Tempos
Houve tempos em minha vida
Em que eu estava ficando louco
Tentando superar a dor
Quando eu perdi o meu controle
E atingi o chão
Sim, eu pensei que pudesse partir
Mas não pude sair pela porta
Eu estava tão doente e cansado
De viver uma mentira
Eu desejava que eu
Viesse a morrer.
Já me perdoei pelos erros cometidos há tempos, e os que irei cometer desde já perdoo.
E nessa imperfeição vou reaprendendo.
Ter a mente aberta é uma virtude, é uma necessidade em todos os tempos, o problema é quando ela é aberta demais ao ponto da pessoa achar que tudo pode entrar dentro dela sem que seja preciso raciocinar e filtrar tornando a mente uma latrina para coletar grandes produções fecais da cultura, do pensamento, da política, da tecnologia, da informação etc fazendo com que o portador desta mente, sem preocupação com o mau cheiro que exala, se sinta o grande fertilizador, o esterco essencial para nutrir as mudanças numa geração que, muitas vezes, mais contaminam os valores e a harmonização entre as pessoas do que auxiliam na evolução do pensamento e do comportamento de toda a sociedade.
UNIVERSO INOCENTE
Como criança, sou o maior mágico
do meu tempo, de todos os tempos...
Digo a verdade quando esperam que,
eu minta, e minto! Quanto esperam
que, eu diga a verdade... E quando tenho
que esconder-me, escondo de mim mesmo.
Não tenho bola encantada de cristal
para encantar, pois sou, eu mesmo
o cristal, lapidado do mundo encantado.
Minha bola é de chutar bater ou de sabão,
e eu, me encanto pela beleza do seu voar
e pelas cores que elas podem me mostrar.
São minhas as bolas de sabão cheias
de cores, expondo-me amores, sonhos,
fazendo a minha imaginação voar e o meu
frágil coração pulsar...
Pulsar de felicidade, pulsar de emoção.
Não me preocupo com universo, pois
no meu mundo! Eu não coloquei política
partidária ou religiosa, muitos menos elegi
presidente ou parlamentar algum para
fazer-me descontente.
Como criança... Não estranho cores da
derme nem etnias, não tenho nada, pois,
o mundo em que convivo, ninguém desvia
nada! Ninguém taxa o outro de bobo, nada
é transformado em jogo, e tudo pertence
a todos.
Antonio Montes
Minha alma é um galho seco, de tempos em tempos se renova, revive, revigora, e eu? eu trago em mim todas as dores que ninguém pode enxergar, as cores que só eu conheço e as lembranças que cada estação deixa nesses meus galhos.
Amo-te noite , as estrelas a brilhar me faz lembrar daquele tempo, de alento.
Bons tempos
Dos meus amigos, da minha escola.
Dos perigos, da minha bola.
Nao enrola... eu sei que você lembra,
Lembra de mim!
Não imaginei que te veria assim.
Uma flor, a essência tua
Meu jeito céu, teu jeito lua.
(Rafa Souza)
Há tempos perdi a chave do meu coração!
Nunca me importei com isso.
Todos os meus amigos possuem a cópia!
Os usurpadores conduzem ou escolhem sempre esses tempos de perturbações para fazerem passar, graças ao espanto público, leis destruidoras que o povo não adotaria jamais em situação normal. A escolha do momento da instituição é um dos caracteres mais seguros pelos quais se pode distinguir a obra do legislador da obra do tirano.
Saudade daqueles velhos tempos.
A saudade poderia ser só uma palavra, com um significado banal, com existência sem sentido, poderia ter sido algo esquecido, mas se tornou algo tão real, que sutilmente está sempre presente.
Sabe oque me remete essa condição?
Aquela velha questão, de que amigos nunca se separaram apenas seguem caminhos diferentes.
Hoje recordei as águas passadas, encontrei uma flor com as seguintes palavras, Amigas pra sempre.
Uma faísca saiu voando e acertou na palha, uma chama se acendeu.
E acredite me deu esperança, da nossa velha confiança.
A saudade tem outros sinônimos mas não quero cita-lhos, pois um significado tão puro deve ser concentrado e mantido seguro dentro de si ou de uma palavra.
Nossas conversas me remetem á saudade, não um sentimento triste mas de alegria, as conversas sempre fluíam, o assunto não acabava, e sinto falta de tais palavras trocadas com sinceridade.
Nossas rimas e poesias, talvez fossem uma forma de União, amor, calor, abraços apertados, risadas hilárias, de algo que hoje talvez nem tenha graça.
Mas algo tão sincero, revive sobre a saudade, o tempo passou, a gente mudou, crescemos, amadurecemos, revivemos.
Como no arcadismo brasileiro, queria voltar aquele tempo, à Arcádia se não me engano.
Nossa quanto tempo, passou, quanto tempo falta? Para tudo acabar, um segundo, um minuto, uma hora, um dia, um mês, um ano? Eu não sei!
Porém, o sonhos deles foi o nosso passado, talvez apenas imaginariamente falando,uma época só nossa da NOSSA amizade, "um lugarzinho no meio do nada com sabor de chocolate" talvez essa seja a melhor citação pra uma parte da nossa amizade.
Mas a esperança ainda resiste juntamente com a saudade, e aquela velha frase, "Amigos nunca se separam apenas seguem caminhos diferentes..."
Aliás nunca se sabe como uma nova Arcádia surgirá...
Hoje parei pra pensar , tentei recordar.
Meus tempos de criança, toda a minha infância que ficou para trás já nem lembrava mais.
Uma das poucas coisas boas sobre os tempos modernos: se você morrer horrivelmente na televisão, você não terá morrido em vão.
Tempo e Essência
A linha tênue entre dois tempos mágicos nos faz refletir...
Crianças e idosos tem em comum: um sorriso solto, a liberdade, o tempo livre,a imaginação, o ar...
Confundem-se pela inocência, misturam-se pela essência.
São partes de nós. Fomos e somos crianças e seremos (se assim Deus permitir) idosos
crianças são inícios...
Idosos também.
Início que se complementam, inícios de vidas.
Nos proporcionam sabedoria, cada um no seu tempo, ritmo, passo...
Aprendemos com eles: com as espertices das crianças, o valor do sorrir do brincar, os idosos nos ensinam a viver ,a amar...
Ensinam sobre a vida, no olhar e na forma calma de andar...
Crianças são ansiosas, idosos não. A ansiedade se dilui com o tempo e transformam-se em presente, um dia por vez.
O tempo ensina a andar com passos diários, sem pressa em doses homeopáticas.
A criança brinca de pula, pula com o presente, o idoso lembra o passado e sorri do agora, sem preocupações com o futuro.
Cecília Meireles nos diz: [...] Já não se morre de velhice/ nem de acidente/ nem de doença / mas, Senhor, só de indiferença.
Que possamos abolir a indiferença, aquela que agride, marca, que ofende, maltrata tanto crianças, quanto idosos...
Que sejamos um só: com olhos curiosos, esperançosos e sabedoria de quem muito tem a ensinar.
A criança se distrai brincando com o tempo e o idoso nos ensina (com a sabedoria de quem teve a companhia do tempo) a verdadeira essência da eternidade.
Por alguns tempos andei sozinho de mãos dadas a solidão, durante o percurso, encontrei com paixões que trouxeram ilusões ao meu coração, mas isso não foi o bastante para quebrar as correntes dessa prisão; Hoje, por conta própria, consegui me libertar; Ando sozinho, desacompanhado da solidão e com o coração em paz, deixando ocorrer naturalmente a magia do amor, pois aprendi que sempre é tempo de apaixonar-se.
Sempre pensei nos tempos perdidos, nas dores sentidas e sonhos esquecidos. Mas tudo muda e modificando fui cada vez mais te vivendo, te sentindo, te querendo, até que um dia se tornou minha gravidade, o meu oxigênio, minha sanidade. Agora te quero, sempre vou te escolher de muito para mais e mais, já não sei viver sem você.
O Lobo e a Lua
Nos vilarejos aos pés das montanhas, de tempos em tempos quando a lua cheia ilumina a primeira noite do ano, um lobo aparece e seu uivo é um canto de amor. Nesta noite o lobo solitário que cuida e protege as florestas se apaixona pelo brilho da lua que cuida dos céus e das estrelas e se apaixona pelo lobo com seus olhos castanhos.
Nesta noite o Lobo vai ao encontro da lua no alto da montanha em forma de um homem com cabelos claros como as estrelas e olhos castanhos como os lagos e a lua desce para encontrar o lobo em forma de uma linda mulher com os cabelos negros e longos como a noite e a pele branca como o próprio brilho da Lua. No calor deste encontro, a noite brilha e canta com o uivo sedendo fazendo amor.
Este encontro vive nos contos dos vilarejos que acreditam que tal amor voltará neste tempo.
Em tempos de guerra a maior desgraça é não fazer parte dela como soldado. Mas sim como um pobre coitado em um campo de concentração.
Não há temporalidade no inconsciente. Há sobreposições de tempos, onde o Sujeito enxerga uma lembrança de um passado distante com o olhar do presente.
Em tempos de desapego, que resistam os últimos românticos.
Façam renascer o Sol Interior que mora em cada coração.
Estes que não desistem de amar.
Vivam intensamente o amor, em sonho, na arte, na vida.