Texto das Borboletas
Do que seriam os dias?
Sem borboletas no canteiro
sem miquinho faceiro a comer as acerolas
sem o cantar dos pássaros ao alvorecer
Do que seriam os dias?
sem cheiro de grama e de terra molhada
sem flor a desabrochar na varanda
sem o nascer do sol por trás das montanhas
Do que seriam os dias?
Sem tantas meninices
e tantas outras pieguices
sem risadas escandalosas
Do que seriam os dias?
Sem ser natural
sem olhar de igual pra igual
sem cuidar com a alma
Enfim, do que seriam os dias?
sem amar de verdade sem importar a idade
sem beijo apaixonado e momentos de cuidado
sem dormir de conchinha e acordar ao teu lado todos os dias
Do que seriam os dias?
As borboletas procuram as flores mesmo que elas estejam no meio do pântano.
Sejamos como elas!
Fixando nosso olhar e procurando tudo que é belo e importante.
Renovando nossos sentimentos e não valorizando o que nos aborrece.
Acreditando no imenso poder da renovação e da reconstrução de tudo o que é preciso em nossa vida
Foi uma aventura prazerosa, eu sei moça.
Foi prazeroso perceber que as borboletas em seu estômago estavam alvoroçadas assim que eu me aproximava.
E suas bochechas, coradas com um tom meio rosado incriminava a sua timidez.
Sim, foi prazeroso.
Mas entenda moça, eu precisei ir. Precisei sair naquele instante.
Estava a um triz de cometer alguma loucura que não condiz com o meu caráter, você sabe.
E então precisei ir pra longe.
Longe de você, do teu perfume, do seu sorriso, da sua risada, e dessa sua doce voz, meiga e mimadinha. Mas fui.
Fui sentindo muito.
Sentindo tudo.
Sentindo demais.
Sentindo só.
Fui forte! Permiti que a razão falasse mais alto.
Mas agora, sozinho neste lugar, a culpa invade minha memória.
Como eu gostaria de ter me permitido, moça.
Quantas borboletas presas em seu casulo!!! Presas no medo do que é natural para elas...voar, voar e voar.
Seu medo a impede de visitar jardins, deixam de polenizarem as flores da vida: que alimentam e perfumam a doçura da alma viva.
Medo da beleza: do esplendor da existência, ficam presas, muchando suas asas, desfalecendo seu corpo que quer brilhar no teatro das emoções!!!
Simbolicamente a metamorfose das borboletas representa a potencialidade do ser e a borboleta representa a ressurreição, ou seja, o ser em transformação, seguindo um caminho rumo a busca da felicidade, da beleza, da existência, da efemeridade, da natureza e da renovação da alma. Desejo um domingo de paz e transformação interna a todos meus amigos.
Adriana Ribeiro
O aroma do seu perfume é o que da vida as flores do meu Jardim; pela manhã voam as borboletas, que encantam os olhos de quem as vêem; a tarde as flores recebem a visita do beija-flor, eles parecem eternos namorados; ao anoitecer o Jardim é iluminado por vaga-lumes, que com suas luzes lembram o Natal.
As flores, borboletas, beija-flor, vaga-lumes, assim como eu, somos todos atraídos pelo aroma do seu perfume.
Poeta não escreve sem sentido
Ele ama borboletas, o canto dos passarinhos
Escuta o vento com calma, é namorado da lua
Sabe bem o que quer, mesmo parecendo ingênuo
Não tem medo de despir a alma
Habita nos próprios versos
e na verdade de suas linhas
Declara pra o universo...que viver é uma poesia!
A Morte Das Borboletas
-Michael Hayssus
Aprendi mais no silêncio do que em tudo o resto que fiz em minha vida.
Aprendi que não importa o quanto eu fui magoado pela pessoa que eu mais amava, o silêncio e o tempo curam tudo, podem não apagar da memória mas têm um jeito especial de neutralizar a dor.
Aprendi com o tempo e com o silêncio que o caminho certo é para a frente, eles me ajudaram a perder o interesse em olhar para trás, afinal eu não estou caminhando nessa direção.
O tempo e o silêncio me ajudaram a conquistar os meus maiores inimigos, minha ignorância, minha arrogância, meu desejo por coisas materiais e meu ódio, ódio que eu sentia por mim próprio por ser incapaz de me libertar.
O tempo e o silêncio me ensinaram que no fim tudo irá dar certo, se não der, o fim era mesmo a coisa mais certa.
O silêncio e o tempo um dia vão me convencer que tudo na vida acontece por uma razão, um dia tudo vai fazer sentido. Eles vão me ajudar a compreender e a aceitar que tu afinal nunca tiveste grande valor, nem um minuto do meu tempo tu mereceste, foi tudo fingido, já ouviste aquela frase que diz que uma mentira faz questionar mil verdades? É verdade...
Não posso negar, houve momentos que fui feliz, muito feliz, em que me fizeste sentir amado e desejado mas a maior parte do tempo eras dominadora e opressiva, e a facilidade com que me ofendias era por vezes assustadora.
O tempo e o silêncio me ensinaram que o coração precisa de tempo para aceitar o que a alma já sabe.
No funeral...os ventos
Uivam no poente
Como duas borboletas
Que brincam cegamente
Em um úmido caixão
O sol já não aquece a alma
Porque o frio congelante da derrota
Te faz olhar o pouso triste
Do rouxinol que canta
O timbre da morte
Cegamente daremos passos no escuro
Como um anjo que cai loucamente
No abismo do pecado
Buscar um relacionamento é como se fosse uma busca para caçar borboletas, quando você vai atrás, e tenta pegar alguma borboleta, ela foge. Mas quando você menos espera e se distrai, ela pousa em você sem ao menos perceber.
Não adianta procurar ou "tentar caçar", tudo tem seu tempo, e esse tempo é de Deus.
A Morte Das Borboletas
Era assim a minha vida.
Fingia que estava tudo bem, fingia viver.
De manhã ao levantar, enxugava as lágrimas, deixava os sonhos espalhados pelo chão, ensaiava um sorriso tímido ao espelho e saía para a rua, como se nada fosse comigo.
Tua ausência e minha dor de mãos dadas lado a lado, caminhando atrás de mim, seguindo todos os meus passos, qual sombra perturbadora e maléfica.
Em silêncio e tristeza passava os meus dias, tinha apenas uma certeza, um dia pára de doer, um dia amor, assim sem sequer dar por ela, adormeço sem pensar em ti, e ao acordar olho pela janela e noto que o dia tem um novo brilho, junto todos os sonhos, tiro o sol da gaveta e sairei para a rua com um sorriso que é só meu, chega de fingimento, agora posso dizer que estou bem sem me sentir constrangido, já nada me impede de procurar tudo o que mereço e de me livrar de quem não me mereceu, de novo serei livre...
Pensar em ti já não dói, apenas sinto uma certa melancolia mas vai passar também...
O lugar que ocupavas em meu coração está vazio mas o coração ficou mais leve.
Agora tudo parece tão simples que dá medo, não há complicações, não tenho certeza de nada mas também não sinto falta de nada.
A partir de hoje só quero paz e simplicidade na minha vida, não me vou preocupar mais com o que é certo ou errado.
E se a única coisa que me faz falta é fugir para a beira mar? Cumprir a promessa que fiz a mim próprio há alguns anos: "Ainda um dia viverei num lugar em que o único barulho será o das gaivotas e das ondas do mar, um lugar em que as horas não passam, ou passam depressa demais."
Caminhar pela praia com uma cana às costas e ir pescar, e se a única coisa que faz falta é ficar em silêncio ouvindo a toada do mar e sentindo a maresia, e se ficar sozinho não significa estar vazio mas sim completo?
Michael Hayssus
Sonhamos com jardins floridos, com belas borboletas voando, mas nos incomodamos com a feiura das lagartas. É que nos esquecemos que borboletas são lagartas transformadas, e se não aceitarmos uma, não teremos a outra.
Amamos jardins coloridos, com diferentes tipos de flores, que exalam deliciosas fragrancias, mas enxotamos as abelhas pois não suportamos os seus ferrões. É que esquecemos que são as abelhas que polinizam os jardins, diversificando as especies, e se não suportarmos as abelhas, não teremos diversidades de flores.
Borboleta errante.
Eu vi borboletas voando em duplas.
Depois de um tempo, só uma voltou.
Bem-vinda, borboletinha, ao meu mundo.
De possuir o céu,
de voar sem rumo,
de amar o prumo torto da vida,
de ter a esperança, perdida,
de encontrar nesse quintal mundano,
a outra borboleta que errando,
foi com o vento, passear.
Voando...
E tudo saiu voando, os pássaros, as borboletas as folhas das árvores e voaram, as folhas de papel de seda que foram jogadas da janela do terceiro andar. Voavam também, meus pensamentos que intrigados, não sabiam como coordenar e levados pelo vento, juntaram-se à tempestade de voo livre sob um céu azul onde imagens, foram criadas e levadas, sobre as ondas do mar que lentamente, foi deixando a imaginação, afundar.
by/erotildes vittoria
Eu te desejo bons ventos e
um par de borboletas
em tua janela .
Eu te desejo girassóis
em teu jardim e
um canto lirico de pintassilgo
sorrindo
paz em teu existir .
Eu te desejo céus azuis
sob teus olhos e
um bordado de sonhos infinitos ..
Eu te desejo anjos em teus caminhos e
amigos leais em teu abrigo .
Eu te desejo
cores
flores
pazes
auroras de manhãs em
bem quereres.
Eu te desejo Agoras de claridades e
imensidões de felicidades
Eu te desejo vida e mais vida
E um bocado de instantes
coloridos e bonitos .
Admirador de borboletas
Eu sou um eterno admirador de borboletas;
da expressividade das suas cores
e da leveza dos seus movimentos.
Eu me encanto de como elas pousam
e decolam livremente.
Eu reconheço a fragilidade,
mas invejo o destemor das pétalas que voam.
Neste mundo globalizado,
se uma delas bater suas asas com força lá no norte,
eu sou capaz de sentir uma brisa fria aqui no sul.
Eu ainda olho pra uma borboleta específica,
e penso, admirado,
como um trem desses é capaz de voar.
Eu te desejo sonhos bonitos
Flores se abrindo
Pássaros na janela
Borboletas lhe sorrindo
Brisa lhe vestindo
Olhos de quimeras ...
Eu te desejo que se encantes aos
acordes dos ventos e
faças pousos internos
leves ....serenos .
E que na paz mergulhes com
força inda que sob
rasos e vagos sentimentos.
Eu te desejo que sejas teu sol
pairando luz diante do mundo e
curando tantas almas que nadam
sob dores e incertezas !
Eu te desejo virtudes
Para que encontres consigo
e abrigues plenitude diante dos
teus pesos e desalentos !
Eu te desejo céus azuis
Para que libertes tua alma
de todas as dores
de todos os dramas
de todos os medos ...
Eu te desejo um bocado
de sonhos coloridos .
Para que te esqueças dos
teus cinzas e enxergues que
o lado bonito ...
É aquele que bordas com cuidado
e lá dentro !
Para sempre
Prefiro o tempo dos poetas
O seu tempo é lento
Se cinzento põe asas de borboletas
Pra ao vento espalhar sentimento
Em qualquer tempo, qualquer seresta
És profeta do pensamento
Mago das palavras naquela ou nesta
Bordando dores, amores, intentos
E não contento: chora, ri, implora
No mesmo devaneio, na mesma fé
Está sempre chegando e indo embora
Mas seu tempo é para sempre...
Luciano Spagnol
Junho, 2016
Cerrado goiano
O que estamos fazendo?
Geleiras derretem.
Doenças matam aos montes.
Há sede, fome.
Borboletas começaram a sumir.
O galo já não canta de manhã.
Fogo aparece do nada.
Genocidas defendendo a mesma coisa.
Terremotos, tsunamis são normais.
E ninguém viu a dica.
Estamos caminhando para o:
Apocalipse.
LAMENTO, CRIANÇA
Trancado neste sótão há um mês inteiro,
apenas algumas borboletas celebram o reflexo do sol por aqui.
Haja gritarias vindas da minha única janela,
a qual só cabe meus olhares, que não posso tirar fotos.
Disseram-me que uma tal de guerra começaria,
pelo menos eu tenho alguém que olha por mim neste lugar.
Acho que vou crescer carregando estas correntes,
com pão e água vindos todos os dias pelo buraquinho da porta.
Sinto-me um cachorro com dentes espumados,
louco para explodir todas coisas que surgem diante de mim.
Há muito tempo não ouço a voz dos homens.
Há muitos dias minha boca convive com a incerteza da alimentação.
Barulho de ferros e mapas jogados,
perfazem o cenário e tudo que vejo deste chão.
Há muito tempo quero sair daqui e brincar com meus carrinhos,
mas os soldados não queriam que eu saísse.
Me protegeram, mas estou mais preso que um assassino.
E o fim de tudo isso como será, ninguém me disse.
Há muito tempo eu choro com os ratos,
e nem a lua resolveu surgir pela madrugada.
Mas vou esperar o soldado voltar para me libertar daqui,
e dizer que toda esta batalha será sanada.
Um novo dia e mais um pão será oferecido a mim,
mas que estranho, a porta finalmente foi aberta.
Um soldado carregando um chocolate.
Minha esperança cresceu como uma criança pequena e esperta.
Perguntei a ele se tudo havia terminado,
finalmente os homens pararam com discussões e batalhas inúteis.
Até que enfim conseguiram vencer o respeito,
e viverem de maneira a fazer coisas realmente úteis.
O soldado abaixou a cabeça e começou a chorar.
Deu-me o chocolate, pediu perdão e desfalecido ficou.
Olhei para ele e percebi que a guerra realmente teve seu fim,
apenas deu tempo de ouvir algo que ele me falou:
Lamento, criança, ninguém voltará.
Lamento, criança, seu futuro, a humanidade a Deus dará.