Tempos
Novos tempos...
mudanças...
a realidade é outra!
Está tudo diferente!
O mundo ficou estranho!
Tentar sobreviver
virou um objetivo!
O smartphone é a agulha hipodérmica dos tempos modernos, fornecendo incessantemente dopamina digital para uma geração plugada.
Antes se admirava
o que a natureza criava
não tinha coisa mais bela
os campos cheios de flores
e gente com muito amores
e uma vida singela!
De tempos em tempos eu mudo, não por insegurança ou por não ter opinião própria, mas porque eu aprendo a cada novo dia!
Insta: @elidajeronimo
Laços Efêmeros
Na liquidez dos tempos, laços se desatam, efemeridades ditam o ritmo, compromissos fugazes são os mais queridos, quanto mais leves, menos corações feridos.
Para cada desapego surge um novo desejo, ao soltar das amarras, um futuro se abre, livre desimpedido.
Menos peso, mais almas a flertar, sem apaixonar, apenas no momento se entregar, quando o afeto desgastar, trocar sem nada consertar.
Uma novidade sempre virá, numa vida sem medida, sem amores para nos guiar.
Famílias, filhos a criar? Nem pensar...
Queremos uma vida leve, sem ter com que se preocupar, na liquidez do tempo, nada é feito para durar, vivemos a gozar no exato lugar onde a solidez não pode morar.
"Nos tempos velozes e competitivos de hoje, talvez fosse bom que fizéssemos uma pequena alteração em um dito popular: 'Cabeça mal informada, corpo padece'. "
Eu tinha uma calçada
Uma rua e um portão
Para brincar de correr, de se esconder e de pega-ladrão
Idos tempos...
Nem tão distantes
Próximos, para falar a verdade
Tão perto do hoje como o ontem
Que já passou.
Ainda que os tempos mudem, várias coisas continuarão intactas. Árvores nascerão enquanto pessoas morrerão. De amor, de dor ou simplesmente, de vida. O tempo é um fogo sem fim.
Aqueles velhos tempos,
De alegria, de harmonia.
Onde tudo era pura sintonia!
Apenas mais umas das tantas sincronias,
Dessa estranha utopia...
Saudade.
A língua portuguesa é tão rica e por esta mesma causa tornou-se muito invejada pelos inventores de palavras. Basta receber alguns comentários mais afoitos para sentirmos quão grande são as palavras criativas de resumos e invencionismos, nesta nossa tão querida e maltratada língua, por parte exclusiva das grandes "pérolas do Enem nacional". Isto faz-me recordar que somente nós, usuários deste vernáculo temos uma única palavra que exprime um grande e gostoso, ou não, por vezes triste sentimento, o qual chamamos de saudade.
É esta uma das palavras mais presentes nas poesias de amor da língua portuguesa. Pena que a educação em "lato sensu", presente verdadeiramente entre os anos de 1950 a 1970, quando as escolas profissionalizantes grátis, com o "curso científico", nos auros tempos do "tesouro da juventude", enciclopédia, até hoje insuperável em compêndios e conteúdo, presentes na maioria das bibliotecas escolares, eram ofertados a grande massa populacional, incluindo os menos abastados trabalhadores e aos seus filhos, por direito, quando tanto as prefeituras, estado e governo federal, comungavam de um ideal único, que era o desenvolvimento e a preservação da soberania nacional, resquícios das benesses implantadas pelo saudoso e insuperável presidente Getúlio Vargas, verdadeiro e único pai dos pobres.
Transformados que fomos em eternos órfãos, por mais que morramos nós e nossos sucessores filhos, nunca nos sentiremos novamente, um dia, adotados sequer, pois o egoísmo indecente daqueles herdeiros políticos que o sucederam, desde então, sequestrando nossa capital federal aqui do Rio (RJ), para escondê-la, a seu bel prazer e deleite, nos mais longínquos rincões do sertão brasileiro, sonegou-nos o simples direito adquirido de sermos, ao menos, felizes.
Tempos de Criança
as vezes fico com saudades, do tempo em que eu cabia num carrinho de supermercado, que eu ficava olhando o leite pra não derramar, quando tentava subir pelo escorregador, de andar segurando a saia da mãe, de pregar peças nos amigos, de chorar quando amigos se mudavam, de disputar a garota mais bonita da sala com os amigos, escolher um brinquedo e desejar-desejar-desejar até ganhar, de passar a noite jogando com os irmãos, andar de bicicleta ao entardecer, de fazer “cola” para as provas e se gabar muito depois, de matar aula e sentar na escadaria da escola, de acordar cedo pra assistir desenho, de não se preocupar com nada, de “roubar bombons da caixa da minha avó, saudades de jogar bola na rua, de gastar todo dinheiro que tinha com doces no mercado, saudades das garotas que eu jurava que me casaria quando era pequeno, saudades dos brinquedos velhos, saudades do primeiro beijo, saudades do antigo melhor time de futebol da escola, e até das professoras que a gente zoava, saudades de tantas coisas, que não se perderão jamais na noite dos anos, memórias guardadas no palácio da memória, incrustadas por boas sensações; minha mente jubila e exalta todos esse tempos, relembra com uma saudadinha que faz bem, por toda uma vida. tempos de criança …
Em outros tempos...
Eu sorria mais...
Eu chorava mais...
Eu corria mais...
Eu gritava mais...
Eu bebia mais...
Eu fumava mais...
Eu dormia mais...
Eu trabalhava mais...
Eu tomava banho mais...
Eu comia mais...
Eu olhava o pôr-do-sol mais...
Eu olhava o luar mais...
Em outros tempos...
Eu te amava mais...
A felicidade é o bem mais procurado pelo homem, em todos os tempos...
Autor: Antonio Cícero da Silva(Águia)
DESAMOR - FIM DOS TEMPOS.
Às vezes, paro alguns minutos para refletir, e fico pensando:
O mundo não pode ser assim, tão mau, perverso ou ruim,
Se eu amo as pessoas, alguém há de gostar de mim.
Há tanta desconfiança, há tanta desigualdade,
Não há inocência criança, parece que é só maldade.
Ninguém confia em ninguém, é um salva quem puder,
Não sabe se lhe quer bem, ou bem certo o que lhe quer.
Observo isso tudo e não quero acreditar,
Se isso é o fim do mundo, o mundo vai se acabar.
A gente só vê notícias, de violência que passa,
Só vê ódio e malícia, grandes tragédias e desgraça.
Desrespeito à natureza é desrespeito ao ser humano,
Não há respeitos iguais, desrespeitam os animais,
É um mundo falso e cruel, sem piedade e profano,
Destroem tudo o que podem, por supostos ideais.
É o homem queimando o mundo, com gases e poluição,
No afã de enriquecer, de maneira e a qualquer sorte,
Destruindo o planeta, sem dó e sem compaixão,
Se achando como um Deus, ou talvez ainda mais forte,
Provocando, em consequência, sua própria extinção.
Perdeu-se o amor ao próximo, perdeu-se o amor aos seus,
Perdeu-se o amor a tudo, perdeu-se o amor maior e perdeu-se o amor em Deus.
É o mundo passando fome, o homem mais prepotente,
Com comida mais escassa, não produz o que consume,
Vai ficando degradante, cada dia diferente,
E a conclusão final, será choro e ranger dentes .
Não existe educação, filhos não respeitam aos pais, todos se acham iguais,
Não há respeito com o próximo, nem respeito à criação,
Não respeitam o casamento, qualquer crença ou religião.
Já é fato consumado, disso tudo, não me ILUDO.
É o homem se destruindo, é o homem matando tudo,
É o homem matando ao homem, é o homem matando a todos,
É o homem matando o MUNDO!
Não existe contentamento descontente. Ou é um ou é outro. Esses paradoxos encaixam-se perfeitamente no que alguns denominam de TEMPOS LÍQUIDOS - ou pós modernidade. Mas, assim como: que seja eterno enquanto dure esse amor, tais paradoxos, na verdade não passam de acertos em tempos hodiernos. O que falta agora é só as lojas de brinquedos venderem a tão falada bola quadrada do Quico. Ai sim o tempo da profecia se concretizará.