Tempos de Escola
Tempos de criança
Há quem faça pouco caso dos desejos das crianças, eu não, sempre analiso e procuro entender o porquê de alguns anseios infantis. Dizem os psicólogos e psiquiatras que os acontecimentos repercutem por toda a nossa vida e acaba formando nossa personalidade, um dos motivos de tentar entender o que se passa na cabeça dos pequenos é o fato de eu já ter sido criança (claro), e na minha infância tive inúmeros desejos que jamais foram atendidos. Lembro dos tempos de escola, início das aulas pra ser mais exato, ficávamos eufóricos, loucos pra saber qual seria a novidade no nosso material escolar, o que os adultos não sabiam é que a partir desse aparato escolar, faríamos sucesso ou não na nossa turma, um material legal era imprescindível para ser um aluno descolado, um material ruim acabaria com nossa vida social e consequentemente nossa auto-estima. Lá estava eu aguardando o material chegar, chegou, me dei por satisfeito com o material que me foi dado, mas o que pouco sabem é que o demônio mora na comparação. O primeiro dia de aula é especial, tão especial que eu acho que até tomava banho antes de ir para escola. Ao chegar, todos vindo de férias, tanto tempo sem fazer nada que nos fazia até sentir vontades estranhas, como vontade de estudar, por exemplo, vontade a qual não durava mais de uma semana. A tragédia aconteceu, um colega tira um estojo, estojo que me parece mágico na lembrança, cada botão apertado revelava um aparato; borracha, apontador, régua, tesoura, olhei para o meu, feito de tecido, simples, o fecho era apenas um zíper, senti uma tristeza, já era a vontade de estudar. Chegando em casa pedi para comparem um estojo daquele pra mim, que eu precisava dele, sem ele não poderia estudar, ele era peça essencial para o meu aprendizado. Assim que acharmos o estojo compraremos pra você, eles disseram. Em agosto faço 37 anos, até hoje espero o dia de ganhar meu estojinho...
Nos bons tempos.
Como eu tenho saudade
de ouvir um sim senhor
daquela doce amizade
sem diferença de cor
da merenda de verdade
da palmada sem maldade
e do respeito ao professor.
A vida sem respostas assim como escolas .
Esmolas enchem sacolas
mais há tempos que não mantém fundamentos .
A maioria das pessoas pode pensar nisso como um aplicativo para desabafos. Mas, para mim e outros, é onde podemos ser quem queremos ser.
Alguém já disse que a vida é como os ponteiros de um relógio. Eles sempre voltam ao mesmo lugar, repetindo os mesmos movimentos, infinitamente. Só que nunca notamos, ou estamos tão acostumados, que ignoramos. Mas, se quisermos escapar desse ciclo, de quanta coragem precisamos?
Quando seguimos pelo trilho da vida que diz "Coragem", encontramos a felicidade em cada paragem que fazemos para apreciar a beleza do nosso caminho.
"O padrinho de Florentino Ariza, antigo homeopata que tinha sido confidente de Trânsito Ariza desde seus tempos de amante oculta, se alarmou também à primeira vista com o estado do enfermo, porque tinha o pulso tênue, a respiração rascante e os suores pálidos dos moribundos. Mas o exame revelou que não tinha febre, nem dor em nenhuma parte, e a única coisa que sentia de concreto era uma necessidade urgente de morrer. Bastou ao médico um interrogatório insidioso, primeiro a ele e depois à mãe, para comprovar uma vez mais que os sintomas do amor são os mesmos do cólera".
Fins para ir a escola: bolsa escola, bolsa família, renda cidadã, vale gás, bicicleta e o lanche. Menos o principal: estudar.
Na "escola" da vida aprendemos e deixamos de ser "bobos", evoluímos, mas evoluímos para melhor, só os maus "alunos" ficam piores!
A violência nas escolas é um reflexo preocupante de uma educação que ainda legitima a masculinidade tóxica. Transformar meninos dóceis em homens violentos que objetificam corpos femininos é um sintoma de uma sociedade que perpetua uma educação perversa e misógina. Precisamos urgentemente de uma educação que desconstrua essas estruturas sociais arraigadas e combata o terrorismo moral. Uma educação emancipatória e questionadora é fundamental para promover a igualdade de gênero e formar cidadãos mais justos e conscientes.
Conheço escola que troca a senha toda semana para o professor se enjoar de pedir acesso ao wifi. Alegando que a secretaria não anda com tanta gente pendurada na net da escola! Também é proibido o aparelho celular na escola.
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