Tempos de Escola
Nesses tempos em que as pessoas preferem mil vezes passar horas ouvindo aquilo que não lhes diz nada é que a profissão de psicanalista faz o maior dos sentidos.
De tempos em tempos volto pro velho sentimento de não me enxergar como o protagonista da minha própria história.
Colheita em tempos de escassez
Muitos já sabem que a igreja foi “inaugurada” durante a Festa judaica de Pentecostes, comemorada 50 dias após a Páscoa. Essa festa sempre foi uma expressão de gratidão do povo pelo suprimento das suas necessidades da parte de Deus.
Entretanto precisamos observar um detalhe. Essa festa foi ordenada por Moisés durante a travessia no deserto. Ora, que colheita pode haver no meio do deserto? Será que os hebreus teriam que esperar chegar em Canaã para assim comemorar suas colheitas?
Claro que não! A “ordem” da gratidão não era para ser expressada no momento da benção quando chegassem na Terra Prometida. O povo foi desafiado a expressar gratidão durante seu tempo de escassez. Não são necessários detalhes de como isso foi instituído no deserto. O importante é entender que nós estamos vivendo como o povo hebreu no deserto: numa escassez em amplos aspectos. Desemprego, doença, divórcios são alguns exemplos de como estamos escassos de amor, paciência e esperança; e a pandemia está colaborando com essa escassez.
Entretanto, é na escassez que precisamos expressar nossa gratidão e colher aquilo que recebemos de Deus diariamente. Sei que na escassez não atinamos em sermos gratos; em tempos difíceis como esse a gratidão precisa ser exercitada. Mesmo na escassez aparecerão oportunidades de abençoar o próximo; e quando ela surgir não podemos desperdiçá-la.
Por isso não é a toa que a Festa da Colheita e o surgimento da Igreja tem tudo a ver. A igreja foi instituída para promover colheita em tempos de escassez; e o que precisa ser colhido é gratidão, mesmo em tempos onde a benção (aparentemente) não chega.
Somos seres inteligentes, mas nos últimos tempos estamos nos deixando levar pela falsa ideia de que, quanto melhor o cargo, quanto mais dinheiro, mais poder, mais respeitados seremos. Essa ideia está distorcendo a real fórmula de viver, deixando de lado o que realmente importa, que é a união e a cumplicidade da família; dar valor aos amigos que torcem verdadeiramente por nós; a união sem interesses ocultos e o principal a paz de espírito.
O que há de vantajoso ter poder, dinheiro, ser o melhor que todos e um atormentado desconhecido para própria família?
Somos seres inteligentes, mas longe de sermos sábios.
O que está sendo semeado agora, não anula o que foi plantado há tempos atrás, se semeamos flores, às colheremos, se semeamos espinhos colheremos também. É preciso estar preparado para a colheita, ela é inevitável e justa, e também nos permite compreender melhor a dinâmica da vida.
Há quanto tempo vem plantando flores?
Saúde mental em tempos de quarentena é o distanciamento de pessoas tóxicas, infectadas com negatividade, maus presságios, portadores da agressividade verbal, moral e demais coisas que desagregam.
Insta: @elidajeronimo
Em tempos de isolamento devido ao coronavírus minha declaração pra você, meu eterno grande amor.
Hoje, solitária, posso refletir melhor sobre o bem que você me faz. Sim, já é público o tamanho do meu amor por você, mas longe de ti posso dimensionar o quanto meu corpo sente a sua falta e o tanto de alegria que você me proporciona "antes", quando me preparopara te encontrar, "durante" quando trocamos calor e prazer e "depois", quando satisfeita volto para casa feliz, leve e cheia de energia, o que me leva a compartilhar com o mundo o resultado desta nossa relação intensa e sem o menorpudor quando deixo à mostra as marcas que você deixa no meu corpo.
Sol, vê se não me esquece, e espera por mim.
Bons tempos aqueles que havia pouca luz nas cidades
E um breu no céu com mais intensidade
Então podíamos caçar estrelas
Identificar algumas mais reluzentes
E confiar um pedido à estrela cadente
Podíamos contemplar o Cruzeiro do Sul
Ter Vênus na mira do nosso olhar
Sentir a mesma segurança quando sob sol e o azul
Ter sonhos com a certeza de realizar
Bons tempos aqueles que o olhar retratava a nossa imensidão interior
E os nossos desejos nos tornavam um pecador
são 04h, muito frio. há tempos não sabia o que era isso em Ribeirão Preto.
não há gemidos nos apartamentos vizinhos, todos dormem e o silêncio reina. lá fora chuva e um pedido de socorro, rompe com a paz reinante.
uma voz feminina suplica que a deixe; que ela não quer ir, quer ficar ali. em outros momentos, quer ir. mas só! sem a companhia, que nada fala — presumo só acompanhar ao largo, de um lado a outro da calçada.
nenhum carro na rua, nem sons a interromper o capítulo dessa novela. ela chora e ri num desafino descompasso, lembrando talvez mais dos drinks de que a música que a embalou no início da festa, que sabe-se lá como terminou, ou não!
penso em deixar a cama, abrir a Frisa e ir acompanhar o desfecho do romance "frozen in the rain". as cobertas que me acompanham não permitem e me abraçam mais forte de encontro à cama. tento com esse trio aquecer-me para o final da madrugada e colo mais um travesseiro ao ouvido — ajuda também a esquentar —, mas a voz feminina, lá fora teima em reinar. não é um Romeo, Romeo... nem tampouco tomate cru que ela procura na feira — por sinal distante daqui — . e, ela continua a berrar, algumas palavras que se parecem com isto.
milésimos de segundos se passa e seus sapatos começam a dividir com o som da chuva a quebra do silêncio que antes reinava, na pista. uma dança sem música, no asfalto molhado. ele, enfim berra e pede para que ela volte. é então que eu noto a companhia, é um homem.
abri a Frisa, quem sabe para ajudá-la, quem sabe para me devolver o sonho e, aquecer o corpo. vejo que ela não resistiu, preferiu o Romeo. ela aceitou-o e foram em busca dos tomates.
agora sim, o tempo vai esquentar e logo, logo, o sol é quem vem reinar!
Meus tempos de Infância
PARTE 01
Toda hora estou pensando
E agora vim me expressar
Através da rima eu escrevo
O que o coração quer falar
Memórias da minha infância
Que a mente tenta acessar.
Um tempo bom por demais
Pomares, rios e currais
Brincadeiras, festa e alegria
Naquele lugar reunia
Famílias com alegria...
Brincadeiras e diversão
Simplicidade e muita união
Podia ter só o feijão
Que ainda sim chamava atenção...
Todo mundo queria ficar
Naquele lindo lugar
Visitante se admirava
Pra um e outro falava
E assim a fama espalhava
Por toda região, daquele barracão
De paredes de pau a pique
Das prateleiras mais chiques
Era os alumínios da minha vó
Que de longe encadeava
Do brilho que ela dava
Com areia, bucha e sabão.
Com amor e dedicação
Em tudo que ela fazia.
Trabalho disfarçado de lazer
Para as crianças aprender
Como tudo se fazia
Não era como hoje em dia
Que não pode fazer nada
As Brincadeiras boas estão paradas
Pois os pais não deixam brincar
Agora só tem celular acabando com a diversão
E cada um mais molão
Diferente de outro hora
Que Meninada Jogando bola,
Lá no meio do terreiro
Podia fazer lameiro
Que os pais não se importava
Tinha mais fé que era Deus que cuidava
E tudo ficava bem!
São muitas memórias que surgem
Quando eu paro para pensar
Naquele incrível lugar
Que passei a minha infância
Tempo bom de criança que pude aproveitar.
Eu lembro dos meus avós
Na flor da juventude
Força, fé e atitude
Trabalhando com paixão
Naquele fecundo baixão
Minha vó na mão de pilão
Debulhava aquele arroz
E já preparava depois
Tudo fresco ali da hora
Essas são as memórias
Que me pego a pensar.
Meus tios com par de espora
Aprendiam a caminhar
Trabalho, sustento pra o lar
Era o que os pais ensinavam
Respeito e consideração
Passava para a geração
Como enfrentar a vida
Com sabedoria e proeza
Não tinham muita riqueza
Mais tinha muita alegria
Era seu jeito de amar
Ensinando uma profissão
Cada filho um leão
Era assim que preparava
Uma forte geração.
Com garra, fé e união.
Autor: Fernando G Saldanha
13/01/2025
Toda vida humana é composta de fases de tempos em tempos, portanto mudar nossa personalidade e modo de agir no decorrer da vida, faz parte da nossa existência, sendo assim, aproveite o seu novo eu que acabou de nascer esta manhã.
Reinvente-se!
Em tempos de inteligência artificial, questionamentos de quem preferiu queimar tempo com coisas chulas ao invés de se informar, nem respostas receberão!
Em tempos de inteligência artificial, a ignorância e seus cultivadores estão fincando sem respostas e sem espaço no mundo, portanto, não troque boas informações por futilidades cômicas nas redes criadas para tomar seu precioso tempo.
Vivemos em tempos de aparências e cópias, onde nos tornamos cascas vazias, cada vez mais se predomina o coletivo, estamos nos esquecendo do essencial, do autêntico, do genuíno.
Momentos de paz e calmaria são maravilhosos e prazerosos, porém, é nos tempos difíceis que esses momentos são construídos!
Novos tempos, tudo o que é comum e corriqueiro que não exige muito raciocínio está sendo substituído por invenções mais inteligentes, e aqueles que se recusam a realizar este up grade em suas maneiras de viver, ficarão sem ocupação em um futuro próximo.
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