Tempos
Hoje em dia filmar acidentes, violências, tragédias... com intuito obter o maior número de curtidas e bombar na rede social é mais importante salvar vidas.
Cada vez mais a cidadania está sendo colocada de lado em prol de um egoísmo exacerbado característico desses tempos liquidos.
Para escapar da cultura do cancelamento e dos excessos da patrulha ideológica só implantando um "corretor" de expressões e palavras politicamente incorretas no nosso cérebro.
Encontramo-nos diante do desafio similar ao enfrentado por "adolescentes de meia-idade", cuja busca por reinvenção pessoal se entrelaça com a complexa ponderação sobre o controle tecnológico que retarda a morte.
Tal reflexão nos conduz a uma sensação de desorientação, como se estivéssemos à deriva.
Urge, portanto, a emergência de novos paradigmas conceituais, pois as ideologias do passado mostram-se insuficientes para enfrentar as vicissitudes desta contemporaneidade.
São perceptíveis e significativas as transformações que ocorrem em diversas esferas da vida contemporânea.
No âmbito do nascimento, em um contexto marcado pela engenharia genética, emergem questões éticas complexas que demandam análise e reflexão, como a seleção de embriões.
Na seara da educação, observa-se um cenário em que professores enfrentam desafios crescentes, evidenciando a necessidade de repensar abordagens pedagógicas frente à ineficácia de métodos tradicionais.
No que tange ao amor, constata-se uma mudança de paradigma, em que a liberdade individual ganha destaque, conferindo às pessoas a autonomia para decidirem sobre seus relacionamentos sem imposições externas.
No contexto laboral, há uma clara transformação nas expectativas em relação à aposentadoria, uma vez que o modelo previamente estabelecido de cessação da atividade laboral aos 50 ou 60 anos de idade não se mostra mais condizente com a realidade, suscitando a necessidade de adaptação e reconfiguração das políticas previdenciárias e do mercado de trabalho.
As metamorfoses que permeiam o tecido social contemporâneo são inegáveis e de natureza profunda, evidenciando uma reconfiguração dos valores e instituições que há tempos estruturavam nossa sociedade.
Os fundamentos tradicionais que historicamente orientaram nossa existência, como as concepções arraigadas de família, casamento e trabalho, passaram por uma transformação que os desvinculou de suas formas preexistentes, dando lugar a um novo cenário social.
Nesse contexto, a conquista da liberdade individual, embora louvável, acarretou uma carga de desorientação e insegurança, desafiando os paradigmas estabelecidos e requerendo uma profunda reavaliação de nossas identidades e relações interpessoais.
Os bons tempos vividos resultam de pensamentos seletivos que idealizam um passado florido, ignorando momentos doloridos.
Os tempos atuais são marcados por uma exaltação da vida sob um paradigma de instantaneidade, onde os indivíduos se empenham numa busca incessante pela materialização de uma existência idealizada.
Esta é caracterizada pela perpetuidade da juventude, pela constante busca por novidades e pela obsessão pela velocidade.
Sob essa ótica, observa-se uma pressão social que impulsiona os sujeitos a consumirem a própria vida de forma imediata, exigindo que todas as experiências sejam vivenciadas de maneira intensa e efêmera, suscitando, assim, uma cultura do descartável.
Nesta época de fritar ovos no asfalto, se te tratarem com extrema frieza, agradeça e sinta-se feliz!
Há tempos em que um caminho se torna dois, e você deve escolher.
(Tom Bombadil)
Há dois processos que passamos a compreender com o tempo:
"Se os jovens soubessem..." e,
"Se os velhos pudessem..."
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Em tempos de inversão de valores, ter uma atitude moralmente valorável torna-se, quase sempre, algo socialmente surpreendente, ou simplesmente muito suspeito. A que ponto chegamos, heim?
Tempos e tempos vieram…
E influências sobre mim tiveram…
É o tempo do tempo.
O tempo, em que de paz,
O tempo, de a trazer, não foi capaz.
Mas o vento do norte,
Os tempos, varreu
E venceu a morte.
Sim! O vento, o mal venceu!
E eu voei, com ele!
E fui lá… Lá… Lá…
Aquele, lugar dele!
Onde os rios, são calmos, lá!...
Azul, é o céu, lá, sempre.
Afinal, não é tempo!...
Mas! Tempo, sem tempos!...
Nos dias de hoje, com tantos intolerantes,
por desconhecer de fato a alma humana ficamos assoberbados.
Sem imaginar o fim logo ali.
Pois se assim tivera a consciência nos abraçaríamos constantemente...
Lembra-te dos teus dias bons?
Percebestes agora que era felicidade?
Festejais quando envolvidos novamente.
Em tempos maus, perseveremos em conduzir nossos familiares à fidelidade total ao Senhor. Em Deus, nossas famílias estão alicerçadas na Rocha eterna (2Samuel 22.32).