Terra Natal
Nova Fátima.
Minha terra minha infância,
Nova Fátima das Fátimas,
Minha terra legal,
Suave foi eu viver aí,
Foram dias e madrugadas,
Capa de neve no capim,
Lugar fresco de águas mansas,
Suave cheiro de jasmim,
De manhã cedo era o leite que eu tirava,
Montava no alazão e no lambari,
Cavalo branco sereno,
Suas redias eram de cetim,
De tardezinha era o potro preto,
Seu nome era guarani,
Égua tigela,
Seu irmão baião e o ventania,
Populares da redondeza,
Vinham pedir frutas no pomar,
Minha terra que eu não esqueço
Lá da minha terra eu saí,
Minha terra meu amor,
Vivi anos sem terror,
Terra vermelha e terra roxa,
A poeira não tinha estopim,
Era chão batido de piçarra,
Troncos de cercas de angelim,
Peroba sem defeitos,
Madeira de lei e com verniz,
Terra minha terra nossa,
Na palhoça sem cupim,
Era paz era vida,
Naquele lugar era tudo,
Que sonhei e que eu quis para mim...
Autor:Ricardo Melo.
O Poeta que Voa.
Orgulho de Minas Gerais
Desvenda-se as serras azuis: nas Gerais
As margens do brejo alegre, meu chão
“Arraial da ventania”, enredo e refrão
Leito do descanso eterno de meus pais
Cerrado de encanto e esplendor, razão
Do meu agrado, porto seguro, meu cais
Em um recanto de silêncio, tão iguais
Aos de outrora... as eras de predileção
O édem de paz, de doce árido sertão
Terra boa, do pôr do sol da cor rubi
Eterna poesia, musicadas em canção
Dos seus campos, flores e o buriti
Que ornam o olhar, em admiração
Orgulho de Minas Gerais, Araguari!
© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
19/03/2026, 06'56" - Cerrado goiano
Olavobilaquiando