eu senti isso há muito tempo atrás, estava até confortada, conformada pensando que isso não iria acontecer novamente..
Mas ultimamente é assim que me sinto, como uma perfeita estranha, sem posição de tornar algo que jamais havia sentido..
Pois dessa vez é pior, é uma dor que vem de lá de dentro..
É algo que não sei se vou aguentar, é lá no fundo da alma..
é pior que das outras vezes..
me sinto um "lixo", me sinto sagaz, isso é bom, mas por outro lado é ruim.
Me sinto imponente, me sinto fria, dói saber disso dá pior forma possível..
mais isso dói, não consigo suportar, e com essa dor me sinto estranha..
você acha que fez algo? Acha que realmente fez alguma coisa pra melhorar? Não, você apenas feriu no que estava curado e agora isso dói, mais do que outras vezes..
É assim que me sinto uma perfeita estranha.
Sem emoção o coração não tem sentido! Mas sem se arriscar não há vida que propague por esse mundo;
O nutriente do prazer de viver é os encantos que os desejos insistem em querer;
Então se permita! E deixa eu te levar para um lugar onde nenhum outro homem a levou;
Para um mundo encantado onde o amor lhe dará toda atenção que exista!
Sentido
Não há mistério em existir
Nem em viver ou sonhar
Caminhar se faz por si
Sem erros nem acertos
No acaso de cada passo
Mas quanto do insondável
Abraça a alma se desanda
[e olvida
E em seguida se procura
[por sentido
E naquilo que encontra
Quanto mais do impossível
Então se abriga nesta miopia
Preso na teia do sentido
Naquilo que mente do início
No que deveria ter esquecido
[de ter inventado
Noutro infeliz descuido
[de otimismo
Agora me refugio
Olhando tudo ao lado
Acima e abaixo
E repetindo
Fui vivo
Fui assim
Eu lembro
Que esqueço
E me perco
De novo a caminhar
À frente sem rumo
Olhando para trás
Vivendo a cãibra
De sempre se retorcer
E nunca se encontrar
Em qualquer direção
Em qualquer tempo
Ou na posição
De descansar
Do engano
De buscar
Algum alento
No desespero
Da mesma história
De quem deu um passo
[certo
E não pode apagá-lo
E não vê mais sentido
Em continuar em círculos
A fugir do próprio vácuo
Procuro alguma outra quimera
Pouco menos mesquinha
Somente algo pequeno
Que caiba no dia-a-dia
De uma vida abortada
Que perdeu os passos
[e a paciência
Enquanto contava
Os dias e as horas
De uma morte atrasada
Algo que já tenha desistido
De um caminho novo
Algo já cansado
[vencido
Por si mesmo
Destemido
Do erro
Procuro e encontro
Outro atalho para onde vivo
[perdido
Entre certezas e restos
E a minha solidão
E o meu abrigo
Que não é lar
Nem meu amigo
Mas sabe calar
Quando todo som
[é ruído
E todo sonho é ruína
E por hora só isso basta
E por hora nada peço da vida
Só por saber que acaba tão cega
[como se inicia
A poesia deu sentido ao meus sentimentos
Deu harmonia ao caos de minha existência
Se tornou a tábua onde abrigo os momentos
Mais espetaculares de minha demência
A poesia me abraçou na mais amarga solidão
Fez de minhas lágrimas motivo para escrever
Perpetuou sua presença em meu coração
Transformou as dores em inspiração para viver
A poesia me deu tudo e me tirou o nada
Criou um jardim em uma alma deserta
Para que o aroma das flores entranhasse o papel
A poesia é a arma mais precisa
Capaz de revolucionar uma vida
É o dom divino que caiu do céu.
O que queria era um pouco de silêncio,
de alma, de calma,
enquanto as flores faziam sentido,
enquanto buscava um abrigo.
Na pressa do tempo, a vida, a galope,
só sabe continuar...
O que queria era um pouco de espera para as esperas,
uma bagagem de sonho e uma de realidade,
e assim traçar um caminhar.
Encontrar um olhar que salva
e um abraço para descansar os cansaços...
O que queria era uma reserva de felicidade.
E só!"
A vida só tem sentido
Quando tocamos os corações dos outros
Nem sempre os aplausos são para os vencedores
E sim pelo dinheiro que ganharam em cima dos derrotados.
Não é possível viver a esperança do céu
Sem as possibilidades da terra.
A melhor vingança é oferecer flores,
Para aqueles que nos oferece as algemas
É dar amor aqueles que nos oferece o ódio
Tem um frio aqui dentro
Uma ânsia sem motivos
Uma lembrança sem sentido.
Tem um sol aqui dentro
Com raios solares híbridos, e,
Com uma poesia inebriante e altamente singela.
Isso pode ser um sintoma de despersonalização... Mas acredito que não, pois a poesia inebriante e singela revela uma personalização inquebrável do meu ser.
Sem amor, a vida não tem sentido.
É sublime se saber, estar ciente de amar,
Só não sente falta
Aquele que nunca conheceu, amor...
Melhor com alguém
Sem dúvida, repartido
Metade sem controle
Que chora, que erra, que ama e perdoa
Que nos torna dependentes e a mercê
Deste sentimento, o amor.
É ver nos olhos de outrem
Mesmo sabendo, ser mais um no mundo
Lhe ser único.
E se com o tempo
Este, tiver partido...
Acredite!
É melhor saber o que é amar.
...Ainda que não correspondido.
Eu tenho sentido uma fé tão grande, dessa que me leva a acreditar que algo bom esta por vir. Sinto que estou sendo preparada. Já não tenho mais os passos apressados que outrora que me fizeram percorrer caminho que supostamente seriam o certo e que no final não me deram o resultado esperado. Então, agora sigo levemente embalada pela por uma nova esperança, preparada para um recomeço.
Alessandra Gonçalves
Nada é tudo e tampouco
Perto do sentido ardo
Que aquece o outro
Em dia de enfado
A grandeza do lógico
Se é eminente,
Suporta o trágico
Que à na mente?
Doce sentido da vida
Que somente DEUS entende
Só o amor nos da saída
Para os percalços da mente
O amor que á
Em tudo que vê
É aquele que se dá
Ainda que sem querer.
a dor é solitude no meu coração,
deixo meus sentimentos voarem,
nada faz sentido,
meus olhos doem quando olho para o céu,
a dor tem limites em um jogo de vaidades,
olho profundamente não sinto nada,
olho para céu não vejo mais nada,
o jogo faz minha sangrar,
meus pensamentos estão perdido,
no vento a dor é constante,
o sangue acabou e olho para céu,
não sinto mais nada,
só imagino a magica que faz o mundo girar,
no fundo do profundo é dilema olhar para o céu.
por celso roberto nadilo
Estante
O poema “A Arte de Perder” de Elisabeth Bishop nunca fez sentido para mim, desde o primeiro dia em que o li. Sempre questionei. Talvez por puro egocentrismo ou falta de maturidade, eu não sei. Passei os últimos anos da minha vida acreditando que eu podia ter tudo, que nada podia fugir de mim, que o que eu tenho eu não deveria perder.
Busquei insistentemente não perder nada. Nenhum instante, nenhum minuto sequer, nenhuma chave de todas as portas que eu abri, nenhuma parte de todos os estilhaços que caíram ao meu lado. Se eu perdia, corria pra achar. Se quebrava, corria pra remontar. Quantas noites juntei cacos, pedacinho por pedacinho, colando, remendando. Olhava a estante de longe e pensava: pronto, já dá pra colocar no lugar de novo. Ninguém vai reparar que quebrou. E voltava pra minha vida.
A verdade é que chega uma hora que você olha para a estante com mais cuidado. Com outros olhos. E isso acontece tão raramente. As vezes dura segundos. Você olha, talvez com a intenção dócil de tirar o pó. Pra ver se ainda está ali aquele porta retrato que caiu e você arrumou, dar uma folheada naquele livro que uma vez você emprestou, ouvir o DVD daquela cantora que você amava, o molho de chaves daquela casa antiga que agora está alugada e todos os vasos que já caíram e você colou.
Uma vez – e não faz muito tempo – lembro que joguei tudo no chão. Tudo. Minha estante inteira no chão. Tudo quebrado. O que não quebrou, rasguei, cortei, amassei. E me senti péssima depois. Um dia, voltei na sala. Refiz a estante, arrumei o que tinha quebrado, costurei, colei, remendei. Coloquei tudo no lugar. E o tempo passou.
Mas olhando agora, para minha estante, comecei a ver que não preciso guardar nada disso. Que tem coisas que não servem mais. Que não fazem parte de que sou hoje. Os vasos não ficaram tão bonitos como eram antes. Sim, foram charmosos um dia, mas olhando pra eles agora, posso ver cada remendo. Ao me lembrar dos cortes que fiz para juntá-los, penso até que valeu a pena. Mas hoje, hoje são somente vasos remendados. O retrato não precisa ficar a mostra por que já amarelou com o tempo. O que foi bom, simplesmente foi. Não é mais. Como a canção que hoje já não faz sentido. Como a árvore no fundo daquela foto que hoje não existe mais.
Se eu entendi o poema? Não. Ou ainda não como deveria. Há uma caixa cheia de coisas novas na sala. Mas o medo do novo é destruidor, não é? O novo, por mais que seja cheio é vazio se pararmos pra pensar. O novo não tem passado. Não tem história. O novo acovarda até os mais corajosos. Somos, bem lá no fundo, guerreiros que relutam para aceitar uma nova espada. A gente sabe que a caixa está cheia de novidades, mas não tem força suficiente para ir até elas.
Mas hoje, exatamente hoje, dia dez de outubro de 2013, olhei para as caixas repletas de coisas novas na sala. E mesmo assustada, mesmo com minhas mãos se desviando, meu corpo contestando e meu coração aflito, comecei a abri-las. Sim. Passa pela minha cabeça começar a montar outra estante e deixar essa que já existe como está. Mas não posso, não é? Preciso aprender a perder. Entender “a arte de perder” talvez ou finalmente.
Então, sentadas, eu e Elisabeth Bishop, nessa minha sala, tomando um bom vinho, rimos juntas olhando para minha estante. Cheia de histórias, de lembranças, de vasos inteiros, outros remendados, de fotos amareladas, de cartas que nunca foram enviadas, de belas canções, de sapatos com solas bem gastas, de chaves de casas por onde não entro mais, de relógios com marcador parado.
Me pergunto, em silêncio: por que eu acho que não entendi o poema ainda? Por que eu acho que não faz sentido desfazer de tudo isso? Mas afinal, é meu? Ou tudo é passageiro o suficiente para não precisar de estante?
Hoje, parei para observar o verdadeiro sentido da vida, sabe?
E comecei a entender que, o verdadeiro sentido não é só correr atrás de grandes sonhos, mas que também ver o que está ao meu redor. Meus pais, irmãos, primos, tios, amigos, sobrinhos, colegas. Que vão se afastando. E o motivo? Falta de tempo. Tempo esse que nunca tenho, para dar um bom dia, uma palavra amiga, um abraço, um carinho etc. Hoje vim aqui para pedir desculpas a todos vocês que fazem parte da minha vida, e que nunca tive tempo de reparar o verdadeiro valor que é de ter vocês em minha vida. Saibam que amo vocês, e que são muito importantes em minha vida
Parece complicado, difícil de entender mas ainda vai fazer sentido, eu espero... Um semestre inteiro pensando na vida e nem tudo está explicado, mas muita coisa mudou principalmente eu, agora mais tranquilo.
Estava uma tempestade e agora só chove... daqui um pouco o céu está azul de novo, e aquela história que dois raios não caem no mesmo lugar, ah eu é que não fico pra ver...
A fachada já está boa mas a casa está bagunçada, quando estiver tudo arrumado ou boa parte abro a porta novamente...
Eu desapareci, não dei notícias... acho que estava longe comigo mesmo, mas agora estou voltando, mas caminhando quando esquentar eu começo a correr de novo!
28/11/2011