Ternura
BOA SORTE
Não infama ao ler esse soneto de ternura
é um cântico, sim, cântico de um amador
nele há mais do que só emoção, há jura:
pulsa um coração com o mais puro ardor
É o versar cheio duma ritmada partitura
em tons sensíveis e, apaixonado louvor
do criador pra criatura, em uma mistura
de olhar, toque, sensação, graça e pudor
Com o qual partilha toda emotiva certeza
e nas rimas o desejo com a dócil presteza
criando está narrativa de um enamorado
Ó paixão! Este verso traz d’alma o aporte
declamando na tua poesia o terno amor
da ventura de quem tê-lo terá boa sorte.
© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
20/11/2024, 14’07” – Araguari, MG
Quisera a minha vida fosse assim:
Um sim ao invés de não,
Um perdão ao invés do castigo,
Ternura ao invés do desafeto,
Companhia ao invés de solidão,
Misericórdia ao invés de intolerância,
Paz ao invés de conflitos,
Benigno ao invés de funesto,
Otimista ao invés de pessimista,
Altruísta ao invés de egoísta,
Amável ao invés de desamoroso,
Imparcial ao invés de preconceituoso,
Integro ao invés de parcial,
Respeitador ao invés de caluniador.
Quisera amar ao próximo como a mim mesma.
Quisera achar um lugarzinho no céu com os meus defeitos.
Então eu não precisaria da Cruz.
Porém eu necessito da Cruz!
A ternura do teu semblante
e a tua estonteante beleza
transmitem uma falsa ingenuidade,
pois tamanha é a tua esperteza,
percebo a audácia dos teus olhos
e que no teu âmago há uma chama impetuosa alimentada com austeridade, um amor e um deleite nítidos
que fluem por todaparte do teu corpo,
assim, és uma mulher de bastante vitalidade, um ser muito valioso.
Hoje eu só quero o silêncio de um abraço sincero.
O afago da ternura simples.
Palavra nenhuma é necessaria!
Somente o som da pulsação sentido num peito. Cheio de verdades e loucuras.
Mas no entanto (consegues acreditar?) eu tenho visto o próprio homem que se gaba da sua ternura, a devorar de uma só vez a carne de seis animais diferentes atirados para uma fricassé. Estranha contradição de conduta! Têm piedade, e comem os objectos da sua compaixão!
Que seu amanhecer seja radiante como o raio de sol da manhã! Que preencha seu dia de ternura como o afago de criança! Que tenha muita paz como os olhos de um Anjo
Onde o amor pousa...
Vai florindo, delicadezas, ternura, amizade...
Enfeitando o coração de esperança e alegria!
Voando até a lua, muito bem acompanhado por uma venustidade de tamanha ternura, juntos, seguindo numa viagem breve, porém inesquecível, uma espécie de loucura romântica, forma lúdica para expressar o amor, recebidos por Selene toda atenciosa como uma majestosa anfitriã, tudo isso apenas na minha mente, mas se ainda não é agora, talvez seja amanhã, indo contigo é o que importa, será um baita presente, singular quando estaremos dançando, fortemente, iluminados pelo luar, seremos dois universos se amando lá no alto, no lindo cenário lunar.
BEIJOS POUCOS
Que treteiro sonetear desafinado
onde, a intenção por distinto jeito
de ternura e amor, me tem sujeito
o pensamento com impulso alado
O coração vive assim apaixonado
o poema no agrado tão satisfeito
põe a pulsar titilante o meu peito
e o suspiro na emoção arruelado
E nesse arfar com fôlego latente
sussurros, ardores, sutis desejos
palavras acridoces e risos loucos
Canto para você, tão docemente
poetizando os versos com beijos
e que no versar são bem poucos.
© Luciano Spagnol – poeta do cerrado
26 maio de 2024, 17’57” – Araguari, MG
Teu corpo é um labirinto onde me encontrei e me perdi,
Deslizei meus dedos, tua pele com ternura percorri,
Cada sinal, cada traço, até o sinal na orelha direita,
Cada olhar, cada gesto, teus lábios tremem quando palavras estão presas na garganta e não querem ser ditas,
Teu sorriso solto se revela quando verdades são ditas por outros,
E quando discordas de algo, inicias tua frase com um "ô...",
Sim, memorizei cada detalhe de ti,
No silêncio das tuas palavras, soa o choro de uma guitarra,
Em cada acorde uma dor calada, um eco de sombra e luz,
Em cada pausa, um suspiro, nas entrelinhas que não vemos,
Nas paredes da sala, a assinatura dos teus gritos, infelizmente, em mim,
Tu enxergaste a carne, enquanto eu vi a tua alma,
Houve uma trava, um código errado, acesso negado,
Mas tuas digitais permanecem em mim, incrustadas.
Maria Helena
Mãe tão sublime amor ser eterno onde aconchega toda ternura
Carinhos de infância que propaga sem fim, intensos e doces momentos de proteção e cuidado
Beijos e abraços em cada primeiros passos e sempre lá para socorrer em cada queda ate hoje atenção que não findou
A saudade mágica para alguns, memórias de tantos que alma por ti chora e medo para outros de perde a mão de Deus viva na terra...
A confortante doçura de pousar a cabeça no seu colo ninho ao ninar todo berço se torna humilde aparar e repousar, pois ainda nada se compara a este carinho celeste
A sua voz que enche a casa com a sua presença delicioso contentamento mesmo quando o pão era pouco… tanto amor e dedicação coração numa fé de radiante calma
Ser de dádiva Divina
És uma árvore fecunda, que germina um novo ser frutos que se esgalham na corrente da prole sem desliga da força maternal guardaste no teu ventre aquecido rega a semente de um amor puro e profundo amor mais insistente mais fecundo
Mãe mulher é como uma rosa rainha de todas as flores
Seus olhos exalam ternura
Seu abraço acalenta minha minh'alma
Seu beijo aguça a minha loucura
Sua presença… minha calma
Celeste Rodrigues -
Chegaste e eras vida ...
Chegaste - eras ar- ternura,
gestos e palavras
que a própria vida
te dava por loucura!
Chegaste e eras tempo ...
Chegaste - eras areia - praia,
ondas e marés
e o próprio vento
bordava a tua saia.
Chegaste e eras xaile ...
Chegaste - eras Sol - calor,
a mantilha dos poetas
eras musica e baile
um poema ao amor.
Chegaste e eras fado ...
Chegaste - eras verso - tão só,
guitarra e lamento
caminho destinado
a dar corpo à voz.
Resta-nos ser o que Tu és
esse fado a que te davas
ter nos versos tanta fé
ser um campo de rosas bravas.