Texto de Conscientização
É uma coisa traiçoeira. Nunca acontece da noite para o dia. Esse tipo de coisa rastejou para dentro da nossa comunidade há muito tempo. Já está arraigada e se alimenta de preconceito. Egoísmo. Da incapacidade das pessoas de enxergarem a vida pelos olhos dos outros. E cresceu, mais e mais, até chegarmos ao ponto em que as pessoas nem se questionam por que um policial pode atirar primeiro e perguntar depois.
Muito se discute a respeito da verdadeira religião, mas não é a pretensão deste pensamento definir qual seria a lídima religião, mas como os homens têm se comportado em sociedade quando encontram o contraditório religioso e, além desse conflito, a discriminação “racial” associada a esse sentimento agravando ainda mais as relações entre os desiguais. SOMOS TODOS DA MESMA RAÇA!
Palavras desaparecem, se calam, quando seus significados não fazem mais sentido. Isso é preocupante. Honra, retaguarda, lealdade, compromisso, ética, companheirismo, fidelidade... Cada dia menos se ouve sinceramente essas palavras ou se vê na prática. Cada vez menos e com uma velocidade embalada. Não sei se Darwin estava certo, se éramos mesmo todos macacos, mas se continuarmos nessa balada, seremos todos violentos macacos.
Vivemos em um tempo em que vociferar suas convicções é o caminho para a leviandade de suas verdades. A todo momento encontramos com pessoas carentes de expor pensamentos tacanhos em prol das suas mais que absolutas certezas. Não há espaço para dúvida, ou é, ou não é. Fora o tempo em que nossas avós dizem meias verdades, hoje precisamos estar conectados com as verdades absolutas de um grupo que se deixou levar pelo medo, pelas inconsistências semânticas de discursos evasivos. Não há nada a ser dito, somente a ser reproduzido. A intolerância atingiu recônditos inexplorados e apoderouce-se dos discursos efusivos de fundamentalistas defensores da fé cega, de proporções homéricas. Como diria Fernando Pessoa: onde é que há gente nesse mundo? Então sou só eu que sou vil? Esse discurso de ódio nos aduz às mais insandices das hipocrisias humanas, revela-nos a fragilidade de uma cultura insípida, porém com todos os sabores dos pseudos racionais, paladinos de uma razão de proporção bíblica, contudo à margem da pureza do amor verdadeiro. Já dissera o grande mestre: amai-vos uns aos outros como eu vos amei. Desculpa, mas não temos tempo mais para isso hoje, não com toda essa tecnologia que nos impele a ser nós mesmos, que nos lance ao abismo de nos tormentas e para sobreviver às tortuosas desesperanças, lançamos mão dessa nossa pureza. Afinal, quem vive de migalhas são os porcos e antes de você, existe o eu. Para dar força contrária a esse discurso, muitos dirão que minhas palavras são expressões vazias dentro do mundo de Alice. Não há mais um país das maravilhas. E não há por quê? Por que ao cantarmos nossas diferenças, isso lhe dá o direito de ser rude? Será que ninguém absorveu o que nossos pais viveram com a Woodstock? Onde foi parar aquela liberdade de amar? Vivemos em um tempo de guerra, em que matamos para podermos ser vistos. Sim, matamos não somente os outros, mas a nós mesmos, matamos em nós o nosso direito de ser amável, solidário, afetuoso; porque aprendemos paulatinamente que isso é para os fracos, melhor, para os fracassados. Saramago, brilhantemente, nos confessa (e faço das palavras dele as minhas) que a palavra de que ele mais gosta é o não, há um tempo em que é necessário dizer um não, pois o não é a única coisa verdadeiramente transformadora. Assim, diante de tantas desmesuras, de tanta desumanidade, é essencial que digamos não a tais censuras. Para que não nos acostumemos a essa fria realidade opressora, defensora da falsa moral e dos falsos bons costumes. Entretanto eu sei que a gente se acostuma, mas não devia.
A imprensa não tem competência para denunciar. Quem fiscaliza e denuncia é o Ministério Público. Por isso temos uma massa alienada que não conhece os seus verdadeiros direitos pois os mesmos são distorcidos pelo "1º Poder": A imprensa. Igualmente, no mesmo sentido, comete de forma irresponsável muitos assassinatos de reputações e até mesmo famílias inteiras. A imprensa nada mais é do que uma entidade informal que deve existir para servir o CIDADÃO de bem e não um governo ou grupo constituído de poder $. A imprensa informa, investiga, pesquisa, relata fatos comprovadamente incontestáveis, SEMPRE prezando pelo bom senso e primordialmente pela VERDADE dos fatos. Infelizmente não temos um jornalismo confiável, honesto, que tem como escopo a busca da verdade, mas de servir a interesses escusos.
Não tenho nada contra os heterossexuais, inclusive tenho amigos que são. Mas precisa mesmo paquerar mulher na rua? Ou ficar dando beijinho em público? Eu não sou obrigada a ver isso. E pra quê cena romântica na TV? Meus filhos gays não precisam saber disso. Eles vão achar que é normal e vão querer fazer o mesmo. É um desrespeito a família tradicional brasileira.
Apesar dos muitos anos transcorridos desde a abolição da escravidão, os praticantes de religiões Afro-brasileiras ainda enfrentam desafios para exercer sua fé livremente em um país onde a intolerância religiosa persiste. É imperativo questionar se as barreiras enfrentadas por essas comunidades seriam as mesmas se suas crenças tivessem raízes em tradições historicamente associadas à elite branca e burguesa. A liberdade religiosa é um direito fundamental, e a diversidade de crenças deve ser respeitada e protegida em todas as esferas da sociedade.
Nascemos livres de vaidades e vícios, puros em essência até certo ponto. No entanto, ao longo do tempo, a cultura do mundo nos transforma e o inimigo nos contamina. Ele tenta incutir em nossas mentes que a igreja não nos aceita como somos, mas na verdade, como estamos. Isso é como alguém propositalmente sujar uma criança e depois acusar sua mãe de não permitir que ela se deite em uma cama de lençol branco e limpo. A verdade é que bastava a criança tomar um banho, e a mãe dela estava certa. O objetivo da pessoa era apenas usar essa situação contra a mãe da criança.
Se uma pessoa idosa não consegue reprimir completamente seus impulsos sexuais é vista como perigosa ou patética, prejudicial, nos dois casos. Os velhos geralmente vivem meia vida porque sabem que despertarão sentimentos de repulsa e medo se tentarem viver completamente. Nem todas as paixões estão necessariamente ausentes aos oitenta anos, mas para os velhos é conveniente fingir que estão.
Não adianta sair do armário e continuar trancado dentro desse quartinho que você chama de mundo gay. Pensar que futilidade, promiscuidade, falsidade e quaisquer outros adjetivos pertencem a alguém só por ser gay é um preconceito que temos por nós mesmos. Todas as pessoas possuem defeitos e qualidades e isso é um aspecto humano, nunca esteve ligado a sexualidade. Existem casais gays que se amam e vivem relacionamentos lindos e duradouros, profissionais gays responsáveis, pais gays que são exemplos de família. O problema não é o mundo gay como um todo, o problema é a capacidade individual de selecionar boas companhias, o meio gay de cada um. Afinal, “cada um tem a visão da montanha que decide escalar”. Quem entende isso, certamente concorda comigo.
Se você tem 20, 40 ou 70 anos, e você passou uma vida inteira no piloto automático, levando a vida com a barriga, como pode querer mudar sua vida de uma hora para outra? Você precisa se conscientizar que para reverter ou substituir esse piloto automático, há um trabalho de reeducação a ser feito e ainda precisa praticar exercícios que o levem ao Despertar da sua Consciência, de forma eficiente, como respirar com consciência para aprender a pensar, falar, agir e sentir com consciência.
Para mim, essa ["contra a natureza"] é uma das expressões da megalomania do homem, que pretende ser senhor e mestre da natureza. O mundo é dividido em duas partes: aquilo que convém momentaneamente ao ser humano é natural; aquilo que o desagrada, ele considera antinatural. (...) Elimine a expressão "contra a natureza" de seu vocabulário habitual; com isso, estará dizendo uma besteira a menos.
Mostra-se injusta e inaceitável a rejeição a alguém “apenas” por ser ignorante, inculto ou pouco inteligente. Explico as aspas: não é o fato de ser assim que a torna inferior aos demais. Pode ser dessa forma por possuir deficiência tanto congênita quanto adquirida, ou simplesmente por não ter tido acesso às formas de obter conhecimento e cultura. A questão não está no efeito percebido, mas na sua causa. Serão passíveis de crítica somente os que, mesmo com todas as oportunidades a seu alcance, recusaram-se a mudar tal realidade, tornando-se merecedores de tratamento compatível com sua ignorância, já que tais pessoas fazem-se imbecis por opção.
Preocupante não é ver “a instituição da família ser destruída por gays”, nem praticantes serem tolhidos no seu direito legítimo de professar livremente a sua fé. Assustador é como ambos podem fazer uso do direito que possuem para pregar o ódio uns contra os outros... mas, sobretudo como podem usar seu direito à liberdade para demonizar o que se mostre diferente; ou tentar antes ser-lhe indiferente, caso não consiga entendê-lo.
A criança nasce com uma inclinação para a empatia. São excessivamente inocentes, inteligentes e criativas. Nenhuma criança nasce preconceituosa. Em geral, nós adultos é que somos os responsáveis por chegarem à idade adulta desprovidas da compreensão necessária para entender que independente da cor, etnia ou religião, somos todos iguais.
Ninguém nasce racista, nós é que plantamos essa erva daninha no solo fértil da criança. O dia em que ensinarmos as nossas crianças, e essas quando crescerem aos nossos netos, e os filhos dos nossos netos a seus filhos que cor da pele não determina caráter e nem inteligência e que por dentro as pessoas são todas iguais, talvez tenhamos criado uma geração finalmente livre desse fantasma chamado racismo. O primeiro passo para chegar a esse patamar é entender que criança aprende com exemplos e não com palavras.
Sempre tive desconforto perante as tatuagens, e por conta disto pensava que nunca faria. A vida costumar nos dar respostas claras a nossos medos e exageros de maneira singular. Há alguns anos, estava enchendo uma caneta tinteiro de tinta, quando a caneta escorregou e com sua pena de ouro, fincou no meu dedo indicador. Doeu mas logo cicatrizou. O que pude perceber após uns dias, foi que a pena tinha deixado tinta na minha pele. Mesmo no desconforto a vida me respondeu e me tatuou inesperadamente, com isto meus antigos preconceitos foram embora. Tatuado pela vida estou.
Para muitos defeitos físicos existem formas de serem eliminados ou atenuados. Contudo, para os defeitos do espírito, principalmente o preconceito, se a pessoa que os portar não corrigi-los e não se redimir perante Deus e a quem porventura tenha ofendido, eles voltarão contra ela, em dobro, nessa vida ou em outra, inclusive depois da sua morte.
Quando o STF reconhece as condições insalubres e precárias do sistema penitenciário brasileiro, o que torna a recuperação do apenado cada vez mais difícil e, não raro, vítima de assédio do crime organizado, uma lei que não proteja o doente, dependente químico, de fazer escalada na vida do crime é inaceitável, injusto, contrário a ética e a mínima razoabilidade legal.
Enquanto continuarmos usando expressões como:"O PRIMEIRO PRESIDENTE NEGRO DOS..."; "A PRIMEIRA MULHER NEGRA A..."; "O NEGRO MAIS BEM SUCEDIDO DA..."; "O ÚNICO NEGRO A...", etc., o racismo continuará existindo no Brasil. Se é pra todos terem os mesmos direitos e deveres, se as leis não extingui ninguém, então, porque tais expressões? Por que cotas em universidades? Tenho total consciência de como é difícil ser um negro no país, mas penso em consequências a longo prazo. Preconceito embutido, ainda é preconceito. Pense Nisso!