Tempos
Quando eu te conheci aconteceu durante um tempo, dois tempos, três tempos aquele mini-segundo-que-parece-três-horas-de-espera-na-sala-do-dentista. E eu sabia de alguma maneira. Sabia sim, sabia que aquele dia iria mudar a minha vida. Eu sabia, tudo estava estranho, eu não estava planejando você, planejando a gente, a vida planejou por nós. E aconteceu de uma maneira tão serena e bonita como nada tinha acontecido até então na minha vida que eu cheguei a pensar por favor, pelo amor de Deus, tem alguém aí, me acorda que não estou conseguindo raciocinar direito. Pela primeira vez eu não pensei. E eu descobri isso agora enquanto escrevo. Não pensei em nada, eu que sempre penso desde que acordo, eu não pensei em nada. O problema foi decidir, sou libriana e não nego minha indecisão, mas eu decidi e fui sem pensar. Então, te encontrei. E naquele milésimo de segundo eu senti que tudo podia ficar mais simples. E ficou.
Dias sombrios...
Vivemos tempos difíceis. Tempos de superficialidade exagerada, ou, como definiu Bauman, de amores líquidos.
Nos dias de hoje, raros são os casos em que se observa uma amizade duradoura e sincera ou um relacionamento intenso e sólido ao mesmo tempo. São tempos de larga mudança nos valores sociais. A sociedade passa por uma de suas mais bruscas mudanças.
A velocidade com que a informação flui no mundo moderno, torna cada dia mais complexa a manutenção do que conhecemos por relações humanas. Pessoas são tratadas como objetos. Ao não terem mais serventia simplesmente descarta-se o supérfluo.
Valores éticos e morais que perduraram por séculos, cito como exemplo a ética kantiana – sintetizada em seu imperativo categórico -, tornam-se cada vez mais inviáveis de serem postos em prática.
Não vemos mais romantismo, o que vemos é a banalização da palavra amor em favor dos vários tipos de experiências superficiais praticadas pelos indivíduos hodiernamente.
Bauman fala de forma brilhante que:
"Para ser feliz há dois valores essenciais que são absolutamente indispensáveis [...] um é segurança e o outro é liberdade. Você não consegue ser feliz e ter uma vida digna na ausência de um deles. Segurança sem liberdade é escravidão. Liberdade sem segurança é um completo caos. Você precisa dos dois. [...]
Hoje, o que vemos na sociedade é a valoração excessiva do “o que você é”, no lugar do “quem você é”. Tempos de relações imediatas, pautadas no momento e no que podemos obter com isso. O imediato não existe mais, apenas o agora. Isso se aplica em toda sociedade. Seja no critério profissional, pessoal ou interpessoal.
A cobrança do que se tem ofusca a expectativa do que se poderá ser. O amanhã não mais existe nos dias de hoje, apenas o agora. A fluidez em que o mundo está embebido trouxe consigo uma mudança permanente no modo como a sociedade se desenvolve, e, na maneira como ela se desenvolverá. Um dia, a história lembrará deste momento, de uma época na qual o homem não mais é o lobo do próprio homem – citando Hobbes –, mas o homem tornou-se o fim em si mesmo. Estamos entrando na era do egocentrismo autofágico.
Vê alguém agindo como se me amasse e não poder retribuir, é ruim. Mas me sinto como se tivesse dono, meu coração não se abre para mais ninguém que não seja você. A gente passa tempos sem se falar, eu vou seguindo, penso até que te esqueci, mas quando te vejo ou voltamos a conversar com certa frequência, parece que não houve distância entre nós. E em nome do que sinto, afirmo: eu não vou conseguir ser de ninguém, enquanto estiver amando você.
Que tempos são estes, em que
é quase um delito
falar de coisas inocentes.
Pois implica silenciar tantos horrores!
Queria escrever um poema sobre dias livres,
mas são tempos difíceis para a liberdade…
Até quem luta por ela quer ser dono de alguém.
Bons tempos...
É difícil de não se lembrar, pois foram anos incríveis!
Nós e os nossos sonhos parecíamos invencíveis...
Oh querida infância! E quem não têm saudade dos tempos de criança?
Fosse qualquer brincadeira todos entravam na dança...
Foram outros tempos, tempos muito bons e que em nossos corações guardamos!
Tempos que sorrimos juntos e juntos choramos...
O horário dos programas preferidos era sagrado,
Todos por algum tempo, quietinhos, como garotos bem comportados...
As brincadeiras e a zoação não cessavam;
Tínhamos muito tempo, os dias pareciam que não se acabavam...
Uma das reclamações era ter que ir pra casa,
Também do fato de ter que ir tomar banho, um ou outro sempre reclamava
A mãe grudava na orelha e dizia; simbora menino,
Amanhã é um novo dia! Tomar banho comer e descansar que ele já esta vindo!
Tempos muito bons, mais tão bons que sinto até saudades das surras que minha mãe me dava;
Jamais imaginei que um dia ela partiria e nunca mais juntos daríamos risadas
Naquele tempo as cicatrizes doíam bem menos,
O choro era temporário só durava um momento!
Ah e como seria bom poder voltar no tempo,
Só para outra vez ver todos ali, brincando, brigando e juntos pela rua correndo...
Por: Igor Barros
19/11/20016
Já chegou o fim do ano e com ele cabe a todos nós a reflexão de como foi este ano.
Atitudes, momentos e conquistas...
Será que se olharmos para trás ficaremos contentes do que realizamos?
Reconhecer os erros e os bons momentos a serem repetidos já será um grande passo para fazer do próximo ano muito melhor que o agora.
Que os novos tempos sejam cobertos de bons momentos!
Boas Festas!
A nossa vida é recheada de "tempos" o que realmente importa é sabermos administra-lo, pois a vida cumpre o ofício de florescer ao seu tempo, até porque nós somos estrada, caminho, como os dias que nascem, sejam eles ensolarados ou não. É fato que cada um de nós, tem uma sina, um caminhar, então como andar devagar, diante da pressa que nos consome, contrastando com as paisagens do rosto em forma de sorrisos e lágrimas, talvez porque, o sofrimento e a dor nos ensinam a ser fortes em meio à fraqueza.
Não há aquele que não passe por tempos difíceis. A dor e a perda são parte da vida. Não sabemos porque tais coisas coisas acontecem, mas, quando nós convidamos Jesus, como socorro, Ele se faz sempre presente para fazer com que o bem resulte de toda adversidade.
Não precisa perder seu tempo tentando descobrir quem são seus verdadeiros amigos, em tempos de crise eles se selecionam naturalmente.
Próximo mas distante,
Passamos mais tempo conectados, conversando com quem está distante e esquecemos de dar atenção, a quem está ao nosso redor.
TEMPOS DIFÍCEIS?
São tempos de mais introspecção e meditação
São tempos de reavaliar escolhas e preferencias
Apreciar o que traz calma aos olhos e ao coração
Se deter no que edifica e ter mais resiliência.
Não precisamos muito para ser infeliz, basta ter duas relações amorosas em tempos de crise financeira.
Se algum dia eu me apaixonasse também, seria por alguém forte, que me protegeria em tempos difíceis.
Em outros tempos eu ficaria chorando pelos cantos, mas aprendi e não sofro mais. Se não me faz bem eu largo mão, sei que a espera valerá a pena. Quero amores inteiros, chega de paixão pela metade.