Tempos
Tenho vivido a vida
Sem saber se ainda
Carrego uma alma.
Há tempos,
Nenhuma paixão
Para enternecer
Meu coração petrificado.
Eu me tornei
Confortavelmente desiludido.
Que da passagem dos dias saberei um pouco mais sobre minha identidade que nasceu em tempos muito vivos, não mortos. Que o engodo das mesmices afugentem-se do claro eterno que permeia meus quereres aflorados e a noite continue sendo segura com suas madrugadas onde a ancestralidade de hoje possa ser ainda mais compreendida e dessa forma eu em forma tão errônea diante multidões siga as estrelas no encalce dos meus próprios passos. Nesse ciclo de vida hoje eu e todo fatalismo mergulhamos terra adentro para saber mais do pó, tocar raízes um pouco mais profundas e nesse manancial beber de mais verdades nessa construção de poder ser e existir como humano que somos, e no encontro dessas profundidades subterrâneas também possa regenerar minhas composições como tais realidades que são. Meu aceitar humano entoa milhares de coisas que vez ou outra podem não ser aceitas, mas nada importa sobre esse fantástico de observação, atento-me ao fato de ser unicamente sobre minha própria identidade num transmudar de história a cada novo dia, cada novo ciclo. E hoje estar grato à vida que diante momentos tão difíceis que já assolaram a humanidade e nosso planeta encontro-me vivo e com muita saúde para seguir o próximo passo.
A humanidade é bastante parecida, em todos os tempos e lugares, e a história nada nos informa de novo ou estranho a este respeito.
Nos tempos não consumidos
Bem que a gente poderia falar de amor
Mas os melhores hão de ser vívidos
Seja lá onde for bem-vindo.
Matheus Ruiz
"Segue em frente sem olhar para as circunstâncias, cultiva lírios mesmo em meio aos tempos áridos, embala sonhos sem mágoas ou rancores.
A vida é efêmera, mas nos pertence a escolha do que fazermos dela."
A verdade está tão obscurecida nestes tempos e a mentira tão assentada, que, a menos que se ame a verdade, já não é possível reconhecê-la.
Meu Coração
Tenho uma triste poesia a escrever
Ela me lembra tempos que quero esquecer
Sem mais, não há o que revelar
Os sentimentos foram levados pelo mar
Ou talvez jogados ao vento para ele soprar
Nada a declarar
Meu coração está a navegar
Na imensidão do mar
Só não sei quando irei me encontrar.
O poeta definiu a morte;
Dormiu e sonhou
E descobriu o que é morrer
Nada revelou
Há tempos ainda dorme
Do sonho jamais acordou
Pára com isso menina, porque eu conheço um cara com esse apelido. Há tempos que não o vejo, mas ele existe. Fique alerta! Beijos do papi. Te amo muito.
INFÂNCIA AMIGA
Quando recordo os tempos,
Do cheiro da terra molhada
Lembro dos meus amigos queridos
Que partiram nessa longa caminhada.
Brincadeiras de crianças,
Corre corre no chão,
Sem asfaltos ou mesmo prédios
Era assim o cenário da emoção.
Desfrutamos de pura amizade,
Na infância assim marcou
O que outrora passamos juntos,
E nessa vida foi o que restou.
O futuro veio à galope
Deixando tudo para trás,
Mas o que jamais passará
É a doce e terna lembrança,
Dos risos, das falas de crianças,
Onde almas marcaram,
Resistindo ao próprio tempo
Apagada jamais será.
Sombras
As nossas andam separadas.
Em outros tempos eram vistas de mãos dadas.
Eram enormes ao final do dia,
Agora já não são mais nada.
A companhia boa é aquela que não se precisa.
Tu eras a sombra que a mim encantava.
A minha hoje, anda sem camisa.
A tua era a proteção onde eu me sentava.
Talvez sejam vistas
De outras acompanhadas.
Não uma,
Mas duas imagens sombreadas.
Mudam-se os tempos, os dias, os amanheceres, as vontades, os sonhos, as confianças, as pessoas, o destino e a vida vai tomando novas formas, novos rumos, novos horizontes e vamos aprendendo a ser quem queremos ser e não simplesmente quem somos. E, por fim, o coração fica enchendo de novos sonhos, novas pessoas, alegrias, desejos, vontades e quanto mais você enche o coração com Deus, paz, amor e bondades menos apertado ele fica. Pois quem enche-se de Deus, transborda-se de vida.