Texto de Borboleta
#BORBOLETA
A primeira estrela no céu se revela...
Caminha pela rua a brisa fria...
Finda já a tarde...
Tão bela...
No mundo bordado...
Cheio de maravilhas...
Tão longe...
De mim distante...
Num ondulante respingo de melancolia...
Uma borboleta me faz companhia...
Tranquilos e tristemente...
Caminham pelas ruas...
Um pingo de gente...
E vão... E vem...
E voltam... E passam...
Em tão poucas companhias...
Mudam-se as coisas...
Muda-se a vida...
E os sonhos,
Um dia perdidos...
Não voltam mais...
Não sei se penso em tudo...
Ou se de tudo me esqueço...
O que na alma vai...
Às vezes penso que enlouqueço...
Levo os meus sonhos para sempre...
Mesmo com as lembranças roubadas...
Levando num sorriso...
Indeciso...
Os restos de mim...
A vida é este palco...
Sem que se entenda o sentido...
Uma órbita suspeita...
Borboleta...
Obrigado pelo carinho de sua visita...
Sandro Paschoal Nogueira
A Lagarta e a Borboleta
Em um pessegueiro em flor havia um casulo.
Dentro dele uma lagarta muito pessimista.
De sua janela via as borboletas felizes, de flor em flor
e invejava a sua liberdade.
Chorava se sentindo esquecida pela sorte, até que num dia de sol, uma borboletinha pousou à sua janela. Vendo-a chorar lhe pergunta: Por que choras?
Porque eu também queria voar e estou presa aqui dentro...
Ao que a Borboleta responde: Então não sabes de onde, nós borboletas, viemos? Nós viemos de casulos, iguais ao seu.
A Lagarta surpresa e vibrando de alegria sorri feliz...
Compreendeu, finalmente, que para tudo há um tempo. Tempo de ser Lagarta e tempo de ser Borboleta e tratou de esperar que tudo acontecesse no seu tempo.
Cika Parolin
da coleção de pequenos Contos Infantis
Mulher
Foi ao jardim e se fez borboleta
Foi a luta e se fez sonhos
Foi ao deserto e se fez flor
Foi ao mar e se fez intensa
Foi ao silêncio e se fez cura
Foi ao medo e se fez sol
Foi ao choro e se fez abraço
Foi ao encontro de si e se fez inteira
Foi ao vento e se fez música
Foi ao verbo e se fez amar
Assim é essa mulher
Não cansa de recomeçar
Poema autoria de #Andrea_Domingues ©️
Todos os direitos autorais reservados 22/05/2021 às 10:00 hrs
Manter créditos de autoria original _Andrea Domingues
#SUSPIROS
Suspiro, suspiro e volto a suspirar...
Borboleta azul para onde está indo?
Aonde queres chegar?
Vais me deixar sozinho?
Alçar vôo em novos caminhos?
Não sou o que fui ontem...
Amanhã não sei se serei...
Um choro que ninguém escuta...
Só você...
Mais ninguém...
Diga-me que sentirá saudades...
Do aconchego que tivemos um com o outro...
Está certa...
Loucura seria não tentar...
Mas quero que saibas...
Ainda que o vento sopre...
Estarei eu cá sempre a lhe esperar...
Vá...
A felicidade sabe, já alcançei...
Pelo menos muito tentei...
Que a vida me traga mais flores...
Para um dia você voltar...
Vou despedir-me de tudo que me afugenta a alma...
Encontrar um caminho um lugar...
Ao amanhecer, quero sol no meu jardim...
Saberei que sou feliz assim....
Me bordarei de nuvens...
E também terei asas...
Tocarei as estrelas...
E pela eternidade...
Lembrarei de você...
Sandro Paschoal Nogueira
Semeando amor
Atirei um girassol no vento
Foi levado pelo passarinho
A borboleta disse em desespero
Quem teve esse atrevimento?
Atirei um girassol no mato
Mas perdi a direção
Sozinha na beira da estrada
Sentei triste com o chapéu na mão
Atirei um girassol no mar
A onda trouxe-o de volta
E disse bem calmante;
Para amar tem que ser valente
Atirei um girassol na criança
Ela sorriu alegremente
És lindo como o sol na alvorada
Vou espalhar amor ao longo da minha estrada
Poema autoria #Andrea_Domingues ©️
Todos os direitos autorais reservados 23/03/2021 às 16:00 hrs
Manter créditos de autoria original _Andrea Domingues
Das Grandezas
Gosto do tamanho de algumas coisas.
O voo de uma borboleta ao entardecer.
O pouso do pássaro num raio de sol.
Teus pequenos passos dançando na terra.
Uma gota despindo-se numa flor.
Aquela brisa que umedeceu teu beijo.
O olhar que perpetrou a sombra.
A última cantiga deixada na noite.
Em não me querendo modesto, a deslumbrar dimensões,
Não faço apologia da métrica ínfima.
Meço-me pelo sentir desterrado.
O que me segue, cabe em meu sonhar a andar.
Minha sensação de grandeza se emaranha de singelezas.
Como a memória da água, por entre rios, a retornar a nascente.
Como quando nos sabemos finitos, refazendo-nos começos.
E se é tão grande, como os olhos que se traduzem no peito.
Carlos Daniel Dojja
In Poemas para Crianças Crescidas
Moça
Há de surgir um girassol no jardim,
cada vez que você sorrir.
Há de surgir uma borboleta,
cada vez que seu coração fizer uma gentileza.
Há de surgir um sol, cada vez que as lágrimas inundar sua alma.
Há de surgir um novo jeito de olhar, cada vez que um horizonte tiver que inventar.
Há de surgir uma nova idéia, cada vez que o desânimo querer te devorar.
Há de surgir doçura na alma, cada vez que se encontrar um pouco amargurada.
Há de ter a ousadia do luar;
Que treme tocando o mar.
Transborda no olhar, a pureza da alma.
E encanta dando lugar ao sol.
Ah, moça...
A vida é você que dita;
Faça chuva ou faça sol.
Sempre há de ter outro dia!
Poema autoria #Andrea_Domingues ©
Todos os direitos autorais reservados 29/09/2020 às 14:35 hrs
Manter créditos de autoria original _Andrea Domingues
O meu jardim
Borboleta,
que em tão negro jardim queres entrar,
que me queres trazer flores ou espinhos,
não tragas
e não entres...
Fica à porta, espreita o que está à tua frente.
Consegues ver, porque lá dentro estão velas.
As acesas, rezam por amores acabados,
as apagadas, por calvários que nunca foram amores.
Diante dos teus olhos
estão mármores frios e negros.
Se reparares com atenção,
em cima desses mármores, estão fotografias.
São fotografias de pessoas,
a quem aos meus filhos direi, que eram amigos,
porque foi com eles
que passei os melhores anos da minha vida.
À tua direita, a terra é estéril.
As flores que vês, vestidas de negro, não são flores!
São de pedra.
Ali jazem fracassos
em forma de mágoas, mentiras, traições e abandonos.
À esquerda, ervas daninhas.
Coroas de flores, por tudo o que foi em vão,
por sorrisos e lágrimas, alegrias e tristezas,
noites inesquecíveis, noites de espera agoniante,
cartas e fotografias que se queimaram,
ouro que se vendeu, bens que se perderam,
recomeços extasiantes, tropeços estúpidos
e sonhos que não se tornaram realidade.
Ao fundo, está um pedaço de terra.
Só tem uma linda flor.
Só tenho essa.
É para a trocar pelo resto da minha vida,
por companheirismo, amor e amizade,
tudo junto!
Por tudo isto, borboleta,
se vieres só de passagem,
não abras a porta do meu jardim!
Mas se vieres para ficar,
se estrelas e constelações quiseres enfrentar,
se tratares o meu jardim como eu tratarei o teu,
entra, porque estive a vida inteira à tua espera!
no alto das nuvens,um sonhador.
na brisa do vento, uma borboleta.
ao redor das árvores, tem pássaros.
o canto da minha cidade, a saudade.
sonhos e memórias, na cachola.
cantar e dançar, na prática.
rir e chorar, na vida o que que Ah.
Olha lá um avião, voando ao redor do mundo.
voltas e voltas,
como seria ter asas, como um anjo,
voar e proteger aqueles que amamos,
Nossa ia ser incrível.
como seria ter velocidade, como um guepardo.
correr e correr,
ir e voltar, pelo mesmo lugar,
nossa incrível.
mas não, não temos o direito de ter asas e nenhuma velocidade.
pois , já temos o dom de Deus.
De ser feliz, de ter família, de ter algo para comer todos os dias.
O que ele não quer é que nós desista, daquilo que somos, do nossos sonhos, de cada um.
Seja como for,
errou tente novamente.,
sonha novamente,
se achar que não vai conseguir, olhe para si e veja o tanto que já conquistou e continue.
Se você tem um dom, Vai em frente e faça.
se você tem um sonho, vai e conquista.
Não desista,
Não fique só,
tenha fé e vai a contudo menor.
↠ Corpos leves ↞
.
Quem me dera,
ser uma borboleta!
Banhar no pólen da gérbera
ou procurar néctar na violeta.
.
Ser uma mariposa,
abandona o casulo na flor-de-lis
ex lagarta pomposa,
em devorar a folha da flor de anis.
.
Imaginação povoa,
libélula que sobrevoa
e, aterrissa na papoula.
Eu só engano a borboleta
Nós orvalhos passos
Que faz pensativo no ano
O olhar da borboleta que campina
Era só para ela
Tão sagrada feito das crianças
Dos olhos grandes azul
A gazeasse rasa
Só na bela rosa--é a sua face
Linda no assento Dourado
Que na noite repassa
Rindo na suave noite
Com o passarinho que chegou na família
Só rabiscava na carinha rosca
Só tem que confia--para não encher o vazio
Poema de: Nicolle Vitoria
Ela é uma dança suave e agitada, uma música, ela é mar, vento, borboleta, ela é natureza!
Um mar profundo de emoções, um céu azul, uma flor.
É a garota que amadureceu a mulher forte que habita nela. Ela estuda,trabalha, batalha.
É a busca incansável. Ela quer cafuné,quer tomar banho de chuva, bater foto no meio da rua,na praia,na calçada.
Ela ja percorreu tanta estrada.
Ela adora abrir os braços ao vento, sentir a brisa em seu cabelo,acredite: diferente de todas as outras, única,despretensiosa. Sabe o que quer e o que merece.
Ela não quer muito, sabe que a grandeza esta nas coisas pequenas.
Ela, gosta de beijo na testa, abraço apertado que estrale seus ossos de leve.
Ela cai e levanta, é dedicada e esquecida, carinhosa e por vezes braba.
Não é qualquer um que pode tê-la, não é qualquer um que vai conhecer ela inteira.
Ela se completa, sabe que não lhe falta nenhuma peça.
Ela só quer viajar, dançar de olhos fechados, no ritmo da musica que embala seu coração, ela é cheia de emoção, a cada segundo, tem o seu melhor e o seu pior, suas asas e seus pés no chão.
Ela voa com as próprias asas e no seu amor próprio, faz morada.
Entre a lagarta e a borboleta,
há um hiato,um limbo,o notívago do pupo,
o prelúdio contorcido...da crisálida!
há nervuras em suas asas,cicatrizes de seu êxodo,
quem vê o colorido de suas asas no azul primaveril de setembro,
se esquece do casulo de onde veio,
da solidão latente do invólucro,
como uma gaze espessa ,a dor da metamorfose,
revira-lhe o ser com o distendido,o disforme,o amórfico,
tudo é tão desprovido de sintaxe,
qualquer fissura que lhe surge,
é um bramido de liberdade!
quer monarca ou morfo azul,
borboletas transcendem o metafísico,
e converteram a dor do íntimo,
em traços belos de singularidades,
faça de seus estigmas, lindas pinturas íntimas,
porque entre a larva,
a crisálida,
e a borboleta,
há uma paleta de cores para preencher a vida,
contornar as dores é ofício de artista!
poeta nem sempre tem pincel e tinta,
porque o coração as vezes é tinteiro vazio,
secou-se após tantas rimas e arritmias...
se não posso pintar a tua fisionomia com nanquim,
posso adorna-lo de fonemas e interjeições,
nem sempre projeto de forma translúcida minhas emoções,
no côncavo dos olhos esmeraldinos,há o suprassensível,
que reverbera o ambíguo,
porque falta-me as vezes a borracha da sensatez ,
que nivela minha visão de mim mesmo,
ah se todos pudessem usar a interpretação, como usam rímel,
não haveria o borrão da ignorância!
A Lagarta e a Borboleta.
Era uma vez uma Lagarta. Bem pequenina e verde.
Porém, não se engane, ela era pequenina mas a sua fome era grande.
Ela gostava muito de comer folhas verdes como couve, alface e almeirão.
Um dia, rastejando por alguns alfaces em uma plantação a lagarta encontrou uma borboleta que costumava voar pela imensidão.
-Olá Borboleta -disse a lagarta
-Oi Lagartinha, tudo bem?-perguntou a borboleta
-Não, não, Borboleta. Eu estou muito triste. Hoje é só mais um dia comum, como todos os outros da minha vida de lagarta. - Falou a Lagartinha com uma carinha tão, mas tão tristinha.
-Oh não, pobre Lagartinha- disse a borboleta batendo as suas asas toda cabisbaixa e solidária a dor da amiga pequenina.
A Lagarta quando percebeu que tinha a atenção da Borboleta desatou a falar:
-Desejo ter asas tão bonitas quanto as suas desde muito tempo.
Sonho em poder voar tanto quanto aguentar só para conhecer toda a beleza desse mundo que é tão grande. -Ao dizer aquilo os olhos da Lagartinha brilharam só de imaginar como seria voar como uma borboleta.
A borboleta porém não pensava igual a lagartinha, ela não conseguia entender por que a lagartinha queria tanto ter asas se poderia aproveitar a vida que tinha.
Então, resolveu alertar a amiguinha dizendo:
-Lagartinha, não se engane. Ter asas não significa ter a felicidade.
A Lagartinha ficou olhando para a borboleta sem entender o que ela queria dizer.
De onde estava, a lagarta via a borboleta toda linda batendo as suas asas coloridas e só conseguia pensar em como queria ter aquelas asas para sair voando pela imensidão.
A Borboletinha percebendo que a Lagarta não havia entendido o que ela queria dizer, resolveu então se aproximar da amiguinha rastejante para falar:
- Lagartinha aproveite a sua vida como ela é, não fique pensando nas mudanças que poderiam ou não acontecer. Neste momento você pode comer quantas folhas de alface aguentar e, veja só, você também pode sentir a textura das folhinhas quando rasteja sobre elas. Apenas aproveite e seja grata pelo que você já tem. Quando isso acontecer você conseguirá ir muito mais longe do que as minhas asas jamais foram.
A Borboletinha depois de dizer aquilo se despediu e voltou a voar pela imensidão da plantação. Porém, a Lagartinha não lhe deu ouvidos e continuo tristinha, sempre pensando em como seria bom ter asas como as da Borboleta.
Anos depois, bem velhinha rastejando por uma plantação de almeirão a Lagartinha já bem cansadinha decidiu parar para respirar.
Ela respirou bem fundo uma vez, depois outra vez e depois outra. Depois de respirar bem fundo três vezes a Lagartinha percebeu como aquela plantação era cheirosa e gostou daquele aroma. Ela então lembrou do que uma borboleta tinha falado para ela anos atrás e decidiu rastejar um pouquinho sentindo a textura das plantinhas...
Depois de um tempo a Lagartinha percebeu que as folhas das plantas faziam cócegas no seu corpinho e começou a dar risada. Foi nesse momento que ele se deu conta de que o que a borboleta havia falado era verdade.
A Lagartinha voltou para casa toda feliz, sentindo a textura das folhas e os cheiros das plantações.
Ao chegar em casa ela se sentiu muito cansada depois de um dia tão longo então resolveu dormir para que no outro dia pudesse aproveitar tudo que a natureza tinha para lhe oferecer.
No dia seguinte...
Assim que a Lagartinha acordou sentiu que algo estava diferente, ela se sentia mais leve e bonita mas ainda não sabia por quê., Resolveu então começar a fazer o que havia prometido no dia anterior.
Ela se preparou para sair da casinha rastejando como sempre fazia mas, dessa vez ela teve uma surpresa!
Ao invés de sair da casinha rastejando a Lagartinha saiu voando... Agora ela havia se tornado uma BORBOLETA.
Outras borboletas esperavam por ela fora da sua casinha e quando ela apareceu as borboletinhas voaram para perto dela todas animadas com a nova amiguinha.
A lagartinha que agora não era mais lagarta, não entendia o que tinha feito para se tornar uma borboleta mas, uma das suas novas amigas tratou logo de explicar.
- Quando você parou de se importar tanto com o que não tinha e começou a valorizar tudo o que já tinha acabou mudando a sua essência e isso fez com que você se tornasse uma borboleta. Não por que queria muito ser uma, mas, por que compreendeu que o que importa não é só o SER e sim o VIVER a vida aproveitando,valorizando e desfrutando de forma responsável de tudo que ela tem para lhe oferecer.
Moral da história: Aproveite a vida que você já tem, seja mais feliz e grato pelo que já conquistou, trabalhe pelo que você quer sem diminuir, destratar ou humilhar os seus semelhantes. Quando isso acontecer talvez você saia do casulo, vire uma borboleta e comece a voar pela imensidão que é a vida.
Desejo a todos boa sorte nessa jornada.
Texto de uma lagarta que quer ser borboleta mas que ainda está passando pela metamorfose.
Agradeço por terem acompanhado a pequena saga da lagarta e da borboleta até o final.
Muito obrigada.
Somos quem somos!
Uma lição importante: uma minhoca jamais será uma borboleta e pelo ato de poder voar ou rastejar serem habilidades diferentes, isso não significa que também não sejam importantes quando o assunto é a beleza das flores, enquanto uma alimenta o crescimento a outra alimenta a beleza e a reprodução.
Somos todos peças importantes no processo.
Não mude por nada, nem por ninguém, embora o mundo ande meio que sem rumo, ainda existem pessoas que estão nos trilhos certos e que ousam mudar sempre de direção quando necessário.
Borboleta
A Felicidade é como uma borboleta
que passamos a vida toda correndo atrás
enquanto ela voa pra mais e mais longe
E mesmo conseguindo tirar leves raspas de suas asas, sempre parece impossível conseguir
E quando finalmente deixamos de se importar em correr atrás,
Ela vem e pousa em nosso ombro.
Há de existir, no bater das asas de uma borboleta, qualquer coisa que de tão belo não se explica, qualquer coisa de fragilidade e leveza, qualquer coisa de imprevisível e incompreensível.
Um bater de asas do outro lado do mundo pode mudar os caminhos que definem a sua vida em um sentido ou outro.
Viver é flertar com o caos, é dançar com as possibilidades, é se jogar de cabeça e sentir tudo intensamente, ou se conter e nunca saber como seria, é como querer e se esquivar ao mesmo tempo. Cada decisão que tomamos compreende um universo novo, habitado pelas consequências dos nossos atos, e pelo mal-estar, que ninguém quer, mas é necessário e estruturante.
A inexorável beleza do tempo entre as coisas e a fugacidade da vida é como um bater de asas, talvez esse seja o motivo de existir tanta beleza nas asas de uma borboleta.
A borboleta Azul
Ela tem tantos poemas...
Que nunca pensei...
Muitos já a viram...
Não foi só eu...
Li vários significados
Não sei se são todos verdades...
Alguns gostaria que sim...
Outros, talvez....
O que sei é que...
Foi uma sensação maravilhosa...
Algo mágico...
E não sei se mereço...
O direito de presenciar
Um milagre assim...
E isso me assusta...
E penso: "Quem sou eu?"
"Para vivenciar todo esse encanto..."
"Um pequeno grão de areia..."
E que é, incrivelmente, real...
E nesse momento de reflexão,
compaixão e humildade...
Ela pousa em mim...
O meu coração se renova...
E enche de uma alegria inexplicável...
Me sinto completa...
Me sinto num mundo de fantasia...
De faz de conta...
Ela levanta vôo...
Dança feliz...
E em nenhum momento
Pensei em possuí la...
Porque a maravilha...
É a vida...
E está em ser livre...
Penso que talvez
Seja um sonho...
Do qual nunca quero acordar...
Não vi só beleza...
Vi magia...
Abaixo a cabeça novamente...
E, humildemente, agradeço...
"Obrigada, meu Deus!¡!"
"Obrigada, Borboleta Azul..."
Borboleta
Um dia você apareceu
me trouxe a vida
quando o seu amor me deu
mas você se foi
e todo o seu amor se transformou em dor
sozinho na escuridão
todos os sentimentos afloram
me destroem
na solidão
o que me resta e saber
que um dia
todo o seu amor eu pude ter
mas ainda sim
me doí saber
que o seu sorriso não vou mais ter
sinto como se o meu coração
fosse arrancado
pelas minhas próprias mãos
livre pra voar
sozinho
na escuridão
quem sabe um dia ainda
eu possa voltar para o seu coração.
A borboleta que voa
O vento a leva de um lado para o outro
A borboleta que voa não tem rumo
Ela é jogada contra a sua vontade
A borboleta que voa não escolha
É o vento que a comanda
A borboleta que voa não decide
O vento está forte
A borboleta que voa não tem forças
O vento é poderoso
A borboleta que voa não suporta
O vento é intransigente
A borboleta que voa sobre