Tempos de Escola
Certas coisas que existem dentro das pessoas só vêm à tona tempos depois, e eu tento encontrar a raiz dessas coisas.
Sólido Significado
Tempos líquidos
Vida e afetos instrumentais
Medo, angustia e incerteza
O encaixe em qualquer recipiente
O eterno se esvai, restam significantes
Matéria, vida morta e útil
Meio, nunca fim
No fim, escoaremos para onde?
Navegar essa liquidez exige destreza
Até os melhores naufragam, engolidos pelo vazio
Prazeres efêmeros
Finalidades sem fim
Vida sem substância
Como navegar nesses tempos?
Talvez solidez, significado, substância, alma
Não se navega sem alguma base
Se render ao líquido é morrer em vida
Esgarçar os afetos
Dessensibilizar o ser
Perde-se qualquer intensidade no viver
A felicidade não se compra, se cultiva. Em tempos de crise, valorize as pequenas coisas que te fazem sorrir.
Time..
Dos tempos de Criança,
trago em mim todas as lembranças.
Carinhosamente guardadas e
resguardadas bem no meio do peito.
AO DIVINO ASSASSINO
Uma litania ante o Sagrado Coração
concebida em Paray-le-Maulnier, tempos
depois do acidente fatal de Anecy Rocha
Senhor, Senhor, o Teu anjo terrível
é sempre assim? Não tensumrefratário
à hora do massacre–ummais sensível
que atrasasse o relógio, o calendário?
Ao que parece a todos tanto faz
por quem o sino dói no campanário.
Começa a amanhecer e uma vez mais
rebelo-me, mas sei que a minha vida
não tem como ou por que voltar atrás.
Aceito que a mais dura despedida
é bem mais que metáfora do nada
a que se inclina o chão; que uma ferida
e a papoula sangrenta da alvorada
pertencem ao mundo sobrenatural
tanto quanto uma lágrima enxugada
à beira de um caixão. Mas afinal,
Senhor, amas ou não a humanidade?
Não fui ao escandaloso funeral
e imaginá-la em Tua eternidade
dói demais! Vou passar mais este teste,
sim, mas protesto contra a insanidade
com que arrancas à muque o que nos deste!
Tu sabes que a soberba da família
era maior que a dela e eu tinha a peste–
pai e mãe apartavam-me da filha
e o irmãozão nem falar… E hoje, coitados,
como hão de estar? Aqui é a maravilha,
as genuflexões… Os potentados
e os humildes, a nata da esperança,
todos chegam por cá meio esfolados,
sangrando como a luz. Não só da França,
toda a Europa rasteja até aqui
esfolando os joelhos, não se cansa
de ensangüentar-se até chegar a Ti
e ao menos a um pixote do Além Tejo
restituíste a vista; eu quando o vi
solucei– mas que o cego e o paraplégico
saiam aos pinotes, que o Teu coração
se escancare e esparrame um privilégio
aqui e outro acolá na multidão,
só me faz perguntar: E ela? E ela…?
Não consigo entender que a um aleijão
concedas tanto enquanto a uma camélia
Tu deixas despencar… Por que, Senhor?
Olho tudo do vão de uma janela,
mas vejo a porta de um elevador
escancarar-se sobre um outro vão,
um vão sem chão… E a seja lá quem for
aqui absurdamente dás a mão!
Me pões trêmulo, gago, estupefato,
pasmo, Senhor– mas consolado não.
A mesma mão que fez gato e sapato
da minha doce Musa, cura e guia,
cancela as entrelinhas do contrato,
Dominus dixit… Mas quem merecia
mais do que uma açucena matinal
um manso desfolhar-se ao fim do dia,
quem mais do que uma flor, Senhor? Igual
nunca viram os mais alvos crisantemos,
tinha direito a um fim mais natural,
à morte numa cama, em casa ao menos…
Mas não– tinha que ser total o escândalo!
Por que, se nem nos circos mais extremos
Teus mártires andaram despencando
sobre os leões, se nem o lixo cai
de oito andares aos trancos, Santo Vândalo?
Não vim denunciar o Filho ao Pai
ou o Pai ao Filho, não vim dar razão
aos que recusam e usam cada ai
contra a humildade; vim porque a Paixão
me chamou pelo nome e a alma obedece
e aceita suar sangue– como não?
Mas não sei mais unir o rogo à prece
do que a elegia ao hino de louvor,
não sei amar-Te assim… Caso o soubesse
teria que ficar aqui, Senhor,
aqui, arrebentando-me os joelhos,
esfolando-me todo ante um amor
que vai tornando sempre mais vermelhos,
mais duros os degraus do Teu altar.
Tu, que tudo consertas, dos artelhos
que desentortas e repões a andar
até às pupilas mortas de um garoto,
do cachoupinho que me fez chorar;
Tu, que a este lhe dás a flor no broto
e àquele o lírio pútrido do pus;
Tu, que passas por um de quatro e a um outro
pegas no colo e entregas a Jesus;
Tu que fazes jorrar da rocha fria;
Tu que metaforizas Tua luz
ao ponto de fazer de uma agonia
um puro horror ou a morna mansuetude–
que hás de fazer, Senhor, comigo um dia?
Quando eu agonizar, boiar no açude
das lágrimas sem fundo… Quando a fonte
cessar de soluçar e uma altitude
imerecida me enxugar a fronte…
Como há de ser, Senhor? Oxalá queiras
que a mim me embale a barca de Caronte
como o fazia a velha Cantareira,
o azul da travessia… A Irrecorrível
arrasta a cada um de uma maneira
e a quem quer que se abeire ao invisível
recordas a promessa: aquele a escuta
e este a recusa porque a dor é horrível,
mas, se a todos a última permuta
terá sempre o sabor da anulação,
o travo lacrimoso da cicuta,
a ela Tu negaste o próprio chão,
deixaste-a abrir a porta sem querer!
Nunca falou na morte, e com razão,
intuía, quem sabe, o que ia ver…
Sentença Tua? Em nome da promessa
não há negar Teu duro amanhecer–
mas quando arrancas mais uma cabeça
como saber que és Tu, que não mentia
O que ressuscitou? Talvez na pressa,
no pânico de Pedro, eu negue um dia
e trate de escapar, mas hoje não;
hoje sofro com fé e, sem poesia,
metrifico uma dor sem solução,
mas não vim negar nada! Faz efeito
essa dor: faz sangrar, mas faz questão
de defender-me como um parapeito
contra a queda e a revolta… Um Botticelli
despedaçou-se todo, mas que jeito,
se por Lear enforcam uma Cordélia
e encarceram a Ariel por Calibã…?
Alvorece, a manhã beata velha
enfia agulhas no Teu céu de lã,
tricoteia Paray-le-Maulnier *
e eu penso: ela morreu… Hoje, amanhã,
enquanto Te aprouver e até que dê
a palma ao prego e o último verso à traça,
vai doer– mas Amém! Não há por que
amar a morte, mas que venha a Taça,
aceito suar sangue até ao final,
como não… Tudo dói, menos a graça,
mata, Senhor, que a morte não faz mal!
Da Festa do Sagrado Coração em Julho de 1979 até aos
26 de Outubro de 1997.
De tempos em tempos acontece uma libertação mútua de ódio de diversas pessoas mascaradas por alguns motivos e intenções maiores
Tenho a impressão de que o homem das cavernas, os tempos das trevas, o submundo e a violência nunca saíram de cena.
A diferença é que nos tempos atuais são transmitidos online pelos celulares.
Crimes com armas químicas, biológicas, decapitações, esquartejamento e pessoas queimadas em praças públicas...
Tudo isso comprova que o homem selvagem continua vivo em nossa sociedade.
Em tempos de muita informação, busque como prioridade o que lhe é construtivo, e não só o que te faz passar o tempo. A existência é curta demais para jogar vivências fora
Em busca da beleza perfeita.
Tempos em que imagens, não retratam a verdade do que
realmente é belo.
Quem diria ter vivido em épocas que caras pintadas eram méritos dos palhaços.
E hoje é a beleza aos olhos da luxúria em busca do prazer.
Vivemos em tempos das armas laser, onde as tecnologias como a internet, a informática e a inteligência artificial dominam. No entanto, é curioso como uma lança primitiva, como um pedido impresso, ainda pode ter um
impacto tão significativo.
Estamos vivendo em tempos das armas laser, o sistema deixa disponível várias ferramentas tecnológicas como a internet, informática, IA inteligência artificial, mas uma lança primitiva como um simples pedido impresso e a presença física ainda surtem efeito.
Eu acho que o mundo era melhor quando nós andávamos em campos floridos, porque em tempos de conflito, eu prefiro andar em campos com flores do que estar em uma guerra, e andar sobre as bombas e armas apontadas para sua cabeça.
A paz é enlouquecedora
Nos tempos modernos muitos a temem e muitos a querem
Para os que temem ela representa o nada, a calmaria, a contrapartida do que o mundo é agora
Para os que desejam ela é o maior tesouro, só achado no lugar mais escondido dos confins do planeta
É fato que a paz pode ser usada tanto para o melhor quanto para o pior, a decisão cabe para quem a encontrar
Do Cristo, presumiu-se logo a inocência; no entanto, em nossos tempos, a um notório homem da lei importa ainda ouvir a turba. Leis e provas às favas! Mãos lavadas.
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