Texto
Sabe aquele bombom , com sabor de quero mais . Doce como o amor e viciante como a paixão . Mais que , a cada mordida você sente o sabor e deseja cada vez mais . Assim , é você . Uma mistura de profundidade e ternura . Por fora um legítimo cavalheiro com sua armadura , atravessando barreiras até mesmo lidando com perigos , porém sempre destemido .
A tempestade vem , as vezes você se encontra em um labirinto procurando respostas. Cada passagem um pensamento que vem a tampar seus olhos para encontrar a saída . Porem , como toda tempestade é passageira a luz paira sobre você . E você encontra a saída . Os pensamentos tortuosos se vão e você segue seu caminho novamente.
- A força , isso está dentro de você ! Confie no que vem de dentro , e se deixe guiar . Os tropeços vem durante a jornada , porém sempre trazendo um ensinamento . Quanso pensar em fraquejar lembre - se seja doce como um bombom e destemido como um cavalheiro. O equilíbrio está dentro de vc . Basta você sempre ajustar a balança e não deixar ela desequilibrar para um lado só . Acredite mais em si , você pode chegar onde quiser e ser quem você sempre sonhou ! Não se limite . Todo porque tem uma resposta e toda resposta tem uma consequência. Mais viva intensamente, sinta o sabor da vida sem medo de viver .
Obs: Não se entregue em seus dramas , seja leve como uma folha . Não generalizo motivos , são vários eu entendo. Mais não se maltrate por isso , só te fará mal . Eu espero que você fique bem ! E saiba que estou aqui para tudo momentos bons , ruins . Não se sinta só .
É insuportável que a traição, a quebra de combinado, respeito, confiança, zelo, cuidado, continua sendo normalizada. Um erro pontual. Só quem já foi traída sabe da dor que se sente, a dor que se acarreta e desencadeia o que eles chamam de erro pontual. Da autoestima destruída, da dúvida, da insegurança que algo assim causa. A traição faz você se invalidar, faz você se sentir idiota, burra, palhaça, trouxa. É uma dor impossível de explicar. É uma quebra da confiança no próximo. É o medo de acreditar nas pessoas. É um sonho destruído. É toda a sua entrega, todo o seu zelo, cuidado, amor, jogado fora. Intensa demais? Intenso demais é alguém que larga tudo o que prometeu, se propôs, construiu a dois, por um momento num banheiro sujo de um bar.
De resto, é só amor. Paixão, admiração, respeito, entrega. Quando você é traída, até se questiona da sua capacidade de discernimento por ter acreditado e caído na mentira que ainda geralmente vem não só antes, como depois da traição. Como se a traição já não bastasse. Nos colocam como loucas, dão risada da nossa intuição, literalmente falam que a realidade é um detalhe pra você. Invalidando tudo o que a gente pensa, acredita, vê, tudo que é real. Nos atacam sem parar, como se não fôssemos nada. Mentem olhando no olho como se fôssemos uma ameba que cai em qualquer coisa que eles possam dizer. A verdade é que eles acreditam em tudo isso. Eles acreditam que somos burras, frágeis, fáceis de convencer, de manipular, que o mundo é deles e eles podem tudo. Que nada é grave. Que sabe como é, o homem é assim. Meu amor, infelizmente, você mexeu com a mulher errada.
Hoje vocês não vencem. Hoje eu quebro o ciclo pela minha mãe, por minhas tias e por todas as mulheres que eu vi a minha vida inteira sendo traídas e não tinham muitas vezes nem pra onde ir, acabando por ter que ficar com o traidor dentro de casa. Hoje eu me escolho, mesmo que me doa, mesmo que por vezes eu não queira, mesmo ainda te amando. Hoje eu me protejo e não vou te proteger, mesmo que eu queira. Porque você, naquela noite, naquele bar, não me protegeu, mesmo que eu quisesse. Hoje eu te dou um adeus por mim e por todas nós. E, antes de ir, eu quero te responder que: escolher não estar mais com você não é viver o amargor ao invés do amor, como você me disse. Eu vou viver o amor. Só não vai ser com você.
FÉRIAS DO AMOR
_Boa tarde! Me chamo liberdade e em que posso ajudar? - Disse uma voz entusiasmada do outro lado do vidro.
_ Boa tarde Dona Liberdade. Eu preciso de uma passagem pra Bem Longe, por favor.
_Pra quando seria?
_Imediatamente.
_Vai custar 100 momentos felizes e 25 sorrisos.
_No débito por favor.
_Qual seu nome por gentileza?
_ Amor.
Silêncio do outro lado.
Respiração funda.
_Sr. Amor não quero parecer intrometida, mas tem certeza de que pode tirar férias?
_ Sim tenho.
_Já tirou férias antes?
_ Antes eu não podia. Era convidado para muitos eventos.
Eram cartas, serenatas, loucuras, pedidos de casamento tudo em nome do amor, mas hoje eu não faço falta.
_ Sr. Amor...
Ela tentou argumentar, mas ele continua a falar como se cada palavra doesse.
_ Hoje as pessoas buscam interesses e riquezas estão cegas, não me reconhecem quando me encontram. A Paixão tem ido no meu lugar e ninguém nunca notou e até a Ganância anda se passando por mim.
_ Mas e quando perceberem sua ausência?
_Certamente estarei em Bem Longe. Então por certo tempo pedirei que a Saudade faça companhia.
_ Mas o Sr. volta?
_Sim eu faço o possível pra voltar, mas muitas das vezes é tarde demais.
_ Tenho uma passagem pra daqui 5 minutos. Pode ser?
_ Não! Pode ser a próxima.
Ainda tenho esperança de que o Arrependimento e a Coragem me impeçam de ir.♥️
Sim, eu posso ser um pouco introvertida, e não, eu não sou tímida, como também não sou antissocial. É que eu, meio que, prefiro apenas escutar e observar. Não, eu não consigo escutar por muito tempo essas conversas da boca pra fora. mas garanto que falaria por horas sobre a vida. Eu preferiria ficar em casa, com um ou dois amigos do que estar no meio de uma multidão de estranhos. Sou uma pessoa mais reservada do que as outras. Se eu der abertura pra você em minha vida, significa que você é muito especial. Significa que você de alguma forma faz diferença nela, nas minhas horas, no meu dia.
- Flavia Grando
Se um não está apaixonado, o beijo é uma boca sem ritmo. Uma boca sem repetição. Uma boca sem vizinho, sem ouvido, uma boca acenando porque esqueceu de seguir.
O beijo é traficante. O beijo é viciado. O beijo não quer ser nada mais do que beijo. O beijo é trocar o parágrafo, não trocar de texto.
O beijo me chama antes do nome. O beijo avança os seios dela. O beijo quase me atrapalha. O beijo vento de seu beijo.
Mas não adianta procurar o beijo que você ama em outra mulher. O gosto do beijo não é o gosto da boca. O gosto do beijo é o gosto do amor.
No fim das contas não importa quantas festas você esteve, quantos amigos julgou ter...
O saldo final é aquilo que se fez consigo mesmo, o quanto esteve em paz, o quão leve manteve seu coração, as tantas vezes que controlou seus instintos danosos, outras tantas que perdoou e se melhorou.
Não se conta o que vale a pena por quantidade, mas sim pela intensidade que nos modifica!
28. Julho. 1914
Chegamos no acampamento. Os guardas correm para acomodar suas armas em algum canto da tenda, a Europa nunca me pareceu tão vaga. A meses atrás fui selecionando junto com outros combatentes para ser soldado do Império Russo, eu não sabia o que estava por vir. “Rurik Anton!”, o capitão gritou e por um momento me senti lisonjeado em prestar serviço para o meu país. Minha inocência se foi desde que entrei naquele caminhão. Já ouço sons de espingardas, canhões e urros de dor ao longe, me recosto no canto da lona preto-esverdeada e peço clemência a alguém soberano que esteja a escutar meus sussurros opacos e já sem vida. Eu não sei até quando vou agüentar.
29. Julho. 1924
“Soldado Anton, é hora de levantar!” Uma voz doce e trêmula me balançava cuidadosamente, ao abrir os olhos vejo aquela moça. Poderia ser um filme, se lá fora o caos não estivesse começado a tempos. Bombas inglesas entrecortavam nosso céu, o comandante ordenou movimento das tropas. Ainda que em grande quantidade, estávamos despreparados, desarmados e cobertos de temor. O exército alemão comandava toda a guerra, entre nós os chiados baixos se referiam ao líder deles. E nos pusemos em movimento, para onde? Não se sabia. Ao menos eu não sabia, apenas acompanhava o movimento de milhões de jovens perdidos assim como eu, que se jogaram de cabeça numa guerra achando ser uma briga de rua. Meus pés já dormentes deixavam pegadas pesadas naquele chão desconhecido, como se marcassem território. Fui designado a estar aqui e aqui eu estou a armar e desarmar rifles, perdido em expectativas de voltar para casa, ao mesmo tempo em que aniquilo as minhas esperanças.
1. Agosto. 1914.
Quatro dias nessa guerra e parecem quatro séculos. A imagem daquelas pessoas correndo desesperadas se chocam em minha memória, mas por fora permaneço-me imóvel, sentado nesse banco de madeira, com a cabeça abaixada e o braço apoiado nos joelhos. Essa roupa pesada, essa arma já gasta, essa alma cansada. Hoje o capitão me procurou, a habilidade de um jovem como eu na invasão da (ainda) desconhecida cidade o deixou intrigado, mas ele não imagina que os nervos sobem à flor da pele mesmo quando se está numa situação de perigo. Ele me fez uma breve explicação de como serão os próximos dias: Longos e cansativos. A essa altura eu já me comprometera a estar frente a frente com a guerra, se ali eu estava, que me jogasse de cabeça então. O império alemão mandou um ultimato ao governo russo para que a mobilização do nosso exército cessasse em 12 horas. Não cessou.
Pfuuu…
As notícias chegavam rápido, nisso outros países já estavam declarando guerra uns aos outros, a Entente (tríplice em que a Rússia fazia parte) se matinha de olhos abertos, a qualquer momento poderíamos ter novos aliados ou inimigos.
fuuuuuu…
Quantas outras pessoas estavam tendo seus sangues derramados, quantas outras nações teriam sua estabilidade derrubada, as perguntas vinham e os tiros iam em quaisquer direções onde demonstrasse um pouco de perigo. Agora já estávamos dentro de trincheiras, a possibilidade de sermos pegos diminuiu.
fuuuuuuuu..
Que outros países viriam para o nosso lado ou ficariam contra nós? Os outros soldados arriscavam ao longe “Qual dos lados o Império Otomano irá?" "Aposto que conosco." Mas ninguém sabia. Nunca sabia. E assim passavam-se minutos, horas, o sol desaparecia e nem sequer a lua brilhava, era a completa e monótona escuridão, excluindo o fato apenas de que…
BUMMM
Gritos de “abaixem-se!" ecoam de todos os lados, me agacho e fico a espreita. De onde veio? De quem teria sido? Olho para os lados, com o rifle em punho, outros fazem o mesmo. E então, finalmente ouvi o comandante gritar por trás de um rochedo: A Alemanha declarou guerra a nós.
Nos últimos dias tenho me sentido muito mais deprimida e sozinha do que o normal. Para me distrair, passo o dia lendo, ou dormindo, tá ajudando bastante, gatos também ajudam, mas não o suficiente.
Devo agradecer muito a minha mãe, pois ela também está me ajudado muito, direta e indiretamente, a prova disso é que estou ganhando muitos doces e ela me levou em uma pizzaria. Mesmo eu não podendo comer pizza.
Está cada vez mais difícil ir a escola, mas em compensação, estou tirando notas boas, então não preciso me preocupar com a possibilidade de voltar ao psicólogo, pretendo não voltar nunca mais para aquele lugar.
Percebi que afastei muitas pessoas, mesmo não tendo consciência disso, e me arrependi de muitas coisas que aconteceram, algumas foram a muito tempo, isso me deixa pior.
Tem uma coisa que está me preocupando muito ultimamente, não falarei o que é, não agora, mas espero que não tenha um “final ruim”.
Estou pensando seriamente em arrumar um emprego, mesmo com uma experiência não muito boa nos empregos anteriores, mas isso vai ser útil para me distrair, e estou precisando dinheiro.
Talvez seja eu a culpada disso tudo, não sei ao certo, só não quero mais sofrer.
NITERÓI MEU AMOR
Do alto das estrelas
surgiste tu Niterói...
o teu sorriso é um motivo de flores,
sorriso que começa quando
o sol deliciosamente
desperta mil amores.
Entre o mar e viadutos
as imagens são motivos
de um aceno urbano.
As poesias se desenham
com sotaques indígenas.
Tudo, tudo em ti é motivo de alegria.
Assim: a natureza
em forma geométrica se compõe,
e na memória guarda-se a melodia
Niterói...
mística, côncava, gloriosa
nos quatro cantos ornamentos.
Os pássaros sobrevoam
além do teu improvável
passado de museu.
Niterói...
sou louco por ti
e o teu sorriso sou eu.
© by Alberto Araújo
O AMOR É ELEGANTE
O amor é cuidadoso, altruísta. Cuidado que não se limita apenas nos momentos de uma febre ou dor de cabeça, que não fica ali somente na cama e no sofá, quando a sós. É o zelo que não se resume apenas ao remédio dado na madrugada em que ambos ficaram em claro pela virose de um, ou pelo dia em que ela largou seu trabalho inacabado por conta da tristeza dele ao perder aquele cargo tão importante. É o amparo que não condiz unicamente às situações em que as prioridades mudam pelo outro e esses fatores são, então, contemplados juntos, no seu ninho.
O amor é dedicado em todos os âmbitos. O amor é cuidadoso fora de casa, na fila do mercado quando um ajuda o outro a pagar a conta enquanto ele a elogia para a moça do caixa. Diferente daquele cara, que comenta sorrindo para a mesma senhora sobre o quanto a sua mulher é insuportável e coisa e tal, só para arrancar umas risadinhas da desconhecida e elevar seu ego como quem tem um "irresistível senso de humor".
Quem ama não esquece de amar só porque o outro não está presente, e o amor é ação com postura. Amor mesmo é quando um está no trabalho e o outro em uma reunião informal de pessoas com as quais precisa "fazer média para fechar negócio", e quando nesta reunião alguém comenta algo como "Não acho que fulana vai ter tanto sucesso assim", o fulano, namorado/marido da tal, chega graciosamente, quase esquecendo de instigar o cliente sobre a sua proposta, e vai escancarando uma lista verbal que justifica a capacidade da sua amada para atingir sim um grau elevado de reconhecimento naquilo que faz, convencendo a todos do seu discurso através da vontade de fazê-lo.
Não existem distorções, mentiras e exacerbações para parecer engraçado ou tentar se enturmar com quem está comentando isso e aquilo de ruim sobre quem você deve querer bem. O amor é elegante. Ele faz com que os atos e as palavras sejam cautelosos, principalmente quando em público. Faz com que um pondere a imagem do outro como se fosse a própria. Faz política e propaganda sincera. Causa com que ambos tenham a sutileza e o respeito de não fazer nada que saiba ter o poder de ferir a conduta de quem se ama, vendendo sempre a melhor figura do(a) parceiro(a) e querendo ser o melhor desenho possível, para que combine com o que pinta e borda de bom do seu cônjuge.
O amor é refinado e laborioso. Quem tem um amor, amor mesmo, mal precisa de empresário para sair "vendendo o seu peixe", porque o amor exala admiração, e aquele namorado vai falar tão bem do talento da namorada que vai atrair bons interesses para ela. Ele nunca deixaria passar a chance de meter as caras e com toda a persuasão possível, ir falar com os donos de uma gravadora, se a sua mulher canta.
O amor é a classe de se impor como o assessor de um candidato a presidente em época de eleição. E o tal candidato, é o seu amor. Os segredos daquele laço mantem-se preservados, e não há críticas pelas costas, porque a elegância exige que as partes ruins sejam debatidas no escritório do casal. O amor não só fala bem, como não permite que fale mal, a não ser entre as quatro paredes dos dois referentes, mantendo a arte da conversa para a vida saudável não virar um mar de dissimulações.
Claro que existem os amigos que vão saber de um detalhe ou outro, aqueles confidentes que ganham reais conhecimentos para darem seus conselhos e apoios quando preciso for, mas até quando com eles, existe um certo equilíbrio nas falas, algo que não restringe a admiração, que emite apenas o ângulo preocupado e dedicado de quem diz. Caso contrário, em uma difamação ou indiscrição desnecessária sobre o relacionamento com conhecidos aqui e ali, sem cuidado, sem preservação, na falta da elegância, no abandono do emprego (de ser o assistente, o secretariado do seu par): não está sendo amor, e quando o amor deixa de ser amor em algum momento, ah, meu bem... Nunca foi.
ATENÇÃO: No fim das contas, isso se inclui a todos os tipos de amores. Aos amigos, aos irmãos, aos pais, aos filhos, não só aos casais.
SE TENTAR
Se for para tentar, tente de verdade. Não se distraia (não se torne hipnotizável por discursos que possam ferir seu intuito), não permita que bagunças anteriores fiquem espetando as metas (se não puder subtrair as desordens, apague-as por hora. Saiba fazer diferente a partir daqui), e não pule para os meios mais fáceis, eles sempre são os mais frágeis. Caso contrário, nem se atreva a sequer insinuar a busca/investida. Isso pode significar perder cada pedaço, partes do que ainda fazem com que a ideia de insistir se instale, fragmento por fragmento de um todo. Isso pode custar o seu sono, a sua fome, o seu intelecto, as suas valentias e até a sua lucidez. Pode significar perder ganhos anteriores e a fé em si para todas as outras coisas, ou ao menos e principalmente, a crença dos envolvidos, que mesmo que vejam que o resultado não está sendo imediato, tenha a certeza, vão admirar mesmo é o seu esforço, mais até do que se ganhasse de mão beijada.
Se não for tentar de verdade, se for para tentar mais ou menos (o que nem existe), procure outra coisa, algo que estimule os seus sentidos a um ponto em que sua garra seja desperta.
Tentar é algo muito grandioso, mais até do que conseguir. A caminhada é que deixa suas digitais, seu nome e a cara a tapa. O resto é consolo, é pouco, é sem raiz, fácil de deslocar-se.
Quem é passageiro quando fala que sabe dirigir, não pode levar nada e nem ninguém da maneira que realmente deseja. E muito menos poderá fazer com que acreditem que verídica e absolutamente sabe controlar um volante.
O DESPERTAR
Acordei sem muitas obrigações, sem muitas cobranças interiores, abandonando aquelas promessas que são dependentes de outras pessoas ou de acasos para serem efetuadas. Acordei deixando a poeira da casa subir, deixando o lençol solto tomando parte do chão, sem muitos pratos para lavar, apesar da louça cheia. Passei pela porta que tu deixaste entreaberta, e pela primeira vez dentre tanto tempo, não me arrisquei a olhar pela greta para tentar depreender se poderia empurrá-la um pouco mais. Despertei com outro objetivo, que não expecta palavras alheias para que em meu rosto haja sorriso, que não abrange as decisões ou padrões sociais, que não abandona, todavia que também não aguarda. Não estou caindo em um daqueles meus patéticos períodos de desligamento, não estou ignorando as presenças, o fato é outro: Hoje, acordei sem incomodar-me com as ausências. Meu objetivo é simples, e enceta com um chocolate quente e um edredom, com a abertura de uma janela esquecida neste espaço que ninguém mais pisou, com a permissão para que outros seres habitem o lado oposto ao meu escudo sinuoso. Estou abrindo as mãos e, sem avareza, permitindo que o vazio escape, consentindo outros toques. Sinto que já não inalo a fumaça que deixou ontem, que já não é tão dificultoso assim entregar-me a outros focos. Porque, observe: Como se pode dirigir, se ao carro a gasolina falta? Como se pode atender uma ligação, se não há ninguém a mais na linha? Hoje, só, abastecerei o caminhão que irei governar. Irei cortar os fios, porque meus contatos serão mais próximos. Quem sabe o que mudará após este meu conciliar? Amanhã é depois. E tu bem sabes, já que teus atos certos são sempre amanhã. E este hoje poderá ser o meu conseguinte também. Apenas acordei assim... E não vou chamar os bombeiros quando tudo pegar fogo, porque agora meu objetivo é apenas um: Eu. E não é egocentrismo, também não me jogarei ao clichê do amor-próprio, é mais que isso, é o relógio que não para, é o meu acordar. Hoje despertei para me religar!
PERSISTA (?)
Você não tem este direito. Na verdade, ninguém tem direito de nada além do que recebe. Então, no fim das contas, eu quem lhe dou o direito que digo que você não deveria ter (droga!). Este direito, este mesmo! De fazer com que um toque faça minha perna tremelicar, meus pensamentos se embolarem e minha voz sair aguda. Pare já, de revirar todos os metros quadrados do que me compõe, de transformar meus sólidos em água, de retrair e expandir minhas interrogações e certezas em um só olhar. De causar-me noites mal dormidas e de deixar-me mais viva do que nunca, enquanto queria mesmo era morrer de tédio, sem me resvalar por estas agonizantes e simplórias inconclusões.
Não me conquiste. Eu até posso, até aceito, invadir assim seu coração, mas você dentro de mim, não. Não antes que eu tenha a certeza de já ter dominado seus sentidos e talvez nem mesmo assim. Não costumo entrar em uma história para deixar ser morna, para ir sem tudo o que posso, sem me permitir. Mas desta vez, estou com muitas promessas para cumprir a mim, com medos para deteriorar e você não pode chegar aqui tornando tudo tão pequeno perto do seu gosto. Ainda mais com tanta dúvida aparente.
Por favor, fique. Quero dizer, vá. Quero dizer, até meus pedidos não têm mais reais fundamentos. É fato o espaço em branco, cutucando as pontinhas da minha irracionalidade para ser preenchido de vez, no entanto ele não pode ganhar agora. Você não pode. Eu não queria que fosse um jogo, só que sempre acaba sendo em algum ponto, ou interrogação. Não adianta entrar com um extintor no fogo que renasce só com um simples contato. Sinto que tenho todas as chaves e não posso abrir a porta.
Não me venha com formas tão baratas de adubação, que parecem ser utilizadas com qualquer outra das suas vítimas. Pare já! Pare! Por favor, não me conquiste. Não preencha o espaço, não invada o meu triz. E, opa! Também nem pense em ir embora, viu? Como assim: chega, vem fazendo pose de quem pode até ficar, e sai virando as costas? Acha que seria certo? Rá... Mas não é assim mesmo! Você não tem esse direito. Esse, esse mesmo! De cogitar colocar o pé para fora sem ter antes entrado de vez. Minha mente nem consegue imaginar a cena de você partindo, levando embora sua mania de sorrir torto depois do beijo e de discutir teorias. Nem conheci seu hálito matinal, nem sei como você se espalha pela cama depois de um dia exaustivo e nem aprendi sobre tudo que ainda me ensinaria (ensinará?).
Por favor, só me conquiste. Já conquistou. Quero dizer, não se esforce. Não me conquiste.
Ah, então você acha que é assim? Que não precisa nem tentar direito? Faça mais do que isto! Conquiste, vá. Conquiste, fique. Não conquiste.
E o resumo de tudo isto é:
Kakskddjsjskdnfndjeksksjdnsjdksjsjsjdjdjdjdjwndjdkqlalqpwkwnsba
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jrjekwlaalakddkjdjfjfejkskakskkfjdjsakkadkdjjfjfjdksjdjjdjskssjfjdjjjkk
A palavra no meio desta bagunça, que você mesmo fez. A palavra que eu não quero admitir, mas quero que faça.
Digo, não quero que faça não.
— Ah, vai me deixar desistir de falar? É assim?
RECADO AOS HOMENS:
Quando uma mulher mandar você ir embora, na maioria das vezes, ela só quer saber se você é do tipo que vai, ou do tipo (certo — que vale a pena o risco —) que fica com as pedrinhas para jogar na sua janela até não saber mais o que fazer. E ainda assim, mais faz.
Porque, entenda, criamos testes por sempre estarmos esperando os (f)atos. E quem desiste fácil, meu amigo, prova que nunca esteve de verdade.
NÃO SOFRA TENTANDO EXPLICAR
Não adianta o gasto da saliva discutindo seus valores com quem não os têm. O ogro vai falsear discernimento, agregar conteúdos sobre o tema no debate ou até dizer que discorda, mas o fato é que ele sequer entenderá. Não se martirize tentando glosar o porquê o erro daquela pessoa foi grave se ela não tem critérios para entender o que é correto nos princípios que você emana. Não. Não tente explicar mais de uma vez o que é caráter para um mau-caráter ou o que é fidelidade para um traidor. Não permita chegar em sua asma tentando decifrar a importância daquele ato para quem não o capta como fundamental. Não tente fazer uma tartaruga inferir a relevância de ir mais rápido. Não sofra pelo não entendimento de quem não evolui a capacidade de aprender, sobre aquilo, além.
Existem tópicos que derivam da essência de cada um, fatores que só a índole comanda e que não há como tentar reformular sem ser o próprio dirigente dos traços. Você vai passar a vida inteira tentando ensinar para o enganador o valor e o poder da franqueza, e não obterá êxito, ainda que creia no arrependimento do inquilino. Não adianta discursar, exemplificar ou expor. Somente o próprio ser com as suas vivências e reanálises é que pode ser apto a cometer uma comuta.
Você pode deixar claro quais os seus pontos de vista, quais as suas prioridades e o que é digno no seu universo. Pode. Contanto que ainda esteja com os pulmões funcionando sem fadiga. Depois deste limite, chega. Deixe que a caminhada ensine ao malandro qual a moral da história. Deixe que as fianças sejam cobradas pelo que o futuro reserva. Não chore abraçando o tormento do anseio de que aquele sujeito compreenda os motivos de ter causado tamanha decepção. O que vale este desespero é somente se a quebra dos seus conceitos for feita por si, não por segundos e/ou terceiros.
Esteja imperturbado se sabe que seguiu o que gostaria que seguissem por você. Isto basta. Não fique pensando se a consciência alheia está pesando pelo que deveria. Caso estejam com o travesseiro leve enquanto o justo seria recostarem em pedras, apenas aceite que tem gente de feitio confuso ou obscuro, que não vale a instrução. Gente que só aprenderá quando for a vítima e não o estuprador, ou talvez nem mesmo assim. No fim, somos apenas nós, a nossa mente e as nossas valências. Quem carrega os pedregulhos dos outros, querendo transformá-los em diamantes, só duplica as próprias feridas desnecessariamente e atrapalha o tempo de dissipar do centro dos objetivos aquilo que não deveria ser pesar, por não depender da sua aula e sim do aluno estudando só.
Desabite o que não faz por onde, o que não segue o que é vital na sua lista prioritária e só explique com euforia o que é amor ao respeitoso, o que é bondade ao generoso e o que é amizade ao não traiçoeiro. Troque ideias com quem compartilha das suas teses, acresça com quem você pode também ajudar a desenvolver, não com quem não alcança seus olhares. De resto, até ouça, afinal, nada é tão vazio a ponto de não merecer a nossa escuta para certas abstrações. Contudo, não esqueça: não adianta um peixe tentar nadar por muito tempo em água secante, tampouco funcionaria por horas respirar em terra. Não há tubarão que converse com leões. Não há como explicar a um cão o que é lealdade: ou ele, por instinto, será devoto a você, ou poderá morder sua perna e não existirá fala que seja suficiente para definir ao animal o quão absurdo isso foi.
Eu não gosto de pessoas com riso falso, pessoas que te abraçam e depois te apunhalam, pessoas que se fazem amigas mas na verdade não são.
São pessoas perigosas e incapazes de reconhecer o seu talento, essas pessoas eu reconheço de longe, pois amizade é coisa sagrada e uma amizade verdadeira não se confunde com outra coisa, é tesouro raro, quem encontra, guarde do lado esquerdo do peito.
Eu encontrei tesouros nos jardins da vida.
- Alô?
- É, eu tô diferente. Tô mudada, tô drasticamente alterada e, não...não há mal nenhum nisso. Não quero mais uma ficada, uma balada, uma acariciada. Não tenho mais paciência para ser quem eu era, àquela garota impulsiva que era tão garoto quanto, que fazia seu próprio manual de "como não parecer idiota e cadela abandonada". Claro, que agradeço muito por todas as coisas que vivi nessa época, foram experiências marcantes que me fizeram chegar a esse ponto. O ápice da certeza. Já perdi minha inocência (mental) há um bocadinho de tempo, mas isso não quer dizer que não quero fazer tudo nos conformes. Eu quero seguir a risca o guia, quero dar um passo de cada vez e, isso não incluí ficar com alguém de primeira e trocar apenas uma palavra ou outra, beijar vários, ser aquela que não pega no pé e se deixa levar, se der deu senão tchau. Pode me chamar de careta, de old, de puritana, de arcaica, foda-se! Não importa! Pela minha experiência própria, descobri que essas coisas não valem a pena, hoje levam em conta tudo que é trivial como um cálice da salvação! Eu quero troca de olhares, bom dia e obrigado, educação e modos, quero que me emprestem a blusa quando sinto frio e abram a porta do carro pra mim, quero conversar por horas e horas, quero construir alguma coisa. Quero o que é verdadeiro, o sentimento, a doçura e a delicadeza. Desejo ser o primeiro pensamento e o último, a mão dada antes do abraço, e o beijo tímido no final, afinal de que adianta ter tudo e não ter nada ainda assim? Desejo a amizade, o companheirismo, a irmandade, a cumplicidade e que possamos crescer e amadurecer juntos. Espero que leve o tempo necessário para não pular nenhum degrau, que o relacionamento sério se basei em nós refletidos um no outro, não nas manifestações das redes sociais e, que haja amor verdadeiro a ponto de planejarmos o futuro com a cabeça e os pés no chão, com o realismo de que nada que vem fácil é verdadeiro, com a noção de que teremos que trabalhar duro todos os dias de nossa vida para fazermos dar certo. Ah, era só isso.
- Até mais, então.
O Robin Hood do seu coração
Foi no dia sete de setembro - o mesmo sete de setembro que se comemora a independência - que me vi dependente de algo, ou melhor, de alguém que nunca fora meu. No meio de toda àquela poeira que os pneus da minha motocicleta arrebataram, sua silhueta já era evidente. "Como crescera", eu pensava. E, não tinha crescido só o cabelo, os olhos, as coxas (agora, tatuada), as mãos, mas O SORRISO - com direito à letra maiúscula e tudo. Ah, ela sorriu quando me viu e, num pulo já estava de pé me abraçando, eu mal soube reagir. Tudo cheirava a morango e shampoo para cabelos tingidos, meu coração me sufocava e diminuía a cada batida, até ela me soltar. Você sabe...ela sabe que eu não sou muito bom com as palavras, mas como era bom revê-la. Ao total, se passara sete anos, o mesmo sete desse dia nostálgico, o mesmo sete que o universo fora criado. Para mim, era mais que um feriado, deveriam multiplicá-lo em dois, porque ela era a razão de todos os corações apaixonados dos dias quentes de verão. Ela fora minha paixão de verão, de férias, de mundos que - cientificamente - não podem se misturar. Eu não dou a mínima! Talvez, ela tenha sido minha primeira paixão, ou eram só borbulhões em meu estômago, enfim, só sei que a sensação era a de sapos nas tripas. Da parte dela era difícil esconder a animação de ter me visto. Da minha parte...àquilo era inesperado. Quem fica tão empolgado em me ver? Ela foi até o meu quarto e me encheu de perguntas aleatórias - na hora não percebi, mas estava tão nervosa quanto eu - e, acabei respondendo à todas monossilabicamente. Eu sentia seus olhos penetrarem minha carne, meu vulnerável corpo exposto à rainha que matara milhões com seu sorriso cheio e sua diversidade estampada. Ela não brincava em serviço, mas eu sempre fui um cara simples, e rainhas não se casam com plebeus. Se passara sete anos e, ao total não chegaram à dez visitas da parte dela, era uma pessoa muito ocupada, se é que me entende. Não quero entrar em mais detalhes, só quero dizer que o dia sete de setembro me fez ser - novamente - um bobo da corte com esperanças de - um dia - me tornar o Robin Hood do seu coração.
Ai, ai, quanta hipocrisia, o povo fala como se no nosso país só existe 2 classes que sofressem preconceito como: "homossexuais e evangélicos", ao meu modo de ver o preconceito vai muito mais além e alcança todas as classes sociais, raças e sujeitos.
Querem ver como o preconceito alcança a todos?
Perguntem como se sentem os obesos, baixinhos, negros, brancos, mulatos, ruivos, idosos, portadores de deficiência, magrinhos, afros, orientais, loiras, nordestinos, extrovertidos, tímidos, dependentes químicos, alcoólatras, policiais, prostitutas, mães solteiras, idólatras, há pessoas que tem preconceito com cabelo, modo vestir e etc... etc... e etc.. Viram a lista é tão grande que se eu fosse listar tudo levaria muito tempo, a verdade é quem um dia sofreu algum tipo de preconceito foi preconceituoso também.
Tem muita gente do contra por aí a fora pagando de santo, quem nunca sofreu algum tipo de preconceito nessa vida meu povo?
Se é pra falar de respeito ao próximo, a raça humana ainda está muito longe de alcançar essa perfeição. Não somos perfeitos, alguma coisa do contra todo ser humano tem, todos algum dia já foram vítimas de opiniões contrarias, e detalhe todos trazem dentro de si algum tipo de intolerância também. Temos o direito de expressar nossas opiniões pois a lei nos permite esse direito, e aquele que não tem nenhum tipo de opinião contrária a algum modo de comportamento alheio que atire a primeira pedra. Agora o que não justifica é usarmos esse direito e transforma-lo em preconceito, é inadmissível usar esta intolerância em forma de violência, seja ela verbal ou física afinal todos nós temos o livre arbítrio e o direito de vivermos conforme as nossas escolhas.
Como diz a Bíblia “ 1 Não julguem, para que vocês não sejam julgados.
2 Pois da mesma forma que julgarem, vocês serão julgados; e a medida que usarem, também será usada para medir vocês.
3 "Por que você repara no cisco que está no olho do seu irmão e não se dá conta da viga que está em seu próprio olho? Mt. 7:1-3.
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