Tenho Namorado mas Penso em outro
Às vezes algumas pessoas são realmente difíceis de amar, mas se eu penso em todas as razões para Deus não me amar, muda minha perspectiva.
Controlo meus demônios em silêncio
Não penso em me enquadrar mesmo espremido
Meus gritos contidos
Se inflamam
Me inflam
Agora sou balão de pensamentos
Vago observando o desgoverno
Esse atropelo
Esses tropeços todos
Esses embates tolos
Bárbaros úteis
Vultos bem vestidos
A busca permanente de um prazer impossível
De um felizes para sempre
De um sempre para nunca
Vago, divago...
Vou sendo esse balão de pensamentos.
O que há em seus olhos
que encanta meus pensamentos?
Ora penso, ora não penso.
E quando penso,
são direcionados a você.
Se alguém pode refutar-me e provar de modo conclusivo que penso ou procedo incorretamente, de bom grado mudarei minha forma de agir. Pois persigo a verdade, que nunca prejudicou ninguém; o contrário, se prejudica o que persiste em seu próprio engano ou ignorância.
E toda vez que a saudade começa a doer eu penso que se ele arrumou coisa melhor pra sentir do que a minha falta, eu também consigo fazer o mesmo.
Só penso o seguinte: me deixa quietinha com minhas vontades. Se não temos o mesmo gosto podemos ser amigos. Só entenda que dessa linha para cá tem a minha vida e daquela linha para lá tem a sua. Acho que assim todo mundo fica bem. Inclusive, contribuímos para um futuro melhor. Respeito é palavra fundamental no meu dicionário (e no seu?).
Crianças em qualquer tempo
Quando penso em crianças do terceiro milênio, as vejo ainda maturadas num ventre de mulher, apesar das novas possibilidades com que o futuro nos acena [...]
As maneiras através das quais essas crianças aprenderão a ler e escrever não tem, para mim, importância maior. Que seja num caderno ou num computador, diante de uma mesa ou graças a um sofisticado equipamento de pulso, o que eu vejo são seres em crescimento abrindo os olhos maravilhados sobre o saber.
O universo socioeconômico de uma criança amazônica criada à beira do Rio Negro, que em dia de festa come pato em vez de galinha, porque galinhas não nadam e há muito mais água do que terra ao redor das casas dos Igarapés é bem diferente daquele de uma criança de São Paulo, levada no inverno, duas vezes por mês ao médico para fazer nebulizações capazes de minimizar em seus pulmões o efeito da poluição. Essas diferenças existem hoje e existirão ainda que de outras formas, no terceiro milênio.
Mas hoje como amanhã, as duas crianças terão medo do escuro [...]
As crianças do terceiro milênio, quando penso nelas, são frágeis e bonitas. O que vestem se linho ou plástico, não me interessa. Me interessa que possam ser de todas as cores, louras e morenas, de olhos puxados ou lábios grossos, de cabelos escorridos ou pixaim, e que assim possam viver, multirraciais, no mesmo bairro.
Confesso que me enternece a idéia de que, pelo menos no início dessa nova era ainda haverá avós que ensinarão suas netas a costurar roupinhas de boneca. Mas tenho certeza de que mesmo que no futuro venhamos a nos alimentar somente de pílulas, haverá crianças fazendo pílulas de barro ou de cola sintética para brincar de comida de mentirinha, assim como brincaram as crianças da Roma clássica ou as do antigo Egito. E isso não porque a brincadeira de comidinha seja uma tradição transmitida de geração em geração, mas porque através da mimese se faz o aprendizado e a primeira tarefa de todas as crianças em qualquer tempo e em qualquer lugar, é, e sempre será, aprender a viver.
Tatuagem
Quanto mais eu penso
O tempo passa
Mas aumenta essa vontade
De estar com você.
Eu disfarço
Finjo estar contente
Mas ta mais do que na cara
Que eu quero te ver.
De repente
O que era brincadeira
Mudou o brilho do meu olhar
Nosso caso está ficando sério
Mistério bom pra desvendar.
Morrendo de saudade
Eu pego o telefone pra te ligar
E te dizer
O que eu sinto agora
Não dá pra controlar.
Ta difícil
Sem o seu carinho
Dá a impressão
Que estou perdido
Em plena multidão.
Gosto tanto
Quando escondidinho
Você vem me dar um beijo
Eu pego a sua mão.
Justo eu que nunca imaginava
Que um dia fosse me envolver
Nessa história de amor proibido
Quem sofre sou eu e você
Mas vê se da um jeito
E joga logo fora essa solidão
Vem me mostrar
O amor que está guardado
Dentro do coração.
Ah Coração
É saudade demais
Me enfeitiçou
Me deu tanto prazer.
Ah coração
To sofrendo demais
Só fico bem
Quando estou com você.
Gravei seu nome com as letras da paixão
Fiz tatuagem de amor no coração.
Me enfeitiçou
Me deu tanto prazer
Ah coração
A sensatez de poucas leis e decretos
Penso que um excesso de decretos e de interditos prejudica a autoridade da lei. Podemos observá-lo: onde existem poucas proibições, estas são obedecidas; onde a cada passo se tropeça em coisas proibidas, sente-se rapidamente a tentação de infringi-las. Além disso, não é preciso ser-se anarquista para se ver que as leis e os decretos, do ponto de vista da sua origem, não gozam de qualquer caráter sagrado ou invulnerável. Por vezes são pobres de conteúdo, insuficientes, ofensivas do nosso sentido de justiça, ou nisso se tornam com o tempo, e então, dada a inércia geral dos dirigentes, não resta outro meio de corrigir essas leis caducas senão infringi-las de boa vontade! Para mais, é prudente, quando se pretende manter o respeito por leis e decretos, não promulgar senão aqueles cuja observação ou infração possam ser facilmente controladas.
Só nós dois!
Sabe, amor, em todos os momentos eu penso em ti...
E no muito que te amo... Pensava também
no momento em que te conheci...
E eu jamais pensei naquele dia o quanto
eu poderia amar-te...
Será que me amas o quanto... assim tanto?
- Diz-me amor!
Fui te conhecendo... Enamorando-me e não sabes
como adoro estar contigo
Apaixono-me cada dia mais...
Tu me falas, eu te falo...
Eu te escuto...
Tu me escutas...
A beleza do afago e da fascinação traz-me de
volta os sonhos passados...
Surjo da angústia no retorno de uma lembrança
Liberto meu grito na paz deste afeto
e milagres de amor acontecem...
Cerrei os olhos
E iluminou-se minha alma... Permanecemos em
silêncio de mãos dadas...
Olhos nos olhos... Só nós dois!
Eu penso, mas não posso dizer!
Se eu falar, uma guerra pode começar!
Eu sinto mais não posso expressar!
Só eu e o meu turbilhão de sentimentos!
Mas cansa tentar fingir que esta tudo bem quando não está!
Acreditar que tudo vai mudar quando se ouve isso pela milésima vez e até então nada mudou!
Ter que olhar nos olhos dos outros e fingir um sorriso,
Enquanto, se eu pudesse evitaria até a mim mesma.
Só quero deixar minhas lágrimas rolarem e parar de fingir sobre meus sentimentos!!
Está tudo tão confuso aqui dentro que acho que vou pirar!
Queria sair gritando pro mundo inteiro mais sem que ninguém pudesse me ouvir!
Fugir de todos! De tudo! De mim!
Mas não quero me afastar de você!
As vezes sinto vontade de me cortar! Ver sangrar!
Ver meu sangue escorrer lentamente!
Acho que se eu morresse seria uma boa saída!
Acho que seu morresse, ninguém sentiria falta!
Talvez duas ou três pessoas!
Mas jamais terei coragem de trair meu Senhor, que sofreu tanto por mim!
Jamais terei coragem de ir contra suas leis!
Perdão meu Senhor, se te magoo com esses meus pensamentos imbecis!
Mas eu precisava desabafar de alguma forma, antes que isso tudo explodisse dentro de mim!
Escrever foi a única maneira que achei de desabafar minhas angústias!
De falar pra todo mundo o que não quero dividir com ninguém!
Sendo assim, acho que é isso!
Só não sei se é ''FIM!''
Há metafísica bastante em não pensar em nada.
O que penso eu do mundo?
Sei lá o que penso do mundo!
Se eu adoecesse pensaria nisso.
Que idéia tenho eu das cousas?
Que opinião tenho sobre as causas e os efeitos?
Que tenho eu meditado sobre Deus e a alma
E sobre a criação do Mundo?
Não sei.
Para mim pensar nisso é fechar os olhos
E não pensar. É correr as cortinas
Da minha janela (mas ela não tem cortinas).
O mistério das cousas? Sei lá o que é mistério!
O único mistério é haver quem pense no mistério.
Quem está ao sol e fecha os olhos,
Começa a não saber o que é o sol
E a pensar muitas cousas cheias de calor.
Mas abre os olhos e vê o sol,
E já não pode pensar em nada,
Porque a luz do sol vale mais que os pensamentos
De todos os filósofos e de todos os poetas.
A luz do sol não sabe o que faz
E por isso não erra e é comum e boa. Metafísica?
Que metafísica têm aquelas árvores?
A de serem verdes e copadas e de terem ramos
E a de dar fruto na sua hora, o que não nos faz pensar,
A nós, que não sabemos dar por elas.
Mas que melhor metafísica que a delas,
Que é a de não saber para que vivem
Nem saber que o não sabem?
"Constituição íntima das cousas"...
"Sentido íntimo do Universo"...
Tudo isto é falso, tudo isto não quer dizer nada.
É incrível que se possa pensar em cousas dessas.
É como pensar em razões e fins
Quando o começo da manhã está raiando, e pelos lados das árvores
Um vago ouro lustroso vai perdendo a escuridão.
Pensar no sentido íntimo das cousas
É acrescentado, como pensar na saúde
Ou levar um copo à água das fontes.
O único sentido íntimo das cousas
É elas não terem sentido íntimo nenhum.
Não acredito em Deus porque nunca o vi.
Se ele quisesse que eu acreditasse nele,
Sem dúvida que viria falar comigo
E entraria pela minha porta dentro
Dizendo-me, Aqui estou!
(Isto é talvez ridículo aos ouvidos
De quem, por não saber o que é olhar para as cousas,
Não compreende quem fala delas
Com o modo de falar que reparar para elas ensina.)
Mas se Deus é as flores e as árvores
E os montes e sol e o luar,
Então acredito nele,
Então acredito nele a toda a hora,
E a minha vida é toda uma oração e uma missa,
E uma comunhão com os olhos e pelos ouvidos.
Mas se Deus é as árvores e as flores
E os montes e o luar e o sol,
Para que lhe chamo eu Deus?
Chamo-lhe flores e árvores e montes e sol e luar;
Porque, se ele se fez, para eu o ver,
Sol e luar e flores e árvores e montes,
Se ele me aparece como sendo árvores e montes
E luar e sol e flores,
É que ele quer que eu o conheça
Como árvores e montes e flores e luar e sol.
E por isso eu obedeço-lhe,
(Que mais sei eu de Deus que Deus de si próprio?).
Obedeço-lhe a viver, espontaneamente,
Como quem abre os olhos e vê,
E chamo-lhe luar e sol e flores e árvores e montes,
E amo-o sem pensar nele,
E penso-o vendo e ouvindo,
E ando com ele a toda a hora.
(Fernando Pessoa)
Eu sei que sou exatamente o que 98% dos homens não gosta ou não sabe gostar: eu falo o que penso, abro as portas da minha casa, da minha vida, da minha alma, dos meus medos. Mas eles adoram uma sonsa. Adoram. Mas dane-se. Um dia um louco, direto do planeta dos 2% de homens, vai aparecer.
Quando acordo, logo penso: que eu seja melhor que ontem. Que minha cabeça esteja mais aberta, que meu humor esteja melhor, que eu não brigue por besteira, que eu não cometa os mesmos erros do passado, que eu tenha serenidade, que eu consiga vencer o dia, que eu saiba discernir o certo do errado.
''Fecho os olhos, faz tanto bem, você não sabe. Suspiro tanto quando penso em você, chorar só choro às vezes, e é tão freqüente.''