Texto Antigamente
Pedro: Antigamente as verdadeiras histórias de amor terminavam em morte.
Ana: Eu preferia que Tristão e Isolda se casassem e fossem felizes para sempre.
Pedro: Se eles se amassem se casariam.
Ana: Tristão e Isolda não se amam?
Pedro: Eles amam o amor, eles gostam de se sentir apaixonados, é como uma droga.
Ana: O vinho do amor. A paixão é uma espécie de embriaguez.
Pedro: E vira um vício. Tristão e Isolda morrem de overdose de paixão.
Ana: Ai... "O ministério da saúde adverte: Amor faz mal à saúde"
O ANTIGO, O FUTURO, O ATUAL
Antigamente a melhor de todas as coisas era a Virtude, porque sem ela não havia amizade. Para o futuro ergueram as Muralhas da China, o Muro de Berlin e o de Israel, cuja
Intenção foi separar os homens.
Atualmente, a preferência humana é criar armas mortíferas e fabricar munições, mas a pior de todas as invenções foi construir o Muro da Vergonha de ser Fraterno!
Praia Boa Viagem-Recife, 13/Maio/2014.
(Agenor pensador)
Antigamente — ainda ontem, quando eu tinha vinte anos —-, exigia-se muito de um escritor. Ele tinha de dominar os recursos da sua arte ao ponto de que toda a história dela, de algum modo, transparecesse no seu estilo. Tinha de possuir uma visão espiritualmente madura do universo e da vida e haver absorvido nela a cultura dos milênios. E essa visão devia estar tão bem integrada na personalidade dele que sua expressão escrita não comportasse o mínimo hiato entre idéia e palavra.
Hoje não é preciso nada disso. Basta uma afetação de sentimentos politicamente corretos na linguagem dos estereótipos mais sufocantes — e pronto: o pimpolho garantiu seu lugar nos suplementos de cultura e nas antologias escolares. Se escreve no estilo padronizado dos manuais de redação, é um primor de nitidez cartesiana. Se embrulha idéias sonsas em jargão lacaniano indigerível, é um assombro de profundidade. Se não articula sujeito e predicado, é um grande comunicador, sensível à linguagem do povo.
Antigamente eu pedia aos meus filhos e aos meus amores, que nunca me deixassem sozinho, por eu ter medo de um encontro comigo...nunca fui atendido! E foi ai, nesse inevitável encontro com o meu eu, que aprendi que cada um de nós tem o seu próprio universo e a quântica teoria das possibilidades se faz tangível! Hoje, eu peço a quem estiver comigo, para que entrelace seu mundo ao meu, sim, mas que por favor. embrenhe-se em viagens por seu interior e me deixe a sós comigo por algum tempo, para que o meu aprendizado se torne constante!
odair flores
As decepções não me machucam nem doem mais como antigamente.
Polarização foi a palavra mais usada nesse segundo turno das eleições, aparentemente uma luta ensandecida do bem contra o mal.
E as pessoas saíram por aí e por aqui no Facebook, demonstrando as suas preferências e mostrando sem pudores os ideais que defendiam, julgando um lado e o outro, por uma série de eventos e fatores que aparentemente construíam ou desconstruam o caráter e a personalidade de cada um.
Procurei mostrar a minha preferência pelo eleito por estar muito decepcionado com a situação em que o Brasil se encontra, graças ou não aos últimos governos.
Não encontrei de fato, escândalos nem processos por corrupção no meu preferido e vi sim, alguns destemperos, quase sempre causados por injustas provocações.
Confesso que minha escolha foi feita, a priori, porque para mim o outro lado retratava o mal.
Nos dois últimos meses vi quão acertada foi a minha escolha, tanto pelos ataques que ele sofreu dos oponentes, que o julgaram não pelo que havia feito, mas pelo que acreditavam que ele poderia vir a fazer ou não saber fazer.
Os mesmos que estiveram dezesseis anos no poder e pouco ou nada fizeram, continuaram prometendo resolver os problemas que certamente colaboraram para criar.
Minha escolha definitiva se deu pela mudança radical nas pessoas que nos governarão nos próximos quatro anos e a certeza de que se o PT fosse eleito, breve teríamos muito mais do mesmo, comandado pelo chefe da quadrilha, de dentro ou fora da cadeia.
Nada mais pode ser dito agora a nãos ser aguardar o que vai acontecer daqui para frente.
Restaram para mim algumas decepções que não me machucam mais como antigamente. As posições de alguns “amigos”.
Por isso, quando você encontrar algum canalha na minha lista de amigos, saiba que “amigo” nesse caso, é só uma questão de semântica.
Quando você não encontrar determinado canalha na minha lista de “amigos”, fuja dele com todas as suas forças e saiba que se ele não serve para amigo, muito menos para inimigo.
Antigamente, eu tinha o prazer de estar certo. Eu ansiava toda hora por querer ser a pessoa com o pensamento certo que tinha a razão sempre. Por que eu fazia isso? Porque queria jogar na cara das pessoas de que elas estavam erradas e eu estava certo.
Mas depois de muito tempo, as coisas mudaram. Hoje em dia, não tenho mais tanta vontade de ser a pessoa com o único pensamento correto. Acho que é um sentimento egoísta querer ser o único não errado na história. Além disso, é um sentimento que não dura por muito tempo, porque logo em seguida, tal prazer já vai ter passado e isso se tornará apenas uma lembrança boba.
Hoje em dia, aceito que as pessoas cometem erros e que eu também cometo. Afinal, eu sou um ser humano, como qualquer outro. Eu tenho minhas falhas e preciso trabalhar para concertar elas.
Acho que, dito isso, a única coisa que mais quero agora é saber o quê fazer.
Você acha que não enxergo o seu desamor??
O mesmo que via antigamente
Pelo simples ato de prazer
sem se preocupar com meus sentimentos feridos
Ou com a dor e as feridas que ficaram no meu coração maldito
Agora vou sofrer pelo resto da vida
sem remédio, o que vou fazer para curar a ferida
talvez seja melhor a morte
Pois na morte sei que minha sorte
jamais será a mesma
mesmo que isto seja para sempre
dormirei em paz
e serei mais um que não sente
a dor de um coração partido.... e maldito.
Quem é amado sente o sabor
do amor que lhe dá algum valor
quem não tem nenhum valor
sente o desamor e a dor do esquecimento
só isto basta para que minha reflexão
seja que eu sou um homem em extinção
Se valor eu não tenho
pra que eu presto então
somente para ser uma enganação
de uma vida perfeita
mas sem emoção e paixão
Que caia logo um raio e me fulmine
para que eu seja
ou tenha tido algum valor um dia.
Nesta situação não tem outra alternativa
o melhor a fazer é mostrar para a vida
um caminho diferente
que leve, nem que seja um, a ficar contente
nem que para isto
tenhamos que mudar
nosso modo de pensar
Mesmo que a busca da felicidade
seja a desgraça de outro
pela paz de todos
não faça maldade
pense em mim com saudade
mas sem desamor
porque o desamor destrói nossa vaidade.
O presente do futuro
Antigamente, eu tinha inúmeras destrezas
Que eram sempre muito certeiras
A menos quando pra te conquistar
Antigamente, minha vida era do seu lado
Guardava sempre o seu abraço
Pra cobrir a falta de não te ter por um dia
Atualmente, não imploro coisa alguma
O amor vem sempre de forma pura
Como se curasse a dor que ele já me causou
Atualmente, não revivo meu passado
Pois quem dorme ao meu lado
Alimenta uma alma um dia sem vida
Futuramente, meu passado vai ser o agora
E se eu recordar minha memória
Só vou me lembrar do que me fez feliz
Futuramente, teremos uma vida inteira
Que foi cuidadosamente planejada
Nos sonhos acordados quando olho pra ela
Nos seus olhos, eu enxergo a mim mesmo
E se não fosse tão intenso e verdadeiro
Meu coração não bateria por ela
Sou mineira de “antigamente”.
Como boa mineira não perco o trem. Nem o tempo. O tempo, porém, me faz perder algumas coisas. Às vezes perco a razão, que logo encontro. Curtir o frio do inverno ao lado de um fogão a lenha, comida em panelas de ferro, ou no tacho mexido com colher de madeira, água esquentando e me aquecendo com o calor que sobe, aroma do café feito na hora, a cozinha puro aconchego, iluminada apenas pela luz da lamparina … Ah! Só na lembrança. São coisas perdidas no tempo. O tempo não permite que eu as encontre mais.
sou esboçadamente borrada
sou imperfeitamente dotada
sou antigamente invejada
sou livremente aprisionada
sou terrivelmente intolerada
sou extremamente implorada
sou devidamente amada
sou pacificamente guerreada
sou loucamente desvairada
sou totalmente apedrejada
sou infinitamente desagradada
sou caoticamente cansada
sou estupidamente enjoada
sou maravilhosamente encantada
sou cinicamente cobrada
sou drasticamente cortada
sou alegremente formada
sou infelizmente errada
sou sensivelmente poupada
sou literalmente podada
sou eternamente aliviada
sou incessantemente tentada
sou incrivelmente ajuizada
sou lamentavelmente mal tratada
sou crucialmente acusada
sou claramente iluminada
sou o que sou
sou o que Deus permitir
não posso fazer nada
além do amor sentir
da fé possuir
de felicidade sorrir
deixar a vida fluir!!!
e não se escrevem cartas como antigamente
aliás nem se escrevem mais cartas hoje em dia
não se falam mais ao telefone como antigamente
aliás nem se falam mais hoje em dia
não se encontram mais como antigamente
aliás nem nos encontramos mais hoje em dia
não se fazem mais nada como antigamente
aliás nem se fazem mais nada hoje em dia
com certeza são outros tempos
tempos modernos e virtuais
tempos de não se tocarem mais
de ninguém ter tempo pra mais nada
a vida passando e nada
nada de dizer "eu te amo"
agora tudo é no sentido figurado
ou desfigurado
com ou sem sentido
quando encontro um pedaço de papel
eu escrevo o que vem à mente e transcorre pelo coração
e paira sobre minha mão
somente escrevo sentimentos
...no papel alumínio escrevo quando estive em declínio, sob forte domínio, sem muito raciocínio...
...no papel de carta escrevo poemas, poesias, versos e frases de carinho e afeto às pessoas amadas...
...no papel carbono escrevo quando estive no trono da minha petulância e imprudência, este trono não me pertence mais, então eu abandono...
...no papel quadriculado escrevo tudo o que estava preso à garganta, antes por um momento de arrogância, o que ficou entalado, e hoje está libertado...
...no papel crepom escrevo todo meu dom, de ser mãe, mulher, esposa, filha, irmã, amiga, etc sem nenhuma perfeição, uma hora acho o tom...
...no papel de seda escrevo nada, é tão delicado que desisti, só senti...
...no papel de pão escrevo tudo o que me vem à mente e principalmente ao coracao...
...no papel passado escrevo o que ainda não está adequado, apropriado, provado, consertado, ordenado, pacificado, estruturado ou acabado...
...no papel de trouxa escrevo o quanto fui feita de boba, e um aviso aos navegantes..."tudo o que vem volta"...lei do retorno, de causa e efeito...
...no papel reciclado escrevo o que não deve ser falado, somente abraçado, beijado, amado, acariciado, compartilhado...
...no papel higiênico escrevo minhas, mágoas, raivas, ódios, ofensas, nervoso, pus tudo pra fora...aí deu merda!!! rsrs
...no papel de presente escrevo tudo o que Deus me deu, a vida, a familia, as amizades, as oportunidades, as imperfeições, tudo o senti, falei, ouvi, vi, esqueci, medi, li, vivi, chorei, sorri...coisas básicas que todo ser humano sente...
...no papel jornal escrevo o quanto sou sensacional, anormal, fatal, liberal, auto-astral, radical, fenomenal, angelical...
...no papelão escrevo as besteiras, as baboseiras, as palhaçadas, os erros e ainda a frase: - Que papelão hein menina!!!
...no papel vegetal escrevo todas as receitas de tudo o que foi e é bom, e deu certo comigo e com o próximo, e a tal receita da felicidade, se é que ela existe...
...no papel de arroz escrevo o quanto sou feroz, atroz, veloz e algoz...
...no papel de parede só desenhei, criei de tudo, fiz muitos coracoes, retratando o amor imensurável e desmedido, só que a parede era finita e o meu amor sem fim...
...no pergaminho escrevo toda minha trajetória, meu caminho percorrido, atalhado, esburacado, pulado, corrido, devagarinho, feliz da vida e com todo o carinho...
...no papiro escrevo todos os meus suspiros, faltando o suspiro final, pois esse não tem como escrever, apenas partir e daí preparei uma placa dizendo: "descansarei em paz!!! nova meta para além da vida"...
esses são um pouquinho dos papeis representados e vividos nesta Terra de meu Deus...
então escreverei sempre com amor pela vida!!!
Menino Homem
É, eu aqui de novo, em um lugar que eu costumava vir antigamente
Para passear, para brincar e me divertir
Jogar uma bola (um futebol), andar de bike e até namorar
E agora, para olhar, admirar a natureza e as pessoas à volta,
Para fazer um soneto.
Com fones nos ouvidos, ouvindo agora Jorge Vercillo
Noutras horas/músicas, diversos dos mais variados artistas/estilos nusicais
E assim, o tempo passa nesses poemas sonetos,
Que mais são um estilo também de se fazer diário de bordo em terra firme
Horas, nem tão firmes assim...
Agora toca Menina Mulher de Edson Cerqueira Felix
Um dia na composição é como um ano e para Deus, mil
Um poeta, tem muito disso, de santidade quando se trata de lírico
Em sua composição, poeta por ela, o que acaba por ser puro, leva à algo muito... maior
(Edson Cerqueira Felix)
Antigamente eu tinha medo das balas, das pessoas, dos sonhos, da própria sombra, dos sentimentos e principalmente das palavras, mas porque as palavras? O que há de errado nelas? Pois bem, as palavras têm uma força tão grande e monstruosa, capaz de construir e destruir ao mesmo tempo e normalmente segue essa ordem, as palavras te constroem por inteiro, as vezes até com mais brilho, e te destroem na pior intensidade, destruindo qualquer luz existente, é como um buraco negro, suga toda a luz que há ao seu redor, tornando seu interior vazio e solitário.
Antigamente tudo era estranho, um simples cumprimento, um abraço, um beijo e principalmente uma despedida, dizer "adeus" era muito estranho pra mim, as despedidas tem significados indeterminado as vezes, você pode perceber que algumas são carregadas cheias de esperanças, outras cheios de memórias.
Antigamente eu não sentia dor, um simples ralado as vezes era necessário, cair no chão após brincar de pique-esconde e em seguida levantar-se e continuar a brincar, ou chutar o chão no asfalto quando estava jogando bola, mas era necessário, pois com esses ralados você aprende a controlar a dor física e que logo irá voltar como antes, intacto e curado, mas antigamente eu nunca senti a dor psicológica e emocional, a inocência era uma barreira contra dores, funcionava como um sedativo, você não sente nada e fica inconsciente por um longo tempo, mas tinha consciência que um dia aquele efeito iria passar.
Antigamente o amor era um sinônimo de todas as qualidades existentes, eu não o conhecia bem, minha inocência me mantia em estado de coma, mas era visível que aquele estado emocional funcionava como um combustível de um automóvel, fazendo com que o automóvel siga em frente, e claro, como todo automóvel havia revisões e consertos, do mesmo jeito do amor, as pessoas aprendiam com os próprios erros e procuravam a não errar novamente, porém as coisas mudaram, o amor se tornou um gás tóxico capaz de destruir almas, e poucas pessoas eram imunes a esse gás, quem sabia realmente o que era amor, não temia ao impacto e se mantiam em pé.
Hoje em dia eu entendo o mundo, e nem por isso eu sigo os entendimentos propostos, desde antigamente eu entendia o real significado de escolhas, quando eu brincava de polícia e ladrão eu sabia qual era o certo e o errado, e vi que a vida é movida de escolhas, você pode simplesmente usar as palavras para construir e continuar a moldar, e que o amor pode se tornar um sedativo capaz de repelir qualquer dor que venha sofrer, basta apenas escolher amar e viver as coisas boas, as escolhas fazem de você o que você é.
►Apenas Uma Fase
Hoje me pego mais pensativo que antigamente
Não esperava por isso, sinceramente
Mais tempo passo a escrever
Procurando uma forma de me entreter
Buscando em cada palavra escrita, alívio
Hoje é assim que eu vivo
Aquele peso, com o conjunto de versos, tiro
Esse tempo para relaxar eu necessito
Não sofri nada ainda que o mundo tem para me dar
Então não considerem como "drama", o que estou a contar
Estou vivendo uma vida robótica
Mas antes fora uma vida caótica
Vendo agora, isso não possuí lógica
Rastreando uma forma de me alegrar
O materialismo preenche o meu lar
Trazendo-me alegria quando precisar.
Sei, "não se apegue ao material"
Mas não fora algo intencional
O que resta ao garoto ausente?
Sem nem mesmo ter contato com quaisquer parente?
Não estou dizendo que estas carente
Porém, está só, obviamente
Não julguem, por um aparelho, ele optar
Não há alguém à quem se comunicar
Não há alguém à quem se expressar
Essa é maneira para se distrair
Consegue, por alguns instantes, me fazer sorrir
Por instantes, me divertir
Até, de certo modo, interagir
Foi isso que eu vi ali.
Há tantas coisas que não entendo
São poucas, as que compreendo
Estou sempre aprendendo
Enquanto vou vivendo
Me encontro perdido? Sim
Porém,não sei por que estou assim
De mais nada já não estou afim
Mas sei que é apenas uma fase
Seria "coisa da idade"?
Não, é uma simples tempestade
Vou aguentar, tenho aquele força de vontade
Restaurada, revigorou a minha mente
Mesmo não estando totalmente crente
A tempestade ocorre na vida de muita gente
Admito, é uma "fase" bem impertinente
Tudo bem, irei seguir em frente.
Começo a entender o real motivo de tudo isso
O que acontece não é nada que eu já tenha visto
Mesmo que já tenha assistido "A Paixão de Cristo"
Me encontro bem mais triste, chateado
Agora eu sei, me vejo abalado
Trancafiado
Com o sorriso enjaulado
Encontrarei a chave para o libertar
E, somente nesse momento, irei voltar
Ao palhaço que era no passado
Ele está preso, mas não acabado
Ainda há esperança para o pobre coitado
O palhaço que eu gosto tanto.
Não é que antigamente as coisas fossem mais fáceis, o fato é que o passado já foi superado, suportado e por essa razão temos essa ilusória sensação de que, "ah como era bom aquele tempo"
O passado não nos desafia mais, por isso nutrimos essa simpatia por ele. Já o presente dói agora, como ferida que de tão aberta parece que nunca vai sarar. Mas sara!
ANTES DO PREÇO
Antigamente se amava antes do tempo, todo o tempo; até mesmo quando a falta de tempo impedia que o tempo fosse usufruído.
Sendo assim, os filhos amavam seus pais e os pais amavam seus filhos mutuamente. Hoje em dia é preciso que a propaganda invada as casas via internet, rádio ou televisão para que o amor seja levado em consideração.
Amor? Será mesmo amor? Ou seria apenas uma forma de se desculpar pela falta de tempo que assombra toda a humanidade!?
Não sei ao certo. O que sei ao certo é que hoje os pais compram seus filhos e seus filhos os compram com muita facilidade; é um tablete, PC ou celular do ano.
É o engano em forma de consumo, em forma de segundo plano; onde o mais importante se encontra jogado ao léu e os olhos não mais contemplam sorrisos verídicos, apenas sínicos e omissos derivados de sorrisos.
Antes que o preço seja taxado, antes que a data comemorada pela indústria do consumo se faça presente, presentei quem você ama com o mais belo e singelo dos versos; o autor nem sempre almeja sucesso, apenas que um de seus leitores lembre-se de um de seus versos.
Antes que o preço seja estabelecido pelo comércio e a economia atinja seu ponto mais alto; se desfaça das amarras que o prende a falta de tempo. Faça do pouco tempo tão extenso quanto o próprio tempo que ainda não foi usado; é como cuidar de velhos sapatos e nunca os deixá-los desprezados.
Nas datas comemorativas como dia das mães e dos pais, os filhos perdem seu lado canibal e passam a ser de certa forma mais presentes (pelo menos naquele dia). Porém, ao soar do gongo, ele somem assim como surgiram, e nada além da saudade sobra para quem vive em um asilo.
Antes que o preço seja verificado nas canecas ou etiquetas, que eles sejam esfarelados e virem pó nas mãos de quem ainda acredita no verdadeiro sentimento. Antes que o corpo seja enterrado em qualquer cemitério da cidade, que os filhos e filhas amem suas mães e pais; que o mesmo saibam que o preço não importa, que nem mesmo importa o presente físico; tudo o que de fato importa é a forma como os sorrisos mantém o seu brilho.
Antes do preço, o amor era verdadeiro. Depois dele, nada é de verdade e nem o amor é sincero.
Antigamente um bobo fazia bobeira e todo mundo ignorava e o mundo continuava e girava...
Agora o bobo faz uma bobeira, compartilha de primeira, outros bobos se identificam e
copiam a asneira, ai depois que vira febre todos os outros que não eram bobos, tornam-se um bando de bobões copiando a bobisse do bobão.
Em mil novecentos e antigamente...
Projetei-me!
Sai calmamente e consciente...
Desci as escadas...
Era cedo!
Chegando lá, sabia que não precisava de chaves.
Pois me projetei!
Fui ao seu quarto simplesmente fiquei o observando.
Não me contive e cheguei mais perto...
Você estava num sono tão profundo...
Eu me aproximei e o beijei...
Você sorriu! E me olhava com tanta ternura...
Sem noção, deve ter achado que era sonho.
Foram segundos!
Mas era real!
Eu me projetei! Conscientemente!
Antigamente eu pensava em buscar um amor
Hoje penso diferente
Procurou alguém para somar
Somar uma vida juntos
Unir planos e projetos
Construir uma vida
Fazer amor por fazer
É insignificante
Se compararmos
Com o verdadeiro amor
Que existe em cada um de nós
Que é amar incondicionalmente
Inconscientemente
Demonstrando
Com gestos
E atitudes
Provando todos os dias
Se reinventando
A cada manhã..
Tanto faz, de tanto que a gente já fez.
Antigamente eu andava com papel e caneta e corria escrever possíveis ideias boas.
Hoje acho que na hora de escrever, se a ideia era boa, estará mais na ponta dos dedos que no papelucho quase sempre perdido.
Parece que eu já vi tanto e já fiz tanto que será difícil vivenciar novidades, melhor mesmo é trazer da memória, do passado, umas ideias e adaptá-las ao presente, que daqui a pouco já será futuro.
Estava pensando na situação em que está Dilma Roussef, em quem foi Eike Batista e o que o destino reservou para Schumacher, sete vezes campeão mundial de Fórmula um, ele único, de uma lista que tem menos de cem pessoas vivas e nem o dobro disso em todos os tempos.
Graça e desgraça andam juntas e o sobe e desce faz parte da vida de todo mundo, com umas quedas vertiginosas e sem volta para muitos.
Ter feito muito só é vantagem para quem fez e não adianta exibir as próprias conquistas porque, para quem fez pouco ou nada, tanto faz.