Tempos de Escola
A intensidade na reciprocidade, faz o amor acontecer sem tempo determinado. A periodicidade na mutualidade faz o amor permanecer por tempo indeterminado!
O senhor não pode estabelecer em sua ideia a minha tristeza quinhoã. Até os pássaros, consoante os lugares, vão sendo muito diferentes. Ou são os tempos, travessia da gente?
Estou aqui,consegue me ver?
ou o claro de sua tela está a me esconder?
como tradutores de libras falamos mais com os dedos que com a boca
conversamos separados mais que juntos levamos uma vida louca
nos vemos pelo visor mais que pela casa
tudo ficou tão próximo que ficou distante e isso me arrasa
conhecemos quem nunca vimos não mais sentimos
não vemos os conhecidos é como se tivessem partido
desconhecemos com quem convivemos
nossos assuntos não se encontram
à não ser nas redes sociais ali se confrontam
nosso tempo não tem tempo lamento
o tempo que temos escorre pelos teclados perdidos acelerados
vivemos mais no mundo virtual que no mundo atual
falamos o que não sabemos não sabemos o que falamos
somos estranhos,todos, e por sermos estranhos não nos estranhamos
pois ficamos parecidos amigos conhecidos perdidos
talvez consigamos nos libertar,
um dia,se nos esquecermos
da bateria carregar
A rua de baixo
a rua de baixo, é típica da minha infância lá as crianças brincam e me traz doces lembranças
As famílias se reúnem em todo feriado como eu gosto de ouvir dessas pessoas o sussurrado
dos sons das gargalhadas e de todos sond festivos
que me traz eternas lembranças da infância o meu paraíso
Se é para comemorar lá está aquela gente amada
às vezes para chorar a perca do seu time até nisso são educados
Eu fico muito feliz em morar na rua de cima mas que vontade eu tenho de ouvir as peripécias da rua de baixo
que deixa a rua daqui também no mesmo clima
Eu me lembro de outrora no meu tempo de criança
que minha mãe do lado de fora gritava vem tomar banho Você não cansa?
De brincar o dia inteiro com toda criançada, ai que saudade eu tenho dessa época amada!
O tempo está passando e bem velho vou ficando
mas a rua de baixo na lembrança falando, que pode passar o tempo que passar,
aquilo
que está guardado no nosso peito no nosso sentimento para sempre vai ficar.
Para Jane...
“Dentre muitas coisas que não fiz, algumas delas me entristecem,
a jura secreta que não fiz, o beijo de amor que não roubei...”
Adaptado do poema “Jura Secreta”, de Sueli Costa e Abel Silva.
Era um dia qualquer de Agosto de 1965, no intervalo de aulas da classe do terceiro ano primário. Aguardando a Prof.ª Terezinha a qualquer momento, um grupo de alunos entra e sai da classe aproveitando o momento.
Sentado na segunda carteira da fila do meio, copiava atrasado, a tarefa da lousa, com um olho no peixe outro no gato. É que pelo canto dos olhos observava o movimento na porta. Era você indo e vindo, com aquele seu sorriso lindo, emoldurado por tranças Maria Chiquinha, Blusas brancas, saia plissadas e meias ¾..., brancas. Dali poucos anos, saberia o porquê do atraso em copiar o texto da lousa... e também o de uns pensamentos marotos sempre que espreitava um desvão por entre os botões das blusas.
Me lembro do calor que subiu, quando me levantei e fui até você decidido, e lhe entreguei aquela cartinha com uma letra de música modificada, inspirado por você. Vou levar comigo para sempre a imagem de seu rosto, seu cheiro, o calor de seu corpo, de tão perto que estava. Me lembro ainda, pouco antes de virar estátua, de sua espontaneidade, dos seus olhos buscando os meus, questionando-me ali.. No breu...cara a cara.
“Você fez prá mim, fez?”. (Com o olhar de cima, como a induzir a resposta), Hoje compreendo o que foi aquele “turu, turu” no meu peito. Era seu coração cutucando o meu, prá dizer...- “Diz que sim, vai...”
Ah Jane! Vocês meninas, sempre a frente dos meninos! Enquanto brigávamos por bolinhas de gude, vocês já estavam fazendo casinhas, conversando com “kens” imaginários e vestindo roupinhas nas bonecas... Perdoe-me por amarelar e fugir daquele olhar... Sei que esperavas um “sim”... Eu também...
Em minha alma de menino, do alto dos meus dez anos de então..., me senti nu, como que lido por dentro. Não atinei para o que hoje lembro com clareza ter sido você a primeira a me provocar o olhar prá enxerga-la de um jeito diferente. Você despertou instintos adormecidos. Fez-me imaginar coisas do não sei o que, vindas não sei bem de onde e despertaram sentimentos desconhecidos até então.
Junto com sua doce lembrança, um temor, um lamento. O de ter estragado seu momento também. De que você, assim como eu, por um capricho do destino também estivesse despertando. E esse momento estivesse marcado num despertador, ajustado lá atrás, num tempo em que ainda éramos genes se organizando para nos tornar o que viríamos ser. E assim tivesse sido eu, causa de frustração prá você!
Um dia antes daquele apagão fatídico, fazendo as tarefas ao pé do rádio, ouvi aquela música do Roberto, Sei lá, de repente procurando entender a letra, pensei em você. E rolaram imagens suas junto com ideias ainda por amadurecerem. Não pensei duas vezes, passei a tarde buscando em outras rádios, anotei a letra e a modifiquei, como a conversar com você.
Naquela noite não dormi! Pensando no momento de entregar e ter um pretexto para ficar ali pertinho de você, ver sua reação enquanto lesse... O que diria... E o que viesse depois seria como atender um chamado, mesmo não tendo a menor noção de prá que seria...Só sei que queria. E fiquei ali olhando prá você... E agora? E quando perguntou, deu tilt, não reagi, fiquei ali, “de dois de paus”. E diante do seu olhar perscrutador, eu tremi...! E nada disse. Hoje, cá com meus botões, penso naquele tempo e digo prá mim mesmo como se estivesse lá...
Sim, Jane, foi prá você que fiz! Foi pensando em você e eu...
(E num relance, aproveitando o vacilo, lhe roubaria um beijo)
Hoje, sei que nenhuma força nesse universo pode trazer de volta aqueles momentos de pura magia, do despertar... do descobrir, o que algum tempo depois compreenderíamos o quê. As emoções que não conhecemos naquele dia, embora lamentadas na lembrança, com certeza nos prepararam para muitas outras tantas que viríamos conhecer depois...
"Tempos de guerra geram homens fortes, homens fortes geram tempos fáceis, tempos fáceis geram homens fracos. Um ciclo sem fim."
Em meio ao ciclo das estações,
Entre julho e dezembro, minhas razões,
Eu espero, pacientemente, o frio chegar,
Pois sei que em meu descanso, irei brotar.
A aparência seca, quase morta, eu terei,
Mas nos brotos da primavera, renascerei.
E no verão, os frutos irão se formar,
Toda a sequidão será então superar.
Os dias infinitos, as noites a brilhar,
As fases da lua, a me encantar.
Mesmo na solidão, eu irei cantar,
E com risos altos, minha alma alegrar.
Nenhum boa noite, mensagem a chegar,
Mas mesmo assim, eu irei descansar.
E ao despertar, feliz eu estarei,
Pois o sol brilha, e a vida pulsa em meu ser.
Há amor, há vida, em cada batida,
Janeiro é o início, mas logo virá outro julho,
E novamente, estarei seca, pronta para renascer,
Em dezembro, frutificando, meu ciclo completo.
Até que eu seja um galho seco, pronto para o fogo,
Serei portadora de sementes, um legado, um jogo.
Espalharei amor, vida e eternidade,
Pois é assim que se constrói a verdade.
Que a natureza me inspire, a cada novo dia,
A encontrar a beleza em cada melodia.
E mesmo quando o galho estiver seco e partido,
Minhas sementes irão florescer, em um novo sentido.
Assim, eu serei eternidade, em cada pedacinho,
De amor, de vida, de alegria, de carinho.
E no ciclo sem fim, eu encontrarei meu lugar,
Espalhando sementes, até a eternidade alcançar.
Eu estava em julho, esperando meu dezembro. O frio viria, eu adormeceria, ficaria com aparência de seca, morta, mas os brotos apareceriam na primavera e os frutos no verão. E todo ciclo se completa...dias infinitos, as noites, as várias fases da lua. A sequidão só prevalece na morte, enquanto houver luz, eu cantarei, e me alegrarei, e irei rir alto mesmo estando sozinha, dormirei mesmo que ninguém envie mensagens de boa noite, e despertarei feliz, porque o sol brilha. O coração pulsa, há amor, há vida. Hoje é janeiro...e logo virá outro julho, e estarei seca novamente, para receber meus brotos e frutificar em dezembro. E até que eu seja um galho seco, pronto para ir ao fogo, terei sementes, e as espalharei, até que eu seja eternidade!!!!♾️
Como foram nós tempos de Noé, assim está sendo agora. Há um constante aceleramento do mal. Em cada dia há mais mal na sociedade. Há imoralidade de todo o tipo; não há amor no mundo; as igrejas estão se afastando de Jesus Cristo; hoje já vale tudo na igreja (até mesmo o mais impensável); prega-se evangelhos de amor somente, para que Não haja mudança de vida nas pessoas. Somos varidos por evangelhos de facilidades.
As pessoas até mudam de igreja, para terem mais facilidades.
Os governantes estão aprovando leis contra os ensinamentos das escrituras; nunca se viu tantas mortes por assassinato; a sociedade está Podre mesmo. Se alguém fala, que Cristo vem, é gozado por outros. Será neste espírito que o Mundo vai aceitar o anticristo. Mas Jesus Cristo virá e não tardará.
“Tempos estranhos ... onde a fome, o ódio, e a violência imperam. Época em que pais e mães matam seus filhos e vice-e-versa. Onde a inversão de valores prevalece, os falsos profetas espraiam-se pelos quatro quadrantes do planeta e a humanidade, pouco a pouco, perde sua essência em detrimento da crescente barbárie humana.”
Bíblia se cumpre não somente quando o anticristo "aparece" marcando pessoas com o número da besta, se cumpre mais quando Deus vai "desaparecendo" das pessoas.
Desde tempos imemoriais, o progresso
sempre foi combatido por mentes que
se recusavam a aceitá-lo...
E mesmo assim, o mundo continuou...
Osculos e amplexos,
Marcial
Texto publicado em 07/12/2013, mas vale a pena relembrar...
UMA ESTORIA DOS TEMPOS MODERNOS
Marcial Salaverry
Desde tempos imemoriais, a cada experimento novo, a cada nova invenção, sempre se erguia um certo clamor popular contra “essas novidades que só vão nos causar dor de cabeça”. Vamos analisar o que se teria passado muitos e muitos nos atrás com um certo Antonio, filho de Luiz e Silvia.
Imaginem que quando garoto espantou-se ao ver o som saindo de dentro de uma caixinha. Havia vozes lá. Como poderiam as pessoas caber lá dentro? Veio a saber que o som vinha por certas ondas que haviam no espaço. Feliz da vida foi levar a novidade a seus pais, que o proibiram de sequer chegar perto “dessa coisa do demo”, ele bem que tentou explicar a seus pais que não era nada disso, que era o progresso, e que com o rádio (assim se chamava a “coisa”), poderiam ouvir notícias de povos distantes.
Mas não teve jeito, seus pais não entenderam e não quiseram aceitar semelhante absurdo. Só poderia ser coisa do demo, fechar as pessoas naquela caixinha, imagine se os pegassem também?
Antonio ficou revoltado com a ignorância de seus pais, que não aceitaram o progresso, e se recusaram a sequer tentar entender o que era aquilo.
Passou-se o tempo, as coisas evoluíram.
Antonio cresceu, casou-se, teve filhos. Um deles, recebeu o nome de Gabriel, e uma bela tarde, Gabriel, fascinado, viu na casa de um seu amigo uma caixa grande com pessoas lá dentro, falando, dançando, cantando. Ficou curioso, quis saber o que era aquilo. Explicaram que era a Televisão. Que as pessoas estavam longe, sendo filmadas com câmeras especiais, e que as imagens chegavam até lá. E era possível ver coisas que se passavam longe. Poderiam ver os artistas, de quem só conheciam as vozes.
Feliz da vida correu para casa, para levar a novidade para Antonio. Este, por sempre ter sido bitolado, esqueceu-se do que ocorrera com seus pais e o rádio, e ficou horrorizado com a novidade... Onde já se viu, colocarem as pessoas naquela caixa? E se pegassem a gente? Em vão Gabriel tentou explicar a evolução da transmissão de som e imagens. Seus pais simplesmente fecharam os olhos e os ouvidos aos seus argumentos e nunca poderiam admitir a entrada daquela “máquina do Demo” em seu lar... E assim, a história se repetiu...
Gabriel cresceu, sempre bitolado por aquelas idéias que lhe foram impostas por seus pais, casou, teve filhos. Um deles recebeu o nome de Antonio, em homenagem a seu pai. Bem, Antonio foi estudar na casa de um colega, e foi apresentado ao computador...
E está ainda tentando convencer Gabriel de que o computador não é nenhuma máquina do demo e que realmente é possível comunicar-se em poucos segundos com países longínquos, e tudo aquilo que nós sabemos, mas que Gabriel, que viveu fechado em seu mundinho particular, sempre bitolado pelas idéias que lhe foram incutidas por seus pais, nunca se abriu para o progresso, pois nunca estudou para acompanhar a evolução que vinha acontecendo.
É isso o que acontece com as pessoas que se fecham em suas idéias, e que não acompanham o que vai ocorrendo no mundo. As descobertas e a evolução da tecnologia e da ciência caminham a passos rápidos. E todo aquele que não estudar, que não acompanhar a evolução das coisas, ficará como essa nossa hipotética família, perdida em suas idéias retrógradas, recusando-se a aceitar o progresso e os benefícios que ele nos traz.
Pensem nisso. É necessário sempre estar atento a tudo o que se passa no mundo. A cada instante novas descobertas são feitas. E o que hoje é uma tremenda novidade, amanhã será sucata. Como sucateadas serão as pessoas que não acompanharem essa evolução, deixando-se ficar na mesmice, por preguiça, por ignorância, ou por ambos os motivos.
Vamos então encarar a vida e o mundo como eles são, esquecendo preconceitos velhos ou novos, pois são esses preconceitos que podem nos levar a fechar os olhos para o mundo, sem conseguir acompanhar o progresso, e o que de novo surgir por aí.
E que melhor maneira para isso, do que tendo UM LINDO DIA? E certamente aceitando que um tal de smartphone permite que se veja com quem se fala, ainda que estejam em paises distantes...e não é coisa do "demo"...
A frieza coletiva é cada vez mais aparente. Uma doença. Uma doença da alma que se espalha e corrompe até os ossos. E quando essa pestilência alcançar cada coração e mente, o mundo será exatamente como é. Já estamos no final do nosso tempo.
Assim como a internet facilitou e muito nossa comunicação com outras pessoas, ela facilitou também outras coisas. Como por exemplo: o início e o término de relações. Estamos em tempos líquidos e o amor nem sequer tem o mesmo significado de antes. Todos estão se enganando o tempo todo, confundindo desejo com amor. Mas nem sequer questionam-se sobre, devido ao medo de ficar só. E quando aquela chama quente e aconchegante do desejo se apaga, fica tudo frio e estranho. Isso vai acarretando no desgaste e em seguida, no fim da relação. Mas pensa que acaba aí? Aquela relação foi só uma das muitas que virão. Nem sequer pode ser chamado de desilusão amorosa já que não tem nada de amor aí. Dar-se a entender que relações são descartáveis e há quem ainda defenda esse tipo de comportamento. Hoje as pessoas entendem mais de desejo do que de amor em si. E muitas dessas pessoas não tem culpa de não conhecer o amor, pois muitas ainda não tiveram a chance de conhecer esse sentimento lindo. Os românticos estão entrando em extinção e junto a eles, o romance. Podemos ter uma pequena noção do que era o amor em filmes e livros, no tempo em que a mídia não tinha corrompido ele. Já que hoje em dia o que você tem por dentro sequer importa. Todos estão tão preocupados com a própria imagem que acabam cobrando isso do próximo. Esse padrão de beleza é banal e prescindível. Ele deve ter arrancado a esperança de tantos que estão ainda presentes ou já partiram. Aprenda a diferenciar paixão de amor. Se dê a chance de ver o outro de modo mais íntimo e surpreenda-se. No final de tudo não haverá rostos bonitos, terá apenas aquilo que você se recusou a ter.
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