Texto
Desta janela lembro o sol que me espreita através do teu rosto, acrescento-me ao teu texto, um outro tato onde colho uma rosa e o vento....até que os dedos me devolvem a superfície da folha e do poema que se abriu com o calor das nossas mãos.... é nesta página que encontro a bússola repentina que me oleia o coração...
Tua vida, filha, é um texto que há tempos começamos a escrever, mas, daqui em diante, também te cabe pegar esta tinta e delinear o teu curso, tome só cuidado com o que retiras do nada e trazes à superfície, é comum borrar ou rasurar um trecho, mas é impossível apagá-lo, a palavra se faz carne, e a carne se lacera, a carne apodrece aos poucos, mas é também pela carne que a palavra se imortaliza. Não há borracha para um fato já vivido, pode-se erguer represas e costões, muralhas e fortalezas para barrar o fluxo das horas, mas, uma vez que o sol se torne sombra, que o luar penda no céu em luto, a névoa se disperse na paisagem pendurada à parede, o dedo acione o gatilho, nada mais se pode fazer; nossa jornada, aqui, é única, a ninguém será dada a prerrogativa, salvadora ou danosa, da reescrita.
Era feliz e não sabia... Aquele texto que todo mundo pensa e não tira da cabeca, não é novidade que só valorizamos as coisas boas quando somos apresentados as ruins. Não existe a sombra sem a luz. Todos estão vivendo o mesmo dilema, mas infelizmente precisamos de mais um vírus para cairmos na real. Será suficiente? Ou voltaremos aos mesmos problemas. Quantas mais manifestações naturais são necessárias para nós "caímos na real"? Questionarmos nosso sistema e nossas relações? Nessas épocas de quarentena, me forço para reconhecer as coisas boas. E lutar para sair desse período transformado, por que eu era feliz e não sabia.
”Vi um texto que dizia… Se você pudesse telefonar para você criança, no passado, o que você diria? Pensei em dizer muitas coisas, mostrar caminhos, ajustar as escolhas, mas refleti melhor e se tudo tivesse sido diferente, eu também não seria o que sou hoje. Tudo é uma construção contínua do nosso eu. Estou bem assim! E você o que diria para você criança?”
Hoje li um texto que dizia: "agora estamos aqui, mas amanhã podemos ser só lembranças". A frase que eu já havia lido tantas outras vezes, dessa vez me intrigou, vibrou dentro de mim de uma forma diferente das outras vezes e imediatamente me remeteu à fragilidade da vida, ao quanto a existência é efêmera. Todos nós temos que partir um dia, isso é inevitável, não podemos escolher ir ou não, mas podemos escolher ser ou não lembrança no coração das pessoas. Por isso, viva de tal forma que quando partir, quando não puder ser mais nada além de pó nessa Terra, você possa tornar-se uma lembrança bonita, uma saudade para alguém. Isso é o que de mais precioso podemos deixar àqueles que amamos e que nos amam, também.
O roteiro é antípoda da crônica: você não tem narrador, o texto precisa de história. Não dá para fazer um filme em que nada acontece. Já a crônica é uma forma de você contar o incontável: sacar uma entrelinha numa atitude minúscula. Acho bacana trabalhar esses dois pontos tão distantes.
Não existe ouvidos dentro de nós que escutem, ou queiram sublinhar o texto que escrevemos. Queremos sempre ouvir palavras para adornar o que pautamos. A história criada no painel da nossa mente, só se rasura quando o outro lança novas palavras que borra aquelas que não riscamos. A partir daí a chuva de palavras voam, ecoam e entrelaçam o que foi escrito. Com isso, se percebe que o painel que pautava o texto necessitava ser sublinhado, riscado, pois o lápis que escrevera o roteiro estava despontado e o mesmo precisa de ponto.
Vela que me iluminaste,que me deste a luz que precisava,que sem ti o meu texto não era o mesmo,agora soprei,sinto o teu cheiro de cera queimada,fez-se escuro outra vez,as minhas palavras ficaram com o teu brilho escritas neste pequeno texto,um voltar no tempo,de nostalgia,de caminhar no tempo sentindo o grande valor dos nossos antepassados,mas sempre com as ideias e as palavras de agora(Adonis Silva 08-2018)
Hoje na aula a prof deu um texto e pediu para que fizéssemos um comentário sobre ele (O QUERERES - Caetano Veloso).Então fiz meu comentário. A prof perguntou entao se eu já havia dado aula. Bem, não dei não professora, mas quando o assunto é amor, eu já sou formada e especializada... Qualquer um, quando ama, sabe falar de amor.
Às vezes quero escrever um texto mas ele ainda não está. Ele me vem mas ainda não está pronto. Às vezes me parece que já o tenho inteiro. E quando paro pra fazer, ele não vem. Fica querendo ser bonito e se perde na beleza até que não faz sentido e o abandono. Por vezes parece que sei mais dele do que pra você, mas que pra você ele ainda não é claro. Parece exato em mim, mas se pra você ainda não está completo, me questiono se pra mim também já o entendi. Então sento e tento deixar ir. Mas não psicografo. Como suspeito de Pessoa. Deixo. E um dia ele vem. Muitas vezes com a primeira frase. Bonita. Olho pra ela e penso se ela é o mote ou uma armadilha. Então levanto num impulso, como de madrugada às vezes, e começo. Me guio pelo filme que diz pra um aluno apenas falar palavras aparentemente sem sentido e ver a poesia que aparece. Também lembro da diretora que separava arte das ideias. E olho para as minhas palavras tentando entender se a ordem delas mais quer dificultar do que informar. Se são vaidosas, ou contorções para se fazerem entender. Tenho o texto. E releio em um prazer que às vezes é alimentado pelo retorno dos outros, às vezes mais quieto do que supus, e às vezes constrangedor ao ponto de esmagar meus dedos dos pés até eu apagar. Falo contigo como alguém que quer me ler, e se às vezes sou longo demais, penso que fui desinteressante no começo. Mas o início é preciso, e por isso o comprido para concluir e te fazer entender. Te falo como alguém que segreda e alimenta amor. Que esconde íntimo, mas que se expõe nas entrelinhas. E às vezes me abro de vez de todo. E me guardo até pensar em nós outra vez.
Um bom texto não é para ser especulado. O que faz um texto se diferenciar de bom ou ruim são as emoções que ele desperta. Escritores e pseudo escritores que escrevem por paixão são sempre postos contra a parede pelo que escrevem. Embora a leitura hoje em dia, seja bastante democrática alguns leitores deveriam ser “privados” de algumas palavras simplesmente por não terem maturidade suficiente para digeri-las. Antoine de Saint Exupéry em seu livro: O pequeno príncipe, já falava a respeito dessa falta de maturidade intelectual que alguns adultos costumam ter para as artes. Ele sabiamente começa seu livro relatando a história de um aviador que quando criança sonhava em seguir carreira como desenhista ou pintor, mas, fora desencorajado por comentários mesquinhos de pessoas grandes que ao invés de incentiva-lo, diziam que seu dom não seria bom o suficiente para ser mostrado. Não entendiam seus desenhos e por isso se sentiam aptos a julga-lo como alguém sem talento para as artes. O que as pessoas por vezes não entendem é que a pequenez não está nos outros, mas, nelas mesmas. Um quadro de Picasso não é simplesmente um monte de figuras geométricas como alguns dizem por aí. Assim como, Romeu e Julieta não eram apenas um casal apaixonado que teve seu amor interrompido precocemente. E a cada traço na pintura, em cada combinação de cor, em cada elemento colocado e até mesmo na falta deles existe algo a ser comunicado. Na literatura por sua vez é do mesmo jeito. Se quisessem ser objetivos os autores usariam a linguagem presente nas bulas de remédios e por certo o mundo seria muito mais chato. Cada palavra usada ou omitida, a construção de cada frase e principalmente cada personagem não são meros frutos do acaso e existem por algum motivo sejam eles quais forem. Na literatura assim como nas artes visuais o abstrativismo se faz presente e demanda muitas vezes uma sutileza para a interpretação dos textos propostos. A variedade de assuntos que podem ser abordados em um texto é infinito uma vez que se compreende a mesma extensão que apresenta a mente humana. Autores tem assim a liberdade de criação para dissertarem a respeito do que quiserem e da forma que lhes convierem.
Eu queria escrever um texto lindo, uma verdadeira declaração de amor, mas, na verdade, nem sei por onde começar, então vou apenas dizer o que sinto porque preciso que saibas que sinto muito a tua falta. Não sei quanto tempo estamos sem falar, mas já parece uma eternidade. Por isso preciso voltar a sentir o tom da tua fala, quero tocar, mas não posso. Quero que estejas aqui, preciso deitar no teu colo, preciso de ti. Só quero que estejas aqui. É crueldade viver sem ti.
Quando me abduso para escrever um poema ou um texto qualquer, às vezes caio num círculo de pensamentos repetitivos sobre tudo já ter sido escrito. Tudo que sai de mim, já foi estudado e escrito. Não há nada de novo em mim. É só procurar por aí, não há segredos sobre a vida e sentimentos humanos. A atualidade falha por estar apenas repetindo os tempos antigos.
Conheço autores que, mesmo já estando em seu enésimo texto (levando em conta o tempo de prática e a nada modesta quantidade de publicações suas), sentem-se como se ainda estivessem aprendendo a escrever. Consideram-se semianalfabetos, ignorantes e com a vida pela frente para aprender. Desejariam voltar aos anos iniciais da escrita. Porém, se assim os fosse permitido fazer, sofreriam por desejar avançarem etapas cruciais de aprendizagem. É uma relação complexa, se não complicadíssima, de ser/estar consigo mesmo. E sabe o que é pior? Faço parte dessa turma (sendo, talvez, o primeiro da sala...)
Sabe, outro dia li um texto tão bonito que retratava uma pessoa como comparada a uma semente, e que então a outra pessoa plantava a semente esperando ver somente uma plantinha pequena, rala, uma avenca… no máximo uma roseira. Mas em nenhum momento aquela coisa enorme que de repente a obriga a abrir todas as janelas e depois as portas e pouco a pouco derrubar todas as paredes e arrancar o telhado para que ela cresça livremente… Você consegue compreender? — Quero dizer que eu também tenho a ti assim, como aquela semente pequena que pouco a pouco se tornou essa coisa enorme dentro de mim e que eu rego todos os dias, mesmo em segredo, para que nunca morra.
Uma boa interpretação de texto é fundamental para obtermos resultados eficientes e coerentes na solução de exercícios, assim como na compreensão de situações do dia a dia. Interpretar um fato ou texto de forma lúcida requer atenção, e uma leitura imparcial antes de qualquer prejulgamento.
Minha primeira carta de recusa não foi uma carta qualquer, com apenas um texto padrão e um NÃO gigantesco gritando na cabeça. Ao final dela, havia uma consideração escrita a caneta azul: “Ainda que tenha de colecionar cartas de recusa, faça uma extensa coleção, por favor, faça. Continue este movimento. Por favor, insista.”
Hoje eu perdi um texto que demorei duas horas para escreve-lo, simplesmente ele desapareceu da tela mas ao contrário que muitos pensariam, eu não fiquei nenhum pouco chateado e posso dizer que até gostei, pois escrevia segredos que só interessavam a mim e a mais ninguém, mas como a gente tem mania de escrever tudo o que pensamos, tudo o que queremos escrever, corremos o sério risco de revelar segredos que não interessam a mais ninguém que não seja a nós mesmo.
TEXTO COMPLETO: Supere seus términos, construa seus vínculos, sinta se próximo, apegado, mas não grudados a vida um dia separa e cada um segue com suas partes, construa sua intimidade baseada na confiança, no respeito mútuo, numa relação de troca igualitária. Detalhes do passado deverão ser guardados nas profundezas do criado mudo. Nada acontece em vão, reflita, vá em frente, rema tudo novamente, siga... Irineu Dias Dias @irineudasilvadias
Insatisfeito com este pretexto,Mais uma nesse texto,Estreito minha paciência,Igualo a ciência,Tudo é referência,As vezes a dependência,Rezo pela independência,Quero continuar nessa essência natural,Prefiro a aparência natural,Ela seria uma Deusa Oriental com raiz ocidental ,Mesmo existindo diversas no plural,Ela é a única no lado sul do mapa.