Textos de despedida de amor
Saudades
Aquilo que julguei imensurável
Coube no beijo de despedida
Aquilo que julguei interminável
Reflito se houve um ponto de partida
Você bateu a porta do quarto
Eu quis bater meus lábios nos seus
Você fugiu sem deixar rastros
E o que sobra é o beijo de Adeus
Eu vou ter saudades
Ou talvez ela que me tenha
Talvez a solidão seja a melhor companhia
Nessa cama um dia quente, agora fria
A despedida...
***
Amanheceu e seu amado partiu tristemente...
Deixando-a com coração partido.
E voltou a adormecer eternamente...
As coisas já não tinham mais sentido.
Pois de que adianta ter as estrelas, a luz do luar... Ter o mundo...
Se não irá mais o encontrar.
O amor, um sentimento lindo e mais profundo...
Mas muito difícil de explicar.
Anoiteceu e tudo ficou mais triste...
Saiu a noite pra contemplar o mar.
Lua cheia no céu, não mais existe...
Agora tão longe do seu amor, já não podes mais o amar...
Rio, 06/05/06.
Carta de despedida
Meu coração já te tem como dono.
E eu sei.
Você o quer como seu.
Ah!
Mas esse meu coração teimoso
Não entende
Meu ser é livre e ilimitado
Não quero mudar meu jeito de viver.
Não se apegue em mim
Pois eu sou assim!
Eu te amo!
Mas não te quero,
Não posso ficar com você.
"Para alguém especial"
Perdoe-me! Eu não consegui me despedir, pois você foi embora para outro planeta na velocidade da luz ou quem sabe numa nave espacial, onde muitos foram antes, e para onde você foi,muitos querem ir.
Eu sei que você já acordou e está perguntando o que todos querem saber.
Agora você vai ter paz e felicidade e, quando você estiver pronto, terá um anjinho te esperando.
Um dia eu também vou e, talvez eu faça as mesmas perguntas. Mas eu sei que sempre que aparecer uma borboleta no meu jardim, será você e o meu anjinho pedindo para eu ficar bem.
Eu fico tão triste ao saber que pessoas que passaram em minha vida, já foi sem se despedir. Hoje se Abujamra me perguntasse " o que é a vida?" Eu responderia:" A vida é uma explosão de luz, momentos, sonhos, sentimentos e abandono. A explosão de luz quando estamos no óvulo no momento exato da fecundação até o nascer, momentos são aquelas fotos bonitas onde levamos pessoas em nossas cabeças para o resto de nossas vidas, sonhos em ser jogador; rico; ter o primeiro carro e por fim apenas cuidar de nossas famílias , sentimentos é o tudo, do ao nascer que aprendemos o que é o amor; O ao longo da vida, que aprendemos que dói viver e muito mais crescer, e com o crescimento perdemos o amor, pois é um único mandamento que devemos seguir e mesmo assim esquecemos . E por fim o abandono haaa o abandono, quando vemos nossas namoradas indo, quando vemos amigos indo, quando vemos nossos pais indo, e chega uma hora que estamos sós "
Espero que quem lê isso não fique triste, mas saiba que o tempo é implacável, e temos que aprender a lidar com todos os obstáculos, sem esquecer o amor e os amigos que passaram!
O crepúsculo deu
a sua despedida,
as luzes da cidade
foram acesas,
a Lua coroada
está de estrelas
iluminando o Rio.
Ao mundo inteiro
oferto a veia
da paixão que não
oculto no peito
feita de vibração
e teu amor perfeito.
O desejo de viver
para cantar o amor
seja como for
é só o começo:
nos teus lábios
a sede de me amar.
No ritmo do Universo
a canção eterna
aos olhos lindos
voltados para quem ama,
esta temperatura
que amorosa chama
ao ardente total amplexo.
A despedida
da tarde soprou
as nuvens
com suavidade
e fez percussão
com as folhas
do sublime
bosque do deserto.
E pensando em ti
a todo instante,
não desistirei
custe o que custar
de ir em tua busca
nesta noite
de luar brilhante.
O interessante
é o quê sinto
e já é imenso,
e sei que ainda
não te conheço;
algo forte vem
me dizendo
que és todo meu
e a você pertenço.
►É Difícil Dizer Adeus
É difícil dizer adeus
Nunca pensei que iria me despedir
Que não veria mais os olhos seus
Mas, aqui estamos
Você me abraça, dizendo que é o fim
Sinto uma tristeza tão ruim dentro de mim
Eu nos imaginei, eu de terno, você com um lindo vestido
Um sonho, um sonho maravilhoso, um sonho bonito
Eu não sei se consigo fazer isso
Não sei se consigo olhar você indo
Meu coração está gritando,
Chorando, pedindo para que fique comigo
Sei que nada irá te impedir
Ah, sentirei tanta falta de ti,
Que chega a doer antes mesmo de acontecer
Antes mesmo do fechar da porta,
Antes mesmo de vê-la indo embora.
Entrego todos os textos
Todos os momentos perfeitos
Todos os nossos sentimentos meigos
Eu não me arrependo das palavras que falei
Eu não me arrependo do dia que me confessei
Sinto e sentirei falta dos momentos que passamos
Não esquecerei por um segundo dos nossos beijos
Talvez era inevitável, ou talvez fui descuidado
Mas, sinto em seu abraço, que tudo ficará no passado
Eu sei que sempre te amarei, te verei em meus poemas frágeis.
Aqui penso se não dei o meu melhor
Reflito, é claro, agora que estou só
O travesseiro ainda guarda o seu cheiro
As paredes me lembram do nosso aconchego
Passado, passado, irrecuperável
Ao te ver descer a rua, lágrimas despencam em forma de chuva
Meu coração se estremece,
Ao perder o fogo que o aquecia na neve
Meus olhos ardem pela dor, pela saudade do meu amor
Assim que soltei sua mão, minha paixão se afogou,
Em um mar de depressão, sem luz, na escuridão
Despreparado, um novato, um apaixonado, um ex-amado
Despejado em um mundo sombrio e isolado
Um último beijo, um último sopro,
Jamais sentirei o sabor dos seus lábios morenos
Um último deslumbre e tudo terminou
Em meu ouvido, sussurrou para mim, "Se cuide".
O céu se entristeceu,
E, sobre os meus fios negros, choveu
Nunca a verei novamente em meus braços, Oh Deus
Por quê criaste minha cara metade
Não saberei viver, ela era a minha verdade
Um tesouro que me fora tomado, me deixado na saudade
E, enquanto se tornava uma miragem distante,
Um grito, meu grito, fora possível escutar em relance
Adeus, meu amor, minha razão, meu jardim, minha flor
Meu tudo, meu mundo
Adeus.
Ela foi embora, não me deu uma despedida nem informações do porque..
Apenas foi embora..
Tirou meu chão..
Perdi o ar..
Chorei como uma criança..
Sofri toda madrugada, lutando contra as lembranças e pensamentos da minha cabeça..
Quis fazer loucuras, planejei planos, pensei no pior querendo o melhor..
Porém nada mudou o que já era..
Então essa dor foi virando aprendizado, me dei um tempo pra por meu erros no lugar, assumi meus erros e perdôo os dela..
Hoje ainda dói quando as lembranças vem trazendo junto um mar de saudades..
Porém já lido melhor com isso..
E transformo meu antigo sofrimento..
Em desabafos..
Como este..
E agora me sinto melhor.
A última despedida
"Não irão adiantar mais conversas. Simplesmente não adianta insistir. Um dia, eu pesei tudo o que era então passado e os sonhos do então presente para o futuro e o resultado foi que poderia adiantar, talvez. Hoje, esse presente em questão já se tornou passado e o então presente que naquele momento ainda era futuro me mostrou que tais sonhos foram em vão. Já não adiantaria mais insistir. Eu devo saber disso há algum tempo, mas talvez não quisesse acreditar.
Lágrimas há pouco escorreram dos meus olhos e eu prometi que dessa vez seriam as últimas.
As pessoas se vão assim como as folhas caem no outono; assim como o sol se põe a cada fim de tarde.
Você fez parte da minha história. Escreveu nela algumas páginas que eu gostaria de arrancar. Páginas que se estivessem escritas a lápis, eu apagaria. Mas também escreveu muitos capítulos que irei eternizar. Capítulos que eu com certeza deixo escritos a caneta. Mas no final das contas, você foi só mais um personagem dentre muitos outros - e sabe-se lá quantos! - que farão parte do meu livro, até que eu encontre o co-protagonista.
Apesar de eu entender de uma vez por todas e me permitir superar, ainda dói. Dói ver que nossos planos se tornarão apenas palavras que foram jogadas ao vento. Dói comprovar, me baseando na nossa história, que promessas nem sempre são cumpridas.
A verdade é que quem quer, planeja mas não precisa necessariamente de uma promessa. Quem realmente realmente quer, apenas cumpre. Você me prometeu que iria mudar. Promessas e mais promessas. Eu já não me dou o luxo da inocência. Cansei de arriscar a acreditar em promessas. Falsas promessas...
Definitivamente chegou o fim pra nós dois. E é um pesar admitir que já aconteceu tarde. Não quero mais conversar, adiar o inevitável. Não vou novamente insistir naquilo que poderiamos ser. Deveríamos ter sido... Agora já foi, e eu não vou mais uma vez deixar pra depois."
Filho
Queria ter te conhecido.
Para me despedir sonolento,
te ver dormir,
te acordar com um beijo;
Queria ter te conhecido.
Pra ver um pé na frente do outro,
te ver levantar
te fazer feliz;
Queria ter te conhecido.
Pra te regar todos os dias
segurar sua mão assustada
te achar só meu;
Queria ter te amado.
Ser imagem, som e gosto
Ser seu porto e seu herói
Ser um só.
A Despedida
O pior sentimento sem dúvidas é o da perda, pois, com ela você e capaz de sentir todos os sentimentos possíveis ao mesmo tempo, sem poder "controlar" nada. Infelizmente sentimos isso e se você ainda não sentiu saiba que irá, ela vem com a certeza igual a da morte. Morre, o que dizer quando eu tiver a certeza? Vocês sentirão falta de verdade ou será como a metade das pessoas que estarão ao meu velório?! (Se é que alguém irá.) Irão dizer o quanto eu era alegre, sorridente, brincalhona, uma boa menina e muito alegre. Irão dizer das coisas que gosto e as que eu amo, mas será que é o que eu realmente gostei e amo? Não sou eu que tenho que dizer? (Certamente tirarão palavras de minha boca.) Mas como posso dizer? Vou porque tenho que ir. Fui intensa, medrosa, amiga e covarde. Pude sentir raiva e me sentir segura. Sorri, sorri bastante e fui muito feliz com minha família, amores e amigos! Sou amor e Deus está em mim, pois, ele é amor! Enquanto existir amor, existirá união, compaixão e Deus!
K.B
" Quando o vento soprar a canção da despedida
e todas as cores simularem o adeus
iniciando a viagem noturna,
fria
quando teus olhos cerrarem uma lágrima
e tua boca docemente me chamar de amor
deixe-me ir
é hora da partida
talvez os anjos em travessia moldem algum azul
a importância não será revelada
o que ficará será infinito na saudade
e eu que não serei mais teu
irei me encontrar
com o enigma da vida
que todo mundo involuntariamente quer descobrir...
Infeliz despedida.
A chuva castiga, o frio maltata. Mas a solidão me aterriza, me faz manter os pés no chão, independentemente do que vier agora, é disso que preciso.
Meu celular está quase sem bateria, agora não saber teu número decorado bastaria, mas não basta, porque aprendi, assim como a aceitar tudo que vinha de você, aprendi a prever suas palavras, atitudes, seus passos. Aprendi que você pisca rápido os olhos quando está nervoso, que dá um riso escandaloso quando está sendo sarcástico, que mexe no celular quando quer evitar contato visual, que a tua calma sempre esconde algo, que não deixa ninguém te ver por inteiro, que estraga qualquer iminente preocupação dos outros ao teu respeito e que morre engasgado com tudo que não diz, porque pra você, é sempre melhor mostrar que não se importa.
Mais cômodo, talvez, mas não melhor. Não pra mim, nem pra você. Toda essa comodidade juntou-se a um contexto amplamente caótico de minha vida, que juntou com tua ausência, com nossas perspectivas abertamente opostas e com tudo que você projetava em mim. Nós fomos dois covardes por aceitar sem lutar, logo a gente que sempre foi tão de luta...
Meu relógio marca 3:00 da manhã. Dizem que é a hora dos demônios, talvez seja, mas não dos meus. Regularmente eles passeiam fora de hora por esses tantos caminhos tortuosos. Daria meu rim por um cigarro agora, ou por qualquer droga que me anestesiasse e me mantivesse bem longe de tudo isso que eu não sei sentir.
Acho que quero beber. Acho não, eu quero! Se bem que eu nunca consegui... paciência! Horas de desespero... (complete a frase). Vou até a conveniência da esquina ver se encontro alguma coisa forte.
Voltei com o whisky mais vagabundo que encontrei. Menos mal, o efeito vem mais rápido. A atendente da loja me olhou com pena e eu até entendi. Não consigo nem dizer qual das duas reações mais me impressionou. Estou de jeans rasgados, manga longa, Havaianas e na chuva... estranho seria se ela me achasse normal. Acho que sou realmente muito exposta.
Tenho um cigarro entre os lábios, conduzindo-o com meus dedos em V. Que representativo, né? O símbolo da paz, a paz que só tenho encontrado nessas circunstâncias. Enfim, servi a primeira dose, tô analisando o copo a uns 15 minutos e meu estômago já tá se revirando. Eu odeio beber, sempre odiei, mas é preciso. Engoli tudo, e desceu queimando além do esperado. Sinto minha garganta arder pela exposição, mas o efeito foi bom, até consegui te esquecer por uns minutos. Acho que vou repetir, na verdade, acho que tenho por obrigação repetir isso. Tomei mais alguns copos, sempre os batendo na mesa, e a cada novo golpe, ele se desgasta, mais e mais. Acabou rachando, me veio à mente uma analogia bem interessante, algum palpite? Uma dica, é bem clichê. Acertou quem disse que é meu coração. Mas a culpa é minha. Bati o copo na mesa e insisti nessa droga de relação. É compreensível estar nessa situação agora, a culpa é minha por não perceber o óbvio, mas quer saber? Que se foda essa compostura infundada.
Um bom jazz está tocando em meu notebook, mas o som agora parece tão distante. Já nem sei diferenciar o real do imaginário, a linha ficou tênue demais, parece uma corda bamba sobre a qual venho me equilibrando a um certo tempo, e agora eu caí. A melhor parte foi quem estava lá pra me segurar, isso mesmo, ninguém.
Sinto tua falta, mas sinto falta das viagens de moto com meu pai, sinto falta do meu ex (presidente), sinto falta de muita coisa que nunca mais será minha, senti falta de escrever, e cá estou, bem como senti falta de fumar a um tempo (felizmente isso estava ao meu alcance). Pra resumir e deixar desse mimimi, é, isso eu também vou superar, a gente vai. Faço muito drama né? Eu sei. Mas não escrevi nada disso com a intenção de te mandar, então se acontecer, é porque já estou bem bêbada (e qual é, você me conhece. Sabe que sou fraca com bebida). De qualquer forma, se acontecer, saiba o quanto você é importante. Minha mente tá um caos, tô virando uma bomba relógio a ponto de explodir, sua obrigação moral é se afastar. No mais, és um babaca.
Thaylla Ferreira Cavalcante
Ela não queria que fosse fácil, só queria que fosse possível
Despedir-se de alguém que nunca chegou
Fechar a porta que não se abriu
Esquecer dos beijos que não roubou
E dos sonhos que nunca sonharam
Ela queria que fosse possível esquecer as histórias não vividas
Consertar os erros que não cometeram
Voltar a lugares que nunca foram
Ou repetir as brigas que nunca tiveram
Ela queria ter ao menos um coração partido pra curar
Músicas pra recordar
Algumas fotos pra jogar fora
Ela queria poder libertar-se da ilusão do quase
E parar de viver de esperas
Como um relógio que não aceita os efeitos do tempo
Mas, por hora, ela continua sua busca por infindáveis não começos
Derramando-se em tinta e verbos
Filosofando sobre amores que não findam
E sobre a dor de não saber o que seria
NUM MAR 🌸
Num mar de despedidas
Folhas tristes à minha porta
Nos pássaros já feridos
Eu serei mais uma mulher
Que anda sem pressa da idade
Vou deitar fora o meu mau humor
Para não me ferir mais no próximo
Amanhecer que estaremos juntos
E quando a loucura chegar, se chegar
Que não me traga mais solidão
Vou deixar voar as minhas borboletas
Sem perder uma simples lágrima
Entre as palavras vazias
Onde darei grandes gargalhadas
Nas folhas perdidas no outono
Pois estaremos juntos quando amanhecer.
Despediu-se sem dizer adeus
Naqueles olhos pude ver o motivo pelo qual batia em retirada
Poucos são aqueles que estão prontos para o amor e, por ausência de experiência, me deixou esperando sentada na calçada.
Quem sabe ela volte com mais sabedoria na bagagem. E, quem sabe, perceba que o mundo lá fora não tem os mesmos braços acolhedores e pacientes que os meus.
Vá minha querida, eu continuo aqui até o presente momento.
Só não sei se permanecerei.
Despedida
Com carinho e tristeza caia uma lagrima daquela fortaleza chamada pai, meio sem jeito me deu um abraço forte, um “eu te amo” não declarado, mãe, com um choro na garganta, baixo e contido me deu uma pequena bolsa com nada mais que trocados, mais que se resumia a tudo que ela tinha. Um minuto e nem uma palavra dita, naquele fim de tarde chuvoso, pesado. Ao final peguei minha mala, com mais sonhos do que roupas e fui desbravar minha vida.
A saudade é sincera,
despedida é uma merda vazia.
Eu ''tô'' calado com a mente gritando,
minhas mãos estão frias.
Você na minha frente,me olhando,
eu não sei o que dizer.
Tem sido foda, vários dias sem te ver,
exclui redes sociais pra esquecer você.
Tentei me enganar, coloquei pra mim:
- ''Cê'' vai ficar bem !
mas a essa altura já vi que e mentira,
você deve ter descobrido também.
Não sei o que te prende,
se é orgulho ou medo que te faz travar?
nos vamos pra casa tomar uma gelada,
e depois tentar conversar.
Tentar esfriar,
os pensamentos que agora estão a milhão,
a 140 por hora pelo acostamento,
radar não me pega hoje não !
E o silencio no carro,
e o motor gritando,
e as marcha arranhando.
Eu ''tô'' cego de raiva, de sono, de medo,
eu não sei o que está ''pegando''.
Uma carta de adeus
Olá, Morpheus, o teu coraçãozinho parou hoje, e me despedi de você com lágrimas no rosto e coração partido.
E assim você também se foi... E sou forçada a dizer a todos porque, talvez eu tenha te transformado em uma figura pública. Estavas em muitos dos meus escritos e na maioria de minhas fotos. Eu me sinto mutilada. E não importa se as pessoas entendem, sabe... Não me importo se me chamam de exagerada, de trágica. "Todo esse drama por um gato". Mas olha, vou te dizer, meu querido Morpheus, eu até entendo.
E digo mais, se eu estivesse no lugar deles, pensaria a mesma coisa: TODO ESSE DRAMA POR UM GATO.
Porque eles não se importam. Não estavam aqui, digo, aqui perto. Não estavam conosco. Não estavam naquela tarde de janeiro quando eu abri os portões da minha casa, quando acendi a luz e escutei o teu primeiro "Miau". Quando desci do ônibus e nos olhamos pela primeira vez.
Ao invés de dizer "Quem diabos você é?", você me olhou estreitando os olhinhos verdes e começou a ronronar, assim, na confiança, mesmo sem me conhecer. Eu disse "vamos lá, vou cuidar de você pra sempre" e aquele pra sempre, foram apenas três meses. Três meses de um milhão de aventuras.
Todo esse drama por um gato. Eles não estavam contigo, meu caro rapaz, quando eu te ensinei a fazer suas necessidades no lugar certo e tu, mas que um gato que caga e mija, parecia um empresa de terraplanagem. Eras um traquina magro e longo, com orelhas, calda e patas proporcionais. Não, querido Morpheus, eles não estavam aqui quando eu te ensinei a subir na porta de casa e na árvore. E a descer, obviamente. A princípio você parecia um tetraplégico, que acabou de se curar, depois, em duas horas, subia e descia como um flash. E eu como uma mamãe que tinha acabado de tirar as rodinhas da bicicleta do filho, me comovi e te abracei.
Eles não estavam quando várias e várias vezes eu estava fazendo trabalhos da faculdade e você constantemente ficava em frente ao PC. Não estavam quando dormimos muitas noites juntinhos. E nem ao menos quando eu estava falando com algum garoto e te perguntava: "O que você me diz? Esse tá bom?" e me olhavas com cara de abusado. Não estavam quando você subiu na mesa e comeu meu pedaço de frango e eu fingi que não estava vendo nada. Bem, você sabia que eu estava vendo. Todo esse drama por um gato. E era sempre só eu e você, quando eu chegava em casa cansada e você queria fazer "massagem" na minha barriga, eu girava e você fazia "massagem" nas minhas costas. Não estavam quando as pessoas te faziam mimos na rua. Tudo você fazia. E eles não estavam aqui. Estavam todos ocupados fazendo filhos, namorando, se casando, esse tipo de coisa, de adultos, enquanto eu estava contigo, contando sobre o dia ruim que tive no trabalho, na faculdade, sobre as brigas com minha mãe... Não tinha ninguém quando eu começava a chorar e você chegava. Você sempre chegava.
"Não chore mamãe", e acariciava com o nariz no meu queixo, enxugando o rosto molhado. Não estavam aqui quando você consumiu uma das suas vidas sendo ainda bebê, por acidente. Não, não estavam nem aí pra nada. Era eu e você. Nem quando você tomava banho e em seguida rolava na areia, se sujando de novo. Todo esse drama por um gato. Claro, ninguém estava aqui. Ou quando você me mordia de verdade, sem parar. Não, lindo Morpheus, eu não espero que me entendam. Talvez pensem que estou exagerando... Eu deixava que você fosse o único ser vivente a me ver triste, porque você sabia o que fazer. E sempre fez. Certas coisas eu disse só a você, certas lágrimas eu chorei só contigo. Não, não estavam aqui, nem ao menos naquela noite quando eu acordei e fiquei observando teu corpinho por várias horas.
E ninguém estava aqui essa manhã quando comecei a chorar na sua frente. Não estavam quando tive que me despedir do meu menino espetacular e único. Meu melhor amigo, um pedaço de mim. Ninguém nunca entenderá e não me importa. Ninguém estava aqui e nem agora que escrevo isso chorando, incapaz de parar por um minuto. Vai em paz meu bebê, você me deu tudo, agora pode repousar, espero ter te dado um boa vida, te juro que fiz o possível. Eu te amei como um filho, talvez aquele que eu nunca terei. Todo esse drama por um gato. Ninguém entenderá jamais, ninguém estava aqui. Não estão aqui nem mesmo agora, nessa casa, que de repente tornou-se vazia.