Tempos de Escola

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Leis e princípios não são para os tempos em que não existe tentação: são para momentos como este, quando corpo e alma se levantam em motim contra seu rigor. Se, por conveniência, eu pudesse quebrá-los, qual seria o seu valor?

Saudades que tenho
Dos tempos de boêmia
As ruas desertas na madrugada
violão no ombro, assovio no canto...
Ah! Como vale lembrar
Naqueles tempos em que
se andava tranquilo
Era só a solidão... E a lua!

Falta de respeito, falta de consideração,
dois dos maiores pecados dos tempos modernos...
A urgencia, a pressa, servem de "justificativa" para
o injustificável...
Ósculos e amplexos,
Marcial

PARA EVITAR A FALTA DE RESPEITO
Marcial Salaverry

Respeite, para ser respeitado...
Meus direitos terminam onde começam os seus,
e os seus, onde começam os meus,
algo que sempre deve ser observado
e muito bem respeitado...
Certas atitudes impensadas,
por desrespeitosas, devem ser evitadas,
Por respeito, manter a elegância de atitude,
será certamente sinal de virtude...
Respeito, calma e ponderação,
fazem bem ao coração...
Sempre é bom pensar,
antes de agir ou falar...
Saber o espaço alheio respeitar,
certamente poderá fazer
com que o seu o seja tambem...
Existem certas atitudes,
que quebram completamente o encanto,
por serem totalmente deselegantes,
desrespeitosas e magoam bastante...
E fica difícil, muito difícil consertar,
algo que fez um encanto se quebrar...
A alma fica ferida,
e as feridas da alma
custam mais a cicatrizar...
Por isso devemos pensar bem,
e ponderar antes de atacar alguém...
Paz e Compreensão,
fazem bem ao coração...
Devemos usar nossa energia interior,
apenas com paz e amor...
Para que brigar,
por algo que a nada vai levar?
Apenas pelo prazer de polemizar?
Se aos outros desrespeitar,
não poderá querer que o respeitem...
Se cada um de sua vida cuidar,
deixando outrem viver,
a propria vida vai melhorar...

Marcial Salaverry

A prisão de Lula é uma evidência de que nós vivemos tempos em que medidas de exceção convivem com o sistema democrático.

Há tempos já se discute a ideia de que nosso eu consciente é apenas parte de nossa totalidade. Qualquer pessoa com um pouco de auto-observação já percebeu forças distintas dentro de si, sentimentos contraditórios e partes de luz e sombras compondo a personalidade. E quem se preocupou em tentar compreender melhor esses habitantes internos é provável que já não culpe tanto os outros e o mundo externo por suas desventuras. É simples assim. Quem não reconhece sua própria dualidade interna e sua atuação inconsciente seguramente culpa o outro, prejudica o outro e principalmente, inveja o outro.

No entanto, quem vai percebendo não só a dualidade, mas a multi-realidade interna, percebe a atuação desses Eus invisíveis e vai assim, através da conscientização, retirando as projeções, modificando sua realidade e evoluindo seu caráter.

Eu que por tempos fui calmaria, me afoguei em tempestade. Desencanto e hostilidade, fiz de incansáveis mágoas meu refúgio. Fui fiel, avassalador, virei destruição, busquei meu lado negro, te esqueci. Não sei quem mais amou nesse drama, quero não pensar e faço disso exercício.

Em tempos de caos e poderosas mentes efêmeras, o que nos cabe é resiliência...

Embora muito se perca, muito permanece; e embora
Não sejamos mais fortes como em tempos passados
Movemos o céu e a terra; o que somos, somos:
Uma só têmpera de corações heroicos,
Debilitados pelo tempo e o destino, mas fortes em ímpeto
Para lutar, buscar, encontrar, e não hesitar.

Somos céus atravessados por nuvens de energias vindas da profundidade dos tempos. Quanto mais acreditamos que somos alguém, mais somos ninguém. Quanto mais sabemos que não somos ninguém, mais nos tornamos alguém.

Saudade daqueles tempos que eu era só um tuquinho de gente. Que ficava com raiva porque minha mãe não deixava pegar arroz em casa, pra fazer comidinha em panelinhas. Saudade de ficar triste porque minha mãe não quis comprar aquela boneca que todo mundo tinha, ou aquela certa boneca que fazia meus olhos brilharem. E mais saudades ainda ? , De ficar suja, brincar na terra, dizer que “AMO” do coração. E sem ter vergonha de ficar suja, e sem vergonha de dizer o que eu sentia. Só que agente vai crescendo, e vai ficando bobo … E já não tem mais aquela ingenuidade que uma criança tem. Não tem mais aquele brilho nos olhos. E o que sobra, é vergonha. Saudades disso. Saudades de quando eu não dizia “Eu te amo” para qualquer um. E sim, para quem realmente sempre me amou. “Os Meus Pais”. Saudades de quando eu não tinha vergonha de falar pra eles o quanto eu os amava. O quanto eu os amo.

De tempos em tempos dou uma pausa no drama excessivo e viro do avesso pra me tornar essa pessoa calminha, despreocupada e de bem com a vida. Só até me cansar e correr de volta pro olho do furacão. Sou meio inconstante, pode-se dizer assim. Uma hora quero calmaria e na outra quero tempestade. Pra falar a verdade, nem sei o que eu quero. Vivo pra descobrir isso.

Talvez ele não saiba que aquela dor que ele causou, calou os olhos dela violentamente por uns tempos. Isso não é crime, é carma: magoar alguém assim, dentro do melhor vestido, remover com lágrimas o rímel cuidadosamente passado, deixar tão descrente alguém que achava a vida mágica…
[…] Talvez ele nem imagine que ela parou de sair com os amigos[…] e escreveu vinte e nove cartas sobre a raiva e nunca enviou porque era moça espiritualista e tinha que manter o discurso saudável do “isto também passará”.
Talvez ele nunca saiba que ela […] pensou em mudar de curso, de profissão, de cidade. Quis mudar de si, já que seu corpo era a casa de um só sentimento. Fez uma viagem, não quis conhecer ninguém, posou de antipática porque estava apática.[…] Trancou todas as portas pra não entrar qualquer ilusão. Por tanto tempo era ela e sua tristeza intransitiva.
O que ele também não sabe porque nem ela sabia, é que um dia ela acordaria assim, vazia daquele amor. A dor exaustiva de cabeceira havia cessado, deixada no fundo do poço. Parou de se alimentar daquela porção individual de desilusão e enterrou o passado num túmulo desconhecido, para que não houvesse a menor possibilidade de revisitá-lo.
Havia criado um mantra: No momento em que me dei inteira, ele me deu as costas. Isso não pode continuar supervalorizando uma saudade. Ser uma mulher curada de um amor, dependendo das circunstâncias, pode ser melhor que ser uma mulher amada… por ele.
E o seu melhor vestido pedia uma nova chance e um rímel à prova d’água

De tempos em tempos é preciso sacudir a vida, fazer algumas arruaças, aprontar algumas estripulias... É necessário sempre ter uma história nova para ser contada, um segredo para ser guardado... E se acaso, o bom senso vier lhe questionar, ignore-o! Os melhores momentos são aqueles em que damos permissão para a vida fazer o que ela faz de melhor: Viver!

Esse era um dos meus divertimentos favoritos nos últimos tempos: acreditava sentir em mim remotas forças reveladas e expressas naquelas sombras que moravam no fundo dos meus olhos. Não sabia que espécie de forças, afinal de contas sempre fui um desconhecido para mim mesmo...

Em tempos de políticas... respeitar as ideias das pessoas é o maior incentivo que a elas podemos dar, desde que não denigra a moral daqueles que a construíram durante toda a sua vida!

Como é belo o amor que se mantém presente mesmo em tempos de ausências.

Palavras comuns, olhares comuns, vidas comuns, noites iguais, dias iguais, tempos iguais, mãos, pés, iguais... sentimentos a mais, braços desiguais.. sem sorrisos, nada mas...

Todos nós guardamos os "bons velhos tempos" com carinho em nossos corações, e a eles voltamos em sonhos, como gatos para as suas poltronas prediletas.

O ar que se respira
Agora inspira a novos tempos
Os sonhos meus e os teus
Decoram o nosso apartamento
Lá fora a sorte em trama
Enquanto aqui reflete
A lua em nossa cama
E a vida segue assim
Tão docemente vista
Da sacada da varanda
Eterna, plena
Adormecida sobre as ondas
E eu vizinho de uma estrela
Adoro vê-la iluminando
O meu pedaço
Foi Deus quem me mandou
Seguir seus passos
Pensando bem
A lua tem seus traços
E o céu desaba em nosso corredor
Esse é o nosso amor

Lençol de fogo no frio
A porta aberta pro cio
Brincar de amor...

Vivemos em tempos
Em que amar e esperar ser amado
É o estranho...
Aos que dedicam afeto...
Desprezo e indiferença
É a retribuição dada!

Nestes tempos...
Adorar ao ser amado
É um "erro" imperdoável!

Quando por amar...
Nos chamam de loucos
Quando o nome do ente amado
Em uma poesia
É considerado ofensivo
Só resta...
Deixar de amar!

Ao atingir ao ápice
Da degradação
Só resta ao indivíduo...
Libertar sua'alma!