Tentativas
Algumas dores não passam rápido, por isso é necessário paciência e tentativas de mudar o olhar de direção.
desORIENTE
CONTO DE VIDRO.
Depois de várias tentativas frustradas, na emergência de uma respeitada clínica carioca, uma médica de sobrenome Tagata (sim, oriental), dá o resultado de uma tomografia computadorizada e finalmente um diagnóstico para uma paciente um tanto atônita e desconcertada:
- Duas costelas fraturadas e você me diz que não houve trauma...
- Doutora... Não houve. Eu estava em um show, fui ao toillette, senti uma fisgada e a dor não parou mais.
- Nenhum esbarrão, nenhum beberrão folgado te puxando pela cintura ou pelo menos uma série mais puxada de malhação?
- Não, não... Passei a noite inteira com um grupo de amigos e todos são testemunha... Até sentada eu fiquei! Só pode ser obra de outro tipo de energia...
- Olha, vejo casos assim todos os dias... Esteja certa de que algo aconteceu e foi de grande impacto no seu corpo.
- Como isso poderia acontecer sem que eu me lembrasse? Duas costelas? Um hematoma daqueles? Impossível!
- Bom, eu sou médica, meu norte é a ciência. Pra mim, você certamente sofreu alguma tensão grave no local...
- O que eu sei é que quando cheguei em casa me contorcendo de dor, fui vestir algo mais leve e me deparei com a tal mancha... Olha aqui ó... Fiquei tão chocada que fotografei com o celular...
(Nesse instante a paciente exibe a foto que contém a imagem da escoriação)
- Nossa... É quase uma garra...
- Garra? Como assim? (a paciente franze a testa) Você acha, doutora? Não tinha pensado nisso...
- Como assim? Garra te diz alguma coisa? Andou com algum bichano indócil?
- Não, não... Quer dizer, quais são as chances de isso ser resultado de digamos, uma fusão explosiva?
- Seja mais específica...
- Coisa de uma semana antes do hematoma ser notado e...
- Ser notado? Como assim? Você não disse que tem certeza de que ele não estava lá antes?
- Ah, Doutora, a gente checa o decote, o bumbum, não as costelas no espelho, né?
-Hum... Prossiga... ( a médica já sinaliza um riso vitorioso no canto da boca)
- Então... Se isso não foi uma macumba braba, só pode ter sido uma coisa... Mas... Será? Não faz sentido... Eu teria sentido alguma dor...
- Não se estivesse sob efeito de álcool ou entorpecente... O pavio da lesão pode ter sido aceso no que você chamou de "explosão", mas a coisa pode ter acabado só explodindo mesmo quando fez qualquer esforço bobo, como por exemplo...
- O de agachar pra ir ao toillette!
- Elementar, minha cara! Mais uma vez a ciência prevaleceu!
(A paciente sorri maliciosamente com as sobrancelhas levemente erguidas. Em seguida fita a Dra. Tagata em tom de desafio. Percebendo seu ar provocativo, a médica prossegue)
- Mas, você me deixou intrigada... Porque essa expressão de triunfo?
- Sabe o que é, Doutora? Adoro ver provado o valor da ciência na nulidade da sua probabilidade indeterminada... Essa coisa de tentar justificar paredes de vento com vidros de janelas quebradas...
- Vidros? Janelas? Vento? Desculpe, não entendo...
- É elementar mesmo, estimada doutora... Quando explode dentro o que é vidro, de nada adianta a vidraça da janela estar fechada. É ciência pura, acredite. E a fissura do osso, só uma metáfora materializada.
Se todas as tentativas tão incertas como esta se convertessem em amor e felicidade como as que sinto agora esse mundo seria sem sombra de dúvidas o melhor lugar para se viver.
Não se prenda ao passado. Ele não volta mais. Erros, quase sempre, são tentativas de acertar. Não deu? Siga em frente. O Mundo é cheio de novas possibilidades. Vamos cuidar do presente que o futuro é logo ali.
Não se considere um fracassado na primeira queda, pois existem milhares de novas tentativas que poderão levá-lo à conquista.
Todas as tentativas de tratar desiguais como iguais, fracassaram ou foram "iguais" pela força da baioneta. A desigualdade entre seres humanos e a essência, pois cada um temos nossas aspirações,sonhos, vontades na vida. Não se pode "tabelar" isto sob a justificativa falsa e farsa de justiça social.
Sobram dois lugares no mundo onde isto acontece ainda, e se abrir a porta, não fica um.
Talvez você erre mil vezes, talvez não consiga em mil tentativas. Mas continue tentando, pois o que o ser humano tem que ter é mais fé, e menos medo.
Não existe certo e nem errado o que existe são tentativas de acerto mesmo que seja através dos erros.
Nada a dizer que já não foi dito.
Ocorreram muitas mudanças: vitórias, derrotas, tentativas...
Tenho os mesmos medos: medo de que não seja aceita, medo de não dar conta, medo de não conseguir ser aquilo que anseio.
Por que voltei a escrever? Porque me faz bem, porque quando escrevo me arregalo pra mim mesma, porque quando escrevo analiso a pessoa que os outros encaram. Amo escrever, amo escrever sobre mim...
Quero muita coisa, quero muito tempo, quero, quero e quero...
Enquanto houver sonhos, existira esperança.
Enquanto houver esperança, existira tentativas.
Enquanto houver tentativas, existiram escolhas.
Enquanto houver escolhas, existiram erros e acertos.
Enquanto houver erros e acertos, existira aprendizado.
Enquanto houver aprendizado, existira uma nova pessoa em você.
Não fique triste se algo deu errado. Erros são resultados de tentativas. O sucesso, a felicidade, a conquista, fica cada vez mais próximo se continuar lutando... Nunca desista...
Mais um ciclo encerrado! E vem aquela sensação. Começar outro? Depois de sucessivas tentativas fracassadas? Talvez eu seja difícil, mas quem disse que seres humanos são fáceis de entender? Talvez meu pecado seja querer mais, viver uma aventura sempre, sonhar alto, voar alto. Talvez meu pecado seja esperar ser compreendido, assim como faço questão de entender e compreender todos e tudo. Talvez minha personalidade dramática, orgulhosa, me deixe distante das pessoas. Provavelmente eu não sou tão bacana quanto dizem, ou minhas piadas são sem graça. Talvez esperem muito de mim quando o que tenho pra oferecer é pouco. Talvez minha sede de sair por aí seja uma inquietação, um incômodo para as pessoas. Provavelmente meus enigmas, meus devaneios, anseios, meus desejos, assustem, e minhas análises o perturbem de modo que jamais possam decifrá-las. Jamais possam ler o que disse nas entrelinhas. O que eu disse e o que não foi decifrado permanecerão, quem sabe, eternamente indecifráveis, pois esse é o mais bacana do mistério. A possibilidade de ser sempre questionável, sempre uma incógnita. Talvez assim seja eu. Uma incógnita. Talvez meu encanto passe do primeiro encontro. Pode ser que minhas ideias, apesar de dizerem que são parecidas, sejam um peso difícil de carregar pela longa estrada que costumo caminhar. Vou caminhando assim mesmo, saboreando cada cultura, cada paisagem, cada pedaço de chão. Talvez o encontro seja mesmo o momento da despedida e meu destino seja vagar tão longe de casa a procura da estúpida mágica.
Ainda
Todas as tentativas falharam,Todas minhas cabeças são caudas.Ela tem olhos lacrimejantes,Eu tenho as razões do por quê.
Eu estou perdendo chão e ganhando velocidade,Eu perdi a mim mesmo, ou a maior parte de mim.Eu estou conduzido para o precipício final
Refrão:Mas você não me perdeu ainda.Não, você não me perdeu ainda.Eu cantarei até meu coração quebrar.Não, você não me perdeu ainda.
Estes dias passam por mim,Sonho com os olhos abertos,Pesadelos caçam meus dias,Visões embaçam minhas noites.
Eu estou tão confuso.O que é verdadeiro ou falso,O que é fato, ou ficção depois de tudo?Sinto como se fosse o preferido da assombração.
Refrão:Mas você não me perdeu ainda.Não, você não me perdeu ainda.Eu correrei até meu coração quebrar.Não, você não me perdeu ainda.
Se isso não quebra?Se isso não quebra...Se isso não quebra...Se isso não quebra seu coração, isso é amor?Se isso não quebra seu coração, não é o suficienteIsso é quando você está sendo quebradoCom seus interiores vindo pra fora,É quando você descobre do que é feito seu coração.E você não me perdeu ainda.
As vezes eu quero ir até a sua casa e te dizer o quanto já me senti frustrada por tentativas de desapego a algo que ao menos nem é meu.