Textinho de Amor
"O idiota não é aquele que não sabe, este é ignorante. Idiota é o que pensa saber, baseia-se em seu julgamento e faz dele ciência."
"Antes mesmo da finalização já dispara sua conclusão, nem mesmo ouviu a questão, mas pronta está sua opinião. "
Um Sonho
Desde quando começamos a namorar, temos sidos honestos, certo? Com isso seremos capazes de sempre entender um ao outro também. E eu quero que sempre entenda que você é meu mundo, e que eu te amo. O caminho que estamos seguindo juntos, é para nós, definitivamente. E se continuarmos assim, será um grande passo para o futuro.
Você se tornou uma pessoa tão importante em minha vida. Em dias normais, triste, e alegres o meu pensamento é você, o meu desejo é você, e em dias que eu considero como os melhores, é ao seu lado. A cada vez que te encontro, que converso com você, se torna um dia importante pra mim. Sinto sua falta quando não te tenho por perto, então, apenas deixe-me ouvir sua voz, ou venha me ver, e vamos acabar com essa ansiedade de estar em seus braços, e essa solidão por estar tão longe de você. Como é bom saber que vem me ver. Depois de seis meses juntos, quando te vejo saindo do carro o coração ainda acelera como se fosse a primeira vez e me vem aquele sorriso bobo no rosto. E quando vai embora se torna o pior momento daquele dia. Eu amo estar com você, eu amo os seus beijos e eu vou falar isso mais 300 vezes, porque é tão bom. Eu te amo e não te deixarei, mesmo que seja difícil as vezes, vamos superar todas as coisas juntos.
Agora são 3 da manhã e eu só consigo pensar em você, no quanto te amo, e no quanto você me faz feliz. No quanto você é lindo e como eu queria estar com você agora, eu sinto sua falta, e quando digo isso, sinto mais ainda. Olho sua foto, mas ainda sinto saudade, as vezes o tempo é tão cruel, porque se torna longo quando estou longe, mas passa tão rápido quando estou ao seu lado. Eu quero segurar a sua mão, e sair com você sem pressa para voltar. E quando estivermos a sós, não pense em nada, apenas me dê um sorriso, ou diga que me ama, faça o que tem vontade, desperte desejos, me beija, ou apenas me deixe te olhar, e te mostrarei que serei sua enquanto estivermos a sós compartilhando a mesma cama. Ainda não consigo acreditar, todos os momentos com você ainda parecem que foi um sonho, e se for, peço que me deixe dormir.
O quão fortuita deva ser a sorte da pessoa em tê-la, eu tive esse vislumbre por um breve momento…
Esses, sim, foram os meus melhores dias,
Descobri quem eu era de fato e vos conheci; não vejo formas ou palavras que possam descrever tamanhos momentos, tão breves... Daria tudo o que tenho e o que não tenho para revivê-las.
Ser o centro do seu universo me fez entender a mente de uma verdadeira mulher e que até hoje paira um mistério;
Por fim descobri o sentido da vida.
A ansiedade de nossos corações palpitavam ao mesmo ritmo, até que por precaução e a forma inevitável de sofrer, aquilo que era heliocêntrico, virtuoso se perdeu.
Ainda sinto sua falta, parte de mim se foi, e o que restou não consigo dizer.
Aquela música que jurei um dia que não seria de ninguém tomou sua forma,
Você não sabe o quão linda e adorável és.
Talvez eu me torne o cientista, obcecado em entender o amor e finalmente amar.
Choro com ela todos os dias, pois entretanto me lembro de ter a oportunidade de dizer que queria você com todos os seus defeitos para nunca mais devolvê-la.
Me chama pra tomar um vinho, um café, uma cerveja. Tequila, vodca, cachaça, tanto faz. Me liga pra dizer oi, pra saber como foi o dia, pra ouvir minha voz. Me olha de rabo de olho, me encara, me come os olhos. Diz alguma coisa, sussurra meu nome, grita. Me fala dos seus sonhos, dos medos, das brigas. Se abre pra mim. Me manda uma mensagem, um áudio comprido, uma foto. Me escreve uma poesia, um texto, uma frase. Um ponto, ainda que seja final. Ri, sorri, gargalha. Pode chorar também. Me mostra sua música preferida, aquela série, o último filme que você viu. Me leva pra comer uma coxinha, uma dogão, um Bigmac. Eu topo. Pega na minha mão, toca meu rosto, passeia por mim. Beija minha testa, minha boca, meu eu. Me toma pra ti, me rende, me leva contigo. Faz qualquer coisa, só não some assim.
O encontro.
Em um desses dias despretensiosos eu o avistei na parada de ônibus, aquela cena nunca saiu da minha mente. Ele tinha uma distração interessante, as pessoas, o movimento que elas faziam ao seu redor, o meu olhar fixado e obsessivo não chamavam sua atenção. Eu fiquei ali, a observar, percebi que estava com a concentração voltada para um livro, Kafka, ótima escolha, certamente não era um leitor iniciante. Permaneci alguns minutos no mesmo local e ele também, nossas visões não se modificaram nesse meio tempo, a minha para ele, e a dele para o livro. Quando finalmente um ônibus de cor escura se aproximou, isso foi o bastante para rouba-lhe atenção, guardou o livro que estava em mãos dentro de uma mochila ao lado de sua perna esquerda e seguiu em direção ao ônibus, foi quando percebeu que o olhava, me lançou um olhar atento e um sorriso no canto da boca e foi-se. Ele nunca saiu da minha mente, dediquei alguns textos a ele, como este agora, voltei ao ponto de ônibus por alguns dias na tentativa incansável de reencontra-lo, mas nada foi possível.
Numa manhã de segunda-feira o despertador tocou às sete horas, o corpo me pedia mais cama, mas as obrigações me forçavam a sair da lá, por fim consegui levantar-me com a sensação de pesar cem quilos. Encaminhei-me para o banheiro, tomei um banho que durou menos do que eu esperava, tomei um café rápido e parti para a Universidade onde trabalhava, era professora do curso de Letras, especificamente de Literatura. Ao chegar lá nada me denunciou novidade, mais um dia normal, como durante aqueles últimos dois, foi quando avistei aquela figura que durante muito tempo se manteve viva em minha memória, fraca agora, mas viva, era o homem que um dia fitou meu olhar, não sei se ele havia me reconhecido, mas algo o deixou um pouco desequilibrado diante a minha presença.
- Olá professora Julia. É um prazer conhece-la pessoalmente, durante muito tempo acompanho seu trabalho e me sinto fascinado com tanta criatividade com a sua escrita.
Além de professora eu me dedicava à escrita, havia publicado dois livros, “Três contos de pura solidão” e “Cem anos de amor & dor”, romances clássicos.
- Olá, obrigada por acompanhar meu trabalho. Perdoe-me, embora me conheça devo dizer que não reconheço ou não me recordo do seu nome e/ou de você. – Além de uma boa escritora eu também era uma boa mentirosa, ele permaneceu presente em minha memória por longos dois anos.
- Não, claro. Que tolo! Não nos conhecemos, me chamo Gustavo, sou professor também, agora professor substituto aqui na Universidade. Irei substituir o professor Fernando na disciplina de Literatura Brasileira. É uma honra conhece-la.
- Que legal, um companheiro para discutir sobre literatura. Isso não pode ser melhor.
- Enfim, preciso ir para a aula, posso pagar uma cerveja hoje à noite para você enquanto conversamos um pouco?
- Sim, claro. – Aquela certamente seria uma oportunidade de contar-lhe tudo que havia acontecido há dois anos atrás no ponto de ônibus.
Logo depois das seis horas da tarde eu o reencontrei na sala dos professores, curiosamente da mesma maneira que teria visto há dois anos, cabeça baixa, lendo, a movimentação e presença de outras pessoas não chamavam sua atenção, nem que por um instante. Aproximei-me e o toquei, só assim pude roubar um pouco daquela atenção para mim. – Vamos?
Ele não conhecia a cidade, como presumi. Entramos no meu carro e levei-o a um restaurante famoso, mas calmo da cidade. Algo me dizia que o conhecia há muito tempo, não sei se pelo fato de muito tempo imaginar aquele momento ou se pelo fato de ele ter se mostrado à vontade demais, embora que ainda assim estivesse um pouco nervoso, percebi pela maneira que batia nas pernas com as pontas dos dedos. Ao chegarmos ao restaurante ele pareceu um pouco quanto curioso, mas não o julgo, senti a mesma sensação quando estive ali pela primeira vez, era um lugar um tanto quanto casual, demonstrava um pouco de cultura em sua decoração.
Quando sentamos em uma mesa próxima da varanda com vista para a cidade eu iniciei a conversa.
- Sinceramente eu não sei como dizer isso, mas hoje pela manhã eu não fui honesta com você, não uma foi mentira absoluta, mas uma meia mentira, se por assim posso classificar. Já conhecia você, mesmo que só de vista, uma breve vista. Há dois anos eu o encontrei no ponto de ônibus dessa mesma cidade, eu estava chegando para ensinar na Universidade e encontrei você em um dos bancos, com a cabeça baixa, lendo um livro de Kafka, nada tomava sua atenção, mas você me tomou muita, na chegada do seu ônibus você me lançou um olhar penetrante e um sorriso de canto da boca, aquela imagem ficou viva durante dois anos em minha mente, desejei encontra-lo por muito tempo e agora você “cai em minhas mãos” se por assim posso dizer, é estranho e ao mesmo tempo reconfortante. - Sem me dizer nada, apenas a me observar eu continuei. – Você permaneceu presente em meus pensamentos até o presente momento e hoje eu reencontro você, está comigo agora, existe destino maior que esse? – Por um instante eu só queria que ele me calasse com um beijo e/ou abraço, e assim fez, em um movimento minucioso ele me beijou, o seu beijo foi tão intenso, tão penetrante que por um instante ali eu desejei morrer, havia imaginado aquele instante por muito tempo, mas nunca havia chegado nem perto do que realmente aconteceu.
Por um instante ficamos ali, calados, apenas refletindo o que acabara de acontecer, mas o silêncio em alguns momentos se torna agressivo e nada confortante, então retornei a falar.
- Eu não peço que me entenda, nem muito menos que faça esforço para recordar de algum momento. Por favor, não. Só não me ache estranha e isso será de grande importância para mim.
Ele me olhou agora com um olhar diferente, um pouco assustado, mas com leveza. – Não seja boba, acho que eu esperava por esse momento tanto quanto você, sempre fui um grande admirador do seu trabalho e agora eu descubro que você sempre manteve em sigilo um interesse por mim. Enquanto eu, pouco me recordo daquele momento na parada de ônibus, sempre soube tanto de você. Você por outro lado recorda-se perfeitamente do momento, mas pouco me conhece, o destino parece brincar com nós dois, mas finalmente nos uniu.
Destino. Nunca acreditei nisso, sabe? Mas agora, percebendo que ele nos deu outra chance, que nos proporcionou outro encontro, agora eu percebo o quanto foi generoso conosco. Se assim posso dizer, o destino está ao nosso lado, e agora do seu lado não quero mais sair.
"A vontade em demonstrar conhecimento, diminui na mesma medida em que aumenta a necessidade pela busca do mesmo."
"Não basta tentar agradar ao outro, ainda que de todo coração, porque não depende apenas de quem agrada. É preciso que aquele a quem se agrada, se agrade em ser agradado."
O que te levaria à loucura de atravessar o oceano por um beijo? Nada?! Qual o abraço te veste por inteiro? Qual olhar te faz sorrir? Qual ausência te faz mais falta? Às vezes parece exagero, mas o que realmente aquece seu coração que te faz pensar coisas bobas, que te inspira, que faz o seu dia melhor é isso que te traz a felicidade que todo mundo busca. Ter dado certo ou errado pouco importa. Se tem futuro? Se é para sempre? Digo, se te rende boas lembranças, se te dá saudade, se te emocionou de verdade... já vale. Paixão? Desejo? Amor? Também não importa. O importante é que não traga angustia porque se te marcou de alguma forma, te acrescentou, te fez melhor... já vale, né?! Também é covardia querer fugir, no fim a gente descobre que está fugindo da gente mesmo, se escondendo atrás de muros que não existem, sustentando impossibilidades baseadas apenas nos nossos receios. E como explicar? E... precisa? Também é loucura carregar o peso desnecessário da culpa ou, coloca-la nos ombros de alguém. Algumas coisas inexplicáveis simplesmente acontecem e ninguém precisa saber além de você o que te faz bem. No fim, nossos oceanos são todos metafóricos e mesmo sendo uma completa loucura, na vida a gente é marinheiro, sonhando ser capitão em busca de águas calmas que façam bem a nosso coração e, transbordem nos fazendo sorrir. Isso é viver!
"Espero jamais ter de pedir um favor seu, não por desnecessitar, mas por saber que não serei acolhido."