Tempos de Criança
Um velho chorando ou uma criança sorrindo. Um velho sorrindo ou uma criança chorando. Só se pesa na balança do tempo.
Quando criança, eu queria tanto que o amanhã chegasse logo.
Depois que cresci, ficou a saudade do ontem.
Mas isso não é tristeza — É só um lembrete de que ainda dá tempo de viver o hoje.
À medida que nos libertamos das limitações, as crenças devem crescer, e a criança, uma mentira temporária e temerosa, encara a escolha entre a segurança familiar e o maravilhoso mundo desconhecido. As memórias são as guardiãs anciãs, sábias testemunhas do caminho que trilhamos, permitindo-nos honrar o passado enquanto abraçamos o futuro com esperança e sabedoria.
Criança sem crença, jamais cresce ou envelhece; vive na eternidade do agora, enquanto os adultos se perdem no tempo que nunca chega.
[...] lá vem a lembrança
gerando cheiro de criança
saudade e nostalgia
evolando memória e poesia...
eterna dança...
© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
Cerrado goiano