Terra
Sublimação Versal
O fogo, a água, a terra, o ar;
O amor, o ódio, a união, o mar.
A idéia, a palavra, a certeza, o incerto;
A luz, a escuridão, a natureza o universo.
Elementos-chave!
Composições de uma vastidão maior;
O Cosmos além do visível,
Indivisível Infinito,
Partícula menor...
O que há do que se foi,
O puro que é doce,
Muito antes do depois!
A virtude que dita,
Que cala e que abala;
O Grito do ímpeto!
Essência,
íntimo da própria alma...
A comunidade e a consagração,
Celebram a existência,
Com divina Inspiração!
Mais um dia,
Que logo irá ser pretérito;
Presença única transeunte,
Sublimando por simples versos...
Todo mundo já viu terra
Todo mundo já viu grama
E sabe o que é frio ou calor
Todo mundo já viu o Sol
E sentiu medo do escuro
Todo mundo já quis saber
O que tinha atrás do muro
Todo mundo, às vezes erra
Todo mundo, um dia se escondeu
debaixo de alguma cama
Todo mundo já sentiu dor
Todo mundo assistiu futebol
Todo mundo um dia
Teve medo do futuro
E nem todo mundo
se esqueceu de tudo isso
Todo mundo conhece a Lua
Mas nem todos sabem
que lá não tem ar
E de tantos sonhos que tem
que nem lhe cabem
Parece até que vivem lá
A minha terra é um lugar...
Que é bonita de se apreciar...
Lá tem coqueiro, mirim e jatobá....
Lá a gente cria bode, porco
Galinha, peru e capote
E uma vaca pra um leite quente tomar...
Lá tem gente bonita que é bom de conversar...
Lá no inverno tem um córrego que a gente banha sem parar...
Lá tem lagoa que muito peixe dá...
Lá tem muita areia com uma vegetação que
nos traz grandes inspirações
E o nome deste lugar é o Povoado Marajá!
Oração Pessoal
Grande Mãe da Terra... Senhora de todas as coisas e da minha vida.. Mãe querida...Me sinto pequenina e guardada no recôndito de teu útero sagrado e protetor...
Sou uma contigo e por isso, mesmo quando meu jardim pessoal de flores raras se vê invadido por saqueadores de sonhos e promessas, posso descansar sob a doce Paz de teus regaços.
Me seja propícia minha Mãe...
Para que eu possa semear no terreno de meu coração a semente do amor fraternal sempre! Mesmo quando tudo parece ruir ...
Dá-me a sabedoria que repousa sobre o alto de teus montes... para que tal qual, EU tenha uma visão privilegiada que me permita enxergar as circunstâncias de um outro ângulo.
Que meus olhos possam ver beleza em cada alma ...tal qual teus lindos campos e a força de teus ventos possam cessar meu pranto.
Que assim seja ... E assim se faça!
Sem água, sem vida!
A seca continua vasta
e a plantação não conduz
a terra se torna gasta
e do céu somente a luz
e o pobre gado não pasta
e o agricultor não produz.
Caso as verdades absolutas fossem imutáveis, a humilhação do sol em girar ao redor da terra seria eterna.
Minha terra.
Essa é a vida nordestina
pelas terras do sertão
quando verde predomina
enriquece a plantação
e o trabalho nos ensina
que o futuro só germina
quando a chuva cai no chão.
Dei os primeiros passos
em campo aberto, e decidi
sentir o que a terra falava
aos meus sentidos.
E com suavidade tornei
meus gestos plácidos
e brandos.
Na concordância delicada
abracei-me a brisa ,retirei-me
do corpo à acarinhar
pelas nuvens.
Enfim sou alma livre a
perpetuar meus sonhos
em sintonia com o que
me rodeia.
Assim escuto o cantar
das rosas, ouço a melodia
dos ventos quando acariciam
as flores.
Tudo tornou-se mais sensível !
Agora acredito que alma leve
e livre pode muito mais;
No sentir,
No falar,
No tocar.
Sou o vento, sou a brisa,
Sou os raios de sol, e não
quero mais o peso do corpo.
Mas, tenho de voltar e esperar
no tempo minha ida ao leve,
puro e inocente para ser livre
ao infinito.
Para sentir as melodias dos
pássaros a tocar-me.
E saber que um dia voarei
igual ao beija-flor trazendo
comigo penas o doce da vida.
Reflexão do dia
Vasos Antigos
Não tente colocar mais terra que um vaso antigo, porém de boa qualidade pode suportar, pois lá trás ele te deu um conjunto de coisas que nenhuma nova fornalha de vasos novos poderá lhe dar, trate-o com carinho, pois durante grande parte de sua vida foi desse vaso que você dependeu ou ainda depende. Lembre-se esse vaso já possui rachaduras demais que o tempo lhe causou, e que foi da sua terra que você brotou, portanto se você ainda tem esse vaso cuide dele com todo carinho do mundo, pois quando ele se for ou não puder mais ser remendado um pedaço seu também estará indo com ele. (Falo de nossos pais).
Somos caminheiros, forasteiros, peregrinos. Passamos pela terra. É nos oferecido um jardim de belezas. Temos o alimento à mesa, a veste para o corpo e o ânimo para o interior. Não precisamos de muita coisa. O que é certo é que caminhamos juntos sem “primazias” Não temos o direito de lançar um olhar de superioridade sobre quem quer que seja. Só nos é permitido olhar de cima para baixo para erguer do chão os que se acham caídos, os que perderam o ânimo devido às tempestades e intempéries da viagem, esses irmãos tão parecidos conosco feitos de luzes e sombras e de tantos desalentos.
a verdadeira vida não é a vida terrena. A vida na Terra é uma situação transitória. Jesus falou sobre isto algumas vezes. A vida real, a felicidade real não pertence a este mundo. A vida na Terra é curta e transitória. A vida do nosso espirito é eterna. Todos nós estamos aqui cumprindo uma processo de aprendizagem que tem inicio, meio e fim.
Manacá no cerrado
Manacá da serra
No cerrado, árida terra
Eclode majestosa e bela
Sagrada em sua capela
Distante de sua vivenda
Compõe sua flor, com legenda
De cor, cheiro e ao sertão bela prenda...
Luciano Spagnol
Poeta do cerrado
Sou da terra, do triângulo mineiro
Sou poeta do cerrado, estradeiro
De poeira e chão batido, cavaleiro
No espírito embebido, alma de peão
Caipira do amor poetando paixão
Trago nos olhos o sal do sertão
Do curral, do fogão de lenha, lamparina
Da moda de viola, catira e da ave de rapina
Sou araguarino, origem e apreço na sina
Sou interiorano com cheiro do mar
Onde nas tuas ruas eu pude me achar
Estrangeiro no Rio de janeiro, fui morar
Sou brasileiro de sobrenome e nação
Mineiroca de cognome de pura emoção
Aventurado no cerrado goiano sem direção
Gemidos da criação
A terra treme
Os mares rugem
Nossos tesouros viraram ferrugem
De nossa cidade restaram escombros
Nossa coragem tornou-se assombro
Os ventos são Seus mensageiros
anunciando “tudo é passageiro”
Desta mudança, o que virá?
Nossa lembrança, como apagar?
Não é o fim dos tempos
Como alguém sugere
Seus pensamentos não há quem altere
A natureza está gestante
A hora do parto virá num instante
Tragédias são as contrações
a despertarem os corações
Em sua defesa quem clamará?
e com gentileza a conduzirá?
Os seus gemidos se intensificam
nossos anseios se multiplicam
Afinal… o que será?
Nosso futuro não será abortado
Todo este mundo será restaurado
Estou seguro, Deus não volta atrás
Em um segundo, Ele pode, Ele faz
Mas Ele conta com aquele que crê
que em meio a tragédia é capaz de ver
Disposto a trabalhar
sem duvidar
que o Renovo virá
e não tardará
o Renovo virá
Não tardará
O Supremo Obstetra
o parto fará
Novo céu, nova terra
à luz trará
O Amor entre os povos
triunfará
A Justiça do Reino
se implantará